Capítulo 60
"E aí olá, você me esperava né? Prazer sou seu príncipe cheio de defeitos (...) Mas eu tô tentando, tentando melhorar(...) Eu quero ser seu príncipe encantado, seu eterno namorado, te acordar com um beijo meu, só meu, Eu quero ser seu príncipe perfeito, se não for eu dou um jeito, você sabe eu sempre dou um jeito"
—Principe, Lucas Lucco
Thiago narrando
1 semana depois...
Olho pra o lado e vejo que Maísa já está acordada, os soluços altos a entregam.
Passei a mão pelo braço dela e suspirei.
—— Eu tô aqui —— Sussurrei próximo ao ouvido dela.
Faz uma semana que Maria Laura sumiu e ninguém tem notícias dela.
Maísa não faz outra coisa que não seja dar plantão com um celular na mão, esperando notícias da irmã.
Ela também tá cuidando do irmão, já que a Lucy não tem cabeça pra mais nada que não seja achar Maria Laura ou cuidar do GA.
—— Eu preciso da minha irmã Thiago... Eu preciso dela —— Disse entre as lágrimas.
Beijei seu ombros e afastei o cabelo pra o lado.
—— Vamo tomar café, vem —— Falei levantando.
—— Eu tô sem fome —— Ela disse enxugando as lágrimas
Suspirei
—— Maísa, você tem que comer, já pensou se a Maria estivesse aqui?... —— Ela me interrompeu
—— O PROBLEMA É ESSE, ELA NÃO ESTÁ AQUI —— Ela gritou —— Não está... Ela não está aqui —— Repetiu desesperada e levantou, saindo do quarto.
Passei a mão pelo cabelo e bufei.
💭Eu sou um idiota do caralho mesmo💭
Soquei a parede e joguei minha cabeça pra trás.
A porta do meu quarto foi aberta pelo meu pai.
Ele entrou no quarto e ficou calado me encarando.
Me sentei na cama com a mão no cabelo.
—— O que aconteceu com ela? —— Ele quebrou o silêncio
—— Ela só tá desesperada pra achar a irmã... Apenas isso —— Falei cansado.
—— Isso todo mundo tá —— Meu pai disse e balançou a cabeça.
GA colocou os parceiros todos atrás da Maria Laura, daqui e também de outros estados.
Mas até agora ninguém achou, ninguém tem nenhuma pista de Maria Laura, e isso tem feito todo mundo pirar.
—— As vezes eu não sei o que fazer pra tentar animar ela sabe... Maísa tá com a mente a milhão —— Cocei meu queixo.
—— Acho que tu devia tirar ela do morro, nem que fosse só por uma hora... Ela precisa aliviar a mente
Assenti, afinal a idéia do meu pai tinha fundamento.
Quem sabe Maísa relaxasse mais.
Sai do quarto e vi minha mãe sair do banheiro abraçada a Maísa, provavelmente quando ela saiu do quarto correndo, foi chorar no banheiro.
Meu pai sinalizou com a cabeça pra minha mãe e eles deixaram nós dois a sós.
—— Me perdoa... Só que eu tô pirando —— Ela disse com a mão na cabeça
Caminhei até ela e a puxei pra um abraço, fazendo sua cabeça descansar em meu peito.
— Você não tem o que me pedir desculpa... Você tá passando por um momento difícil, mas eu quero que tu saiba que eu tô aqui contigo... Eu tô aqui —— Passei a mão pelo cabelo dela.
Ouvi o seu suspiro pesado e beijei o topo da cabeça dela.
—— Vamos tomar café... Depois eu vou te levar em casa pra trocar de roupas e depois a gente vai dar uma volta —— Falei firme.
Ela me encarou
—— Mas tem o Miguel e... —— Interrompi ela.
—— A Nanda fica com ele hoje —— Acaricio a bochecha dela —— Você precisa descansar ——
Passei a mão pela costa dela.
—— Tu tem razão —— Falou vencida e respirou fundo.
