Capítulo 68
"Pra falar de amor verdade, vou começar pela melhor metade e te mostrar tudo de bom que eu tenho (...) Que tenha paixão, desejo, que tenha abraço e beijo e seja a melhor sensação (...) E que é dona do meu coração, é você"
—Duas metades, Jorge e Matheus
Fernanda narrando
Sabe quando você está vivendo uma felicidade, mas não pode espalhar porque não é o melhor momento pra isso?
Eu e Lucas estamos vivendo isso.
A dois dias atrás ele fez a surpresa mais linda da minha vida.
Flashback on
Estava terminando de vestir a fralda de Pietro e passando perfume em sua cabecinha, enquanto ele pulava na cama
— Fica quietinho filho — Falei sorrindo
— Mama — Ele disse rindo e continuou a pular.
Pietro está com um ano, e bem sapeca.
— Isso... A mamãe precisa que você fique quietinho — Sorri.
Ele sentou na cama e ficou me olhando enquanto eu terminava de passar perfume em seu corpinho.
— Pronto — Sorri largo e o peguei no colo cheirando seu pescocinho.
Ele bateu palminhas animado e sorriu largo.
Senti mãos em minha cintura e aí entendi o porquê da animação do Pietro.
— Você está ainda mais gostosa — Lucas sussurrou em meu ouvido.
Senti todos os meus pêlos se arrepiarem e Suspirei.
— Papa — O Pietro disse jogando os braços pra o lado do Lucas.
— Vem aqui meninão — Lucas disse sorrindo e pegou ele do meu colo
— Nenhum sinal da Maria? — Perguntei juntando as coisas do Pietro que estavam espalhadas na cama.
Lucas quem soltou um Suspiro.
— Você acha que vamos conseguir achar ela morena? — Ele perguntou balançando o Pietro.
— Temos que ter fé amor... — Falei e suspirei — Temos que ter fé — Repeti pra mim mesma.
Estava difícil continuar acreditando, mas precisávamos acreditar, tínhamos que ter fé que a Maria logo estaria aqui com a gente.
— Você tem razão — Ele sorriu.
— Vou tomar banho... Você coloca ele pra dormir? — Perguntei com a sobrancelha arqueada
O Lucas assentiu e eu dei um beijo na testa do Pietro e um selinho no Lucas.
Sai do quarto do Pietro e fui até o nosso.
Peguei a toalha e me tranquei no banheiro, me despindo logo em seguida.
•••
Sai do banheiro com a toalha enrolada em meu corpo e outra em meu cabelo, depois de tomar banho.
O Lucas não estava no quarto, então terminei de enxugar meu corpo e vesti um vestido soltinho que eu já tinha separado em cima da cama.
Deixei o cabelo solto pra secar naturalmente e estendi minha toalha.
— Lucas? — Chamei assim que sai do quarto.
— Cozinha — Escutei a voz dele longe.
Sorri e fui em direção a cozinha.
Quando cheguei lá tava cheio de pétalas vermelhas espalhadas pelo chão.
O Lucas tava lá ajoelhado.
Olhei pra aquilo tudo e sorri, caminhando até ele.
— O que é isso tudo? — Perguntei sorrindo.
— Isso tudo é pra te lembrar o tanto que eu te amo e tudo o que a gente passou pra tá junto hoje... Eu quero te agradecer por ter me transformado no homem que eu sou hoje, por ter me dado o melhor presente de todos que é o nosso filho e te pedir perdão meu amor... Quero te pedir perdão mais uma vez... A mais de um ano atrás, quando você mais precisou de mim, eu fui capaz de te virar as costas, eu não aceitei o presente que você quis me dar... Eu fui uma criança — Falou entre lágrimas.
Meu rosto já estava banhado ao lembrar da nossa história.
— Tenha certeza Nanda, se eu passei por tudo o que passei foi um aprendizado, e só ao teu lado eu superei s morte da minha mãe... Obrigado por está comigo, por me perdoar e por fazer os meus dias mais felizes. Você é a melhor metade que existe em mim, você é o amor da minha vida e eu me culpo todos os dias por ter notado isso depois de um longo tempo... — Interrompi ele
— O que passou, passou Lucas... Todos nós cometemos erros, estamos sujeitos a isso — Toquei em seu rosto — Dos nossos erros nasceu a coisa mais linda, o nosso filho — Sorri.
— Eu te amo Fernanda... Te amo mais que a mim mesmo, eu dou minha vida por tu e pelo nosso filho — Ele disse enxugando as lágrimas dele — É por isso que eu quero te perguntar uma coisa... Quer casar comigo? — Ele tirou uma caixinha do bolso dele e abriu revelando duas alianças.
Eu sorri largo e chorei de emoção ao mesmo tempo.
— Tu preencheu todos os vazios que tem em mim, me ensinou a ser a melhor pessoa... Eu não enxergo minha vida longe de tu morena, eu não consigo imaginar outra vida que não seja ao teu lado — Ele disse com a voz embargada enquanto eu tentava controlar as minhas lágrimas.
