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Penúltimo Capítulo

"Eu gosto tanto de você, que ate prefiro esconder (...) Pode até parecer fraqueza, pois que seja fraqueza então"

— Eu gosto tanto de você, Lulu Santos

Muka narrando

Depois que eu me arrumei pra acompanhar o parto da Maria, me acompanharam até a sala de parto.

Quando cheguei ela já estava deitada na posição, me falaram que o parto ia ser normal.

Meus pés se movimentaram automaticamente, caminhando até a minha mulher.
Segurei em sua mão e sorri.

— Vai dar tudo certo — Sussurrei

Levei sua mão até meus lábios e depositei um beijo. 

— Vamos começar — O médico falou.

Assentimos e a Maria Laura respirou fundo.

••••••

— Força Maria Laura — O médico disse.

— Força amor — Falei a incentivando 

— Isso dói pra caralho — Ela fez uma careta — Aaaahhh — Gritou e empurrou mais uma vez.

— Você é forte... Vamos — O médico disse.

Ela respirou fundo e empurrou mais uma vez.

— Ahhhh — Gritou de dor novamente.

Apertei sua mão, como se tivesse passando minha força pra ela.

E era isso o que eu queria mesmo, passar minha força pra ela.

Não sei como a Maria tá conseguindo ter um parto normal, não no estado que eu a encontrei.

💭Isso só prova o quão guerreira a minha mulher é 💭

— Eu... Eu não consigo — Ela falou chorando.

— Ei... Você é forte, a mulher mais forte que eu conheço... É claro que você consegue Maria Laura, cadê aquela mulher que sempre me pôs na linha? Eu tô aqui amor, são nossos filhos — Enxuguei sua testa e dei um beijo.

Ela respirou fundo novamente.

— Força — O médico disse.

Ela fez força novamente. 

— Aahhh — Gritou mais alto.

— Já estamos vendo a cabeça do primeiro — O médico disse empolgado.

Nessa hora foi impossivel controlar o sorriso, assim como a Maria Laura, que chorou e sorriu ao mesmo tempo.

— Força — Falei sorrindo.

Ela balançou a cabeça em positivo e fez força novamente.

••••

O primeiro chorinho rompeu a sala, alto, anunciando que tinha vindo ao mundo.

As lágrimas desciam por meu rosto como se eu fosse uma criança.
No meu peito tinha uma alegria que não pode ser imaginada.

— É o menino — A enfermeira falou sorrindo.

Maria sorriu e eu beijei sua testa novamente.

— Nosso Guilherme amor... Nosso menino — Falei animado.

Trouxeram o Guilherme pra Maria Laura ver e ela sorriu e beijou a testinha dele.

— Vamos limpa-lo — A enfermeira falou sorridente.

Assentimos e na mesma hora Maria Laura deu outro grito de dor.

— Ta na hora da princesinha — O médico falou.

Segurei novamente na mão da minha mulher pra lhe passar toda a segurança.

•••••••

O parto da Clarissa foi mais demorado do que o do Guilherme, mas quando ela nasceu e chorou ainda mais alto que o irmão, eu não sei explicar qual a sensação que eu tive.
Só sei que foi a melhor do mundo.

Depois me mandaram sair da sala, pra terminarem os procedimentos com a Maria e com os gêmeos.

Me disseram que quando ela estivesse no quarto novamente, iriam me chamar.

Como eu sabia que o Léo tava lá fora, ia dar a notícia ao meu irmão.

Sai da sala animado, mas na hora que ia cruzando o corredor, Léo saiu de uma sala com um sorriso largo também, e com as mesmas roupas que eu.

Arqueei a sobrancelha e me aproximei dele.

— Tá fazendo o quê assim? — Apontei pra ele.

— Minha filha Muka... Minha filha nasceu — Léo disse sorrindo largo.

Não tive outra reação a não ser puxar meu irmão pra um abraço.

— Até nisso tu me imita filho da puta... Meus filhos nasceram — Falei sorrindo

O Léo me soltou e depois me abraçou de novo.

— Parabéns porra... Parabéns pra nós — Ele disse animado.

Confesso que eu ainda tava meio leso com o nascimento dos meus filhos, tava nem raciocinando direito.

— Vem... Vamo dar a noticia a Marcella e seja lá quem ela mandou chamar — ele falou animado.

Assenti e a gente seguiu pra sala de espera, quando cheguei vi a minha irmã, junto com minha sogra, a Nanda, a Marcella e a dona Germana juntas.

— NASCEU — Eu e o Léo gritamos juntos, chamando a atenção delas pra gente.