—— Mas antes a gente vai tomar café, vamos —— Segurei em sua mão.
Meus pais já estavam sentados na mesa, assim que a gente entrou, minha mãe sorriu e chamou Maísa com a mão pra perto dela.
—— Tá melhor meu amor? —— Dona Soraia perguntou preocupada a minha namorada
—— Tô sim tia —— Maísa disse com um sorriso fraco
—— A gente tem que ter fé Maisinha... Tamo fazendo as buscas e não vamos parar até achar a Malau —— Meu pai disse
—— Eu tô pedindo forças a Deus mesmo tio... Mesmo que a gente brigasse e tudo, mas ela é minha irmã, e eu amo a Malau muito... O Muka coitado, tá desesperado —— Ela balançou a cabeça.
—— E eu não sei —— Meu pai suspirou.
—— Come pra gente ir na tua casa —— Falei firme
Ela fez uma careta mas assentiu.
•••••••••••••
Depois que tomamos café, decidimos ir a casa dela, pra ela tomar banho, trocar de roupas e também despreocupar o GA que tava a toda hora ligando preocupado.
Toquei a campainha e quem abriu a porta foi a Nanda.
— Hey — Ela disse puxando Maísa pra um abraço assim que nos viu.
A expressão de todos é de cansaço, devo admitir que até eu, estou cansado.
— Minha mãe? — Maísa perguntou entrando em casa.
Entrei atrás das duas e fechei a porta.
— Oi minha princesa — Lucy disse saindo da cozinha com Miguel no colo.
— O Lucas tá na boca Nanda? — Perguntei com a sobrancelha arqueada
— Tá sim — Ela disse vencida e suspirou.
— O papai? — Maísa perguntou se afastando da Lucy
— Foi pra Mangueira com teu tio... Querem saber se acham alguém que saiba rackear e rastrear telefones — Ela suspirou.
— Porque? — Perguntei confuso.
— Porque quando fizerem contato... Vamos poder rastrear o telefone — Nanda disse como se fosse óbvio.
— Vem pra irmã bebê — Maísa disse batendo palmas pra o Miguel
— Amor — Falei a encarando, lembrando na verdade, o que a gente tinha ido fazer ali.
Ela suspirou.
— Mãe, o Thiago quer sair do morro hoje... A senhora vai ficar magoada se eu não ficar com o Miguel hoje? — Ela perguntou com a voz baixa.
— Claro que não... Você precisa descansar filha... Fico feliz que o Thiago tenha te convencido a se afastar um pouco... Descansa a mente — Ela passou a mão livre pelo rosto da Maísa.
— E eu tô aqui meu amor... Vou ficar aqui o dia todo — Fernanda sorriu fraco.
— Cadê o Pietro? — Perguntei com a sobrancelha arqueada
— Tá dormindo lá em cima — Ela apontou.
Assentimos e Maísa respirou fundo.
— Então eu vou tomar um banho e trocar de roupas — Ela disse me encarando.
Assenti e pisquei.
Maísa subiu a escada e como eu já tava pronto, me sentei no sofá.
A campainha da casa tocou e a Nanda foi abrir novamente a porta.
Um Muka com olheras fundas e celular na mão entrou por ela.
Levantei e fui até ele o abraçando.
— Fala meu parceiro — Dei tapinhas em sua costa.
— Fala — Ele disse desanimado.
— Vem Lucy, deixa eu levar ele pra tomar a mamadeira — Nanda disse
Me separei de Muka e vi Nanda subir a escada com Miguel em seu colo.
Lucy veio até ele com os olhos já marejados e o abraçou.
— Oh meu filho, não fica assim — Ela disse tentando segurar o choro, em vão.
— Tá difícil pra caralho — Muka disse chorando desesperado.
— Tem que ter fé irmão... Vamo ter fé que Malau e os bacuri tão bem, só assim pra ter força pra lutar por alguma coisa — Falei
Ele suspirou e limpou o rosto com as costas da mão.
