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17- O Rei assassino

Ao entrar no salão de Baile Alexis percebeu que já estava lotado. Muitos casais elegantemente vestidos desfilavam pelo lugar. Tradicionalmente os rapazes esperavam as garotas na recepção do dormitório Feminino, mas como ele não sabia quais eram os planos de Angel, preferiu esperá-la na entrada do salão para não correr o risco de um desencontro. Cumprimentou de forma distante todos que passavam, percebendo os olhares curiosos em resposta. Era óbvio que todos ali estavam cientes de que ele havia convidado Angel para acompanhá-lo, mas ninguém, além dele, sabia qual tinha sido a resposta. Embora Choi tivesse tentado descobrir, sem sucesso, de forma insistentemente irritante ao longo daqueles dias.

De repente, Alexis soltou uma imprecação. Seu pai, o Rei Hamad, havia entrado no salão, acompanhado por uma mulher de características europeias, provavelmente a atual amante. E ao lado do casal estava uma garota que parecia ter a idade dele. O vestido verde combinava com os olhos negros amendoados e com a pele cor de oliva. Um coque elaborado, coberto por presilhas brilhantes, em conjunto com inúmeras joias que ela trazia, prendia os cachos castanhos escuros, levemente acobreados. Parecia indiana, ideia reforçada pela pequena pedra localizada um pouco acima das sobrancelhas. Já podia imaginar que era uma princesa de sangue muito azul e filha de algum bom e velho amigo de Hamad.

Alexis sentiu um mal-estar tomá-lo quando o Rei o viu e começou a mover-se em sua direção. Todos foram abrindo caminho para o soberano de Quidar e suas duas acompanhantes passarem. Nada surpreendente. 

― Alexis. Como tem passado? 

No mesmo tom formal do pai, Alexis limitou-se a responder, de forma monossilábica:

― Bem. 

Viu que sua atitude irritou o Monarca, o que só lhe causou satisfação. 

Seu pai era mais baixo do que ele desde o início de sua adolescência, e já não tão jovem depois de todos aqueles anos, como apontava a barba perfeitamente aparada, porém quase toda branca. Exibia, além disso, uma saliência bastante evidente em torno da cintura que nem mesmo o bisht negro e dourado sobre o kandoora branco conseguia disfarçar. Alexis sabia que por baixo daquela loucura e arrogância, o Rei era um poço de vaidade e adorava ser o centro das atenções. Assim, não era surpresa o desagrado percebido após ter sido analisado minuciosamente pelos olhos esverdeados de Hamad. A comparação entre as figuras do pai e do filho, tão diferentes, não era nada vantajosa para o monarca.

― Ótimo. Fico satisfeito em saber. – Tal satisfação não era percebida na dureza de seus olhos. - Quero apresentá-lo a princesa Esha Lali Swami Persad Autar Kolesch. Ela é sobrinha do Rei Shaib de Kadah.

Alexis nem olhou para a garota, reparou que ela fez uma breve reverência, mas ele ainda encarava o pai, refletindo nos seus olhos azuis a mesma expressão impassível do outro.

― Pensei já ter deixado claro que não estou interessado em seus arranjos matrimoniais.

O Rei Hamad olhou para o filho, agora com irritação.

― Não seja descortês com a filha de um amigo. Estou apenas fazendo uma gentileza. A princesa Esha Lali passará a estudar na Alpha a partir da próxima semana, como eu vinha ao Baile, me ofereci para acompanhá-la até aqui.

― Muito atencioso da sua parte. – Alexis disse com uma ironia não tão sutil.

― Também espero que seja apenas cortesia a ajuda que tem prestado a uma garota inglesa, como soube. – Havia uma clara ameaça nas palavras do Rei. 

Sorrindo friamente, Alexis retrucou, nem um pouco intimidado com as palavras ou atitude do Rei.

― Sabe bem que não sou conhecido por ser cortês. Esse, felizmente, não é um traço de nossa família.

