Capítulo 5
"Tava perdido aqui, você veio me salvar"
–Linda, Projota/AnaVitoria
Maria Laura narrando
Eu e Avelyn chegamos ao Chapadão já no pique monstro tão ligados?
Eu tava já soltinha que nem arroz e olha que não tinha colocado nem uma gota de álcool na boca
💭Ainda né,porque hoje eu saio no soro desse baile💭
Já chegamos do jeitinho que a mamãe gosta, atraindo olhares.
💭Se for pra não causar eu nem vou💭
A galera até parece que me conhecia, ouvia os burburinhos sobre de quem eu sou filha, de longe.
Já notaram que em todo baile tem aquelas tiriças, xoxadas dos infernos que ficam te olhando torto?
Sério gente, eu não entendo o porquê disso. Lá no morro é a Katiane que comanda as invejosas da Rocinha. De vez em quando eu sento minha mão na cara de uma.
As negas às vezes esquece que eu sou eu e que não preciso me esconder atrás de título nenhum do meu pai. Que mesmo que o seu Guilherme não fosse o dono daquela porra toda, eu metia minha mão nas fuças delas do mesmo jeito.
––– Ja tou achando que causamos só em entrar nessa quadra ––– Avelyn disse animada ao olhar pra cara de mal fodidas de umas gurias que nos encaravam
––– Meu amor, acho que elas esquecem que as princesinhas da Rocinha é Alemão são presenças confirmadas nesses eventos né? ––– Me esquivei de um homem
––– Vamo pra o camarote? Temos que dar um alô pra o Fusca ––– Ela apontou e eu assenti.
Subimos as escadinhas do camarote a mil, o funkão já comia solto nenê.
––– Ora, ora, ora... Se não são as herdeiras mais bonitas desse Rio de Janeiro ––– Ele deu uma voltinha na gente
––– Nem é pra tanto Fusca ––– Avelyn fazendo cú doce
––– Obrigada Fusca, sabe que é o que meu reflexo me diz todos os dias quando eu levanto e me encaro? ––– Ele riu pelo nariz
––– Laura ––– A Avelyn chamou minha atenção.
Ah qual é? Eu tenho que ser realista né non? Eu sou linda.
––– Só falo verdades baby ––– Beijei meu ombro
––– Tá ligada aquilo voando bem longe? ––– Fusca apontou pra o nada
––– O quê? ––– Perguntei confusa
––– É tua humildade pow ––– Dei um tapinha de leve em seu ombro e começamos a rir.
––– Bailão tá a mil hein ––– Avelyn disse animada
––– Tá sim... ––– Ele tava olhando pra o outro lado ––– Princesinhas fiquem a vontade que eu tenho que ir falar com um parceiro meu ali... Curtam o baile ––– Ele piscou e saiu de perto da gente.
––– Quando eu digo baile nenê... Eu tou falando disso ––– Ela disse eufórica
––– Iae princesinha ––– A voz de alguém soou atrás de mim e de Avelyn.
Fiquei encarando aquele carinha a minha frente e puxando da memória de onde o conhecia. Rapidamente lembrei que ele era o irmão do viadinho que tentou dar um de macho chato pra meu lado.
Fiquei encarando ele na cara dura mesmo, vem com essas intimidades pra meu lado.
💭Perde a pose pelo menos uma vez Maria, ele veio na humildade 💭
Meu subconsciente me repreendeu. Sorri largo, lembrei que ele tava se fodendo se o irmão tava apanhando naquela sala, só queria saber de rir.
––– olá ––– Ele se aproximou do meu rosto e me deu um beijo bem no canto da boca
💭Opa querido tudo bom? 💭
––– Oi moreninha ––– Sorriu cafajeste pra Avelyn.
Me aproximei dela já pra contar quem era ele.
––– Esse é o gostoso número dois da boca que eu te falei mais cedo ––– Sussurrei e ela assentiu.
Engatamos em um papo lá até que meio maneiro. Olhei pra meu lado direito aonde Fusca conversava com um rapaz. Estiquei mais meus olhos e vi que era o viado irmão do carinha.
💭 Então, mais uma prova que tavam falando a verdade 💭
Eles realmente moram no Chapadão e tem intimidade com o Fusca já que o mesmo demonstrava isso.
Me aproximei na mesma hora que Fusca ia falar de mim, sobre minha presença no baile.
Lembrei que já nos conhecíamos. Fusca entendeu tudo errado e ficava por diversas vezes fazendo piadinha sobre eu e ele.
