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1 - Os Cinco Humanos


Ele está acordando. Chamem a Rainha.

Alexis ouviu aquelas palavras soarem distantes e levemente abafadas. Chamar a Rainha? Sua mãe estava morta.

Buscou em sua mente confusa algumas lembranças. Memórias de uma verdade descoberta através de um sonho, mas que se mostravam cada vez mais reais.

Procurando entender o que acontecia, Alexis abriu os olhos. E o pânico foi instantâneo. Estava mergulhado em água, cercado por todos os lados, e mesmo não tendo nada que protegesse suas narinas e boca, era capaz de respirar. Aquilo o chocou e o deixou desnorteado. Sem entender o que acontecia, jogou o corpo para frente, batendo com violência em um vidro, só então percebendo que estava preso em uma espécie de aquário.

Com o pânico crescendo de forma descontrolada, seus punhos bateram com força contra sua prisão claustrofóbica, sem no entanto causar qualquer dano ao material duro. Quando passou a usar o corpo para conseguir sua liberdade, forçando o ombro em golpes repetidos e igualmente frustados, ouviu gritarem:

Tire ele dali! Rápido! - A voz era vagamente familiar, mas o terror nublava seu raciocínio.

Estamos tentando, Majestade!

A água começou a sumir, assim como a sua consciência. Sem a água ele não conseguiu mais respirar. Era apenas o início de Alexis naquele pesadelo.

***

Noor, os Guardiões estão requisitando a sua presença. Todos os Humanos já acordaram. - A voz masculina e não familiar se fez presente.

― Ela também? - Foi impossível ignorar o tom de desprezo na pergunta.

Não. Ela ainda não.

As vozes eram estranhas, e a língua totalmente desconhecida, mas por algum motivo, ele foi capaz de entender cada palavra. Alexis abriu os olhos lentamente. Não estava cercado por água dessa vez, mas por três pessoas incomuns. E absolutamente não humanas.

Ao fechar os olhos, com um cansaço latente, imagens de uma garota loira vieram à mente. Angel. Ela estava morta. Ela não existia mais. A dor da compreensão atingiu cada célula do seu corpo. Era tão poderosa que ele não foi capaz de suportar. Relaxando seus membros, mais uma vez adormeceu.

***

Noor observou o Príncipe voltar a dormir. De novo. Já havia perdido a conta de quantas vezes isso tinha acontecido desde que ele foi tirado da cápsula de cristal. Até mesmo os Humanos obviamente bem mais fracos do que ele já tinham despertado. Apenas Alexis e uma das garotas Humanas ainda permaneciam inconscientes.

A Oberoh suspirou, saindo do quarto. A tal garota nem sequer tinha sido retirada do tubo. Estavam todos receosos quanto ao que isso significava, pois ela não tinha dado qualquer sinal de reação desde sua chegada. Seus sinais vitais estavam abaixo do normal e não reagia a nenhum estímulo. Não sabiam o que fariam se ela morresse. Qual seria o propósito de sua vinda se isso acontecesse?

A inconsciência do Príncipe também a preocupava. Ao contrário da garota, ele estava totalmente bem, mas não despertava completamente. Parecia mais como se não quisesse fazer isso. Mas por quê?

A Rainha Syka tinha dito que conseguira conversar com ele com o uso de seus poderes sem nenhum problema. O processo pelo qual foram passadas várias informações sobre Payre havia sido um completo sucesso. Então o que o fazia continuar adormecido?

Era uma situação realmente frustrante. Quase tanto quanto ter descoberto que, para seu profundo ódio, a namorada Humana do Príncipe era uma das escolhidas da Deusa Ashy. Angel também estava em Payre. Mas talvez não sobrevivesse. E, honestamente, Noor não conseguia ficar completamente descontente com isso, embora, sendo uma dos Guardiões, sua missão fosse protegê-la. Odiava aquele dilema.

***

Como estão os outros? - a mulher de seus sonhos voltou a falar.

Estão se adaptando bem, Majestade. Apenas com a compreensível dificuldade de entender que tudo isso é real. – A voz feminina não conseguiu ocultar um toque de ironia. – E que não estão mortos.