— Porra Lucas... — Sorri e respirei fundo engolindo os soluços — É claro que eu aceito amor... Claro que eu aceito — Sorri
Ele levantou e colocou a aliança em meu dedo, depois que eu coloquei a dele ele me abraçou e me ergueu, girando nossos corpos.
— Eu te amo... Eu te amo — Ele disse sorrindo e me girando.
— Também te amo... Eu te amo Lucas — Selei nossos lábios.
— Que preenche a vida vazia, manda embora a agonia e que trouxe paz pra o coração, é você — Cantarolamos juntos
O Lucas enlaçou minha cintura e me beijou.
Flashback off
A gente combinou de não falar nada com ninguém, pelo menos até a Malau ser encontrada.
Eu tava consolando a minha irmã que morria de chorar, quando o telefone da casa tocou e minha mãe atendeu.
— É a Cecília... Ah, oi Léo — Ela falou aliviada — Acharam a Malau... Oh meu Deus graças a Deus — Ela tirou o telefone do ouvido e encarou quem estava na sala — Acharam a Malau — Disse olhando pra todos que estavam ali.
Todo mundo levantou animado, Avelyn não estava mais aqui, tinha saído com a tia Marcella pra farmácia.
— Aí meu Deus, graças a Deus — Tia Jhessyka disse abraçando a Lucy.
— Maria Laura entrou em trabalho de parto — Mamãe disse assustada e todo mundo parou e encarou ela — Aí meu Deus... — Derrepente o telefone caiu da mão da minha mãe e ela cambaleou pra trás.
— Cecília — Meu pai disse indo segurar ela
Minha mãe tava assustada.
— O que foi mãe? — Lucy perguntou nervosa — Mãe... O que foi? — Ela repetiu exaltada — Aconteceu alguma coisa com a minha filha? Como assim ela tá entrou em trabalho de parto? — Ela falava quase gritando.
— Ei... Calma — Falei tocando em seu ombro.
— Não me pede calma agora... Eu quero saber cadê o Guilherme? — Ela falou exaltada.
Minha mãe começou a chorar do nada, fazendo a Lucy ficar ainda mais nervosa.
— Aconteceu alguma coisa com meu filho? — Vó Germana perguntou nervosa.
Ela não é minha vó de sangue, mas eu a considero tanto em meu coração.
— Eu.. eu não sei como falar isso a vocês — Minha mãe disse desesperada e começou a tremer
— Fala dona Cecília... O meu irmão tá bem? — Tia Jhessyka perguntou
— Gente... O Léo me disse que ele tá na sala de cirurgia agora... O Bernardo atirou nele — Ela falou de uma vez.
Arregalei meus olhos e na mesma hora minha irmã caiu no chão de joelhos chorando.
— Não pode ser... Não pode ser — Lucy disse chorando desesperada e começou a puxar o cabelo.
Me agachei em sua altura, sentindo já as lágrimas grossas em meu rosto.
Não falei nada, apenas lhe puxei pra um abraço.
— Meu filho — Vó Germana disse chorando.
Lucy levantou alarmada se soltando do meu abraço.
— Eu quero saber aonde eles estão...
— No hospital do centro — Minha mãe disse com a voz embargada
— A gente vai pra lá agora — Lucy falou firme.
A porta da sala foi aberta e a Maísa e o Thiago entraram por ela.
— Gente... Alguém liga pra o Léo — Thiago disse eufórico
— O quê? Porque? — Perguntei nervosa.
— Uma ambulância acabou de descer com a Avelyn pra o hospital... A bolsa dela estourou e a tia Marcella foi com ela — Maísa também disse eufórica, depois ela olhou pras nossas caras — O que aconteceu? — Perguntou confusa.
— Acharam a Maria Laura — A Jhessyka falou
— E isso não é bom? — Ele perguntou animada.
— Maísa... A Maria Laura também entrou em trabalho de parto... E bom... Seu pai... — Ela me interrompeu
— O que tem meu pai? — Perguntou desesperada
— O GA levou um tiro — Falei direta.
••••••••
Foi um sacrifício pra acalmar a Maísa que chorava descontroladamente nos braços da mãe.
Minha mãe ficou em casa junto com o Pietro, Miguel e Junior.
Thiago teve que dar um remédio pra Maísa dormir, já a Lucy tentava ficar controlada.
Antes de sairmos de casa, ligamos pra o Léo avisando e ele disse que a Marcella já tinha ligado, e que coincidentemente levaram a Avelyn pra o mesmo hospital que o GA esta com a Lucy.
Meu pai estacionou o carro e eu, Lucy, Vó Germana e tia Jhessyka descemos.
Avisei ao Lucas que tava vindo, mas ele não podia porque tava com o tio Lucca e o tio Menor no forno.
Na ligação dava pra escutar os gritos femininos que eu reconheci como sendo da Katiane.
Não sou adepta a violência, mas dessa vez eu acho que ela merecia o que quer que estava passando.
Lucy saiu correndo em direção a recepcionista e eu a segui,alguém tinha que está controlando ela.
— Você pode me dar informações sobre um paciente que entrou com um ferimento a bala e duas meninas que estavam em trabalho de parto? — Ela perguntou desesperada
— Quais os nomes Senhora? — A mulher com voz fina perguntou teclando alguma coisa no computador.
