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5 - Provas! Malditas provas!


Choi estava muito intrigado. Havia reparado que Alexis nas últimas duas semanas demonstrava constantemente uma irritação que não era do seu feitio.  A propósito, seu mau humor coincidia com seus sumiços ocasionais, que aconteciam até mesmo nos horários de algumas aulas. Outro fato incomum.

Interessante.

Tentando saciar a própria curiosidade, enquanto caminhava ao lado dele em direção a próxima aula, uma cadeira que faziam juntos, Choi disse casualmente:

― Ouvi dizer que nossa nova colega, aquela-que-não-deve-ser-nomeada, não precisa frequentar as aulas desde que faça as provas e vá muito bem nelas. Estou bastante interessado em ver como ela vai se sair - O rapaz tagarelava como se nem tivesse sentido a temperatura cair uns dez graus com seu comentário. - A Alpha não é como as outras universidades, você sabe, é difícil até manter a média! Não que eu tenha alguma dificuldade, mas a maioria de nossos pobres colegas... Aiai é de dar pena! A semana de provas começa hoje, imagino que finalmente poderei matar minha curiosidade em conhecer a você-sabe-quem... - Choi deu de cara com a porta, foi tão repentino que não conseguiu evitar o choque do nariz com a madeira.

― Porr... - Ele interrompeu a imprecação ao abrir a porta e ver a expressão de Alexis, que sem dúvida havia fechado a maldita de propósito na sua cara. Mais uma evidência de que ele estava agindo fora do seu normal.

O Príncipe, naquele momento, estava imóvel olhando fixamente para algo no fundo da sala. Ou melhor, alguém.

A sala em formato stadium e pequena permitiu uma fácil visão dos alunos distribuídos nas diversas mesas. Logo, Choi não demorou em perceber que Alexis olhava para alguém sentado na última fileira, isolado dos demais colegas que também observavam discretamente a figura de uma garota. Não dava para ver o rosto, pois um boné azul puxado para frente impedia uma visão mais clara, além disso, a pessoa mantinha a cabeça baixa enquanto escrevia algo em um caderno muito grosso e surrado. Mesmo assim, foi fácil identificar quem era. Angel.

Choi observou Alexis se sentar nas primeiras fileiras ao lado da janela pela qual, todos sabiam, passaria a maior parte do tempo olhando. Choi geralmente sentava em um lugar próximo, mas dessa vez resolveu ousar. Ele não seria "amigo" do príncipe Alexis se não fosse meio louco afinal.

Abrindo um enorme sorriso foi até o fundo da sala e se sentou a uma mesa de distância de Angel. Claro que até ele tinha seus limites de loucura. Sabia do que a garota era capaz e não queria lamber o chão como Ren havia feito.

― Você é Angel, certo? - Sem resposta. - Eu sou Choi Hee Baek, pode me chamar de Choi.

Naturalmente ele nem se deu ao trabalho de estender a mão. Apenas ampliou seu sorriso simpático. Ele era conhecido por se dar bem com todos e estar sempre a par de tudo o que acontecia pelo Campus, pois os colegas confiavam nele e lhe contavam todas as fofocas que rolavam. Choi tinha a seu favor o fato de nunca espalhar as coisas que sabia quando isso lhe era solicitado. Ainda assim, ninguém entendia como Alexis o deixava ficar a sua volta. Choi até desconfiava que parte de sua popularidade tinha relação com essa ligação meio torta entre os dois.

Mas, para sua surpresa, Angel pareceu ser ainda mais imune que Alexis ao seu famoso charme, pois a única reação da garota foi fechar com força o caderno em que escrevia. No mesmo instante Choi notou que na capa, em alfabeto coreano, estava escrito a palavra "amigo". 

Só podia ser um sinal!

― Chin-gu - ele murmurou quase para si, mas a ela o ouviu e o encarou.

Choi ficou sem fala.

Ela era um sonho. A garota era a personificação dos personagens fantásticos sobre os quais ele tanto gostava de ler. Era uma ninfa. Talvez uma fada. Ou, dane-se a redundância, um anjo.

Os olhos incrivelmente violetas o encararam através de cílios muito negros. Ele notou que alguns fios prateados caiam do boné e tocavam a bochecha rosada. A pele pálida e impecável parecia porcelana. Cada detalhe era tão perfeito que representava uma imagem surreal de uma garota.

Ela suspirou e voltou a baixar a cabeça.

Seria apenas sua imaginação? Era possível alguém ter uma aparência daquelas?