Não estava morto? Alexis sentiu pesar ao ouvir aquelas palavras.

As duas vozes femininas já lhe eram familiares, eram as que mais escutava quando voltava a si, embora não demorasse (par)a preferir o alívio do sono. Já estava prestes a dormir novamente, quando alguém o chamou.

Apenas um sussurro. Mas era ela.

Sentindo seu coração disparar, ele abriu os olhos e se ergueu. Estava sentado em uma cama com lençóis de um branco ofuscante. Sentiu os olhos arderem com toda a claridade que o envolvia. Quando ergueu a cabeça, seus ouvidos latejaram, como se seu coração estivesse batendo ali. Não conseguiu ouvir direito e seu estômago se contorceu em resposta a tantas manifestações simultâneas. Uma náusea intensa o assaltou subitamente.

― Por Erow! Ele acordou! - Mãos tentaram segurá-lo no lugar, mas ele não queria ficar ali deitado.

Com dificuldade, ficou em pé, mas seus pés não o sustentaram e Alexis desabou no chão.

― Chamem o Curador! Rápido! - a voz soou urgente.

Sentiu mais uma vez alguém tentando ajudá-lo, mas dessa vez ele permitiu. Foi colocado deitado sobre a cama. Observou assombrado as estranhas pessoas à sua volta e perguntou em uma voz rouca e baixa:

― Angel está aqui?

As pessoas não responderam, apenas trocaram olhares entre si. Uma mulher muito pequena, com exóticos cabelos lilases, virou-se para outra de cabelos intensamente azuis.

― O que ele disse? - perguntou com uma voz que Alexis associou ao seu sonho.

― O Predestinado usou uma das línguas da Terra. Parece querer saber sobre alguém em específico.

Após a resposta, quase automaticamente, Alexis usou a mesma língua desconhecida:

― Angel está aqui?

Não tinha ideia de como sabia falar a língua daquele povo, e não estava interessado no momento em tal informação. Sua única preocupação era entender se o chamado que ouviu foi real, ou apenas fruto dos seus mais desesperados anseios.

Bondosos olhos cinzentos viram-se para ele, era a mulher de cabelos lilases. Com a delicadeza que parecia parte de sua natureza, ela respondeu:

― Há uma mulher com esse nome, meu querido.

― Quero vê-la - ele solicitou no mesmo instante, não dando importância para a urgência gritante em suas palavras.

A mulher olhou para o homem ao seu lado. Ele balançou a cabeça de forma positiva. Então ela voltou sua atenção para Alexis.

― Nós vamos levá-lo até ela, Alexis. - Ainda mais gentil, completou: - Erak e Esan o auxiliarão, já que ainda está muito instável por ter ficado tanto tempo inativo. A propósito, meu nome é Syka.

O nome lhe trouxe lembranças que logo lhe escaparam, pois foi erguido como uma criança por dois homens muito altos. Um tinha longos cabelos castanhos, presos em uma trança. Seus olhos eram cinzentos, como os da pequena mulher, mas não havia nenhuma bondade neles. O outro homem também usava uma trança comprida, mas seus cabelos eram de um loiro escuro e os olhos de um tom de verde difícil de definir. Aliás, toda sua expressão era incompreensível. Alexis não esboçou qualquer reação, apesar da situação flagrantemente constrangedora ao praticamente ser carregado até a porta pelos dois desconhecidos. Seu propósito era apenas um, e o alcançaria mesmo que precisasse sacrificar seu orgulho no processo.

A porta de vidro foi aberta de forma automática e o grupo entrou no que lhe pareceu um elevador bastante espaçoso, pois coube ele, os dois grandalhões, Syka, um homem todo de branco com espantosos cabelos vermelhos e mais a mulher que pareceu ser a única a entender a língua da Terra.

Quando todos estavam acomodados no espaço, a porta se fechou e Syka informou "Sala de Recuperação". Alexis sentiu suas entranhas se contraírem por alguns segundos, mas foi o suficiente para lhe roubar o fôlego. Quando soltou o ar, ao mesmo tempo em que a porta foi aberta, ouviu uma risada abafada de um dos homens que o ajudavam. Podia apostar que era do moreno.

