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Capítulo 40

"Porque eu não quero perder você agora
Estou olhando bem para a minha outra metade"
Mirrors, Justin Timberlake.

Maria Laura narrando

Eu não acreditava no que tava lendo naquela carta.

Claro que não li o diário inteiro, afinal a carta me chamou mais atenção. Aquele diário pertencia a Clarissa Limeira. Mãe do Muka e ex mulher do Cão.

Eu sabia da história da minha família, sabia até da existência dessa mulher. Mas não sabia seu nome, e nem passava em minha mente que Muka e Léo eram os filhos daquele monstro.

Eu não queria acreditar que Muka tivesse mentido pra mim, não ele, não a pessoa que eu tanto amo.

Eu não sabia nem o que pensar, não sabia como agir. Eu tava tremendo, e sentindo finalmente meu corpo e minhas emoções me traírem.

Eu nunca fui de chorar, acho que a última vez que chorei foi quando minha vó Germana decidiu morar fora do Brasil, junto com a minha tia Jhessyka. Eu ainda era muito nova, não queria aceitar isso.

Mas agora, minhas emoções estavam finalmente vindo a tona.

Eu tava fazendo a maior força pra não chorar, eu não podia demonstrar fraqueza.

Levantei da cama com aquele papel em mãos.

––– Amor, o almoço..  ––– Ele parou assim que viu o que eu tava segurando

––– O que é isso Muka? ––– Perguntei séria.

––– Maria Laura... Eu posso te explicar ––– Tentou se aproximar mas eu me afastei

––– Me explicar o quê? Que mentiu pra mim? Que você é o filho do maior inimigo do meu pai? ––– Perguntei lhe encarando.

––– Amor... Por favor me escuta antes de... ––– Interrompi de novo

––– Antes de quê Muka? Eu só quero entender o que você tá fazendo aqui... Isso é tudo um plano não é? Você veio se vingar do meu pai... Ia fazer o quê? Matar ele? ––– Perguntei com a sobrancelha arqueada.

Ele abaixou a cabeça. Ali tive a minha resposta. Eu não tava acreditando no quanto fui idiota.

––– Você ia matar meu pai... ––– Afirmei com meus olhos marejados ––– Ia me matar também Mikael? ––– Perguntei com a voz falha

––– Eu me arrependi ––– Novamente tentou se aproximar

––– Ok... Você ia matar meu pai, eu e quem mais? O morro inteiro?

––– Desculpa... Eu não tinha a intenção de me envolver com tu... Mas eu passei minha vida inteira sendo alimentado por um ódio que eu achei sentir, porra... Se fosse teu pai tu não ia atrás de vingança não? ––– Perguntou com a testa franzida

––– Não... Eu ia aceitar que quem se envolve nessa vida, está a mercê de tudo ––– Falei firme.

––– Mas eu não Maria Laura... Meu tio me criou toda a vida pra matar teu pai, tua mãe e toda a tua família... Eu idealizava um pai perfeito na minha mente... Eu não tinha minha mãe do meu lado... Tenta me entender meu amor, eu só tinha a vingança como destino ––– Ele disse com os olhos cheios de lágrimas.

O Muka começou a chorar desesperado.

Eu sabia que o que ele tava falando era verdade, mas eu queria entender tudo. Eu tava confusa, eu só queria saber o porquê dele me enganar.

––– Eu me apaixonei por você... Por isso eu não conclui a vingança... Quando eu fui dizer a meu tio que tinha desistido de tudo, foi quando descobri que Clarissa não era minha mãe... Mesmo assim, mesmo ainda não sabendo quem era o Cão de verdade, eu desisti de tudo porque eu te amo ––– Dessa vez eu deixei que ele me tocasse.

Comecei a socar ele, eu dava socos em seu peito e braço.

As lágrimas que eu tanto tentei segurar, começaram a rolar pelo meu rosto.

––– Você tinha que me contar...Eu tinha o direito de saber que você era filho dele ––– Falei com minha voz falha.

––– Eu sei que sim Maria... Mas eu tava confuso demais... Eu cresci achando que teu pai matou o meu, eu me apaixonei pela filha do homem que provavelmente tinha impedido de eu crescer ao lado do meu pai... Tu teve um homem que te levasse pra passear, te protegesse.... Tu cresceu ao lado da tua mãe... E eu Maria Laura? Eu só tinha meu irmão mais novo e um homem que passou toda a vida mentindo pra mim ––– Nós dois choravamos como criança.

––– Porque você me esconder Mikael? Porque você não disse pra mim quem você era?

