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XX

Eram 7h15min da manhã de um feriado na grande São Luís. Luana ouviu o despertador tocar e logo pegou o aparelho a fim de desligar aquele som irritante que chegava nos seus ouvidos, ela então se levantou e foi em direção às cortinas blackout cor de vinho que ainda estavam fechadas e as abriu mostrando o dia ensolarado que estava no lado de fora.

Luana pegou o seu celular para verificar as mensagens e logo viu uma de Olívia lhe desejando um bom dia acompanhado de um coração, a garota sorriu com o gesto e logo respondeu a mensagem da namorada para depois ir ao banheiro e tomar o seu banho. A irmã de Lucas escovou os seus dentes para então amarrar o seu cabelo em um coque alto a fim de que ele não molhasse e logo entrou debaixo do chuveiro dando um gritinho depois que sentiu a água gelada percorrer pelo seu corpo.

Após terminar o seu banho, Luana seguiu até o armário e escolheu uma calça de tecido cor de terracota junto com uma blusa branca e depois que terminou de se vestir, optou por um tênis branco combinando com o look definido do dia. Arrumou seus cabelos e colocou uma tiara de pérolas para enfeitar, logo ela se olhou no espelho e se achou linda.

Ela então desceu as escadas torcendo para não encontrar a sua mãe e decidiu tomar café em uma padaria perto da sua casa, afinal, o seu dia já tinha começado perfeitamente bem e ela não merecia ouvir os comentários maldosos de Marta. Luana destravou o seu carro e já dentro do automóvel ela seguiu em direção à panificadora.

Quase 10 minutos depois, ela pagou a conta e foi até o orfanato onde seria realizada a ação social que Olívia havia mencionado. A Casa de Apoio Acolher, que ficava em um bairro distante do que Luana morava, funcionava como abrigo para crianças órfãs e em situação de abandono, muitas delas vinham de famílias que não eram capazes de cuidar e entregavam na mão das casas de abrigo para assumirem a responsabilidade.

Luana chegou pontualmente e quando entrou no ambiente ela passou seus olhos no local avistando Olívia e seu grupo de amigas, a ruiva correu para cumprimentar a namorada e deu um beijo no seu rosto recebendo outro em seguida.

— Bom dia. — A superior a cumprimentou e perguntou logo depois. — Já começaram?

— Ainda não, estávamos te esperando.

Olívia puxou Luana pelo braço e logo a apresentou para as suas colegas de classe, o grupo então se posicionou e a irmã de Lucas tomou a frente e se apresentou para depois falar um pouco sobre educação, saúde, regras e limites.

Em torno de 30 crianças estavam sentadas em fileiras e mais três mulheres assistiam tudo atentamente. Logo depois, algumas estudantes começaram falando da importância da psicologia nas casas de abrigo enquanto o restante doava um kit escolar com caderno, lápis, canetas, borrachas e um livro infantil. Enquanto as garotas continuaram com a palestra, uma das mulheres se aproximou de Luana e falou.

— Oi, acho que não fomos apresentadas. — A mulher, que era mais baixa que a irmã de Lucas e tinha um cabelo curto acima do ombro, levou a mão para cumprimentá-la. — Eu sou a Alice, uma das responsáveis pelo abrigo.

— Oi, é um prazer conhecê-la. — Luana devolveu o gesto e apertou a mão da mulher. — As crianças são bem curiosas e atentas, né!?

— Sim, algumas deram trabalho quando chegaram, mas melhoraram com o tempo.

— Está falando das que foram abandonadas? — A garota perguntou imaginando o motivo.

— Isso, muitas delas chegaram machucadas, desnutridas, com falta de higiene e vítimas de prostituição. — Alice começou a falar enquanto Luana ouvia tudo atentamente. — Geralmente, essas crianças chegam agressivas, irritadas e com medo dos outros.

— Imagino, vocês têm apoio psicológico, certo?

— Sim, dois psicólogos vêm aqui todos os dias para atuar com as crianças, além dos assistentes sociais. Foi difícil proporcionar tudo isso pra elas, mas com muita luta, conseguimos.