— Cadê o GA? — Perguntou com a testa franzida
— GA foi com o Felipe pra Mangueira, parece que descobriram um cara lá que faz rastreamento — Lucy disse e abaixou a cabeça.
Muka levantou a cabeça com o olhar pensativo.
— Ligaram pras algum de vocês? — Ele perguntou ainda pensativo.
— Não — Lucy falou tristonha.
— Não — Abaixei minha cabeça
— Já procurei aquele filho da puta no Rio de Janeiro inteiro... E nada... Nada das caras do Bernardo — Ele disse entre os dentes.
— Muka não adianta culpar teu tio sem a gente saber se realmente foi ele — Lucy disse segurando em seu ombro.
A verdade é que todo mundo achava que tinha sido o filho da puta do tio dele mesmo, mas todo mundo mudava de idéia pra o cara não se sentir mais culpado tá ligado?.
💭Pensa comigo, não deve tá sendo fácil pra ele ver a mulher e os filhos ainda na barriga desaparecidos e que o tio dele, que criou ele e o irmão, envolvido nisso💭
Agora o que ninguém entende é o porquê.
Já que o cara só tinha motivos a tal vingança pra fazer mal a Maria Laura.
Mas agora que ele sabe da verdade, realmente não faz sentido ele tá envolvido com esse sequestro.
Meus pensamentos foram interrompidas com Maísa descendo a escada, com uma bolsa de lado.
— Mãe... Qualquer coisa a senhora me liga que a gente vem correndo né Thiago? — Ela disse me encarando.
— Ah sim — Cocei minha nuca e dei uma risada fraca por está babando pela minha própria namorada.
— Por favor... Descansa essa cabecinha — Lucy disse abraçando ela de lado e beijando a sua bochecha.
— Isso aí Maísa... Tu tá merecendo — Muka deu um sorriso fraco.
Ela assentiu e abraçou o cunhado.
— Qualquer coisa me liga — Ela disse firme dessa vez.
— Podem ligar, eu tô com meu celular ligado — Falei colocando meu braço em sua cintura.
Muka e Lucy assentiram e Maísa deu um último beijo na mãe e no cunhado.
Abracei a Lucy e fiz toque com o Muka.
Peguei os capacetes na entrada da casa e saímos.
Subi na minha moto e ajudei ela a subir, dando minha mão.
— Não vão pegar a gente? — Ela perguntou colocando o capacete
— Aqui é piloto de fuga — Me gabei.
Maísa sorriu e balançou a cabeça colocando os braços em minha cintura em seguida.
Dei partida na moto e desci o morro, buzinando pra o Caça Ratos que tava na contenção hoje.
Ganhei a estrada pra o asfalto, hoje ia levar minha princesa pra fazer o que os casais normais da nossa idade fazem, pra ver se ela afasta por poucas horas, essa merda toda que tá acontecendo.
— Uhul — Maísa disse sorrindo enquanto levantava os braços conforme eu ganhava velocidade na moto.
Sorri.
••••••
Depois que almoçamos e fomos pra praia, apenas ficar vendo as ondas, a levei pra o shopping.
— O que a gente veio fazer aqui Thiago? — Ela perguntou fazendo careta e ajeitando o cabelo.
— Cinema — Sorrio e pego em sua mão.
— Acho que minha vida já tá sendo um filme de terror em si não? — Ela perguntou com um meio sorriso.
Parei ela e segurei em sua cintura no meio do estacionamento.
— Por hoje... Só por essa tarde, vamos esquecer tudo o que tá acontecendo? — Coloco a mecha do seu cabelo pra trás da orelha
— É meio difícil... — Interrompi ela.
— Se você quiser não é nada difícil... Eu só preciso te fazer relaxar apenas algumas horas, aí eu descanso — Faço bico.
Ela respirou fundo e colocou os braços em volta do meu pescoço.
— Por você eu faço esse esforço, mas...
— Sempre tem um mas — Faço careta.
Ela ri fraco.
— Mas... Os nossos celulares vão ficar ligados e qualquer notícia da Malau, a gente vai voltar correndo pra casa ok? — Perguntou séria.