––– Eu não queria te perder Maria Laura... Eu sabia que depois que você soubesse de tudo não ia mais querer olhar pra mim... Tenta entender meu lado, eu me sentia culpado por me apaixonar por você

––– Você sabe como eu tou me sentindo agora Mikael? Eu tou me sentindo usada... Por mais que eu saiba que tudo o que você tá falando é verdade, eu ainda penso se tudo o que a gente viveu não foi uma forma de você conseguir a sua vingança... Afinal, comigo como ponte você teria a oportunidade perfeita de matar meu pai não é? ––– Perguntei com ironia a última parte.

––– Você tá me ofendendo assim... ––– Passou a mão no cabelo

––– Te ofendendo Mikael? E eu? Eu descubro que você queria matar eu e a minha família e você quem tá ofendido? Eu te amo porra...

––– Eu também te amo, e por isso desisti de tudo... Esse amor foi mais forte que qualquer coisa Maria Laura, ele foi capaz de destruir tudo de ruim que eu sentia dentro de mim... Teu pai vive dizendo que a Lucy foi a luz da vida dele... Tu é a minha Maria Laura, acredita em mim por favor.... eu te amo

––– Eu acredito em você Muka... Eu sei que esse sentimento está mais visto... Mas agora eu preciso entender tudo entendeu? Eu tou tão confusa que... Eu não sei mais o que pensar... Minha mente tá dando um nó ––– Suspirei.

––– Só me perdoa por favor... Eu sei que devia ter te contado, eu entendo que você não tá com cabeça pra nada agora... Mas me perdoa ––– Falou com a voz embargada

––– Me deixa pensar... Eu... Eu vou dormir na casa dos meus pais... Eu preciso pensar um pouco sobre tudo ––– Ele assentiu.

––– Eu acho melhor... Se você quiser dormir em casa, eu procuro outro lugar... ––– Interrompi

––– Essa casa é tão sua quanto minha... Eu vou pra casa dos meus pais, colocar minha mente no lugar... ––– Suspirei.

O Muka me encarou um última vez antes de sair do quarto.

Peguei aquele diário e coloquei na minha bolsa. Deixei algumas roupas minha na casa dos meus pais, nunca sabia quando ia precisar.

Peguei meu celular e sai do quarto.

Ele tava na sala, de cabeça baixa. Eu ouvia os soluços dele.

––– Amanhã a gente conversa ok? ––– Ele assentiu sem me olhar.

••••••••

Cheguei na casa dos meus pais e assim que vi a Fernanda, me joguei nos braços dela, chorando.

––– Meu Deus Maria Laura ––– Ela me abraçou apertado.

––– Tá doendo Nanda ––– Falei chorando.

––– Vem... Se senta aqui e me explica ––– Me puxou pra o sofá aonde o Pietro tava dentro do cestinho dele.

Peguei meu afilhado no colo e beijei sua bochechinha. Minhas lágrimas molharam o seu rostinho inocente e eu rapidamente enxuguei com a posta do meu polegar.

––– Que era Nanda? ––– Minha mãe perguntou descendo a escada.

Assim que me viu chorar ela se aproximou correndo. Minha mãe sabe que esse não é um costume meu.

––– O que aconteceu minha princesa? ––– Perguntou desesperada.

Eu apenas abracei ela. Não queria falar agora, não agora.

Eu tava sufocando. Essa situação era sufocante.

––– Me fala o que aconteceu filha... ––– Mamãe falou depois de alguns minutos que eu, ela e Nanda ficamos em silêncio.

––– O Muka mamãe... Eu descobri que ele é filho do cão mãe... O inimigo do papai ––– Falei entre as lágrimas.

Minha mãe soltou um suspiro e abaixou a cabeça.

💭Espera aí, ela sabe? 💭

––– Você sabia? ––– Perguntei com a testa franzida.

––– Seu pai acabou descobrindo a alguns dias atrás e me contou... ––– Disse com a cabeça baixa.

Me levantei do sofá.

––– Você sabia Nanda? ––– Perguntei confusa.

––– Tua mãe me contou hoje de manhã ––– Ela também abaixou a cabeça.

––– Quem mais sabia em? ––– Gritei ––– Andem... Me falem quem mais sabia ––– Gritei.

Minha mãe e Fernanda me encararam com o olhar triste.

––– Ah... Já entendi... Todo mundo sabia menos eu? A tonta que todos sabem enganar... Claro que só quem não sabia era eu..  porque contar a verdade a Maria Laura mesmo não é? ––– Perguntei com ironia.

Pietro começou a chorar assustado com meus gritos.

Meu pai entrou em casa, acompanhado da Avelyn.

