Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

XXI

Os carros transitavam rapidamente enquanto Luana dirigia sem saber para onde estava indo, sua respiração estava acelerada e as lágrimas continuavam caindo pelo seu rosto. Um turbilhão de sentimentos, mágoas e confusão se formavam dentro dela, sua garganta se fechava e imagens da cena que havia ocorrido mais cedo passavam na sua frente e Luana se perguntava o porquê da sua mãe ser tão dura com ela a ponto de terminar daquela forma fazendo com que a garota saísse da casa sem ao menos olhar para trás.

O toque do seu celular invadiu o ambiente e a garota apenas virou a tela para baixo. Não estava a fim de falar com ninguém no momento. A praia já aparecia na sua vista e Luana prontamente estacionou o carro perto da calçada saindo do automóvel para sentir a brisa do mar, seu rosto ainda estava molhado e ela logo pensou na sua mãe, novamente. Pensou nas inúmeras vezes que Marta foi grossa com ela sem se preocupar com o que a filha estava sentindo e em como ela se sentia mal com isso.

Luana já havia pensado várias vezes em conversar com a sua mãe para saber o motivo de tanta indiferença com ela e até tinha esperanças de que houvesse uma redenção por parte da mais velha, mas todos os dias eram os mesmos comentários maldosos a respeito da filha e ela sempre deixava a conversa para depois.

A praia estava se esvaziando, algumas pessoas que haviam ido até lá para almoçar já se retiravam do local, Luana então escolheu uma área mais afastada dos bares e se sentou na areia para olhar o mar enquanto ainda sentia as lágrimas descerem. Ela se sentia perdida, sem saber para onde ir ou o que fazer, pensou que a única pessoa que poderia ajudá-la nessa situação era sua amiga Cecília, mas será que ela estaria disposta a isso?

Não custava tentar.

Luana se levantou rapidamente decidindo ir até a casa da sua amiga e já dentro do seu carro, ela reparou no seu celular que ainda estava no banco do passageiro onde ela havia deixado e viu ligações não-atendidas de Lucas e Olívia, logo resolvendo retornar para eles depois. Quase vinte minutos depois, ela chegou ao condomínio onde Cecília morava e após ter sua entrada liberada, ela seguiu ao apartamento da amiga.

Luana ouviu seu celular tocar mais uma vez e viu o nome do seu irmão na tela, mas não atendeu e bloqueou o aparelho seguindo então para o prédio onde Cecília morava. Já em frente ao apartamento da amiga, a morena se preparou para bater na entrada quando ouviu a porta ao lado se abrir vendo Ciça sair do local.

— Lu! — Cecília a cumprimentou e percebeu algo estranho. — O que aconteceu? Você tava chorando?

— A gente pode conversar lá dentro? — Ela pediu e avistou o rapaz ainda dentro de casa. — Oi, Miguel.

— Oi, Luana. Não sei o que aconteceu, mas espero que você fique bem.

— Obrigada!

Cecília se despediu do seu vizinho com um beijo no rosto e sem demora adentrou no seu apartamento junto com a sua amiga que seguiu em direção ao sofá para se sentar enquanto Ciça trancava a porta, o nervosismo tomou de conta dela e Luana logo passou as mãos pelo seu rosto puxando todo o ar soltando-o em seguida.

Ciça percebeu a inquietude da amiga e foi até a cozinha pegar um copo com água para ela e logo retornou para a sala e o entregou para a sua amiga que bebeu todo o conteúdo, mas antes que a irmã de Lucas pudesse falar, as duas ouviram o celular tocar e Cecília prontamente atendeu.

Ciça, Lulu tá aí? — Lucas perguntou nervoso. — Estou ligando pra ela e ela não atende.

— Tá aqui, sim. — A garota respondeu olhando para a amiga ao seu lado e perguntou em seguida. — O que aconteceu?

Ela ainda não te contou?

— Não, ela acabou de chegar aqui.