A Lucy assim que me viu, assim como a Marcella com o Léo, correu em nossas direções.

Abracei a Lucy apertado.

— Meus netos nasceram? — Ela perguntou emocionada

— Sim — Falei também emocionado.

A Lucy começou a chorar em meu ombro e eu sorri, apertando mais o abraço.

Quando ela me soltou foi abraçar o Léo e a Marcella me abraçou.

— Parabéns Muka — Marcella disse chorando e sorrindo ao mesmo tempo.

Sorri.

— Obrigado Marcella — Suspirei.

Ela me soltou e a Jhessyka abraçou eu e o Léo juntos.

— Parabéns irmãos — Ela falou olhando pra nós dois

Sorrimos em agradecimento.

•••••••

Mandaram nos chamar, porque a Avelyn, Maria e os bebês tinham conseguido ficar no mesmo quarto.
Claro, depois da gente pagar meio mundo de dinheiro 

Até agora ninguém tinha me dado notícia nenhuma sobre o GA e isso tava me preocupando.

Entramos no quarto, e a Avelyn e a Maria Laura tavam amamentando.

— Caralho que vocês fazem as coisas tudo juntas a gente já sabia, mas parir, já é demais — A Marcella falou brincalhona.

Elas levantaram o olhar e sorriram largo.

Maria Laura tava com os dois gêmeos nos braços, e eles sugando seus seios.

— Princesinha — Lucy disse emocionada e correu em direção a filha.

Ela deu um beijo na testa da filha e eu também me aproximei da cama que ela estava com meus filhos.

— Olha como eles são lindos mãe — Ela falou sorrindo largo enquanto olhava com os olhos brilhando pra os nossos filhos.

— São sim — Lucy disse sorrindo olhando pra eles.

— Vocês me deram um susto — A Nanda disse com a mão no peito olhando pra Malau e pra Avelyn.

— Foi muito rápido né mãe? A gente tinha ido na farmácia, comprar remédio de cólica porque eu achava que as contrações eram cólicas — Avelyn disse com uma careta

— Também achei que fosse, sei lá... Porque eu tava tomando pouca água — Maria Laura disse tristonha.

Beijei sua testa.

— Passou meu amor... Quem fez aquilo com você já tá pagando — Falei firme.

— Um eu já mandei pra o colo do capeta — Léo disse entre os dentes e bateu no peito.

Avelyn arregalou os olhos pra o lado do Léo.

— Foi necessário amor, foi necessário — Ele segurou na sua mão livre.

Ela suspirou.

— A Katiane eu quero ter o prazer... Aonde ela tá? — Maria Laura perguntou entre os dentes

— Forno... Lucas, Lucca e tio Menor tavam dando um jeito nela — Nanda disse um pouco desconfortável.

— Liga pra eles... É pra dizer que não é pra matar a vadia — Ela falou firme.

— Maria, nossos filhos pow — Apontei pra os meninos no colo dela.

— O que tem? Uma hora ou outra eles vão descobrir que a mãe deles não é normal — Ela deu de ombros e olhou pra Clarissa. — Ela é tão inocente, já pensou se ela for como a gente mãe? — Perguntou desviando o olhar pra Lucy.

— Ta no sangue — Marcella disse dando de ombros e sorriu.

— Cadê o meu pai? — Maria Laura perguntou encarando a mãe

A Lucy engoliu em seco e não falou nada.
Todo mundo se entre olhou.

— Cadê o meu tio? — Avelyn quem perguntou.

— Vocês tem que descansar agora ok? — Dona Germana disse

Os gêmeos soltaram o peito ao mesmo tempo e Maria Laura pediu pra eu ajudar ela a fazer eles arrotar.

— A gente vai deixar vocês a sós — Nanda disse puxando a Lucy pra fora do quarto

Eu tava com o Guilherme no colo, enquanto ela tava com a Clarissa.

Meu peito chega encheu de emoção quando peguei meu filho no colo.

Aquela coisinha tão delicada, chega me deu medo de cair no chão m

— Deixa de ser viado Muka... Tá chorando — Léo disse também chorando e apontou pra mim.

— Olha quem fala — Sorri.

— Deixa eu pegar na Bia Mozão — Ele falou se esticando pra cima da Avelyn.

Ela sorriu e entregou a Bianca no colo do Léo.

••••

Depois que eu coloquei o Guilherme pra arrotar e a Malau a Clarissa, eles pegaram no sono.

Sai do quarto junto com o Léo, já que as outras duas foram descansar.

— Porra Muka, é um bagulho doido né não? — Léo perguntou rindo.

— É sim — Sorri e suspirei.