— Maria Laura Madison Araújo, Avelyn Sousa Araújo e... — Ela parou de falar
— E... — E recepcionista s incentivou a falar
— Rodrigo Sena — Ouvimos a voz da Marcella atrás de nós.
A Lucy olhou pra ela e correu a abraçando.
— Bom... A Avelyn e Maria Laura estão acompanhadas dos seus maridos nas salas de parto... E o senhor Rodrigo ainda está em cirurgia — A recepcionista disse me encarando.
— Ah, sim... Obrigada — Dei um meio sorriso.
Me afastei do balcão e a tia Jhessyka tava chorando junto a Lucy e a Marcella.
Suspirei e limpei minha garganta, chamando a atenção das três pra mim.
— Aonde a gente pode conversar mais reservado? — Perguntei a Marcella
— Vamos ali — Ela apontou pra um canto.
Assenti e nós cinco seguimos.
— Fala Nanda... Como tá o meu filho? — Vó Germana sussurrou nervosa.
— O GA ainda está em cirurgia, assim como as meninas que também estão no parto — Sussurrei.
A Lucy Soluçou alto e eu suspirei novamente.
— Vamos nos sentar — A Jhessyka disse com a voz embargada e apontou pra sala de espera.
Assentimos e fomos nos sentar.
Segurei a mão da minha irmã assim que sentamos lado a lado.
— Eu tô aqui meu amor — Beijei sua mão.
— Obrigada melhor irmã do mundo — Ela sorriu fraco.
Começamos a rezar e orar em pedido da vida dos três.
O que mais devemos ter agora é fé.
•••••••••
Uma hora depois e a Lucy já tinha feito barraco umas três vezes, mas ninguém tinha trazido nenhuma notícia.
— Eu não aguento mais — A Lucy passou a mão pelo vestido.
— Calma Lucy — Marcella disse tocando em seu ombro.
— EU NÃO AGUENTO MAIS TODO MUNDO ME PEDIR PARA TER CALMA... MINHA FILHA E MINHA SOBRINHA ESTÃO TENDO FILHO ENQUANTO O MEU MARIDO, O HOMEM QUE EU AMO, ESTÁ EM UMA CAMA CIRÚRGICA TIRANDO UMA BALA — Ela gritou e passou a mão pelo cabelo — VOCÊS AINDA ACHAM QUE TEM COMO TER CALMA? EU NÃO VOU FICAR CALMA, EU QUERO SABER DA MINHA FILHA, DOS MEUS NETOS, DAS MINHAS SOBRINHAS E DO MEU MARIDO... EU EXIJO — Lucy gritou ainda mais alto
As atenções das pessoas estavam todas em nós.
— Senhora... Isso aqui é um hospital, nós precisamos que se acalme — Uma enfermeira pediu se aproximando de nós.
— E eu quero que tomem no cú — Ele disse séria.
— Nós vamos procurar saber... Quais são os nomes? — Ela perguntou.
Falamos os nomes, inclusive o nome falso de GA.
Marcella tinha explicado que o Léo deu esse nome falso pra os dados do GA.
Como ele é procurado, podia colocar em risco.
A enfermeira se retirou e ficamos esperando notícias.
Alguns minutos depois ela voltou com uma médica, que carregava uma prancheta em suas mãos.
— As senhoras dão familiares de Rodrigo Sena? — Ela perguntou calma.
— Sim — Respondemos em uníssono.
— Bom... Conseguimos retirar a bala que estava alojada próximo ao coração, por sorte não atingiu o órgão... — Respiramos aliviadas — Mas... — Vó Fernanda interrompeu ela.
— Mas o quê? — Ela perguntou nervosa.
— Infelizmente o senhor Rodrigo perdeu muito sangue e vai precisar de uma transfusão... — Ela falou em um tom triste.
— Eu doou — Lucy falou firme.
— Claro... Se o seu tipo sanguíneo for O negativo, a senhora poderá doar — Ela falou mais animada.
Lucy começou a chorar novamente.
— O tipo sanguíneo dela é A positivo — Suspirei.
Assim como o meu.
— As senhoras não conhecem ninguém com essa tipagem? — A médica perguntou com a sobrancelha arqueada
Olhei pra vó Germana e pra tia Jhessyka.
— Não — Elas disseram juntas.
— Podemos consultar o banco de sangue... Mas é quase impossível ter, já que o sangue é raro — Ela suspirou — Vamos lhes manter informadas.
Lucy voltou a chorar alto acompanhada da vó Germana.
Um aparelho da médica começou a apitar.
Ela encarou a enfermeira.
— Emergência no quarto do paciente Rodrigo — Ela disse alarmada e saiu correndo.
Todas nós ficamos assustadas.
— Eu vou lá — Lucy disse tentando se soltar de nós.
A impedimos e antes dela tentar novamente fomos interrompidos por dois gritos.
— NASCEU — Léo e Muka gritaram animados vindo em nossa direção.
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Oi amores 😘 E agora... O que será que aconteceu com o GA?
Os babys nasceram em... E será que vão achar um doador pra o GA?
#ForçaGA
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