Então, deixa que ela te conta. — Lucas declarou um pouco mais calmo. — Só queria saber onde ela tá. Só me promete que qualquer coisa que acontecer, você vai me ligar na mesma hora.

— Tá bom.

Luana estava com as mãos tremendo, seu rosto estava baixo como se estivesse com vergonha da situação, Cecília desligou o celular colocando-o ao seu lado e logo levantou a face da sua amiga pegando nas suas mãos para perguntar.

— O que aconteceu? O Lucas ligou perguntando se você tava aqui.

— Eu briguei com a mãe e saí de casa. — A garota assumiu e perguntou em seguida. — Posso passar uns dias aqui?

— Claro que pode, Lu. — Ciça prontamente concordou com a cabeça enquanto via sua madrinha aparecer no local. — Que pergunta. Pode ficar quanto tempo for preciso.

— Obrigada!

— Que cara é essa, minha filha? — Sônia perguntou assim que viu a sobrinha e ela respondeu mais uma vez.

— Eu briguei com a mãe e saí de casa.

— Lu, como foi que aconteceu? — Cecília questionou se aproximando para mais perto da amiga. — Ela fez comentários maldosos de novo?

Luana concordou com a cabeça e começou a relatar o episódio que havia acontecido mais cedo na casa da sua mãe, assim como o momento da sua saída de casa até o apartamento da sua amiga.

— Eu até pensei que ela pudesse me ligar e conversar a respeito, que pudesse vir atrás e me pedir desculpas, mas não veio nada. Queria tanto saber o porquê dela ser assim. — A garota desabafou e virou o olhar para a Sônia. — Tia, por que a mãe é assim? Por que ela me maltrata tanto e com o Lucas ela é um mar de rosas? O que foi que eu fiz pra ela pra ela ser assim comigo?

— Posso até imaginar o motivo, mas não tenho certeza.

— E que motivo é esse, tia? — Luana insistiu mais uma vez e Sônia decidiu falar as suas suspeitas.

— Eu imagino que seja por conta da separação com o seu pai.

— Mas ele não morreu? — A morena se mostrou surpresa com a informação. — Ela havia dito pra mim e Lucas que ele tinha morrido.

— Eles se separaram duas semanas depois que você nasceu, os dois sofreram uma perda e seu pai não estava mais aguentando viver naquela situação e saiu de casa pedindo a separação pra sua mãe e depois disso a depressão dela se intensificou e acho que ela meio que colocou a culpa disso tudo em você.

— Que perda foi essa que eles tiveram, madrinha?

Antes que Sônia pudesse responder, as três mulheres perceberam a presença de Tereza na sala, a mais velha observava a cena com atenção e Luana logo a chamou para mais perto.

— Vem cá, Tetê.

A mãe de Cecília seguiu até o sofá onde elas estavam e pegou na mão que Luana estava estendendo a ela para se sentar ao seu lado. Tereza não se recordava do seu nome, mas se lembrava da garota que estava perto dela, sabia que a amava como se fosse sua filha. Se lembrava das vezes que a acalentou e cuidou dela com carinho. Teca logo se perguntou se ela tinha uma irmã, lembrava de cuidar de duas crianças lindas e uma delas estava ali, ao seu lado.

— Tô com tanta saudade de você, Tetê. — Luana voltou a chorar enquanto abraçava a mulher a deixando sem reação.

— Mãe, a senhora sabe quem é ela? — Ciça perguntou observando a expressão de Tereza.

— Sei quem ela é, mas não lembro do nome dela. — A mais velha assumiu sentindo seu rosto corar.

— Luana, Tetê. — A morena virou o olhar para Teca e questionou. — Você se lembra de mim?

— Sim, você foi uma das crianças que eu cuidei, te dei amor e carinho. E agora você cresceu e virou essa mulher linda.

Luana sorriu com o comentário de Tereza enquanto enxugava o seu rosto e a abraçou mais uma vez. Cecília então saiu do ambiente e foi em direção à cozinha e sua tia seguiu até o seu quarto deixando as duas sozinhas na sala.

