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XXV

Miguel devorou mais um pedaço do seu churrasco sem deixar de focar na conversa que estava tendo com a sua vizinha, seu olhar captava cada gesto de Cecília enquanto a admirava com carinho e por ele, ficaria o dia todo fazendo isso. Para ele não havia momento melhor do que estar ao lado dela, e não poderia negar que a sua vida mudou completamente desde quando a conheceu, Ciça claramente tinha o poder de acalmá-lo e trazer paz nas situações difíceis.

Cecília bebeu um gole do seu suco de laranja enquanto continuava a conversar amenidades com o seu vizinho, ela sorria enquanto falava sobre os filmes que já tinha visto ao mesmo tempo que o ouvia falar sobre os dele. Os dois terminaram o almoço e prontamente se levantaram de onde estavam sentados pegando as bandejas com os pratos colocando-as no espaço destinado para elas.

— Pensei que você ia trabalhar, agora. — Ciça comentou ajeitando a sua bolsa no seu ombro enquanto segurava o presente que havia ganhado do seu vizinho com a outra mão.

— Eu vou, mas antes tenho que ir no Centro comprar um material já que não tem a loja aqui no shopping, e preciso ir agora senão não vou ter tempo depois.

— Ah, sim. — Miguel sorriu e pegou na mão de Cecília que estava livre.

Os dois seguiram até o estacionamento para que pudessem pegar os seus respectivos carros e assim ir resolver os assuntos pendentes do dia, mas quando chegaram na entrada, Miguel ouviu uma voz conhecida lhe chamar.

— Ah, eu não acredito. — O rapaz fitou a mulher com raiva e perguntou. — O que você quer?

— Eu quero conversar com você, Miguel, por favor.

— Eu vou pro carro. — Cecília avisou enquanto soltava a mão do seu vizinho. — Depois a gente se vê.

— Não, fica aqui, Ciça. — O rapaz pediu voltando a segurar a mão dela. — Gabriela, eu não quero mais falar com você. Quantas vezes vou ter que te dizer isso?

— Mas eu preciso conversar com você. — Ela sentiu seus olhos marejados e voltou a falar. — Eu sinto sua falta, quero tentar nosso relacionamento de novo.

— Tá brincando, né!? — Miguel perguntou sem acreditar. — Só pode tá de brincadeira comigo. Você tem noção do acabou de dizer depois de tudo o que você fez? Você jogou fora tudo o que eu sentia por você, tudo, admiração, carinho, respeito. Agora você é só uma pessoa insignificante pra mim e tudo o que eu mais quero nessa vida é nunca mais olhar na sua cara.

— Você me odeia, mesmo? — Ela perguntou sentindo uma lágrima cair pelo seu rosto.

— Odiar não, tenho nojo de você, você morreu pra mim, igual tudo o que eu sentia por você.

— Só pra ficar com ela? — Gabriela apontou para Cecília que continuava calada enquanto observava tudo.

— Não que isso seja da sua conta, mas ela tem nome, é Cecília. — Miguel respondeu com frieza. — Ela, com toda certeza, é bem melhor do que você, ela é inteligente, linda, maravilhosa e me faz feliz, me sinto muito bem com ela, diferente de você que eu só quero distância. Vamos Ciça.

Miguel apertou a mão da sua vizinha e os dois seguiram em silêncio até os seus carros, mas logo eles ouviram Gabriela perguntar.

— Ela é sua namorada?

— É. — Miguel respondeu por impulso sem perceber a expressão de surpresa que Cecília fez. — E ela é bem ciumenta, então é melhor você ficar bem longe de mim, até porque não quero te ver nunca mais.

— Miguel, eu te amo... — A morena suplicou com uma voz de choro, mas não foi atendida, ela então ficou observando o casal se retirar pensando em como se deixou permitir que o seu namoro com o rapaz acabasse daquela forma.

Miguel estava nervoso, tão nervoso que não percebeu que havia arrastado Cecília junto com ele e que ela agora estava ao seu lado enquanto ele se encostava no carro puxando todo o ar que era possível para dentro dos seus pulmões.

