"Cada suspiro, cada momento trouxe a isso (...)
Eu morri todos os dias esperando você querida, não tenha medo
Eu te amei por mil anos
Eu te amarei por mais mil"

— A thousand years, Christina Perri

Muka narrando

Acordo e sinto meu braço dormente e mais uma cabeleira loira, sempre curta espalhada nele.

Sorrio abobado quando entendo tudo o que aconteceu... Finalmente, eu casei com a mulher que eu amo.

💭Porra meu irmão, eu sou o cara💭

Olha essa coisa gostosa aqui do meu lado velho.
Mesmo com dois filhos, a mina recuperou o corpo de antes e agora tá mais gostosa ainda.

💭 Bem que ela disse que ia casar gostosa 💭

Sorrio com meu pensamento e balanço a cabeça.

Distribuo beijos pelas costas e pescoço da Malau, a fazendo se remexer em meus braços e também resmungar algumas coisas.

— Bom dia esposa — Sussurro em seu ouvido e mordo o lóbulo.

Pude escutar uma gargalhada gostosa vindo dela que se virou pra mim e me encarou alguns segundos, antes de levar a mão a meu rosto e acariciar.

— Bom dia meu marido — Ela falou sorrindo.

Mordi meu lábio e sorri largo.

Sensação boa do caralho escutar isso vindo dela.

— A noite de ontem... — Ela me interrompeu

— Já tomei anticoncepcional amém... Aliás, tava no anticoncepcional desde antes de casar, tá muito cedo pra sentir aquela dor insuportável de novo — fez uma careta.

Eu gargalhei e tombei minha cabeça pra trás, essa mulher é louca demais mano.

— Eu também acho que tá cedo demais pra gente ter outro agora... Ainda nem peguei o macete com os gêmeos — Falei rindo.

— Amém — Ela jogou as mãos pra o ar e se sentou na cama.

Seu corpo nú foi o que realçou em meus olhos, me sentei atrás dela e passei minhas pernas por cada lado de seu corpo, beijando suas costas novamente e fazendo seu corpo se arrepiar por inteiro.

— Isso é covardia Mikael, assim que vou querer ficar nessa cama com tu o resto do dia.

— E porque nós não fica? — perguntei antes de lhe morder de leve.

— Porque a gente tem que ir pra praia antes de ir embora, esqueceu que a gente tem dois bebês de pouco menos de quatro meses? — Perguntou virando pra me encarar.

Suspirei e sorri largo.
Te falar viu, se o bagulho já é louco só em amar e ser casado com essa mulher, imagina quando parte pra aquelas duas coisinhas pequenas.
O coração aqui desmonta inteiro.

— Como se fosse impossível esquecer que a gente teve dois frutos do nosso amor, assim de uma vez né — Falo rindo.

Maria Laura assentiu sorrindo e colocou os braços em volta do meu pescoço e sentou em meu colo.

A bandida deu uma rebolada nervosa e me deu um selinho.

— Se ficar duro eu te dou um peteleco mano — Falei com dificuldade já que um gemido rouco queria escapar.

— Se ficar duro, eu sei o que fazer — Sussurrou em meu ouvido e mordeu o lóbulo.

Apertei sua bunda com tanta força que eu tenho certeza que ficaria a marca dos meus dedos ali.

— Vamos nos arrumar logo Maria Laura — Joguei minha cabeça pra trás.

— Não... Vão ver, vai tomar banho — Saiu do meu colo e me deu um beijo na bochecha.

Olhei pra o volume em minha boxer e bufei.

— Tu tem dessas coisas mesmo... Te foder mano — Levantei meio com raiva da cama e fui direto pra o box do banheiro.

Enquanto deixei a louca pra trás, morrendo de rir ali.

•••••••

Depois que tomei meu banho e a gente se arrumou, e claro ligou pra Lucy pra saber se os bacuri tavam bem, viemos pra praia.

Como nós se acordou tarde pra caralho, pulamos direto pra o almoço.
Mas devo dizer que me arrependi dessa decisão.

— Porra... Eu tô com fome — Maria disse séria e passou a mão pela barriga.

— Oh estrela isso é um restaurante, tem pedidos na frente do teu... — Dei um tapa na testa dela.