― Não ouse fazer algo apenas para me atacar, Alexis. Se quer uma garota para divertí-lo, serei perfeitamente capaz de entender. Mas não brinque com essa laia que mancha até a reputação da própria família. 

Não conseguindo se conter, encarou o pai ao falar em tom baixo e cortante:

― Não seja ridículo. Acredita mesmo que está habilitado a falar sobre reputação? Além disso - ele arqueou uma sobrancelha escura -, quem disse que eu estou apenas brincando com ela? Se for nisso que o fizeram acreditar, deveria escolher melhor seus informantes, Majestade.

O Rei ficou vermelho, parecendo prestes a perder o controle, quando um burburinho começou na porta de entrada do salão e logo se alastrou pelo resto do lugar. Alexis não prestou atenção, estava esperando a reação do seu oponente, mas quando o próprio Rei também se virou para a entrada, parecendo muito impressionado, ele olhou naquela direção. E tudo o mais desapareceu, como uma neblina matinal se dissipando para anunciar que o dia seria apenas de um esplendoroso sol.

Sem desviar os olhos de Angel, Alexis começou a ir em sua direção, ficando cada vez mais maravilhado diante da imagem que ela formava. A beleza impressionante de Angel havia se tornado, se possível, ainda mais inebriante.

O vestido tomara que caia em tom de azul escuro revelava o colo alvo e envolvia as curvas do busto e dos quadris de forma sedutora, caindo em ondas suaves, a partir dos joelhos até o chão. Os cabelos prateados, presos na frente por uma delicada tiara de pedras, cascateavam em ondas suaves até a cintura fina. A pele pálida brilhava como seda em contraste com o tecido escuro da roupa. O rosto em forma de coração revelava os lábios cheios e rosados, com os incríveis olhos violetas, enormes e curiosos, que vagavam pelo salão, parecendo procurar algo. Ou alguém.

Quando aqueles olhos o encontraram, Alexis correspondeu sorrindo e voltou a caminhar na direção dela, dessa vez mais apressadamente. Em sua cabeça, apenas existia Angel em seu vestido azul e a louca esperança de que tudo daria certo entre eles afinal.

***

Angel prendeu a respiração sem perceber, quando seus olhos cruzaram com os azuis turquesas de Alexis. Meu Deus, como ele estava lindo! O smoking preto ajustava-se perfeitamente a musculatura do corpo masculino, ressaltando os ombros largos e o peito amplo. A camisa branca e o colete com a gravata borboleta em tom cinzento contrastavam lindamente com a pele morena, assim como com os cabelos negros, apenas jogados para trás, deixando a mostra o rosto sexy, com seu maxilar definido e impressionantes olhos ornados pelos cílios longos e escuros.

Alexis parou na sua frente e ela ergueu a cabeça para continuar a olhá-lo nos olhos. 

― Está linda. - Não havia necessidade de mais palavras, a expressão enlevada dele era o bastante para definir seu encantamento. 

Nervosa, Angel acabou corando com o elogio. Caramba, que situação! Era difícil não notar os inúmeros olhos sobre eles, além disso, precisava ignorar seu coração que batia como um louco diante do príncipe. Parecia um conto de fadas, do tipo mais brega possível, mas ainda assim era o seu conto de fadas brega e queria aproveitar ao máximo tudo aquilo.

― Obrigado. Você também está... Lindo.

Sorrindo Alexis colou a mão dela, que ainda segurava, sobre o braço dele, guiando-a pelo salão.

― Onde estamos indo? - Ela soou o mais natural possível, como se fosse uma assídua frequentadora de festas daquele tipo.

― Dançar. É o que se costuma fazer em eventos como esse. - Alexis parecia perfeitamente seguro, mas Angel sabia, que assim como ela, ele não tinha tanta experiência quanto fazia parecer.

― Eu não sei dançar. Nunca fiz isso. - Que se dane. Era melhor esclarecer logo antes que alguém se machucasse feio. Aquele salto que usava não era brincadeira.

― Sem problema, basta me acompanhar.