— Namorada? — Ela perguntou com um sorriso no rosto.

— Que namorada? — O rapaz levantou o olhar para a sua vizinha.

— Você falou pra sua ex que eu sou sua namorada e ainda falou que eu sou ciumenta só pra deixar ela longe.

— Eu disse isso? — Miguel questionou surpreso. — Desculpa, Ciça. Foi por impulso.

— Sem problemas, aliás, obrigada pelos elogios, me senti importante. — Ele sorriu.

— Mas você é importante, e os elogios não foram mentira, você é linda, inteligente, maravilhosa e eu me sinto muito bem quando estou do seu lado.

Cecília sorriu com o comentário do seu vizinho sentindo ele a puxar para o seu corpo, sua boca foi tomada com desejo e seus lábios se chocaram com afinco, prontamente suas mãos foram parar na cabeça de Miguel enquanto os braços dele pegava a sua cintura com mais força e ela logo sentiu seu lábio inferior ser mordido.

— Até que não seria ruim ser sua namorada. — Ela comentou depois que cessaram o beijo.

— Você tá me pedindo em namoro? — Ele perguntou com sarcasmo.

— Eu não, tu que pediu antes quando disse pra sua ex que eu era sua namorada. Foi um pedido feito indiretamente.

— Pois então eu peço de novo, dessa vez de forma direta. — Ele se ajoelhou e Ciça agradeceu por estarem no estacionamento vazio. — Você quer namorar comigo, Cecília Duarte?

— Quem te falou meu sobrenome?

— Não estraga o clima, mulher, pelo amor de Deus.

Cecília riu alto sendo acompanhada pelo seu vizinho e o puxou para beijá-lo sentindo seu corpo se aproximar com mais força do dele.

— Eu aceito namorar com você, besta. — Foi a vez de Miguel sorrir, ele então a beijou novamente, dessa vez um beijo terno, mas logo Ciça parou o ato e anunciou. — Eu ia adorar ficar com você agora, mas eu preciso ir trabalhar.

— Mas mais tarde você não me escapa. — Cecília gemeu ao sentir seu pescoço ser mordido pelo rapaz e rapidamente se soltou dele.

— Quando eu chegar do trabalho eu passo lá.

Miguel concordou com a cabeça e recebeu um selar nos lábios antes de ver sua vizinha, e agora namorada, partir em direção ao carro dela, ele logo entrou no seu automóvel para poder ir resolver as suas pendências, mas ainda sem acreditar que estava namorando a mulher que havia tomado de conta do seu coração tão de repente. 



Luana aproveitou que os atendimentos do período da tarde eram poucos e resolveu adiantá-los para que pudesse sair mais cedo e assim olhar alguns apartamentos que a corretora havia separado e que poderiam agradá-la. Quando o relógio mostrou 16hs ela já estava livre do expediente resolvendo ligar para a sua amiga e perguntar se ela não poderia acompanhá-la, afinal, quem melhor do que uma arquiteta para conhecer um lugar para morar?

A irmã de Lucas se despediu das recepcionistas e partiu em direção ao prédio onde ficava a primeiro apartamento e quando chegou ao local, Cecília já estava esperando por ela junto com a corretora contratada pela garota. O lugar que ficava no terceiro andar possuía dois quartos, mas não tinha uma suíte como Luana queria, apesar de ter um armário projetado incluso no apartamento, ainda não era o que a garota estava procurando.

— Também não gostei desse apartamento, eu olhei o teto da lavanderia e tinha mofo nele. — Cecília opinou e viu sua amiga sorrir.

— Melhor coisa é ter amiga arquiteta.

O segundo apartamento ficava em um bairro um pouco distante do primeiro, o ambiente consistia em uma varanda grande e dois quartos com uma suíte como Luana queria, não tinha um armário projetado como a primeira opção, mas ainda assim era um ótimo lugar para morar.

— Esse é ótimo. — Ciça constatou e perguntou para a amiga. — Vai ser esse aqui ou quer ver o terceiro apartamento?