A gente se aproximou do pessoal e a Lucy tava morrendo de chorar, se consolando com a Marcella.

— Ei... O que aconteceu? — Léo perguntou preocupado

— Não acharam doador pra o GA, e a médica disse que tem pouco tempo.  — A Nanda disse também chorando.

Arregalei meus olhos.

— Como assim doador? — Perguntei assustado.

— O Guilherme perdeu muito sangue com o tiro e precisa de uma transfusão — Germana falou com a voz falha.

Engoli em seco e senti meus olhos marejarem.
O cara que eu tenho como pai, tá mal e eu não sei o que posso fazer.

— Não tem sangue no banco do hospital? — Léo perguntou com a voz embargada

— Não... O...o sangue dele... É raro — Lucy disse falou soluçando

Um bagulho doido se formou em meu peito.
Eu nem sei dizer o que é.

— E qual o tipo sanguíneo dele? — Perguntei em um fio de voz.

— O negativo — Nanda disse também em um sussurro e abaixou a cabeça.

Eu e Léo nos entreolhamos e um sorriso surgiu em nossos lábios.

— Não precisa mais se preocupar não — Léo falou sorrindo.

— Como não Léo? Como não me preocupar? O Guilherme precisa de um doador, precisa de sangue, aquela porra daquela médica disse que o meu marido tá morrendo, vocês tem consciência do que tá acontecendo? Eu não posso... Eu não posso perder o amor da minha vida, não posso — Lucy falou em lágrimas.

A Marcella voltou a abraçar ela e a Jhessyka e Germana entraram em um choro maior.

Antes que eu ou o Léo pudesse falar mais alguma coisa, fomos interrompidos por um grito no corredor, um grito desesperado.

— Cadê o meu irmão? — O FA gritou.

— Felipe — Marcella falou desesperada se soltando da Lucy.

— porra o que ele tá fazendo aqui? — Jhessyka perguntou soluçando.

— Ele é louco — Léo disse balançando a cabeça.

Ele se aproximou da gente com o rosto banhado de lágrimas.

— Eu quero saber do meu irmão, da minha filha e da minha neta — Ele disse tentando controlar as lágrimas.

— A Avelyn e a Bianca estão bem... A Maria e os gêmeos também... — Germana disse

— E o Guilherme porra? A Marcella me disse que ele precisa de doação de sangue... Cadê o meu irmão porra? — Ele perguntou sério.

— O sangue dele é o negativo Felipe, não tem no banco de sangue do hospital e até agora a gente não achou ninguém com essa tipagem — Lucy falou chorando.

— Vocês podem deixar a gente falar? — Perguntei sério

— Falar o quê? — Jhessyka perguntou também séria.

— O tipo sanguíneo da gente é O negativo porra — Léo disse apontando pra mim e pra ele.

Todo mundo encarou a gente.

— Vocês fariam isso pelo Guilherme? — Lucy perguntou emocionada

— Claro que sim Lucy, aquele viado é como um pai pra nós, desde que a gente colocou o pé naquela favela o cara cuidou e fechou com nós, tu acha mesmo que eu vou deixar o pai da mulher que eu amo na mão? — Perguntei sorrindo.

Ela sorriu e me abraçou apertado.

— Obrigada Muka... Obrigada de verdade — Ela disse molhando minha camisa

— A gente ama aquele viado — Léo disse rindo.

••••••••

Depois que dissemos a enfermeira que tínhamos o tipo sanguíneo dele, eles foram fazer os exames na gente pra saber se estávamos aptos a doar.

Quando o resultado saiu, eu e o Léo pudemos doar o sangue.

— Quem diria em ladrão — Léo falou rindo.

Virei minha cabeça pra o lado, já que não tava aguentando ver aquele sangue todo sair de mim, já tava me dando vontade de vomitar.

— Que foi? — Franzi a testa.

— A gente doando sangue ao homem que queríamos matar, quer dizer... Eu nunca quis matar ninguém, mas tu né... — Ele falou ainda rindo.

Balancei a cabeça.

— O mundo é roda gigante Léo... Quem diria que tu ia matar o nosso tio? — Perguntei e dei um meio sorriso.

Léo suspirou e olhou pra o braço dele, depois me encarou de novo.

— A vida foi bem doida com nós irmão — Sorriu largo

— E a gente permanece aqui... Firme e forte um ao lado do outro.

Léo assentiu.

— Papo de viado do caralho — Ele fez uma careta.

Eu ri e joguei minha cabeça pra trás.