Suspirei e selei nossos lábios.
— Tudo bem — Falo vencido.
Ela sorriu e me deu outro selinho
— O que vamos assistir então? — Perguntou com a sobrancelha arqueada
Entrelacei nossas mãos e voltei a andar com ela em direção ao andar superior do Shopping.
— Comédia romântica — Falo sorrindo.
Ela fez uma careta
— Coisas gays — Colocou a mão no rosto.
Eu ri e a abracei por trás.
— Não seja chata — Falei fazendo bico.
— Tá bom... Comédia romântica — Ela disse vencida.
•••••••••
O filme foi muito bom, assistimos juntos e eu pude ver até Maida dando risadas e gargalhadas que ela sempre procurava conter.
Acho que ela tava se sentindo culpada por se divertir com a irmã nessa situação.
Mas minha missão foi cumprida, ela se distraiu por algum tempo.
Brincamos em alguns brinquedos, esperei ela olhar todas as lojas de roupas pra não escolher nada pra levar e também fizemos umas encomendas de itens de decoração com fotos nossas que tiramos na hora.
Depois a levei pra lanchar.
— Eu adoro Milk Shake — Ela disse batendo palminhas e bebeu um gole longo, fazendo uma careta que me levou a rir — Não rir, tá gelado — Ela disse fazendo careta.
— Você é afoita — Dei de ombros ainda rindo.
Ela me deu língua e eu segurei seu queixo, trazendo seus lábios aos meus e lhe beijei.
Pedi passagem com a língua e Maísa cedeu, colocando os becos em volta do meu pescoço, aprofundando o beijo.
Paramos por falta de ar e eu dei um selinho nela.
— Eu te amo — Ela disse acariciando meu rosto.
— Também te amo — Apertei sua bochecha
Maísa encostou a cabeça em meu ombro, voltando a tomar seu milk shake.
••••••
Quando terminamos de lanchar, vi que ja era noite.
Ainda tive que comprar um urso de pelúcia enorme pra ela.
— Quero ver como a gente vai levar isso — Falei sério subindo na moto.
— Se a gente veio até aqui sem tu ter carteira... Um urso de pelúcia vai ser o de menos — Ela deu de ombros.
Respirei fundo e coloquei o capacete.
— Alguém ligou pra tu? — Mudei de assunto.
Ela suspirou e eu a ajudei a subir na moto, com o urso de lado.
— Não... Isso só quer dizer que não tem notícias da Malau — Falou tristonha.
Reparei fundo.
— Segura aí — Mudei de assunto.
Ela segurou com uma das mãos em minha cintura, enquanto a outra tava com o urso de lado.
Ela já tinha colocado o capacete o que facilitava as nossas vidas.
Dei partida na moto, saindo do shopping e indo em direção de volta ao morro.
•••
Cheguei em frente a casa do GA e a Maísa disse que tava com a chave dela dessa vez.
Ela abriu a porta e assim que a gente entrou, viu um monte de gente na sala, inclusive Avelyn e Léo.
— Chegamos — Ela disse um pouco sem graça.
GA abriu os braços pra ela que correu pra abraçar ele.
Suspirei e me sentei ao lado de Lucca e Léo no sofá.
— Iai, alguma novidade? — Perguntei
— Ainda não — Lucca disse desanimado.
— Mas o GA trouxe aquele cara ali... Tamo só esperando alguma ligação — Léo disse apontando pra um cara.
Ele tava teclando alguma coisa em um Notebook, e do lado dele, GA e Muka.
O celular do Muka começou a tocar despertando todo mundo.
— É número desconhecido — Ele falou olhando a tela do celular.
— Espera, estou conectando — O cara disse.
— Atende logo — GA disse nervoso.
Muka assentiu desesperado e atendeu o celular.
Todo mundo encarava ele apreensivo.
— Alô... Alô — Ele disse — Maria amor, sou eu calma — Ele disse desesperado.
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Oi amores 😘 #SaveMariaLaura
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