— Melhor ver o próximo, né!? Vai que é melhor que esse. — A morena sugeriu e perguntou para a corretora. — Onde é o próximo, Bruna?

— Lá no Eco Park 2.

— Ih, é lá onde tu mora. — Luana afirmou.

— Ah, então vai ser lá. — Cecília finalizou com clareza. — Porque quero você pertinho da gente.

— Ah, também te amo.

As amigas então seguiram para o prédio onde Ciça morava com a mãe e a madrinha e quase 20 minutos depois, as três mulheres chegaram no local, mas o proprietário ainda não havia chegado, então elas decidiram ir até a casa de Ciça para comerem algo chamando a corretora para acompanhá-las. Tereza e Sônia estavam sentadas na mesa resolvendo caça-palavras quando as duas entraram no local as cumprimentando com um beijo no rosto de cada uma.

— Boa tarde, o que aconteceu que vocês vieram cedo, hoje?

— Estávamos vendo alguns apartamentos. Tá na hora de ter meu cantinho. — Luana respondeu e apresentou a corretora para a tia. — Essa é a Bruna, a corretora que tá me ajudando.

— Sou a Sônia, prazer. — A madrinha de Cecília a saudou e direcionou a palavra para a sobrinha. — E viram algum?

— Vimos dois, me agradei de um. Mas ainda vou ver um aqui nesse condomínio. Já pensou eu vizinha de vocês?

— Eu vou adorar. — Ciça afirmou depois de oferecer um copo d'água para Bruna.

A irmã de Lucas sorriu e logo ouviram o celular da corretora tocar, ela devolveu o copo de volta para Cecília e pegou o aparelho que estava no fundo da sua bolsa, Bruna prontamente atendeu a ligação e falou por alguns segundos antes de encerrar e sem demora avisou para Luana que o proprietário do imóvel já havia chegado.

Diferente do apartamento de Ciça, o local que Luana iria verificar ficava em outro bloco próximo ao que Tereza morava com a filha, a propriedade, que se localizava no terceiro andar, continha a mesma planta do apê da amiga, e estava do jeito que a irmã de Lucas queria, Cecília então verificou as portas e janelas, além da questão hidráulica e elétrica bem como a presença de mofo no local.

— Tudo nos conformes. — Ciça apontou depois de vistoriar tudo. — E aí, qual vai ser, esse aqui ou o do Vinhais?

— Ah, acho que esse. Vai ser bom morar perto de vocês. — Luana respondeu com clareza. — Bruna, vai ser esse aqui.

— Ótimo, então vou providenciar tudo. — A corretora falou e chamou a garota para resolver algumas pendências.

Luana seguiu com a mulher e antes de sair do local deu mais uma olhada naquele que seria o seu lar se tudo desse certo. Só restava torcer para não ocorrer nada de errado.



No final da tarde, Marta chegou na sua casa acompanhada de Lucas e rapidamente seguiu para o seu quarto para que pudesse descansar por um instante, estava cansada, muito cansada. O rapaz, que havia acompanhado a mãe na sua consulta com o psiquiatra, foi em direção à cozinha para comer algo e enquanto via sua mãe subir as escadas, ele perguntou.

— Mãe, quer comer alguma coisa?

— Agora não, filho. — Ela respondeu calmamente. — Só quero descansar um pouco.

Lucas ficou calado observando Marta sumir no corredor e logo pegou a sacola onde estavam os medicamentos que o médico havia receitado a ela junto com a prescrição onde continham as dosagens e horários, ele rapidamente foi à cozinha para pegar um copo d'água e seguiu até o quarto da sua mãe.

— Pega, toma o remédio que o médico passou. — Ele entregou os comprimidos junto com o copo para a mulher que bebeu tudo. — No horário certo eu trago pra senhora tomar de novo. Agora tenta descansar um pouco.

Marta sorriu com o cuidado do filho e foi até o banheiro a fim de tomar um banho e quando estava debaixo do chuveiro se permitiu chorar por tudo que estava acontecendo pensando em como deixou toda essa situação afetar a sua vida e fazer com que a sua filha, que deveria ser a sua maior companheira, se afastasse tanto.