Ela me fuzilou com o olhar.

— Vou arrancar tua mão e depois o teu pinto fora palhaço — Falou entre os dentes — E eu tô pouco me importando se tem pedidos na frente do meu, eu tô dizendo a você que tô com fome... Apenas isso — Piscou.

Vi o garçom se aproximando com o nosso pedido.

— Eita Jesus amém viu — Ela jogou as mãos pra o céu e fez o garçom rir dela.

Ri junto, me lembrando do meu irmão com essa cena.

💭Típico do Leonardo me matar de vergonha desse jeito💭

••••••

Depois que comemos esperamos algum tempo pra poder querer ir pra água.

— Aí eu quero tirar uma foto com tu — Ela disse animada.

— Pede aquela senhora ali — Apontei pra uma mulher que tava deitada na areia.

— O bom é que essa área tá quase deserta — Ela sorriu.

Assenti e a Maria correu pra perto da senhora com o celular na mão.
Dava pra ver ela falar alguma coisa com a mulher que assentiu e logo ela entregou o celular a mulher.

Elas se aproximaram de mim.

— Vem me dá a mão pra tirar a foto — Ela disse e eu balancei a cabeça em negativo

— Se é pra tirar, vamo fazer uma parada original — Falei segurando sua cintura.

— Como assim? — Perguntou confusa.

Me agachei na sua frente.

— Sobe aí — Apontei pra meus ombros.

Maria Laura sorriu largo e bateu palminhas como uma criança e subiu em meus ombros.

— Segura firme — Falei e ela gargalhava.

— Já posso tirar? — A mulher perguntou sorrindo.

— Pode sim — Eu e Maria falamos juntos.

— Pronto — Ela disse ainda sorrindo.

— Obrigada (o) — Falamos juntos novamente.

A mulher nos olhou e entregou o celular a Maria que tava ainda em cima de meus ombros.

— Desejo toda felicidade do mundo ao casal — Piscou pra nós dois.

Sorrimos e agradecemos novamente antes dela ir pra perto de sua família.

Me abaixei pra Maria descer de meus ombros e a gente voltou pra guardar o celular na bolsa.

Fiquei esperando na parte de fora do restaurante.

— Pronto, eles disseram que não tem problema em ficarem por enquanto com a bolsa — Deu de ombros.

Assenti e ela entrelaçou nossos dedos e eu beijei sua mão.
Corremos que nem duas crianças pra dentro do mar.

Abracei a cintura da Maria assim que voltamos a superfície e colei nosso lábios em um beijo salgado por conta da água do mar.

Nossas línguas se tocavam com rapidez e urgência.
O beijo derrepente parou o ritmo selvagem e se tornou calmo e cheio de sentimentos.

Paramos com selinhos e eu colei nossas testas.

— Você é a coisa mais linda que o destino podia ter me dado — Falei olhando em seus olhos.

— Você também é a coisa mais linda que o destino podia ter me dado.

Ela sorriu e mergulhou novamente, mergulhei junto a ela e selamos nossos lábios debaixo da água.

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— Eu quem vou postar — Falei enquanto olhava a foto que ela tinha mandado pra meu celular.

— Posta — me deu um selinho e voltou a arrumar as coisas da gente na mala.

Entrei nas redes sociais e postei a foto.

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Hoje eu vou te levar pra o melhor lugar, perto das estrelas de frente pro mar 🎶❤💑💏👫
#MinhaMulher — Em Búzios, Rio de Janeiro

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3 anos depois...

— É big, é big, é big, big big — Todos cantavamos juntos.

Clarissa, Guilherme e Bianca batiam palminhas animados.

— Com quem será, com quem será, com quem será que Guilherme vai casar... — Comecei olhando pra minha sobrinha.

Nunca vi uma união tão grande entre Bianca e Guilherme quando estão juntos.
Aliás, não só com ele, mas com Clarissa também.

Acontece que com Guilherme tem as piadas internas da família.

— Minha filha não seus porra — Léo pariu a música sério.

— Meu neto vai ser de uma só não... Ele vai comer muita buceta por aí antes de se juntar com uma — GA gritou e recebeu um tapa de Lucy.