― Desculpe não tê-lo alertado sobre isso. – Syka disse com suavidade, naquele idioma que ele não conhecia, mas que era capaz de compreender, e falar. – Estamos tentando nos adaptar sobre as reações que o nosso mundo podem causar no corpo de um Humano.

― Ora, ele não deveria ser mais resistente, mãe?

A pergunta estava carregada de ironia. Alexis estava certo, o cara de olhos cinzentos parecia ter uma certa antipatia por ele. Contudo, o mais surpreendente foi saber que ele era filho daquela delicada mulher, pois ela parecia ser no máximo sua irmã, inclusive mais nova, afinal não aparentava ter mais do que vinte anos.

― Ele ainda tem o corpo de um Humano, portanto, está sujeito as implicações disso. – Havia paciência nas palavras dela, ainda assim, um rápido brilho de advertência passou por seus olhos lilases que mesmo em seu estado lamentável, Alexis não pode deixar passar.

Mal tinham saído do elevador mais rápido que ele já conheceu, e outras três pessoas se juntaram ao grupo. Um homem e duas mulheres, todos vestindo as mesmas roupas do sujeito ruivo. Uma espécie de casaco curto, calça larga com cós alto e sapatilhas, o conjunto completo de um branco impecável. O mais estranho, além do fato de terem olhos de variados tons de roxo, eram as pupilas verticais, como as observadas em cobras. Os cabelos eram todos em tons alaranjados e a pele muito clara, coberta por minúsculas sardas, da mesma tonalidade dos olhos.

Sentindo sua mente um pouco mais limpa e o corpo mais resistente, Alexis tentou se firmar, procurando dessa forma observar melhor as pessoas que o rodeavam. Todos estavam em silêncio, parecendo ansiosos em lhe dar tempo para se acostumar com o que via. E ele realmente estava precisando desse momento. A imagem daquele grupo era chocante. Syka, ou a Rainha, como se dirigiam a ela, tinha orelhas pontudas e o homem moreno era seu filho, ainda que ela parecesse muito mais jovem do que ele. O sujeito com a trança loira tinha o corpo coberto por símbolos azuis e o observava atentamente. Ruivos com sardas roxas e olhos de cobra o encaravam. A mulher de cabelos azuis tinha a pele ligeiramente brilhante, quando ela se movia parecia refletir como vidro.

― O que são vocês? - Em suas palavras tentou Alexis passar uma calma que não sentia.

― Você se lembra do sonho, Alexis? – A Rainha perguntou com sua doçura.

O sonho. Os Três Deuses. Payre.

Ele pensou nos momentos que acordou, nas coisas que ouviu. Nas sensações. Nos toques, em como era real seu peso sendo carregado por outras pessoas.

O cheiro tão limpo. A luz cegante.

― Não foi um sonho – Alexis sussurrou para si mesmo.

― Tem razão, não foi. Eu lhe contei sobre Payre. Sobre nós.

― Eu estou em Payre agora? - Ele apenas quis confirmar algo que no íntimo já sabia a resposta.

― Sim, você e os Humanos da Deusa Ashy.

― Os humanos que fui buscar. - Alexis tentou puxar da memória o estranho sonho que teve. Sobre Deuses e um outro mundo.

A Syka sorriu, satisfeita.

― Exatamente.

― Quem são eles, esses humanos mencionados? - Pensou ter controlado seu tom, mas a esperança havia deixado sua voz áspera, como se saísse com dificuldade. Com receio da resposta não ser o que esperava.

A Rainha respondeu tranquilamente, inconsciente do quanto suas palavras serviriam para mudar os acontecimentos em Payre:

― Monalisa Dewis, Rembrandt Dewis, Esha Lali, Baek Choi Hee e Angel Lancaster.

E a roda do Destino mais uma vez girou.

Alexis se afastou com firmeza dos homens que tentavam ajudá-lo. Não havia necessidade. Estavam ainda juntos, em um outro mundo, mas juntos. Era o que bastava para ele. 

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