Ela estava cansada, seu corpo doía e pedia por descanso, Marta pegou o sabonete líquido que estava na prateleira de mármore e logo espalhou o conteúdo por todo o seu corpo e quando terminou foi para debaixo do chuveiro tirando todo o suor. O cheiro de ameixa se espalhava pelo local e ela rapidamente terminou o seu banho se sentindo um pouco mais disposta.

Enquanto sua mãe tomava o seu banho, Lucas decidiu ir malhar e assim esquecer um pouco os problemas que rodeavam sua família. O rapaz foi em direção ao seu quarto e apenas trocou de roupa para depois pegar o seu celular, ele então o colocou no bolso do seu short e antes de sair, foi até o quarto de Marta para avisá-la que iria para a academia.

O irmão de Luana deixou sua mãe descansando e seguiu em direção à saída, ele então fechou o portão e guardou as chaves enquanto olhava ao redor e logo ele viu um homem alto e que já estava com os cabelos grisalhos, ele olhava com atenção a casa de Marta e o rapaz rapidamente atravessou a rua e se aproximou dele com cuidado.

— Boa tarde. — O homem virou o rosto para Lucas. — Tá procurando alguém?

— Boa tarde, a Marta ainda mora aí? — Ele apontou para a casa do rapaz.

— Sim, você quer falar com ela?

— Não, depois eu falo com ela. — Ele se preparou para ir embora, mas parou o movimento e perguntou. — Você é o Lucas?

— Sim, sou eu. — O irmão de Luana olhou para o homem de uma forma curiosa. — Você me conhece?

— Desde pequeno, mas eu perdi o contato com a sua mãe e não nos vimos mais. — Lucas percebeu a voz do homem ficar embargada. — Você cresceu bastante e virou um belo rapaz.

— Quem é você?

— Sou o seu pai, Lucas. — Saulo respondeu rapidamente.

A voz do rapaz sumiu completamente, ele precisou se encostar no muro para se recompor e depois que puxou todo o seu ar e soltá-lo, as palavras saíram da sua boca como pedras.

— Como você tem a coragem de aparecer aqui depois de tudo o que você fez? Você tem noção do quanto a sua partida fez mal pra minha mãe depois de tudo o que ela passou naquele hospital? Você não tem um pingo de vergonha nessa cara em aparecer aqui.

— Lucas, você tem que entender que estava insuportável pra mim viver nessa casa, eu não ia conseguir continuar vivendo com a sua mãe depois que perdemos o nosso filho.

— E isso justifica ter deixado ela sozinha com duas crianças, e o pior, com uma delas internada no hospital? — O rapaz questionou. — Por sua culpa, a minha mãe passou os piores anos da vida dela, e o pior, descontando tudo na sua filha que você nem sequer teve a decência de ir visitar no hospital?

— Descontando? — Saulo perguntou tentando segurar as lágrimas que insistiam em cair.

— É, mas isso não interessa pra você, já que nem conhecer ela você quis. — Lucas pontuou e avisou em seguida. — Olha, eu juro que se você aparecer aqui de novo eu vou chamar a polícia, então, se você tiver um pingo de vergonha nessa sua cara de pau, não apareça nunca mais aqui, porque de fato o meu pai morreu quando eu tinha um ano como a mãe sempre me falou.

O rapaz deixou Saulo plantado na calçada e logo retornou para a sua casa desistindo de ir para academia, ele então decidiu ir visitar a sua irmã e foi até o chaveiro para pegar as chaves do carro e assim ir até o apartamento de Cecília. Luana sempre teve o poder de acalmá-lo e depois da aparição do pai, o nervosismo tomou de conta de Lucas e só a mais nova conseguiria deixá-lo mais tranquilo, mas quando chegou no local ele não encontrou a garota, decidindo fazer companhia para Tereza e Sônia contando tudo que aconteceu a elas.



Seis semanas se passaram desde o aparecimento repentino de Saulo, Lucas preferiu não contar sobre a visita dele para Marta revelando apenas para a sua irmã. Cecília continuava namorando com Miguel, embora tenha deixado Lucas de fora da novidade, pois ainda não estava preparada para contar a notícia para o amigo, e Luana enfim conseguiu realizar o financiamento do seu apartamento e já estava no ponto de realizar a mudança.