— Papai... O que é Buteta? — Clarissa perguntou me olhando.

Arregalei meus olhos e passei a mão em meu cabelo nervoso.

💭Porra o que eu respondo agora? 💭

— É um besouro filha — Respondi finalmente.

Maria Laura que tava ao meu lado gargalhou alto e jogou a cabeça pra trás.

— Eu vou namorar com a Clarissa — Escutamos o grito do Pietro que tava perto dos pais.

Lucas e Nanda riram e foi minha vez de fechar a cara.

— Eu não... eu não quero papai — Clarissa disse chorosa e estendeu os bracinhos pra meu lado.

A peguei no colo e lhe balancei enquanto ria.

— Você não vai meu amor... O papai te protege — Falei a olhando.

Ela abraçou meu pescoço e eu olhei pra Maria Laura que revirava os olhos.

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A festa acabou e como tava tarde pra Léo e Avelyn pegarem a estrada pra São Paulo novamente, eles iam dormir aqui na Rocinha mesmo.

Subimos pra laje da minha casa e da Maria.

Eu, Maria, Avelyn, Léo, Nanda, Lucas, Thiago, Maísa e nossos filhos, menos a filha de Thiago e Maísa que ainda era pequena e ela preferiu não deixar pegar sereno.

Colocamos as crianças em um canto brincando, e nos abraçamos vendo a vista da favela.

— Quem diria que a gente estaria todos aqui... Casados e noivos — Maria disse sorrindo e na parte dos noivos apontou pra irmã e pra cunhada.

— Quem diria que aquela garota marrenta que dizia não querer se entregar pra ninguém, ia cair na rede do pescador aqui — Léo disse se gabando e olhou pra Avelyn. 

— Quem diria que o cara que não aceitou o filho e nem a mulher que amava, hoje estaria aqui... Casado e criando o filho com ela. — Lucas disse e sorriu sem graça

— Quem diria que duas pessoas que diziam se odiar, hoje estariam aqui... Noivos — Maísa disse e olhou pra o Thiago.

— E quem diria que o que era pra ser uma vingança, um ódio mortal por uma família... Se tornaria um golpe do destino e traria o amor do lugar mais inesperado — Falei e virei Maria pra mim.

— Eu te amei por mil anos, e te amarei mais mil anos — Ela sussurrou.

Nos beijamos e ouvimos um coro infantil.

— Eca — Falaram juntos e todos rimos.

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5 anos depois...

— Ballet Maria? — Perguntei fazendo careta

— Não tenho culpa... Ela passou em frente a uma escolinha de dança e quis porque quis aprender também — Ela levantou as mãos em forma de rendição e pegou a bolsa.

Rodei minha cadeira e joguei a cabeça pra tras.

— Isso não vai dar merda quando ela crescer não né? — Perguntei vencido.

— O que vai acontecer com ela por dançar Muka? — Ela perguntou com a testa franzida. — E além do mais tu colocou o Guilherme no judô — Falou séria.

A porta foi aberta e o caça ratos passou por ela.

— Desculpa aí chefe e patroa... É que os vapor tão pronto na formação pra ir pegar o carregamento — Ele apontou pra fora.

Assenti e levantei.

— Vai também? — Arqueei a sobrancelha

— Preciso do dinheiro Muka... Vou matricular ela na escolinha de dança hoje — Falou firme.

Abri a gavetinha da minha mesa e tirei um bolo de nota de cem.

— Toma — Entreguei a ela.

— Melhor marido e pai — Ela disse sorrindo e fez a volta na mesa ee abraçou e beijou.

Caça ratos limpou a garganta e a gente se separou.
Apertei a bunda dela discretamente que piscou pra mim.

— Vão na fé... — Mandou um beijo no ar e saiu rebolando da sala

Eu ri e balancei minha cabeça.

— Bora porra... Passa a visão pra ficar de segurança na contenção — Falei colocando minha arma na cintura.

Ele puxou o rádio e avisou aos vapor.
Mal sai da sala e já vi o GA e o Menor arrumando as armas deles.

— Os vovôs vão pra onde? — Perguntei irônico.

— Sou vovô mas dou um baile em tu — GA disse batendo no peito.