––– Porque vocês me esconderam? Ele eu entendo, o irmão dele eu entendo... Mas vocês? Vocês deviam ter me contado no mesmo dia que descobriram... Eu tinha o direito de saber, a única coisa que eu não entendo é vocês me esconderam e me enganarem desse jeito. ––– Falei olhando pra os dois.

Sai correndo subindo a escada, meu pai gritou chamando meu nome mas eu não dei ouvidos.

Tranquei a porta e me joguei na minha cama, abraçando meu travesseiro.

As lágrimas caíram mais desesperadas agora. Parecia que eu tava chorando tudo o que não chorei durante anos.

Essa situação era sufocante... Eu estava sufocando...

Saber que todos sabiam de algo que era importante pra você, algo que muda totalmente minha vida a partir de agora, e eu sou a última a saber... Isso era angustiante.

Minha família não tinha o direito de me esconder isso... Eu fui a última de todos a saber que amo o filho do inimigo do meu pai, que o homem que eu amo mais que tudo, na verdade só queria me matar.

Abracei mais forte o travesseiro, deixando as lágrimas caírem de uma vez.

Tudo na minha mente e coração tava uma bagunça. Eu não sabia mais o que pensar sobre o Muka.

💭Será que nossos momentos juntos foram mesmo verdadeiros pra ele? 💭

––– Filha por favor abre essa porta ––– Mamãe disse com a voz embargada batendo na porta.

––– Vamo conversar princesinha... A gente tem que te explicar tudo ––– Meu pai disse calmo.

Não respondi nenhum dos dois. Apenas enterrei mais minha cabeça no travesseiro, deixando minha dor ir embora de mim, pelas minhas lágrimas.

••••

Eu me sentia traída. Traída pelas pessoas que eu mais amo.

Todos esconderam de mim, não tinha como eu perdoar eles agora. Não agora.

Depois de tanto chorar, decidi ir tomar um banho.

Quando passei em frente ao espelho do banheiro, tive um susto. Eu nunca tinha chorado, por isso não sabia como uma pessoa fica depois que chora.

Meu rosto inteiro tava vermelho.

Tomei meu banho e me sequei.

Não tinha descido ainda, e sempre que alguém vinha aqui pedir que eu abrisse a porta, eu só ignorava.

Tava agradecendo a Deus meu pai respeitar meu espaço, ele podia muito bem ter arrombado essa porta, mas não... Ele simplesmente estava deixando eu tentar entender tudo o que tava acontecendo.

Vesti um short jeans e uma blusinha frouxa.

Peguei meu celular e decidi agir, eu precisava de um tempo pra pensar em tudo. Digerir tudo o que tava acontecendo, e eu sabia que perto deles isso não ia acontecer.

Eu tava magoada com todos, até com Avelyn... Eles não tinham o direito de me esconder tudo isso assim, não tinham.

Ligação on

––– Malau? ––– Tio Rabicó atendeu surpreso.

––– Oi tio... A vovó tá?

––– Ela tá dando banho no Júnior... Aconteceu alguma coisa? A Nanda tá bem? Meu neto tá bem? ––– Perguntou desesperado.

Juro que se não tivesse na condição que eu tou, eu iria rir muito. Meu tio é muito engraçado, principalmente essa superproteção com a Nanda.

––– Tá tudo bem com eles tio... É que eu precisava contar e perguntar uma coisa a minha vó ––– Suspirei.

––– Amor... A Malau quer falar com você, deixa que eu termino de dar banho nele ––– Sua voz saiu um pouco distante.

Provavelmente ele tava entregando o celular a minha vó.

Demorou alguns minutos curtos, mas ela logo atendeu.

––– Oi minha querida ––– Antendeu com seu carinho de sempre.

––– Oh vovó... Preciso tanto da senhora aqui ––– Falei querendo chorar novamente.

––– Maria Laura... Você tá chorando? ––– Ela perguntou surpresa.

––– Vovó por favor me fala que a senhora não sabia que o Muka é filho do cão ––– Implorei chorando.

––– O Muka é filho do cão? Como pode isso Maria Laura? ––– Perguntou confusa.

––– Vovó todos sabiam... Menos eu... Todos esconderam de mim que eu estava morando com o filho do inimigo do meu pai ––– Solucei.

––– Tem certeza que todos sabiam meu amor?

––– Tenho vovó... Me confirmaram... Agora eu me sinto usada, enganada... Todos sabiam e deixaram que eu ficasse me iludindo

––– Mas faz mesmo tanto tempo que sabem? ––– Perguntou calma

––– Eu não sei... Mas mesmo assim, eles tinham a obrigação de me contar assim que descobrissem ––– Solucei novamente.