— Não acredito que agora tenho meu lugar. — Ela falou com os olhos marejados enquanto segurava as chaves do seu novo lar.

— Tão bom, né!? — Cecília questionou abraçando a amiga que olhava admirada para o lugar vazio. — Não tem sensação melhor do que essa.

Luana abriu um sorriso, estava feliz e realizada. Lágrimas de felicidade caíam pelo seu rosto ao imaginar que depois de muitos anos morando na casa da sua mãe, ela enfim havia conseguido um lugar para ser só seu. Batidas na porta quebrou o silêncio e a morena logo foi em direção a ela para abri-la enquanto enxugava o seu rosto molhado.

— Oi. — Olívia a cumprimentou enquanto segurava uma sacola na mão. — Como primeiros visitantes do seu novo apartamento, viemos trazer um bolo de boas-vindas. Você poderia ter a gentileza de nos convidar para entrar na sua casa nova?

A morena sorriu com o gesto dos amigos e prontamente convidou a namorada para entrar, Lucas estava parado ao lado dela e segurava um bolo de tamanho médio com Kit Kats em volta amarrados com um laço, por cima dele, vários M&Ms decoravam o doce junto com um topo onde estava escrito Welcome home.

— Ah, que coisa mais linda. — Luana pegou o bolo das mãos do seu irmão e voltou a falar. — Eu amei a surpresa. Vocês são tudo pra mim.

— A gente te ama. — Cecília avisou dando um beijo no rosto da sua amiga. — Só queremos ver você feliz e realizando todos os seus sonhos.

A morena sorriu mais uma vez e foi em direção ao balcão de mármore para colocar o bolo por cima dele, Olívia entregou a faca para Ciça que logo começou a cortar o doce e dividi-lo nos pratos descartáveis que eles haviam levado enquanto Lucas enchia os copos de plástico com suco de laranja comprado no supermercado.

Não foi preciso muitos detalhes para o momento de boas-vindas, e Luana logo percebeu isso quando se sentou no chão junto com os amigos, ela então sorriu com toda a simplicidade e o que mais importou naquele momento foi estar rodeada das pessoas que ela mais amava.

— Um brinde a nova vida da Lulu. — Lucas anunciou enquanto erguia o seu copo. — Que ela seja imensamente feliz na sua casa nova e nessa nova etapa da sua vida.

— Com certeza eu vou ser. — Luana avisou depois que eles bateram os seus copos. — Ainda mais com todo esse apoio de vocês, obrigada por todo o carinho.

— Ah, você merece meu amor. — Olívia falou dando um selar nos lábios da namorada.

— Agora, vamos para a melhor parte que é as compras de casa. — Cecília chamou. — Lu, hoje, ou amanhã, se você quiser, vamos comprar seus móveis, você vai ter a melhor decoração.

— Viu? Por isso que ter amiga arquiteta é bom.

Cecília sorriu para a amiga sem falar nada, eles então continuaram a devorar o bolo de chocolate enquanto conversavam amenidades, Ciça falava as suas ideias de organização e decoração para o ambiente e Luana ouvia tudo atentamente além de dar palpites, também.

Eles então terminaram e prontamente começaram a limpar todo o local com os utensílios de limpeza que a irmã de Lucas havia trazido no seu carro, e depois que deixaram tudo limpo, ela olhou mais uma vez para o seu novo lar pensando em todos os momentos felizes que ela teria ali.

No dia seguinte, Luana acordou antes mesmo do despertador tocar, ela então pegou o celular para desligá-lo a fim de que ele não produzisse aquele som irritante, e rapidamente olhou para o lado vendo sua amiga dormir profundamente, ela então se levantou devagar da cama e caminhou lentamente até o banheiro sem fazer barulho.

Já debaixo do chuveiro, Luana começou a refletir no último mês que havia passado, sua vida tinha tomado um rumo completamente diferente, ela então pensou no dia em que saiu da casa da sua mãe, no quanto aquilo havia machucado a si mesma, mas que foi de extrema importância para que ela mudasse a sua vida. 

