Capítulo 66
Muka narrando
Assim que a chamada foi encerrada, encarei todos na sala, que estavam olhando atônitos pra o GA.
A Lucy já chorava desesperada.
— Não irmão... Tu não vai entregar tua vida a filho da puta nenhum não — FA disse balançando a cabeça.
— Deixa de ser burro... Oh Sérgio, aonde eles tão mesmo? — GA perguntou.
Saquei tudo na mesma hora e sorri largo pra ele, que me retribuiu.
— Eles estão esse tempo todo aqui no Rio... No complexo da maré — O tal Sérgio disse ainda mexendo no computador.
— Não é possível... Eu sempre seguia a Katiane e ela ia pra saída do Rio — Avelyn disse desorientada.
— Fácil morena... Ela sabia que tu tava seguindo ela e te enrolava esse tempo todo — Léo disse balançando a cabeça.
— Filha da puta desgraçada... Eu vou acabar com a vida daquela imunda, rata de esgoto... Xoxada dos infernos, arrasada... — Maísa interrompeu ela
— Todo mundo já entendeu que Katiane não presta — Ela disse séria.
Avekyn deu língua a ela e cruzou os braços.
— A gente vai lá agora — GA afirmou.
— O quê? — Lucy perguntou assustada
— A gente pega o verme na surpresa... O dono de lá é fechamento, deve nem saber que o verme tá por lá. — Ele disse com um sorriso diabólico nos lábios.
Nunca tinha visto o GA assim, ele parecia com sede de vingança.
E pra falar a verdade, eu também estou.
Nunca pensei que o homem a quem eu queria matar, hoje estaria unido a mim no mesmo sentimento que me trouxe a sua vida, a vingança.
E contra o homem que passou a vida toda alimentando esse sentimento em mim.
— Eu acho isso arriscado demais — Dona Cecília falou balançando a cabeça
— Arriscado é Maria Laura permanecer nas mãos daquele filho da puta... Isso sim — GA disse sério e cruzou os braços.
— Eu tô com o GA — Falei e cruzei meus braços.
— Eu também — Léo disse firme.
Avelyn encarou ele com o olhar fuzilante, mas o meu irmão não recuou.
— Eu tenho que fazer isso amor... Por meus sobrinhos — Ele disse
Ela não falou nada, apenas saiu pisando duro em direção a cozinha.
Léo balançou a cabeça em negativo e passou a mão pelo cabelo.
— Gente... Cês tão esquecendo da Katiane? O louco aí disse que ela tá com ele nesse sequestro da Maria né? — Nanda perguntou.
Meu sangue ferveu em minhas veias ao lembrar da cara daquela vadia, e pensar que ela estava envolvida nisso, me dava mais ódio ainda dela.
— Pior que eu não tenho tempo pra ir caçar vadia agora — GA falou me encarando.
— Nem vem... Eu vou com tu atrás da minha mulher — Falei firme.
— Eu também vou — Léo disse firme.
— Caralho... Eu prendo essa porra no forno e espero vocês pra dar o destino dela — Lucas disse dando de ombros.
— Eu vou com tu — Lucca disse levantando do sofá
Jhessyka começou a rir e todo mundo olhou pra ela.
— Desculpa, eu sei que não é o momento mas esse negócio do Lucca virando macho tá parecendo o Ruy quando deu o tiro no Zeca — Ela falou ainda rindo.
— Lucca macho forçado — Marcella também riu.
Ele deu dedo as duas.
— Tu é minha mulher... Devia ta apoiando esse meu momento heróico — Ele disse encarando a Jhessyka.
Ela levantou e deu um selinho nele.
— Desculpa amor, é que a gente sabe que na fila da coragem tu não passou — Ela falou rindo e abraçou ele.
— Não foi por medo — Lucy disse com a voz de choro.
Todo mundo riu, inclusive GA e FA.
Lucas saiu de casa acompanhado do Lucca e armado.
Nanda que tava com o filho no colo, subiu a escada rezando.
Dona German se aproximou e abraçou o GA.
— Toma cuidado meu filho? Eu preciso que você volte em segurança com minha neta e meus bisnetos — Ela falou com a voz embargada
GA beijou o topo da cabeça da mãe.
— Eu volto minha rainha... A senhora vai ver que é só questão de tempo pra eu ter minha filha e meus netos aqui em segurança com nós — Ele disse firme .
Ela assentiu e se afastou dele, vindo me abraçar em seguida.
— Você também Muka... Cuidado meu filho — Ela disse preocupada.
Assenti
— Vou tomar Dona Germana... Eu só quero que aquele verme pague. — Falei firme imaginando a imagem do filho da puta na minha mente.
Léo se aproximou da gente e colocou a mão em meu ombro.
— Tu vai ter tua mulher em teus braços irmão... — Léo afirmou.
