Capítulo 67
Maria Laura narrando
Meu corpo inteiro tremia, eu temia pela vida do meu pai.
Não estava acreditando que papai tinha mesmo se entregado, ou ia se entregar por mim, ele não podia.
Comi rapidamente a comida que ele tinha deixado ali, e como estava solta, eu estava mais aliviada.
Bebi aquela água rapidamente, eu estava com a garganta seca, passar o dia inteiro nas condições que passo, tem dessas coisas.
Minha mente ainda estava vagando na imagem do meu pai, ele não ia se entregar assim, não sem luta.
💭Esse não seria o GA que eu conheço.💭
•••••••
As horas foram passando e as cólicas em minha barriga aumentando.
Tava encostada na parede, fazendo massagem minha barriga pra que a dor se passasse, mas nada.
Supirei.
— Meus bebês... mamãe tá com dor... Vocês estão bem? — Perguntei preocupada enquanto alisava minha barriga.
Fechei meus olhos e mordi meu lábio inferior com força, sentindo a pontada forte me atingindo.
Me assustei com o barulho de um estrondo que vinha do lado de fora.
Levantei assustada e me arrastei até a porta pra ver se escutava alguma coisa.
— CADÊ A MILHA FILHA SEU MERDA? — ouvi a voz do meu pai gritando.
— RESPONDE FILHO DA PUTA... EU VIM PESSOALMENTE MANDAR TUA ALMA PRA O INFERNO — Léo quem gritou dessa vez, irritado.
Não perdi tempo, juntei minhas forças e comecei a esmurrar a porta, na tentativa que eles escutassem que eu estava ali.
— eu tô aqui... Eu tô aqui — Comecei a gritar, falhadamente.
Minha voz estava fraca.
— MARIA AMOR, SE AFASTA DA PORTA, EU VOU ARROMBAR — Muka gritou, próximo a porta do quarto.
Me afastei da porta, e segundos depois a porta estava ao chão.
Lá estava o amor da minha vida, junto com meu pai e meu cunhado.
Assim que meus olhos bateram no Muka, cai no chão exausta.
Os três homens se aproximaram de mim
— Acabou meu amor — Muka disse e me abraçou
Comecei a chorar desesperadamente.
Pra quem não tinha mais fé de está livre novamente, ver eles ali, me fazia ficar constrangida.
Como eu pude duvidar de Deus? como eu pude duvidar que eles não vinham atrás de mim?
— A gente tá aqui filha — Papai disse emocionado e passou a mão em meu cabelo.
Estava com vergonha de está nas condições que estava ali perto deles.
Vi que o Muka passeou o olhar pelo meu corpo quando eu me soltei do abraço. Eu estava sem roupa, apenas de lingerie e cheia de hematomas por todo o corpo.
Antes que eu pudesse falar alguma coisa, sobre o que tinha acontecido, fomos interrompidos por batidas de palmas.
Todos olharam pra direção de onde as palmas vinham, la estava o Bernardo batendo palmas com uma arma na mão e com aquele sorriso diabólico dele.
— GA, Muka, Léo e Maria Laura... Agora o show tá completo — Ele falou sorrindo.
— Seu filho da puta do caralho — Papai disse se levantando e indo na direção dele.
O Bernardo apontou a arma pra o meu pai, fazendo ele recuar.
— Vamo ter calminha ai? o protagonista desse show sou eu — Ele disse debochado
Olhei pra o Muka por alguns segundos, o ódio era aparente em sua fisionomia.
— Porque tu fez isso em? — Léo perguntou com ódio
— Digamos que... Eu treinei dois filhos da puta a vida inteira... vocês tinham uma única missão... Entrar na porra da Rocinha e depois que conseguisse a porra da confiança do GA, matasse o cara e a família... Mas não... Vocês não puxaram mesmo ao meu irmão, ou alás puxaram, a ruína do Cão foi o encanto dele pela Germana... por isso, os dois se encantaram com as bucetas das princesinhas e arruinaram tudo — Ele falou com ódio.
O Muka levantou e tentou avançar no Bernardo, mas foi impedido pelo meu pai.
— Me fala uma coisa... Tu sempre soube que o GA não matou o Cão não foi? Fala a verdade de uma vez — Muka disse entre os dentes.
Bernardo riu exageradamente.