Pensou também em Pedro e no dia em que conheceu ele, desde aquele dia ela havia ficado intrigada com aquele garoto, mas depois que se mudou, nunca teve um tempo para visitá-lo novamente. Como será que ele estaria?

Luana terminou seu banho sem parar de pensar no garotinho, precisava vê-lo de novo e saber se ele estava bem. Ela pegou a toalha que estava pendurada no gancho e rapidamente se enxugou retornando para o quarto, lá ela pegou um vestido longo e se vestiu para depois amarrar o seu cabelo em um rabo de cavalo, e enquanto Cecília ainda dormia, ela saiu do local fechando a porta com cuidado para não acordar a amiga, Sônia e Tereza já estavam de pé na cozinha e o cheiro do café fresco exalava no ambiente.

— Bom dia.

— Bom dia, meu amor. — As duas a cumprimentaram ao mesmo tempo e Sônia anunciou em seguida.

— Sua mãe ligou de novo, ela ainda quer conversar com você.

— Ainda não tô preparada pra isso, tia. — Luana falou com frieza. — Só eu sei o que passei naquela casa e isso ainda me machuca muito.

— Tudo bem, tudo no seu tempo.

A morena sorriu e pegou a garrafa que sua tia havia colocado na mesa junto com os pães e margarina, e com a xícara cheia, ela tomou um gole do seu café e logo viu Cecília aparecer no local. Ela vestia um macacão jeans junto com uma camiseta branca e seu cabelo estava preso em um coque alto, Ciça cumprimentou a todos e depois que terminou o seu café da manhã chamou a amiga.

— Lu, vamos?

— Aonde vocês vão? — Tereza perguntou, curiosa.

— Comprar meus móveis, Tetê. — A morena respondeu com um sorriso no rosto. — A compra do apartamento deu certo e eu já posso me mudar.

— Ah, que coisa boa, meu amor.

Luana sorriu enquanto pegava a xícara suja de café, ela então foi até a pia para lavar o objeto, Cecília fez o mesmo e logo as duas pegaram suas respectivas bolsas de ombro dando um beijo em cada rosto das senhoras para depois saírem do local animadas com o novo dia. Ciça esperou sua amiga sair e sem demora trancou a porta quando percebeu Miguel sair do seu apartamento, também.

— Bom dia, moças. — O rapaz a cumprimentou fazendo Cecília sorrir e ela rapidamente se aproximou dele. — Bom dia, pretinha.

— Bom dia, pretinho.

Os dois trocaram um beijo terno enquanto Luana observava a interação do casal sem falar nada, era óbvio a química que os dois exalava, e mesmo não concordando com o fato da amiga deixar Lucas de fora do assunto, preferiu respeitá-la.

— Estão saindo? — Ele perguntou, curioso.

— Sim, eu comprei um apê aqui e vamos comprar os meus móveis. — Luana respondeu com um sorriso enorme no rosto.

— Ah, que maravilha, Luana. Parabéns, é muito bom quando a gente consegue atingir nossas metas.

— Sim, eu tô feliz demais.

Miguel segurou na mão de Cecília e os três desceram as escadas sem parar de conversar, o rapaz usava um short jeans junto com uma camiseta azul com listras brancas e um chinelo de borracha.

— E você? Vai aonde? — Ciça questionou.

— No supermercado e depois no aeroporto, mamãe chega hoje.

— Ah é, você falou mesmo que ela viria. — A garota lembrou, sem demora eles chegaram no estacionamento e ela lhe deu um selar nos lábios. — Já vamos, depois passo na sua casa.

Ele concordou com a cabeça e seguiu até o seu carro enquanto as duas amigas iam em direção até o automóvel de Cecília.

— Como está o seu namoro com o Miguel? — Luana perguntou, despretensiosamente enquanto entravam no veículo.

— Está muito bem, ele me faz muito feliz.