💭Até parece que eu vou ter alguma coisa com esse Energúmeno né 💭
Até que o Energúmeno é simpático gente, me chamou pra tomar uma e tudo.
Subimos pra pista e fomos beber.
O barman me entregou o número de seu celular em um papel, me pedindo que o ligasse.
💭Ata que eu linda e brilhosa vou chamar boy no probleminha... Eles que me chamem, eu sou difícil 💭
Mamãe aqui deu show na dança viu? Também não era por menos, tinha que honrar o sangue da dona Lucy.
Se eu antes já tava calminha aqui, agora então... Essas xoxada daqui já sabem que não devem se meter com a Maria Laura, que na dança eu piso mesmo em qualquer uma.
💭Meu ego é do tamanho do oceano💭
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Ja tava numa conversa a mó cota com o tal Muka, Léo e Avelyn. Minha prima já tava brincando de salva vidas com o boy a muito tempo, e eu? Já tava vendo estrelas.
Mano do céu, parecia que o que tinha nas minhas veias era só álcool, que não existia mais sangue.
Tudo o que foi de bebida eu tomei aqui, até cachaça que eu não sou muito ligada, eu tomei.
O tal Muka parecia uma mulherzinha bebendo, só na cerveja.
Minha bexiga apertou e já me deu logo a vontade de liberar o espaço de toda a cachaça que eu tomei.
––– Bem que eu disse que ia ficar de soro hoje ––– Bebi um último gole de uma cerveja
––– Acho que tu já bebeu demais ––– Puxou a lata da minha mão.
💭Mas que ousadia é essa moço?💭
––– Vou no banheiro ––– Eu disse totalmente suada. Até balancei meu body em meu corpo, porque tava calor viu.
––– Vai lá princesinha ––– Sorri e levantei um pouco zonza do banco aonde tava sentada.
Me recuperou e respirei fundo.
––– Se eu sou princesa então migo, se eu demorar venha atrás de mim... Vai que algum ogro tenha vindo me raptar ––– Falei divertida e sai lhe deixando pra trás.
A forma que ele me chama de princesinha me deixa irritada e eu nem sei o porquê, eu sinto ironia e deboche sempre que ele fala isso.
💭 É porque ele sempre fala com ironia ou deboche né Maria Laura💭
Meu subconsciente me lembrou. Eu ri, e continuei seguindo meu trajeto.
Foi meio dificultoso pra abaixar aquele short, eu não achava o botão.
Eu só acho mesmo, aquele nem de leves, que bebi um pouco a mais.
Quando finalmente achei, partimos pra o segundo desafio, abaixar o body.
Meu amigo, pense num trabalhinho dificultoso. Aquele troço do meio entra tanto no meu cú que eu vejo a hora se perder por lá dentro.
Quando finalmente consegui fazer a minha necessidade número 1 né, porque eu tenho um troço em mim que me nego a cagar fora de casa, principalmente nesses banheiros públicos que todo tipo de buceta e cú se senta, eu mijo a três mil metros de distância do vaso.
Lavei minhas mãos, até que o sabonete era cheirosinho. Tanto que eu lavei 3 vezes só pra garantir que o cheiro não ia sair.
Arrumei de novo o body no corpo, que tava querendo pular peito pra tudo que era lado.
💭Já pensou? Seu Guilherme ia morrer se soubesse que a filhinha pagou peitinho no baile do aliado dele💭
Ia saindo do banheiro quando uma mão grossa me segurou.
Olhei pra o indivíduo já com a resposta na ponta da língua.
––– Querido licença que não é do governo pra tu ir pondo a mão ––– Já falei com quatro pedras na mão
––– Ia ser uma honra colocar a mão nesse teu corpo, inteirinho ––– Ele falou com malícia.
Mano, odeio esses vei seboso que fica jogando cantada no meio da rua. E esse tem cara de um tá ligado? Ele me media de cima a baixo, por um momento pensei em papai pedindo pra eu não usar roupa curta.
💭Mas claro que você não deve pensar isso Maria Laura. O corpo é teu, tu usa a roupa que tu quiser, quem deve te respeitar são esses nojentos que acham que só porque a mulher tá de roupa curta tá sendo oferecida, pedindo pra ser estuprada 💭
Meu subconsciente altamente feminista novamente me repreendeu.