Antes que ele pudesse dizer qualquer outra coisa, o professor chamou a atenção de todos para iniciar a entrega das provas. Choi balançou a cabeça como se estivesse saindo de um transe e nesse momento seus olhos cruzaram com os de Alexis.

O Príncipe não estava, como de costume, olhando distraidamente pela janela. Alexis estava olhando para o fundo da sala, diretamente para eles.

E Choi, que não era exatamente um rapaz modesto, admitiu com facilidade que certamente não era porque Alexis estava interessado nele.

***

Angel notou o desprazer do professor ao lhe entregar o teste. Sabia que despertava esse sentimento nos docentes em geral.

Desde as suas primeiras expulsões ela havia deixado bem claro sua inconformidade em ter que estudar. Quer dizer, se ia morrer logo qual era o propósito disso? Mas para o avô era tudo para manter a porra da aparência de "está tudo ótimo com a minha adorável herdeira". O velhote tinha tanta intenção de controlar o que ela fazia, que não lhe dava qualquer escolha. 

Se Angel não tivesse uma promessa a cumprir, já teria sumido no mundo. Mas para sobreviver precisava de medicações constantes e cuidados médicos que não eram nada acessíveis. Assim, não tinha outra alternativa a não ser seguir cada ordem idiota que recebia, caso contrário morreria. O que era uma fodida ironia. Seu avô, aquele que mais a queria morta, era o único que poderia mantê-la viva. 

Quando soube que sua próxima parada era a Alpha, logo imaginou que não iria durar muito. Ela em um ambiente super tradicional e convivendo com a nata da nata da sociedade? Sem chance. Então Watson, secretário de George, lhe informou, que a Alpha ao aceitá-la exigiu que ela fizesse todas as provas para se manter ali, diferentemente de outros lugares que não davam a mínima para o que ela fazia. Ótimo, só aquele era um ponto significativo de que seria ainda mais fácil ser expulsa. Nem precisaria fazer algo tão dramático quanto colocar fogo em alguma sala.

Na verdade, enquanto vagava sem rumo pelo pátio todos os dias, principalmente nas madrugadas, ou quando estava em seu lugar favorito durante o dia, o telhado, ela gostava de estudar. Era uma das únicas formas que tinha de saber o máximo que pudesse sobre tudo, e desviava a atenção de sua vida de merda. Por isso, um tempo depois, antes de qualquer outro aluno, Angel terminou de responder as questões. O mais demorado na verdade foi decidir se respondia ou não corretamente a prova. Resolveu que seria divertido chocar aquele professor pedante, certamente ele esperaria algo bem diferente dela.

Jogou a mochila nas costas por uma das alças e desceu as escadas no centro da sala sem olhar para os lados. Por isso não percebeu que não era a única a ter concluído.

Quando largou a prova na mesa do professor, outra foi depositada ao mesmo tempo, sob a sua. Por reflexo, ao sentir o cheiro, Angel ergueu a cabeça. Maldição era ele!

Alexis e Angel ficaram se encarando.

Ele baixou o olhar para a folha que ela entregava. Uma sobrancelha negra e aristocrática se ergueu lentamente enquanto Alexis analisava o conteúdo.

― Acho que não é muito correto olhar a prova de um colega. Principalmente em uma prova de Ética. Mesmo depois de entregue. Ou existe uma exceção para o Príncipe-Presidente? Isso seria realmente desalentador, já que deveria ser nosso grande exemplo.

Foi audível o espanto dos demais alunos diante do tom claramente ofensivo de Angel.

Alexis manteve a expressão de indiferença de sempre, mas suas palavras não foram tão contidas:

― Desculpe. Não consegui refrear minha surpresa ao reparar que existe um cérebro sob tantas palavras de baixo calão, capuzes e bonés.

Angel, ao contrário da sala que ficou completamente em silêncio, incluindo ai o professor, disparou furiosa:

― Essa sua arrogância vem junto com o pacote do negócio de ser um Príncipe Árabe? - Esticando-se ao máximo nos seus um metro e cinquenta e cinco de altura, ela se aproximou mais dele, falando com malícia: – Ou essa é a estratégia que costuma usar para chamar a atenção da garota que esta a fim de dar uns amassos? Porque, veja bem, está ficando um pouco cansativa essa estratégia, Alteza.

Alexis não esboçou qualquer expressão. Reagiu passando por ela e a puxando consigo pelo braço para fora da sala.

― O que pensa que está fazendo?! Me solte, seu imbecil! Não estamos na Idade da Pedra para me puxar desse jeito!