— Que bom, amiga. — A morena sorriu e pontuou depois que colocou o seu cinto de segurança. — Mas sabe que ainda acho que você deveria contar ao Lucas, ele ainda tem esperanças de que vocês vão ficar juntos de novo.

— Eu sei. — Ciça assumiu. — Eu vou criar coragem e contar.

Cecília ligou o carro e logo as duas partiram em direção ao Centro de São Luís sem parar de fofocar, e quando chegaram saíram caminhando pela calçada de blocos de concreto e entrando em todas as lojas possíveis a procura de bons preços. Era evidente a felicidade de Luana, ela nunca havia imaginado que um dia estaria comprando seus móveis e que aquele seria o início do melhor momento da sua vida.



Miguel se despediu da sua namorada e logo entrou no seu carro partindo em direção ao supermercado a fim de reabastecer o seu armário, afinal, com a chegada da sua mãe, queria dar tudo de bom para a mais velha.

Depois de encher o carrinho com alimentos e produtos de limpeza, ele seguiu em direção ao caixa para que pudesse pagar a sua mercadoria, o supermercado estava cheio naquele horário, então Miguel procurou por um que estivesse com uma fila menor e se instalou esperando chegar a sua vez, e depois de quase 30min, ele enfim foi atendido.

Após realizar o pagamento, o rapaz pegou o carrinho e seguiu de volta para o seu carro e depois que acomodou as sacolas no porta-malas, ele partiu em direção ao aeroporto, pois o voo que sua mãe estava vindo já deveria estar chegando. Depois de quase 20min, Miguel chegou ao seu destino e estacionou o seu veículo indo em direção ao terminal para esperar a mais velha.

Já dentro do aeroporto, ele olhou para um dos monitores a procura de informações sobre o voo que ela estava vindo e leu que o avião já havia pousado, e sem demora, ele sentiu o seu celular vibrar no seu bolso e viu o nome da sua mãe na tela. Miguel pegou o aparelho e o atendeu falando com ela por alguns instantes para depois desligar a ligação por completo.

Decidindo esperar ali mesmo onde estava, Miguel resolveu se sentar em uma daquelas cadeiras desconfortáveis, estava impaciente, afinal, já havia se passado um ano desde que viu a sua mãe pela última vez. Quase 15min se passaram e ele balançava as pernas sem perceber enquanto roía uma de suas unhas, mas de repente ele ouviu uma voz conhecida lhe chamar e rapidamente se levantou de uma vez vendo a mulher que tanto lhe faz falta na sua frente.

Miguel correu em direção a sua mãe e a abraçou com força tirando os pés dela do chão fazendo com que a mais velha dobrasse os seus joelhos, ela então apertou o corpo do filho tentando matar toda a saudade que havia se instalado nos últimos anos. A mulher usava uma calça jeans junto com uma blusa amarela e sobre ela, um casaco grosso de lã. As rugas já apareciam no seu rosto cansado, mas o sorriso continuava o mesmo sempre que via o filho.

— Madá! — O rapaz a cumprimentou com lágrimas nos olhos. — Meu Deus, que saudades da senhora.

— Meu menino. — A mulher chorava enquanto era apertada com mais força. — Tu nem imagina o tanto que eu senti a sua falta, Miguel.

Os dois continuaram abraçados por alguns minutos sem querer se desgrudar, mas mesmo com toda a saudade acumulada, o rapaz soltou o corpo da sua mãe e enxugou o rosto dela com cuidado depositando um beijo no local, Miguel então pegou a mala grande que ela havia levado e os dois seguiram até o carro dele com os braços dados e a alegria transbordando.

Oii, lindinhos. ✨❤️

Capítulo fresquinho pra vocês, e com novidades.

Cecília e Miguel enfim se assumindo? O que acharam? Será se o Lucas vai gostar na nova notícia?

E o Saulo? Foi bem ele ter aparecido na casa da Marta?

Luana conseguindo o seu apartamento, hein? Ficamos felizes por ela.

E a mãe do Miguel? Gostaram dela?

Quero saber de tudo. 

Votem e comentem bastante, nos ajude a crescer. 

Beijinhos, titia ama vocês. ✨❤️

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