― Vou pisar no seu pé. - avisou.

― Provavelmente nem vou sentir.

―Ah, mas se eu pisar com o salto que estou usando, garanto que vai sentir, sim.

Ele a analisou brevemente. Ela, que geralmente batia abaixo do seu ombro, agora estava um pouco acima dele.

― Ou vai quebrar o pescoço se cair dessa altura. 

Angel fez uma careta diante do comentário em tom de gracejo. Apertando mais o braço que segurava, disse:

― Confesso que andar com essa coisa é mais complicado do que eu imaginava. Se eu mostrar qualquer indício de desequilíbrio, tenha, por favor, a gentileza de me segurar.

Rindo, ele ficou de frente para ela, puxando-a pela cintura e segurando a mão delicada dela entre as suas. Lentamente começou a se mover, aproximando-a ainda mais de si.

― Não se preocupe, garantirei que não tenha contato com o chão nessa noite. - Forçando seu melhor tom galanteador, completou com um francês arrastado - Seu único contato será comigo, Mon Ange

A garota gargalhou, deixando para trás o nervosismo. Logo sentiu o familiar cheiro de Alexis. Era impossível não reagir ao notar seus seios contra o corpo dele, as mãos grandes que haviam deslizado por seu corpo e que agora se moviam em lentos círculos por sua cintura. Seu olhar caiu sobre a boca dele e desceu para o queixo e pescoço. Partes que ela havia saboreado e que haviam tocado nela na mais íntima das formas. Suas pernas esbarravam contra as coxas firmes dele e isso a torturava, lembranças do quanto a pele dele era sólida e ainda assim, suave, estavam gravadas em sua mente. Quase sentiu na ponta dos seus dedos a textura dos músculos do peito que roçava em seu corpo, cada vez mais quente e suplicante. Não podia suportar a ideia de não ser capaz de experimentar aquelas sensações novamente, mas não tinha escolha. A decisão estaria nas mãos de Alexis.

Uma pontada de dor atingiu seu coração quando pensou na decisão tomada. No início tinha realmente pensado em não comparecer ao Baile. Mais uma vez havia bolado um plano de fuga e desistido. Chegara à conclusão de que não podia ser covarde a esse ponto, embora nenhum dos dois tivesse dito em voz alta, o relacionamento deles era algo significativo e não poderia ser menosprezado de forma tão leviana. Por isso, não podia mais esconder a verdade dele.

Quando decidiu seguir em frente com Alexis e foi até o quarto dele naquela noite, estava receosa pela dor que poderia causar a si mesma. Tinha hesitado, pensando no quanto iria sofrer com suas ações. Mas ao pesar as coisas, não foi difícil chegar a conclusão de que valeria a pena, afinal nada mais tinha a perder. Mas, após o noite com ele, outras questões surgiram. Não eram apenas os seus próprios sentimentos que estavam em questão ali.

Sempre soube da atração que ele tinha por ela, Alexis na verdade nunca a escondeu. Mas pensava que era apenas isso, e para ela bastava, possivelmente porque de outra forma tudo seria mais complicado. Contudo, quando ele a tratou com tanto carinho e cuidado e pior, quando ela viu nos olhos dele muito além do que tinha notado até então, entendeu que estivera errada o tempo todo. Para Alexis, sempre havia sido mais. E no fundo, para ela também. O medo a havia cegado e enganado tão perfeitamente quanto possível.

Mas não foi capaz de ignorar tantas verdades ao acordar e ver-se abraçada a ele. Quando o deixou sozinho no meio da noite, sentiu um vazio sem comparação com qualquer outro. Em cada um dos seis mil e duzentos degraus que percorreu no caminho de volta, seu único pensamento foi o de voltar para Alexis. Retornar para aquele calor que de alguma forma havia se tornado a coisa mais familiar em sua vida. A mais preciosa. 