— Ih como eu sei ne Mozão? — Menor falou com voz de gay e passou a mão no peito dele.

Fiz uma careta

— Sai daqui viado... Coisa feia do caralho, dois véi viado — GA deu um pescotapa nele.

Eu ri e cruzei meus braços.

— Vão reviver os anos de glória? — Perguntei rindo.

— Vamo logo porra — Menor disse apressando.

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11 anos depois...

— Vem com o vovô — Falei estendendo meus braços pra filha de Guilherme.

A Maju estendeu os bracinhos pra mim e eu sorri a pegando no colo.

— Valeu ai coroa... Vou resolver aquele b.o que tu me mandou — Ele disse com um meio sorriso.

Assenti e fiquei balançando minha neta.

Guilherme levantou e saiu de casa com a chave da moto.

Aconteceu que nem tudo o que a gente pensava se realizou na vida dos meus filhos.

Todo mundo achou que Bianca e Guilherme iriam namorar, mas essa distância entre estados impediu eles de terem alguma coisa.
Principalmente esse medo exagerado de Avelyn de voltar a morar em comunidade, o que impediu até na amizade da menina com os gêmeos.

Mas mesmo assim ela é Clarissa são melhores amigas, conversam todo dia por computador.

Saio dos meus pensamentos com a chegada da minha filha e da minha mulher com meu caçula no colo.

— Pai... Consegui pai — Clarissa disse animada e correu pra meus braços me dando um abraço meio desajeitado por eu está com Maju no colo.

— Conseguiu o quê? — Perguntei confuso.

— Ela vai abrir a escolinha dela no Vidigal amor — Maria disse sorrindo largo.

Também sorri largo, esse sempre foi o maior sonho de Clarissa, abrir sua escolinha em outra comunidade pra poder levar alegria pras crianças.

— Tu falou direitinho com o Digão? — Perguntei com a sobrancelha arqueada.

Clarissa suspirou e olhou pra mãe.

— Porque não me disseram que ele era tão lindo daquele jeito? — Perguntou com a sobrancelha arqueada

Limpei minha garganta e Maria colocou Arthur no chão pra engatinhar e eu coloquei Maju.

— Mais respeito comigo né Clarissa? — Perguntei com uma carranca.

— Aí pai... Apenas verdades — Deu de ombros.

Ela se agachou na altura de Maju e pegou em sua mãozinha.

— Né bebê da tia? A tia finalmente vai ser professora — Falou animada.

Eu sorri e Maria me abraçou de lado.

— Guilherme? — perguntou com a testa franzida

— Disse que ia resolver uma parada que eu pedi... Mas a gente sabe muito bem pra onde ele foi né? — Perguntei cansado.

Maria suspirou.

— Hoje é o dia que a Lorena morreu — Falou chorosa.

Olhei pra Maju que sorria largo junto com Arthur pelo fato de Clarissa está brincando com eles no chão.

— Ele vai superar... Só não achou ainda como, mas eu sei que vai — Falei esperançoso.

— AAAA esqueci de falar... Minha tiriça tá vindo pra o Rio família... Tia Avelyn deixou a Bia morar aqui com a gente — Clarissa disse animada e deu um pulo — Vou agora contar a novidade pra ela — Falou animada e beijou a bochecha de Maju e Arthur e subiu a escada correndo

Olhei pra Maria sem acreditar.

— Como assim Avelyn finalmente desencanou? — Pergunto confuso.

— Algo me cheira a mudança amor... E eu vou gostar disso — Sorriu largo

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Oi amores 😘 SEI QUE JA AHRADECI NO CAPÍTULO ANTERIOR MAS QUERO DEIXAR AQUI TAMBÉM... MUITO OBRIGADA, DE VERDADE MESMO, OBRIGADA POR FAZER DESSA MAIS UM SUCESSO 😘❤

#VEMISSOÉOQUEOAMORFAZ

NÃO REMOVAM O LIVRO DA BIBLIOTECA, IREI POSTAR AQUI QUANDO LIBERAR O PRIMEIRO CAPÍTULO DE "ISSO É O QUE O AMOR FAZ"

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AGUARDEM A NOVA OBRA 😍

KISSES 😘😘