Ele se voltou para a garota, e colocando o rosto quase na altura do dela, disse em tom baixo e firme:

― Ou me acompanha de forma civilizada ou eu vou carregá-la pra fora. Garanto que não gostará da experiência.

A resposta de Angel foi libertar o braço com um puxão.

― Quero ver tentar, bonitão.

Ela não acreditou nem por um segundo que ele fosse capaz de cumprir a ameaça. Não um Príncipe arrogante como ele. Não na frente de todos aqueles colegas que assistiam a tudo embasbacados. Mas Alexis já havia demonstrado que não era de gastar palavras e ele não estava brincando.

Mais rápido e mais firme do que ela poderia imaginar Alexis a pegou pela cintura e a jogou sobre os ombros. Angel sentiu o ar escapar dos pulmões com o impacto do seu corpo contra os músculos masculinos. De cabeça para baixo, muito bem presa pelas pernas, só lhe restou bater nas costas largas com os punhos e gritar. E ela gritou a plenos pulmões.

― Seu Neandertal filho da puta!

***

{Payre}

Do ponto alto em que estava, Khor, o Rei Deiroon, observou com aparente tranquilidade a vastidão de areia avermelhada que se encontrava com o horizonte, cujo azul intenso rivalizava com o do Mar do Sul. Seus olhos dourados como os raios que solares que se mesclavam às areias, exibiam um brilho inconfundivelmente sombrio. Um de seus melhores espiões tinha sido descoberto e morto e o outro retornou com informações inquietantes sobre o reino de Sylesth.

Maldito Rei Alicano que tinha conseguido frustrar os seus planos ao morrer. Estava decididamente cansado daqueles seres que se prendiam desesperadamente a uma existência tão débil, sempre buscando aliados com uma utópica esperança de paz. Quando seu pai estava vivo já havia previsto que a aliança Nerini-Alicanos traria muitas frustrações aos Deiroons. Ele não tinha ideia do tamanho dessa frustração.

Khor franziu os lábios enquanto o vento quente do deserto lançava seus longos cabelos para longe do rosto tenso de exasperação. Ali estava ele, Khor, aquele que tinha nascido para ser o mais poderoso de Payre, aquele que era a verdadeira reencarnação de um Deus, ridiculamente parado de braços cruzados, observando um monte de areia, pois depois de mais de três séculos ainda não tinha conquistado todo o poder que almejava.

Graças aos Serines tinha ficado preso por quase duzentos anos, todo aquele tempo desperdiçado em um buraco escuro do qual nem sequer tinha consciência de estar. Isso mostrava de que aqueles malditos mensageiros de Erow não eram somente portadores das palavras divinas, como alegavam, provando que seu pai estava novamente certo sobre suas suposições. O antigo Rei Deiroon sempre desconfiou que aqueles seres alados, que não se misturavam aos demais, totalmente intocáveis e que habitavam terras áridas, quase inacessíveis, eram talvez os mais poderosos de Payre. Quem quisesse conquistar aquele mundo precisaria antes de qualquer coisa eliminá-los.

E Khor havia começado isso por Raine. Ele provou que era possível matá-los. Ele mostrou que ele poderia matá-los, apesar de quem, ou do que, ele era.

Ironicamente, exterminar os demais Serines havia sido desnecessário, pois quando retornou de seu exílio, Khor descobriu que eles estavam todos mortos. E ninguém sabia como aquilo tinha acontecido. O Rei Elros sacrificou-se ao prendê-lo, mas o que tinha acontecido a Rainha Arw e aos demais seres de sua raça? Há mais de duzentos anos nenhum deles havia sido visto. As poucas naves que conseguiram se aproximar do palácio do reino de Oyst, onde eles viviam, não detectaram nenhum tipo de vida. Estava tudo absolutamente deserto. Apenas os Dragões Ebóreos viviam na região.

Khor suspeitava fortemente daquela situação. Mas, por mais que tivesse passado anos investigando, nunca descobriu uma pista sequer do que tinha acontecido com eles. E as desconfianças apenas aumentaram com a inatividade dos Reis de Sylesth. Mesmo ele tendo invadido as fronteiras de Nagtar e Cylles, poucos soldados Alicanos e Nerinis tinham se juntado a defesa de seus reinos aliados. Algo definidamente estava acontecendo. E ele já tinha planos para descobrir o quê.

Sentia-se como uma peça em um jogo, e não iria admitir isso. Ele não era uma mera peça, ele era o jogador.

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