— Quer saber a verdade Mikael? Eu vou te explicar... Eu sempre soube de tudo, sempre soube que o GA não tinha matado o meu irmão — Ele falou direto e voltou a rir.
Olhei pra ele atônita, eu não tava acreditando no que ele tava falando.
Aliás, nem eu e nem ninguém.
— Como assim tu sabia de tudo?— Léo perguntou confuso
— Eu estava escondido... eu vi quando a vadia apontou a arma na cabeça do meu irmão e disparou... — Ele disse com ódio e como se estivesse lembrando de algo, provavelmente da cena. — Eu podia muito bem ir lá e impedir alguma coisa... mas o Cão merecia... o viado só pensava na Germana... Não valorizou as oportunidades que a vida deu a ele — Ele balançou a cabeça
— Você é um monstro — Muka disse sem acreditar
— Tu nem sabe o quanto eu sou... Passei a vida inteira invejando aquele filho da puta... Eu... — Ele bateu no peito — EU, era quem devia ter herdado o morro do Alemão — Ele novamente bateu em seu peito — O cuzão além de tudo perdeu o morro que era da minha família por direito, e adivinha pra quem? pra o FA o filho da puta que dominou ele — Ele disse encarando meu pai
— Você lava a boca pra falar da minha mão seu porra — Papai disse apontando o dedo pra cara dele
— Eu não acredito que você fez tudo isso apenas por poder... não acredito — Léo disse balançando a cabeça
— Qual o homem que não anseia poder? — Ele perguntou com ironia — Eu sempre quis poder, sempre sonhei em ser temido, odiado e até amado como o temível e grande GA — Ele apontou pra meu pai — Por isso que quando eu pensei que vocês seriam as melhores iscas pra meu plano dar certo... eu matei quem podia ser um impedimento — Falou com frieza e dessa vez encarou o Muka e o Léo.
O Muka travou o corpo, junto com o Léo que estava como se estivesse anestesiado.
Na verdade eu também estou, não tô acreditando no que ele tá querendo dizer com isso.
— Não... Você não fez... Não — Muka começou a negar desesperado e passou a mão pelo cabelo.
— Claro que eu matei a Clarissa.. puta inútil do caralho... nem chupar um pau direito sabia, assim como essa tua vadia ai — Ele apontou pra mim.
Em meu rosto começou a rolar as lágrimas grossas, eu olhava pra o homem que eu amava e pra o meu cunhado e via a dor que eles estavam sentindo.
O olhar deles entregava isso.
Muka não se controlou mais e se soltou do meu pai, avançando em cima do tio que atirou pra cima, fazendo ele dar paços vacilantes pra trás.
— Sem gracinhas Mikael... Eu tô coçando pra atirar na cabeça do GA e tú não vai me impedir a isso — Ele falou debochado e apontou a arma pra meu pai.
A ficha tiinha caído... Todo esse tempo o Bernardo usou os meninos, isso já sabíamos, mas ao contrário do que pensávamos ele fazia isso porque queria, por querer apenas poder.
As dores aumentaram em minha barriga e eu cheguei a gemer de dor, chamando as atenções deles pra mim.
— O que foi amor? Muka perguntou preocupado
— Que bonitinho... ele tá preocupado com as aberrações que a mulher carrega na barriga — Bernardo debochou novamente
— Deixa minha filha ir embora seu verme... Teu lance não é comigo?— Meu pai perguntou irritado
Soltei outro gemido de dor, quando senti outra pontada em minha barriga, dessa vez mais forte.
Isso não é uma cólica normal.
— Ahhhh — Agarrei minha barriga sentindo a dor forte.
Todo mundo mantinha a atenção em mim.
Muka correu em minha direção e se agachou, ja que eu estava deitada no chão ainda.
— Maria... o que tu tá sentindo amor? — Ele perguntou preocupado
— Aaahhh — gritei novamente sentindo uma dor pior — Umas pontadas fortes... — Fiz uma careta sentindo a dor.
— Ela tá tendo o menino — Papai disse desesperado — Deixa ele levar minha filha pra o hospital Bernado... Ela tá entrando em trabalho de parto, tu não tá vendo
Bernardo só fazia rir
— Você acha mesmo que eu vou liberar essa piranha sendo que ela é o maior trunfo que eu tenho contra vocês? Eu vou é te matar ela vai assistir.. Depois eu mato o Muka e o bosta do Leonardo, enquanto ela ainda chora por tua morte... Depois eu pego essas aberrações e trafico... É até bom que ela esteja parindo mesmo... Quem sabe essas coisas morrem ou nascem logo, de uma vez — Ele deu de ombros.