––– Eu não sei nem o que falar minha princesa ––– Ela falou também triste.

––– Vovó... Me deixa passar alguns dias aí? Por favor, eu preciso colocar minha mente no lugar. ––– Falei um pouco triste.

––– As portas da minha casa estão sempre abertas pra você meu amor... Eu te espero, pode vim no dia que quiser.

Vovó sabe muito bem como falar com alguém, usa sua classe e também toda a sua sabedoria pra isso.

––– Muito obrigada vovó... Eu te amo

––– Também te amo Maria ––– Eu sorri.

Ligação off.

Essa tava sendo a melhor decisão a ser tomada agora.

Eu não estava indo pra sempre, apenas por alguns dias.

Eu só queria entender, me afastar um pouco de todo mundo, pra entender.

Minha mente diz uma coisa, mas meu coração diz outra.

Eu tava muito magoada, com todos sem exceção.

Encostei minha cabeça no travesseiro, só conseguia pensar em todos os nossos momentos juntos. Eu não queria acreditar que tudo aquilo foi ilusão, que aquele amor que ele demonstrava sentir, era apenas uma mentira. Não podia ser.

••••

Depois de tanto me chamarem pra jantar, acabaram desistindo.

Eu só queria ficar aqui, escondida e isolada de todos da minha família.

Depois de passar a noite toda em claro, lendo aquele diário, eu decidi fazer minhas malas. Ia embora de manhã mesmo.

Não sabia quanto tempo ia ficar por lá, então peguei algumas roupas que tava na casa dos meus pais e coloquei em uma mochila, ia passar na minha... Na casa de Muka pra pegar outras roupas e também devolver o diário.

Saber tudo o que aquela mulher passou nas mãos daquele homem, me dava ainda mais ódio dele. Ela não merecia passar por tudo aquilo, aliás, nenhuma mulher merece.

Desci a escada com a mochila nas costas, e estavam todos ali. Até o Muka.

Eles me encararam e a Avelyn foi a primeira a tentar se aproximar, mas eu me afastei.

––– Maria... ––– Interrompi ela, antes que falasse.

––– Não... De todos aqui, você era a única que não podia Avelyn... Você não tinha o direito de me esconder isso ––– Falei fria.

––– Mas... Mas era teu aniversário, eu não podia fazer isso com você ––– Seus olhos marejaram

––– FODA-SE TODOS VOCÊS, FODA-SE ANIVERSÁRIO... VOCÊS ME ENGANARAM E EU NÃO ESTOU COM CABEÇA AGORA PRA PERDOAR NINGUÉM ––– gritei.

––– Não fala assim filha ––– Minha mãe pediu chorando.

––– Não falar assim? Porra mãe... O que voce faria no meu lugar? Eu tou me sentindo usada por todos vocês.... Ainda colocam a festa do meu aniversário como desculpa? Então, porque não cancelaram? Isso não faz sentido pra mim ––– Balancei minha cabeça em negação.

––– A gente quem pediu pra eles não falarem nada Maria Laura ––– Léo disse apontando pra ele e Muka

––– Que bom... Eu preciso devolver isso a vocês... Realmente, a grande vitima dessa história se chama apenas Clarissa ––– Falei firme e entreguei o diário nas mãos do Léo.

O Muka me encarava com os olhos marejados.

Minha garganta tava um nó, mas mesmo assim eu precisava ser firme em minha decisão. Eles podiam ter me falado, mas preferiram me esconder e me fazer de trouxa.

Sai de casa sem esperar mais nenhuma pergunta.

Minha sorte que eu sempre ando com meus documentos na minha bolsa sempre.

Fui descendo o morro com as lágrimas rolando meu rosto. Eu não ia falar com ninguém, não ia me despedir.

Eles não fizeram isso comigo? Então eu vou fazer com eles.

••••••••••••

Joguei meu chip fora, no caminho pra o Jacarezinho.

Assim que parei em frente ao morro, paguei o dinheiro ao motorista que todo momento me olhava com pena.

Eu precisava descansar, pelo menos por hoje. Antes de ir pra BH, eu precisava desabar com alguém.

Os vapores liberaram minha passagem fácil, afinal já me conheciam.

Fui subindo o morro apé mesmo, eu já sabia aonde era a casa do Tato.

Fui cortando alguns becos. Escutando piadinha de noiado por onde passava.

Logo cheguei a casa, assim que toquei a campainha fui recepcionada por aquele emaranhados de cabelos ruivos, apenas de top.

––– Maria? ––– Ester perguntou surpresa.

––– Amiga por favor me abraça? ––– Perguntei chorando.

••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••

Oi amores 😘 Será que essa viagem vai dar certo gente?

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