Angel suspirou e soltou a mão dele, assim, lançou seus braços na cintura do rapaz e apoiou seu rosto nos ombros de Alexis. Precisava ter mais dele para si. Precisava disso desesperadamente como o ar que a fazia viver, pelo tempo que fosse. Dane-se o que seus colegas iriam falar. Aquele poderia ser o último momento que passaria nos braços do seu arrogante Príncipe e não desperdiçaria isso em função dos outros. Já havia decidido ao longo daqueles dias, ele merecia saber a verdade. Sobre suas dores passadas, sobre Hye Kyo. Sobre seu coração. E essas verdades certamente iriam tirá-lo dela.

Sabia que Alexis gostava dela, agora estava ciente de que era até mais do que havia suposto, mas como ele poderia ficar com ela? Como ele poderia querer isso? Estar com uma garota cheia de complicações, que poderia não fazer mais parte da vida dele a qualquer instante. Quem era idiota de aceitar uma bomba-relógio ao seu lado?

― Por que tantas caretas? - A voz calma de Alexis a tirou de seus devaneios.

― Estou pensando sobre nós. - A mais pura verdade.

― Não quero saber então. Por suas expressões, não parece ser algo que eu gostaria de escutar. - Ela permaneceu com o rosto colado a ele e fechou os olhos.

― Acho que não. Mas precisa. Nós temos que conversar Alexis.

O Príncipe, que havia imediatamente retribuído o abraço dela, apoiou o queixo no topo da cabeça loira.

― Imaginei que sim - ele apenas murmurou, parecendo pouco animado com a ideia.

― Depois do Baile, vamos até a sua sala no CAA - onde tudo começou, ela completou mentalmente.

―Vejo que está com pressa.

― Você não está? - Ela precisava do máximo de ajuda possível, pois se dependesse de si mesma, continuaria empurrado os problemas para baixo do tapete. Aliás, cavaria um buraco bem fundo e jogaria todos lá.

O silêncio foi a resposta por longos minutos, então ele declarou:

― Não vou deixar você ir embora, Ange.

― Eu não quero ir. – Ela apertou a casaca dele entre seus dedos, como se assim pudesse prendê-lo ao seu lado por mais tempo. – Mas você vai querer que isso aconteça.

A música acabou, Alexis afastou-se apenas o suficiente para observar o rosto de Angel. Ignorando os casais que se afastavam do centro do salão, onde eram realizadas as danças, eles ficaram ali parados, ainda em um abraço, com os olhos fixos um no outro. Quando uma nova música iniciou, os dois permaneceram do mesmo jeito, até que Alexis inclinou-se e beijou-a de leve nos lábios.

― Eu já falei antes, não seja precipitada em julgar minhas ações – ele disse com a boca próxima a dela.

Angel desviou o olhar. Perceber tanta determinação em Alexis lhe deu uma esperança tão calorosa que precisou de um esforço enorme para afastá-la. Era muito tentador acreditar que ele aceitaria tudo o que tinha escondido dentro de si, sem qualquer hesitação. Sabendo o quão devastadora seria a decepção, resolveu deixar de lado aquele assunto. Não ia se permitir tamanha dor, não ainda.

― Estou com sede. O que tem em uma festa tão chique para beber?

Alexis suspirou. Ela não pode determinar se foi por insatisfação pela mudança do tema ou de alívio por isso ter acontecido. Talvez as duas coisas.

― Venha, vamos descobrir.

De mãos dadas, começaram a andar em direção ao que parecia o local onde estavam os coquetéis. Após cada um deles encher seus pratos com a deliciosa comida, foram em direção ao terraço, onde poderiam escapar dos olhares que não cessavam de persegui-los. Assim que alcançaram a parte mais afastada do local, Angel bebeu um gole do copo que também havia separado para si e quase engasgou quando Alexis questionou com a maior casualidade do mundo:

― O que leu sobre a morte da minha mãe?

Ela deu algumas tosses para desobstruir a garganta dolorida, então respondeu:

― Li que ela morreu em uma explosão terrorista. 