— Te amo, Tetê. Você sim tinha que ser a minha mãe, me trata com uma pessoa normal e não me enche de comentários ruins.

— Mas quem faria isso contigo? — Teca perguntou. — Você é uma garota tão linda.

— Ninguém, Tetê. Nem vale a pena lembrar disso.

Luana continuava abraçada com Tereza e logo viu sua tia sair do seu quarto com a roupa trocada. Ela olhou em volta do ambiente procurando pela afilhada e rapidamente a viu na cozinha seguindo até o local para falar com ela e minutos depois retornou para a sala.

— Vou dar uma saída rapidinho. — Ela avisou dando um beijo na cabeça da sobrinha-neta e da sua comadre. — Não demoro.

Luana se soltou dos braços de Tereza que seguiu para o quarto enquanto a mais nova ia em direção à cozinha a fim conversar com Cecília que preparava um cuscuz com café.

— Tá com fome? — Ciça perguntou para a amiga que logo negou com a cabeça.

— Pra onde a tia foi?

— Ela não disse, só perguntou se eu iria ficar em casa hoje à tarde porque precisava sair pra resolver algo.

— Será se ela foi conversar com a mãe? — Luana perguntou e constatou em seguida. — Ela não falou qual foi a perda que meus pais tiveram.

— Verdade, a mãe chegou na hora. O que será que aconteceu?

— Não sei, mas quando ela chegar, vou perguntar de novo.

Batidas na porta interromperam a conversa das duas e Cecília pediu para a amiga reparar o café enquanto ela iria ver quem havia chegado, logo, minutos depois, ela retornou à cozinha junto com Lucas que abriu um sorriso ao ver a irmã.

— Vim ver como você está. — Luana correu para abraçar o rapaz que a pegou no impulso. — Você tá bem?

— Na medida do possível. — Ela respondeu enquanto recebia um beijo na cabeça.

— Você vai ficar aqui na casa da Ciça ou vai pra outro lugar?

— Aqui, por enquanto.

— Por enquanto, não. Vai ficar aqui por quanto tempo for preciso. — Cecília retrucou no momento em que colocava o café na garrafa e quando virou viu sua amiga sorrir. — Luc, você conversou com a sua mãe?

— Ainda não. — Lucas negou com a cabeça. — Ela não saiu do escritório desde que você saiu, Lu. Acho que a tia foi lá conversar com ela, eu encontrei ela lá fora quando cheguei e ela me perguntou se a mãe tava em casa.

— A gente imaginou que ela tinha ido lá. Luc, a tia falou que o pai não morreu e sim que foi embora lá de casa depois de uma perda que ele e a mamãe tiveram. Você sabe que perda foi essa?

— Não, não sei. — O rapaz ficou surpreso com a revelação e perguntou. — E nosso pai não morreu? Como assim?

— Também fiquei assim, igual a você. — Luana então começou a contar a pequena versão que Sônia havia relatado a ela e o irmão ponderou.

— Eu já ia conversar com ela sobre essa situação toda, mesmo. Agora depois de saber disso, vou perguntar, também.

Cecília interrompeu a conversa dos irmãos e os chamou para tomarem o café da tarde, logo Tereza também se juntou a eles e uma bate-papo animado se formou entre os amigos, mas mesmo com todos envolvidos na conversa, a mente dos irmãos viajava para as informações a respeito dos pais.


Sônia aguardava ansiosamente pelo táxi que havia chamado, depois de relatar suas dúvidas com a sobrinha e a afilhada, ela decidiu ter uma conversa particular com Marta para pedir que conversasse com os filhos e principalmente com Luana. A mulher suspirava alto e já dentro do carro, enquanto ouvia uma música no rádio, ela pensava nas palavras certas para usar quando chegasse na casa da sobrinha.

Quase meia hora depois, ela enfim chegou ao seu destino e após tocar a campainha por três vezes, Sônia teve a sua entrada liberada e seguiu pela trilha de blocos de concreto que iam até a área de descanso, um lindo jardim com palmeiras e arbustos decoravam ao redor da garagem e no espaço onde servia para repousar continha um sofá grande e redondo junto com uma rede e mais duas poltronas cor de creme.