— É o que eu mais quero irmão... Ter a Maria Laura de novo em meus braços e que tudo fique bem — Afirmei esperançoso.
— Vamo logo porra... Não vejo a hora de cobrar com sangue o que aquele maldito fez a minha filha e aos meus netos — GA disse com ódio.
Assentimos.
•••••••
Antes de sairmos do morro, GA passou na boca pra pegarmos armas.
O caminho pra o Complexo da Maré foi rápido.
A sede de vingança e o ódio que amanava das nossas veias, das de nós três, cegava e fazia com que o tempo passasse como jato por nós.
Eu sempre pensei que odiasse o GA, mas não.
Ódio de verdade eu sinto agora.
Pelo meu tio.
Eu quero com todas as minhas forças, matar ele.
Matar o homem que me criou.
É nessas horas que eu esqueço de tudo, esqueço tudo o que ele fez por mim, afinal ele mexeu com o meu bem mais precioso.
Minha mulher e meus filhos, e nada vai passar impune, nada.
Chegamos na contenção e tá cheio de vapor armado até os dentes.
— Fala rapaziada — GA disse colocando a cabeça pra fora da janela.
Começou os cochichos na mesma hora.
— Ora se não é o grande GA, ao que devo a hora de sua visita no nosso morro? — Um cara que aparenta ter quase a mesma idade que o GA fala rindo.
— GG seu grande filho da puta... Não fala meu nome... Cadê teu chefe? — GA pergunta rindo.
💭Como esse cara consegue rir uma hora dessa?💭
— LN tá na boca ainda — ele deu de ombros
— Me leva lá... Tenho um b.o aí pra resolver — GA disse firme
— Segue minha moto parceiro, deixo tu lá — O cara disse.
Ele fez sinal pra os vapor liberar nossa passagem.
Olhei pra trás, o Léo me ofereceu um sorriso fraco e do lado dele tava o tal Sérgio, com a cara de bundão dele.
•••
Chegamos em frente a boca e o GA colocou um capuz pra não ser reconhecido, fiz o mesmo sendo acompanhado pelo Léo.
O filho da puta podia ta na rua uma hora dessa e se visse a gente, fodia com o plano todo.
Fomos até a sala do tal LN, dono daqui.
Assim que a porta se abriu, a gente viu o cara sendo chupado por uma mulher.
— Coloca esse pinto dentro das calças LN — GA disse sério.
A mulher continuou chupando
— Perai porra... Tu invade minha sala assim, deixa eu gozar primeiro — Ele falou rindo.
— Eu tenho um b.o sério pra resolver com tu — GA disse firme.
— B.O só depois que eu gozar GA — Ele sorriu.
GA bufou e eu olhei pra o Léo, que tava rindo também.
— Já pensou eu pegar meu celular? Isso dava um pornozão — Léo sussurrou em meu ouvido.
Revirei meus olhos
— Se mata mano — Falei sincero.
Ele colocou a mão no peito como se estivesse ofendido.
— Nossa Muka, assim você fere meus sentimentos — Ele disse com a mão no peito.
Permaneci na minha, sério.
Tava afim de piada e nem conversa nenhuma que não fosse relacionado a Maria Laura e meus filhos.
•••
Alguns minutos depois o cara pressionou o pau na boca da mulher e pelo visto gozou, porque soltou um gemido de alívio.
Ele vestiu a calça enquanto ela arrumava a roupa no corpo.
Ele pegou um bolo de dinheiro de uma gaveta e entregou, na verdade jogou pra ela.
— Rala vagabunda — Falou fazendo sinal com a mão.
Ela assentiu e saiu de cabeça baixa pra fora da sala.
Te falar viu, já conheci a história da Lucy e do quanto ela sofreu antes com o GA, já que ele obrigou ela a ser amante dele e tals, também teve a parte de bater.
💭Deus me livre minha filha se submeter a isso, de ser amante de traficante 💭
— Ainda bem que essa sessão de terror acabou — GA disse sentando na cadeira em frente a mesa do cara.
— Que bons ventos trazem o meu amigo aqui? — O tal LN disse animado.
— Seguinte... Queria saber se tu viu esse cara na tua quebrada — GA disse puxando o celular com uma foto do Bernardo.
O tal LN olhou a foto e coçou o queixo.
— O Biu? Pow, mó gente boa o cara — LN devolveu.
Escutamos uma risada exagerada e eu olhei pra trás, era Leonardo.
— Biu... Desculpa, mas não tinha um nome falso melhor não? — Ele perguntou rindo.
Balancei a cabeça enquanto encarava o idiota do meu irmão.
💭 É um doente mental mesmo💭
— Tô entendendo mais nada — O LN disse confuso.