— Seu filho de uma puta — Léo disse com ódio
Como ele tava mais perto do Bernardo, acertou um soco de surpresa nele, fazendo o lixo humano cabalear pra trás.
O Léo não deu espaço pra o Bernardo se recuperar e segurou em seu braço tentando fazer com que ele soltasse a arma.
— Ahhhh — Gritei novamente de dor.
Senti um líquido escorrer por minhas pernas, e o Muka segurou forte em minha mão.
— Não... Agora não — Ele disse desesperado enquanto mudava o olhar de mim, pra o irmão e p tio que estavam brigando.
Papai também desviava o seu olhar de mim, pra os dois.
— Tá doendo... Tá doendo muito — Falei desesperada sentindo a dor.
Na mesma hora a arma disparou.
Meu coração acelerou e eu olhei pra onde o tiro tinha ido.
Léo olhou pra trás assustado e Bernardo aproveitou e lhe empurrou no chão.
Encarei meu pai que estava parado na mesma posição.
Dois segundos depois, papai caiu no chão de barriga pra cima e com a camisa suja de sangue.
— PAI — Gritei desesperada.
O Muka olhoou pra o meu pai caído no chão, assim como o Léo.
Outra contração forte me atingiu, impedindo que eu fosse ao encontro do meu pai caído.
— Agora tu vai morrer... manda um aviso pra o satanás e avisa que eu vou demorar — Léo disse com ódio, com a voz embargada.
Ele puxou uma arma de sua cintura e antes que o tio tivesse reação, atirou em sua testa.
Muka me pegou no colo.
— Vamo Leonardo... Pega o GA — Ele disse desesperado.
As lágrimas saiam de mim sem controle, eu chorava pelo meu pai e também pelas dores que estava sentindo.
Vi alguém correndo em nossa direção, quase caio do colo do Muka, sem acreditar.
— O que ela tem? — Serginho perguntou desesperado.
— Anda filho da puta... Entra e ajuda o Léo a pegar o GA, ele foi baleado — Muka disse apressado.
Ele correu pra o lado de fora daquele barraco comigo no colo e abriu a porta do carro em desespero, me colocou no banco de trás.
Segundos depois o Léo saiu com o Serginho, carregando meu pai que estava aparentando está desacordado.
Eles colocaram meu pai ao meu lado e Léo e Muka apenas, entraram no carro.
— Aiii — Grunhi de dor.
Muka acelerou o carro enquanto eu revirava meus olhos de dor.
Olhei pra o lado e meu pai tava com os olhos abertos, o tiro tinha sido em seu peito, do lado direito.
— Vocês vão ficar bem — Léo disse com a voz falha
Agarrei a mão do meu pai enquanto sentia outra contração.
•••••••
Estava quase desacordada quando senti o carro parar e meu corpo ser erguido.
Olhei pra o lado desesperada, procurando meu pai.
— Meu pai — Falei
— Calma... ele vai ser levado pra cirurgia imediatamente... Não se preocuupe — O enfermeiro falou enquanto me colocavam na maca
Assenti e eles saíram me levando correndo.
— Eu quero o Muka... eu quero o pai dos meus filhos — Falei chorando.
Eles entraram numa sala comigo e me colocaram em uma cama.
Começaram a fazer um monte de exame em mim, enquanto eu gritava de dor.
••••
Algum tempo depois me levaram a sala de cirurgia, dizendo que eu já estava pronta pra o parto.
O médico me explicou que ia ser normal.
— Cadê o meu marido? — Perguntei desesperada enquanto terminavam de me arrumar pra o parto.
— Calma senhora, seu marido foi se preparar pra acompanhar o parto... — O mesmo enfermeiro falou calmo.
— Tudo pronto? — Um outro homem perguntou
Derrepente a porta da sala foi aberta e o Muka chegou com aquelas roupas especiais.
Ele caminhou até mim e segurou em minha mão.
— Vai dar tudo certo — Sussurrou
O Muka levou minha mão até seus lábios e depositou um beijo.
— Vamos começar — O homem anterior falou.
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Oi amores 😘 Muitas emoções em...
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