Sônia abriu a porta que estava apenas encostada e logo seguiu até o escritório onde Marta ainda estava. O local estava com as janelas fechadas sendo iluminado somente pela lâmpada que permanecia no teto, e a madrinha de Cecília prontamente as abriu convidando o sol para entrar no lugar. Marta estava sentada na sua cadeira atrás da mesa e olhava para a sua tia que se se aproximava lentamente até se sentar na cadeira à frente.

— Vim ver como você está. — A mais velha quebrou o silêncio do lugar.

— Nem eu sei como estou.

— A Luana me contou o que aconteceu. Por que você continua sendo tão dura com ela? — Marta permaneceu calada e Sônia voltou a falar. — Ela não tem culpa do que aconteceu.

— Não sei o que acontece, mas sempre que eu vejo ela eu lembro dele e daquele dia horrível. — Ela passou as mãos no rosto e logo retornou a conversa. — Tinha a sensação de que eu deveria fazer com que a Luana seguisse os meus passos e fosse igual a mim em tudo e aí eu ficaria menos frustrada e toda aquela dor que eu estava sentido diminuísse com o tempo.

— Mas ela iria diminuir com o tempo, o tempo se encarrega de tudo, você não deveria colocar todas as suas expectativas em cima da sua filha, ele se foi, mas ela ficou pra te fazer companhia, te dar amor e te fazer superar tudo aquilo mais rápido.

Marta que já estava com os olhos marejados, começou a chorar compulsivamente, suas mãos estavam no seu rosto enquanto as lágrimas caíam sem parar, Sônia aproximou a cadeira que ela estava sentada da mesa e pegou nas mãos da sobrinha tentando passar um pouco de calma.

— Sinto tanta falta dele, mesmo que eu não tenha passado um tempo com ele, mas eu morro de saudades do Mateus e do que ele poderia ter sido. — Ela lamentou sem parar de chorar. — Eu passei só aqueles poucos minutos com meu filho, tia, pra depois levarem ele e eu só saber depois onde ele foi enterrado. E logo depois o Saulo partiu e me deixou sozinha com as crianças, como a senhora acha que eu me senti? Eu fiquei desesperada, sem um amparo, sem ninguém.

— Você não ficou sem ninguém, você tinha a mim. — A mais velha afirmou enquanto a sobrinha soltava as mãos das suas.

— Não é a mesma coisa. — Marta ponderou enquanto secava o seu rosto. — Não é a mesma coisa de ter o pai dos nossos filhos do lado. Eu amava tanto o Saulo e ele me deixou sem mais nem menos. Eu esperava que a gente fosse superar tudo aquilo juntos, um passando apoio e conforto para o outro, mas foi tudo diferente.

— Por quanto tempo você pretende esconder essa história dos seus filhos, Marta? — A mais velha questionou sem rodeios. — Já passou mais que do tempo deles saberem de tudo isso, eles precisam saber que o pai deles não morreu, mesmo ele tendo sido um filho da puta, mas ainda é pai deles.

— Não sei, tia. Eu não quero pensar nisso, agora.

— E vai pensar em quê? — Sônia perguntou, calmamente. — Toda essa situação, a saída da Luana de casa envolve tudo isso. Você precisa conversar com eles. Com os dois.

Marta permaneceu calada mesmo após as palavras da sua tia, dentro dela havia um turbilhão de emoções e só restava a ela decidir o que fazer dali em diante.

Ooi lindinhoos.

Tadinha da Luana, né!? Esperamos que ela fique bem logo.

Finalmente foi dito o porquê da Marta ser assim com a filha. Mas não justifica, né!?

E o filho que ela perdeu?? Como será que foi?

Será se ela vai contar logo a verdade para os filhos ou vai demorar mais?

Volto loguinho.

Beijinhos ✨❤️

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro