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1 - Monalisa e o Bobo da Corte

― Preciso me lembrar de nunca, ouça bem, nunca mais subestimar a diversão proporcionada por uma briga de riquinhos! - Choi se jogou no sofá próximo a janela pela qual Alexis observava com seu característico ar sério, indiferente a sua presença.

Sem se abalar com a falta de reação do outro, algo que não o surpreendeu, Choi esticou as pernas e apoiou os pés em um canto da mesa baixa de vidro que estava a sua frente. Ali era a sala do Presidente do CAA, que obviamente era Alexis. Ele, Choi, era apenas um rapaz despreocupado com muito tempo livre.

Se Choi não fosse um sujeito tão satisfeito com a própria vidinha simples que levava, poderia se sentir tentado a invejar Alexis  por todo o poder que vinha de sua família, os Al-Saud, nada menos do que a família real de um dos países mais ricos do mundo, Quidar. Mas sabia que não era uma posição para ser cobiçada. Alexis não não tinha amigos, namorada e, para falar a verdade, nem mesmo família, o que ele tinha era um rei que mal via e o qual deveria superar em tudo quando o sucedesse no trono. Choi se considerava o mais próximo de um amigo que Alexis tinha, mas era bastante consciente de que o mesmo não pensava dessa forma. Para Alexis ele não passava de mais interesseiro atrás dos benefícios de estar ao lado de um príncipe.

― Então, como é mesmo o nome dela? - Choi sorriu de forma provocativa enquanto endireitava os óculos de armação preta sobre o nariz. - Ah! Angel! Cara, ela se chama anjo! O Ren apanhou feito uma boneca de trapos, de uma menina que se chama anjo!

Embora ainda lhe doesse a barriga das últimas gargalhadas que soltou quando soube da notícia, o rapaz se contorceu no sofá em meio a risos novamente. Olhou para a silhueta aristocrática de Alexis, que continuava com a atenção voltada para a janela, sem lançar um olhar sequer em sua direção, então acrescentou:

― Além disso, soube que é uma garota, segundo relatos, "estranhamente bonita", ou o meu favorito "linda como um Anjo". Realmente ela é assim? - Como Alexis nada comentou, Choi resolveu provocar um pouco mais. - Deve ser mesmo já que você, que normalmente "gela" as garotas com esse olhar tão maravilhosamente acolhedor, literalmente jogou a tal Angel no chão e pulou pra cima dela! A menina até desmaiou, coitada!

Para espanto de Choi, Alexis o encarou com raiva.

― Não estou com paciência para aturar esse seu suposto senso de humor, Choi.

― Uau! - murmurou o garoto, arqueando as sobrancelhas a ponto de quase tocarem nos cabelos castanhos no alto da testa. Sempre brincava daquela forma e normalmente o príncipe o ignorava ou respondia algo distraidamente. Raiva? Aquilo não era comum em Alexis.

Antes que qualquer um dos dois pudesse dizer mais alguma coisa, ouviram batidas na porta e alguém entrou. Choi abriu um sorriso enorme.

***

"Droga!", pensou Mona, "esse idiota já está aqui!". Mas deveria ter previsto que aquele coreano irritante não ia perder tempo em ir azucrinar Alexis. Sinceramente, não sabia como o Príncipe, com sua personalidade tão fria, o aturava. E ela não era a única do Campus que se perguntava isso constantemente.

Abrindo um sorriso simpático e exibindo sua famosa "aura meiga", Mona dirigiu sua atenção para aquele que realmente a interessava naquela sala, ignorando totalmente a presença de Choi. Ou pelo menos se esforçando para isso.

― Você está bem, Príncipe Alexis? Fiquei preocupada quando soube que foi atacado por alguém no pátio.

― Não, minha doce Monalisa. - Choi fez um ar muito surpreso, arregalando seus olhos de forma dramática, intrometendo-se sem qualquer constrangimento. - Foi o nosso estimado colega quem atacou uma linda donzela! Não soube?

Mona, mesmo contra vontade, encarou o seu algoz. Como detestava aquele sujeito! Ele sabia muito bem o quanto ela odiava que a chamassem pelo seu nome completo. Culpa da sua mãe, uma duquesa espanhola e famosa pintora, que quis homenagear um dos seus pintores favoritos. Claro, poderia ser pior, ela poderia ter um nome horrível como seu irmão gêmeo, Rembrandt. Outro pintor favorito da mãe.

― Choi, sei que isso pode ser surpreendente para você, mas eu não acho nem um pouco interessante esse seu humor desagradável - retrucou em tom rabugento.

O rapaz jogou-se de costas no sofá, com a mão sobre o coração, em uma pose de puro sofrimento. Falso puro sofrimento.

― Deus! Como viverei agora se minha musa, minha inspiração, meu raio de sol na escuridão, me acha desagradável?! - Em um salto se pôs de pé e foi até a garota que observava a cena impassível. Sem a menor cerimônia pegou uma mecha dos cabelos de Mona e a levou até os lábios, beijando de forma exagerada as pontas negras - Já disse hoje como você fica linda quando me dirige todo esse desprezo, doce Monalisa? - Choi encarou, claramente divertido, o belo rosto da garota, que corou. De raiva.

Mona tinha uma vontade absurda de dar um soco naquele sujeito, mas preferiu, como em outras interações com ele, manter a compostura. Por isso apenas solicitou educadamente:

― Tire as suas mãos de mim, por favor. - Tire essas patas nojentas de mim, seu abusado de merda! 

Choi deu um leve sorriso de escárnio, como se soubesse exatamente o que ela estava pensando, mas se afastou. 

O foco de Mona voltou-se novamente para Alexis, ela abriu a boca para falar, contudo o Príncipe se antecipou. Sem sair de sua posição original próximo a grande janela envidraçada, sob a luz do dia que findava com suas cores rubras, ele virou-se para os dois, como uma espécie de vulto.

― Antes que voltem a questionar ou fazer suposições sobre o ocorrido de hoje, gostaria de lembrá-los que eu nunca tive interesse em fofocas de corredor. - Alexis direcionou seus frios olhos azuis para Mona. - Nem em preocupações banais. Agora, agradeceria se os dois se retirassem. Tenho coisas a fazer.

Alexis caminhou decidido até sua mesa, uma peça bela e sóbria que combinava perfeitamente com o restante da sala, toda decorada com madeira escura, couro preto e vidro. Nenhum porta retrato, nenhuma planta, nenhum bilhete de recados, papéis ou uma caneta fora do lugar. Tudo era perfeitamente organizado e limpo. Seu quarto, no dormitório masculino, também era mantido dessa maneira. Algumas pessoas o consideravam meio assustador por ser tão perfeito. Parecia pouco humano. 

Ao sentar na cadeira diante do moderno Notebook, único item pessoal sobre a mesa, Alexis falou sem erguer os olhos da tela.

― Monalisa, antes de sair, poderia me dizer onde está seu irmão?

A garota escondeu o desconforto que a pergunta lhe causou, respondendo sorridente:

― Soube que foi direto para o dormitório, Alteza.

― Certo, obrigada - respondeu Alexis em tom de encerramento, dispensando os dois.

Sem querer tornar a situação ainda mais incômoda, ela saiu da sala, logo seguida por Choi.

Assim que chegou no corredor, onde ficaram a sós, disparou furiosa:

― Você sabe muito bem que essas histórias ridículas que estão circulando não têm o menor fundamento! Então pare de repetir essas bobagens!

Choi arqueou uma sobrancelha com ar divertido:

― Opa, voltamos para o tópico príncipe-coração-de-gelo ataca donzela indefesa? - Mona soltou um grunhido que o fez rir. - O que? Você assistiu a cena e está irritada porque viu uma desconhecida esquisita conseguir atrair mais a atenção do nosso estimado Príncipe em dez minutos do que você em três anos?

A garota apertou os punhos com raiva. Não, não tinha presenciado a surra merecida que seu querido irmão levou de uma garota naquele final de tarde, mas assim como os poucos não presentes, logo ficou sabendo de tudo. De como Alexis havia tentado conter a agressora, a segurando e depois a jogando no chão e imobilizando com o próprio corpo. Mas o que mais incomodou Mona foram as várias observações sobre o quanto o Príncipe ficou focado na garota. Alexis, ela sabia naqueles longos três anos em que o perseguia incansavelmente, não era do tipo que focava em alguém além de si mesmo. Por esse motivo sentiu que precisava se inteirar melhor da situação.

― Você é irritante.

Ela lançou um último olhar de desdém para Choi antes de ir embora, deixando-o sozinho na entrada da sala do CAA.

Assim, Mona não viu o ar divertido de Choi desaparecer, não restando nenhuma sombra do alegre "Bobo da Corte", como alguns o chamavam às escondidas. Nem ouviu seu suspiro de pesar ao retirar do bolso da calça uma flor amarela que parecia ter sido desidratada, processo geralmente usado para manter a beleza, a cor e o formato de algo tão delicado. Se Mona tivesse olhado para trás, talvez reconhecesse a flor que um dia ela havia aceitado com um lindo sorriso no rosto. Um sorriso da verdadeira Monalisa, cheio de mistérios, mas sincero. 

***

{Payre}

― Já passou tanto tempo. Quanto ainda teremos que esperar, Majestade? - Não era exatamente uma pergunta. Tratava-se mais de um desabafo. Por tantos anos ela, Noor, havia observado a Terra, em especial aquela pessoa, que se tornara cada vez mais impaciente para ver diante de si a imagem real, e não apenas, em alguns furtivos momentos, sua figura esplêndida.

― Não temos escolha além de esperar, minha querida. Tudo já foi planejado há muito tempo, ainda não deve ser o momento. Lembre-se das palavras: "Quando os quatro de Ashy estiverem reunidos, o de Erow que se foi, voltará".

A segunda mulher, a Rainha Syka, expressou em seu tom mais paciência com a passagem do tempo do que sua companheira, ainda que em seu coração guardasse uma imensurável saudade daquela pessoa que nem sequer sabia de sua existência. Seu próprio filho.

As duas olharam novamente para o espelho de água, ansiosas pelo que viria. Muitos dependiam do desenrolar da vida que observavam através daquele único canal com a Terra. Quase não havia tempo, mas o destino era caprichoso. Assim como a vontade dos deuses.


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