Alexis olhou para o próprio copo em sua mão, balançando o líquido suavemente, e confidenciou:

― Quando eu tinha cinco anos minha mãe fugiu com seu amante, um Sheik de Quidar. Eu era muito novo para entender o que tinha acontecido, meu pai apenas disse que ela havia nos abandonado. – Ele olhou para o horizonte, parecendo refletir sobre o que dizia. – Dias depois o avião em que eles estavam explodiu. Não sobrou muito dos dois. Todos associaram a um ataque terrorista contra o Sheik. Eu pensei dessa forma até meus doze anos.

― O que aconteceu? – ela perguntou baixinho.

― Meu pai estava muito bêbado, era seu estado normal depois da morte da rainha. Mas dessa vez ele foi a minha procura, algo meio incomum, pois sóbrio ou bêbado, ele sempre me evitava. Quando me viu, tentou arrancar meus olhos com sua adaga. Gritava o tempo todo para eu parar de olhar para ele, que ele não era culpado pelo que aconteceu. Que a culpa tinha sido dela. Que ela o obrigou.

Angel sentiu seu estômago revirar ao imaginar a cena. De alguma forma, lembrou do frio que sentiu naquele dia, no cemitério, diante dos túmulos dos seus pais e irmão. Seu avô não tentou arrancar nenhum membro seu. Mas arrancou sua alma.

― Enquanto eu tentava me defender, ele confessou que tinha matado os dois. Foi por ordens dele que o avião explodiu. Desde então passei a evitá-lo. E esse distanciamento, de alguma forma, parece ter incitado ainda mais a sua fúria. O que me agrada, admito.

Os dois ficaram em silêncio, contemplando o horizonte escuro. Tal qual as lembranças que tinham de suas infâncias. Quebrando o silêncio, em tom distante, como se as palavras estivessem saindo por conta própria, diretamente de sua alma, Alexis revelou:

― Nunca contei isso para ninguém. Acho que receava o quanto se tornariam reais as perversidades do meu pai. Honestamente duvidei da crueldade dele ainda depois de ter tentado me ferir. Afastei-me depois disso, mas sempre procurei agir de acordo com as orientações dele antes de tudo isso. Racional, desvalorizando qualquer tipo de laços ou sentimentos, acreditando que dar importância a essas coisas apenas me tornaria igual ao homem destruído que Hamad se tornou. – Alexis olhou para ela parecendo tão fragilizado na escuridão, como um reflexo dela mesma. - Mas agora vejo com clareza, seguir essas ideias apenas me faria trilhar exatamente o mesmo caminho que ele.

― O que o fez mudar de ideia agora?

Alexis sorriu, de uma forma um tanto triste, ainda mergulhado na tragédia de seus pais:

― Você me mudou. Quando me permiti sentir as emoções que você causava, fui capaz de repensar muitas questões que sempre bloqueei da minha mente. Como a relação dos meus pais. Era mais fácil pensar que o descontrole de sentimentos tinha tornando ele o que é, do que admitir que tenho um pai que foi o responsável pela morte da própria esposa. Não é fácil dizer: minha mãe foi morta pelo meu pai, que não é nada menos do que um assassino.

Angel entendia a dificuldade em aceitar a crueldade nas pessoas que deveria amar. Havia a culpa. O rancor. E a culpa pelo rancor. Não foi fácil para ela perceber o quanto era detestada e o quanto isso era errado da parte de seus parentes. Sua própria atitude de ferir o avô não passava de uma forma de fazê-lo perceber que ela estava ali, ainda viva, ainda precisando da atenção dele. Sabia que jamais receberia carinho de qualquer um dos Lancasters, quase não ligava mais para isso. Mas não significava menos dor.

Em um impulso, ela aproximou-se e o abraçou pela cintura, encostando o rosto no ombro dele. Sentiu quando Alexis retribuiu o abraço e apoiou a cabeça sobre a sua, da mesma forma que havia feito na pista de dança. Embora o consolasse, em sua cabeça as próprias dores pareceram gritar mais do que nunca. 

Como confessaria seus segredos depois de ouvir tudo aquilo?

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