••••

— Tem lanchonete no hospital, e é normal vocês sentirem tontura... O ideal é que vão comer agora mesmo — A enfermeira falou tirando a liga do meu braço.

Assenti e fiquei em pé junto com o Léo.
Né que eu senti uma tontura mesmo.

— Opa gatões, deixa que a irmãzinha cuida de vocês — Jhessyka disse entrando na sala em que estávamos.

Ela tinha um sorriso largo nos lábios.

— A gente precisa comer — Falei sorrindo fraco.

— Vamo logo, então — Ela disse passando o braço pelo meu e o outro pelo de Léo.

•••••••

Depois que comemos fomos até o quarto da Maria e da Avelyn.

Chegamos lá e o FA tava com a Bianca no colo e sorrindo, enquanto a Lucy tava falando com a Malau e olhando os gêmeos no bercinho.

Assim que me viu a Malau sorriu largo, aquele sorriso entregou que ela já sabia de tudo.

Me aproximei da cama e lhe dei um selinho 

— Como eu posso te agradecer Muka? — Ela perguntou emocionada

— Você não tem que me agradecer nada... Eu fiz isso porque devia, porque eu aprendi a amar o teu pai como se fosse um pai pra mim, fiz isso por você, pelos nossos filhos — Segurei sua mão.

O rosto da Malau já descia lágrimas que eu sequei sorrindo.

— É por isso que eu te amo, te amo tão grande que não se pode imaginar... Obrigada por me dá os melhores presentes — Ela disse apontando pra os nossos filhos — Obrigada por existir na minha vida... Eu te amo Mikael

— Eu te amo tanto que eu prefiro nem falar — Pisquei e me abaixei pra lhe dar um selinho.

••••••••••••••••••••••••••••••

2 dias depois....

— Fez isso pra ganhar crédito comigo né dois filhos da puta? — GA perguntou sério mas depois sorriu largo — Obrigado... Meus filhos — Sorriu.

Eu e o Léo nos olhamos e depois olhamos pra ele

— Não foi nada... Pai — Dissemos juntos.

— Já não bastava três, agora tenho mais dois — ele riu e balançou a cabeça.

Eu, a Lucy, o Léo e a Germana rimos.

— É aqui que tem dois vovôs? — A voz da Maria ecoou no quarto.

Afastei um pouco e ela tava sendo ajudada por uma enfermeira, junto com a Avelyn.

Ela carregava um bebê enquanto a enfermeira carregava outro.
E a Avelyn com a Bia.

Olhei pra o GA que tava com os olhos brilhando de emoção.

A Maria sorriu e caminhou até o pai, vi que ela tava com o Guilherme.

— Esse é o Guilherme — Ela disse entregando o meu filho ao GA.

A Maria pegou a Clarissa do colo da enfermeira e também entregou.

— E essa é a Clarissa — Ela sorriu.

O GA olhou pra os bebês e deixou uma lágrima escapar.

— Eles são lindos — Falou revezando os olhares.

— Essa é a Bia tio — Avelyn disse se aproximando com a Bia.

— Até que esses dois viados sabem fazer filho — Ele disse olhando pra mim e pra o Léo, de forma brincalhona.

Rimos.

— A princesinha do vovô — beijou a testa da Clarissa.

— O jogador... Esse aqui vai comer mais buceta que eu — Falou olhando pra o Guilherme e sorriu.

— Clarissa não vai namorar — Falei firme.

— Vai mesmo não, nem Bianca — Léo disse firme.

— Aí que leseira do caralho — Maria disse revirando os olhos.

— O Guilherme disse a mesma coisa da Maria, olha aí ela com dois filhos nos braços — Lucy disse dando de ombros.

— Neguinha... Dá aqui um beijo, tô com saudades de tu — ele disse todo manhoso.

Eu ri junto com o Léo

— Um véi desse se enxerindo — Léo disse balançando a cabeça

— Vão tomar no cú — Ele falou quase gritando.

Todo mundo e balançou a cabeça.

— Quando a gente sai desse cabaré? — Maria Laura perguntou irritada

— Em breve — Pisquei.

— Quero sair daqui logo... Eu ainda tenho um assunto pendente — Falou pensativa.

Eu sabia bem o que era, tinha escutado ela falar com a Avelyn e sinceramente?
Depois de tudo o que aquela vadia fez, eu tô pouco me fodendo.

••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••

OI AMORES 😘 GA SOBREVIVEU... E MAIS UMA VEZ A HISTÓRIA FOI SALVA PELO SUPER MUKA 😂

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Aguardem os próximos capítulos ❤

Kisses 😘😘

Grupinho no whats, link na minha bio ❤🔫🔞

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