— Seguinte parceiro, esse filho da puta se chama Bernardo e ele sequestrou minha filha... Acontece que essa noite nós depois de um mês tentando, conseguiu rastrear o número que ele ligou e adivinha... Deu direto pra cá — GA arrumou a postura na cadeira
— Mostra ao cada Sérgio — Falei
O Sérgio puxou o celular dele, aonde estavam as paradas todas dele, que ele passou antes de sairmos de casa.
— Aqui, esse ponto indica o Complexo da Maré — Ele falou e o LN puxou o celular da mão dele.
— Caralho... Esse maluco chegou aqui se apresentando como Biu, disse que morava no Chapadão e o Fusca chutou ele de lá e tals, tava de bom humor e deu um barraco que tinha afastado sabe? Pra ele ficar — O LN disse todo por fora.
— Me leva lá — Falei eufórico.
— Calma... Levo sim — Ele disse levantando da cadeira dele.
— Ah... Minha filha tá grávida porra, esse cuzão aqui é o marido dela e pai das crias — Apontou pra mim.
— Eu sou o melhor cunhado que ela podia ter arrumado na vida — Leonardo disse se gabando.
Olhei pra ele novamente sem acreditar.
Eu juro que não creio que Leonardo esperou agora pra fazer piada, é mentira.
— Ah, que legal — LN disse pra o Léo.
Eu agora quem tava querendo rir, se fosse em outra ocasião, eu ia esfregar na cara dele que a piada dele não tinha funcionado.
— Vamo lá... Eu preciso achar minha filha e meus netos — GA disse esperançoso.
LN assentiu e a gente saiu da sala dele, indo em direção ao carro do GA.
•••••
Chegamos em frente ao barraco.
Como o LN disse, era afastado de tudo e agora sabia que o filho da puta tinha escolhido o local perfeito pra ele, mesmo que a Maria Laura gritasse, ninguém ia conseguir assimilar aquilo a um sequestro.
— Pow GA, quero te pedir perdão meu parceiro, eu nunca que ia adivinhar que o cara tava de K.O... Nem vi o dia que ele entrou com tua filha aqui — Ele balançou a cabeça
— Foi nada não LN, só peço que me deixe cobrar o certo pelo certo... Minha filha sofreu o bocado na mão desse comédia, eu preciso cobrar com sangue tá ligado? — GA perguntou
O LN assentiu e a gente desceu do carro.
Tinha luzes ligadas na casa.
— O verme tá aí — Léo agora estava sério e falou entre os dentes.
— Eu não posso ficar aqui? — o Sérgio disse se tremendo que nem vara verde.
— Tá com medo filhote? — Arqueei a sobrancelha
— Só não quero me envolver em assunto que não me cabe mais — Ele levantou as mãos em forma de rendição.
Ignorei o cuzão e já cheguei nas bicuda na porta do barraco, fazendo a madeira podre cair no chão.
Rolei meus olhos, pra ver se tinha alguma coisa, algum sinal da Maria Laura e nada.
— CADÊ A MILHA FILHA SEU MERDA? — GA gritou.
— RESPONDE FILHO DA PUTA... EU VIM PESSOALMENTE MANDAR TUA ALMA PRA O INFERNO — Léo quem gritou dessa vez, irritado.
Começamos a ouvir alguém esmurrar uma porta.
— Tá vindo dali porra — Falei e sai correndo em direção que o som vinha.
— eu tô aqui... Eu tô aqui — Escutava as tentativas falhas de um grito.
— MARIA AMOR, SE AFASTA DA PORTA, EU VOU ARROMBAR — Gritei já sorrindo.
Esperei alguns segundos, antes de meter o pé pra cima e a porta cair novamente.
Assim que me viu Maria Laura, caiu no chão ajoelhada.
Me aproximei dela, junto com o GA e o Léo.
— Acabou meu amor — a abracei.
Ela começou a chorar desesperadamente.
— A gente tá aqui filha — GA disse emocionado e passou a mão pelo cabelo dela.
Aquele lugar fedia de uma forma anormal.
Maria me soltou do abraço e eu pude ver seu corpo cheio de ematomas, seu olho tinha um roxo que fazia ficar inchado.
Antes que ela falasse alguma coisa, fomos interrompidos por batidas de palmas.
Olhei pra trás e o Bernardo tava batendo palmas com uma arma na mão e com aquele sorriso diabólico dele.
— GA, Muka, Léo e Maria Laura... Agora o show tá completo — Ele falou sorrindo.
💭 É agora... Eu mato esse filho da puta 💭
••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••
Oi amores 😘 Finalmente conseguiram em
#SaveMariaLaura
E agora? O que vai acontecer?
#retafinal
Spoiler: "Quer saber a verdade Mikael? Eu vou te explicar... Eu sempre soube de tudo, sempre soube que o GA não tinha matado o meu irmão"
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