Quer saber? Estou certa. Não é só porque você é mulher que deve abaixar a cabeça a essa sociedade machista não. O corpo é teu, tu usa o que quiser. Aprenda, não é porque tu tá com um short que tá pedindo pra ser estuprada não. Ninguém pede pra ser estuprada. Fica a dica.
––– Olha aqui meu senhor, volte pra o asilo de onde o senhor nunca devia ter saído e solte meu braço antes que... ––– Nem terminei de falar.
O seboso puxou uma pistola de não sei de onde e colocou em minha barriga.
Te falar... Eu sou mano solta, mas só quando tou armada e com segurança. Eu vim pra esse baile na irmandade, deixei minha Glock em casa.
Engoli em seco, porra eu tenho juízo. Não ia mais peitar o velho, vai que eu levasse um tiro no meio da testa.
––– Se não o quê sua vadiazinha? ––– Sussurrou em meu ouvido.
A pistola tava bem perto, mais perto mesmo da minha barriga. Ele ficava pressionando a mesma contra mim, acho que pra esconder que tava de arma e também pra trancar mais o meu cú.
––– Eu vou gritar ––– Falei quase num sussurro quando escutei ele destravando a arma
Uma gota de suor escorreu da minha testa. Porra, eu tinha duas opções. Deixar que esse seboso toque no meu corpinho, ou morrer.
💭Nenhuma das duas me parece tão bacana💭
––– Tu não vai gritar não, eu tou a um passo de atirar em tu aqui... A gente vai sair dessa quadra na moral e tu não vai tentar nenhuma gracinha ––– Segurou no meu cabelo.
Assenti freneticamente. Porra, primeira vez que Maria Laura está com medo de alguma coisa que seja a reação do meu pai quando souber que eu não sou mais virgem.
Saímos no meio do povo, eu já tava rezando a missa de sétimo dia inteiro. Eu que não ia deixar esse nojento tocando em mim.
A gente passou pelo bar, lembrei do bonitinho que tava me dando chance. Ele ficou me encarando curioso, acho que estranhou eu tá com um velho do meu lado, se tava parecendo que ia rolar algo entre eu e Muka.
💭Bem que eu queria aquela delícia na minha cama 💭
Neguei com a cabeça enquanto o encarava com um olhar implorando pra ele me salvar. A última coisa que eu tive oportunidade de falar foi... Muka. Somente com os lábios.
Ele ficou ainda com a cara de confuso lá e eu agradeci aos deuses que o seboso não tenha visto nada. Quando saímos da quadra tive a impressão de tá sendo observada por alguém.
💭Espero que seja meu salvador da pátria 💭
O velho saiu me arrastando quando a gente se afastou um pouco. Vi que uma moça tava vendo tudo, e ela parecia não saber o que fazer.
O velho me puxou pra um beco e já começou a tentar me tocar. Mano, que nojo.
Lembrei de mamãe que disse que quase foi estuprada por um policial velho, eu tava quase implorando pra o amor da minha vida entrar nesse beco e me salvar. Que nem papai fez com ela.
O velho me prendeu na parede e começou a me beijar, seus lábios contra meu pescoço me davam nojo ao invés de foguinho. Porra, que nojo que eu tava.
Aquelas mãos me tocando, eu tava quase vomitando ali.
Começou a me dar falta de ar. Eu herdei o problema respiratório de papai. Eu canso com muita facilidade.
Senti aos poucos minha garganta se fechando. Afastei o cara com um pouco de dificuldade de mim
––– Você não vai me negar não sua vadia, não agora ––– Ele novamente me imprensou na parede.
Minha garganta se fechava cada vez mais. Eu já tava ficando desesperada em busca de ar. Ele notou e se afastou um pouco.
––– Soco... rro ––– dei minha última cartada. Gritei com o restante de fôlego que sobrava em mim.
Lembrei que não tinha trago minha bombinha, que merda também Maria Laura.
––– O que tá rolando novinha? ––– Perguntou sem entender nada.
Comecei a tossir. Poucos segundos depois, vejo o Muka entrar correndo no beco. Ele partiu pra cima do velho batendo no mesmo.
Fui deslizando até o chão, com dificuldade. Cada vez mais eu tava sem ar.
A última coisa que eu vi, foi o Muka me erguendo do chão. Eu desmaiei logo em seguida.
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Oi amores 😘 Bem tenso hein... Será que vai ficar tudo bem com Maria Laura?
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Kisses 😘😘
Grupinho no whats... Link na minha bio ❤🔫
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