— Que bom. — Luana soltou um suspiro de alívio e logo seu olhar parou em um garoto alheio a tudo aquilo que estava acontecendo no local. — Quem é aquele garotinho ali?

— É o Pedro, ele tem diagnóstico de TDAH. Ele chegou aqui desnutrido e com marcas de agressões no corpo, o pai é alcoólatra e a mãe morreu dois anos depois dele ter nascido. O pai abandonou ele em casa e nunca mais foi visto, uma denúncia anônima foi feita e ele foi encaminhado pra cá.

— Nossa, que triste.

Luana lamentou enquanto observava o menino, algo nele a fascinava, como se houvesse alguma coisa que os conectava, mas ela não sabia explicar o que era. Ela então observou o garotinho um pouco mais, ele tinha por volta de 6 anos de idade, alguns cachos de seus cabelos curtos caíam pela sua testa e seus olhos castanhos demonstravam inocência.

Com o olhar ainda no garoto, Luana não percebeu que a equipe de Olívia havia terminado a palestra e elas logo se prontificaram para realizar uma dinâmica com o grupo de crianças, mas Pedro não conseguiu se adequar ao movimento e saiu do local indo até uma das mesas que havia por perto. 

— Posso ir lá falar com ele? — Luana pediu para a mulher ao seu lado.

— Claro que sim. — Alice prontamente concordou e a psicóloga foi até o garoto que no momento tentava montar um quebra-cabeça.

— Oi.

— Oi. — Ele respondeu sem levantar a cabeça.

— Meu nome é Luana. — A irmã de Lucas se apresentou e perguntou em seguida. — Qual o seu nome?

— Pedro.

— O que você está montando aí? — Ela indagou enquanto pegava uma cadeira próxima a eles e logo se sentou em frente ao garoto.

— Um quebra-cabeça. — Ele respondeu e questionou enquanto levantava a cabeça para olhar para Luana. — Você sabe montar?

— Não, você me ensina?

— Eu também não tô acertando, é muito difícil encaixar essas peças.

— Então não precisa juntar. — Luana observou calmamente. — Você quer brincar de outra coisa?

— De que? — Pedro perguntou curioso enquanto olhava para a mulher a sua frente.

— Já sei, você sabe brincar de Jogo da Velha?

— Sei.

— Então vamos brincar e você me conta o que mais gosta de fazer.

O garoto concordou enquanto Luana pegava o jogo que consistia em um tabuleiro com nove quadrados mais fundos junto com as peças que formavam um X e um O. Pedro começou com o X enquanto conversava com a psicóloga, logo ele contou sobre como gostava de brincar, mas que as outras crianças e até mesmo os adultos cobravam muito dele esperando que ele fizesse tudo corretamente, então na maioria das vezes preferia brincar sozinho.

— Eu era igual a você, sabia? — Luana assumiu depois de colocar o O em um dos quadrados. — As crianças cobravam muito de mim por eu não ser igual a elas.

— E você brincava sozinha?

— Isso mesmo, mas depois eu cresci e superei.

Pedro sorriu e continuou o jogo enquanto Alice observava todo o movimento de um lugar distante, não tinha como negar a afinidade que os dois haviam alcançado e como era perceptível a felicidade no rosto deles.

A visita na Casa de Apoio estava chegando ao fim e depois que as garotas terminaram a brincadeira com as outras crianças, Olívia se prontificou para chamar Luana que ainda brincava com Pedro, a ruiva se aproximou dos dois e observou a cena atentamente sem querer atrapalhar o momento deles, mas era preciso.

— Lu. — Olívia encostou a mão no ombro da namorada que levantou a cabeça — Vamos? A ação acabou.

— Ah, vamos. — Luana voltou o olhar para a criança a sua frente e voltou a falar. — Bem, eu já vou, Pedro. Eu adorei te conhecer.

— Ah, você pode vir de novo? — O menino pediu com a cabeça abaixada.

— Claro que posso, eu gostei muito brincar com você.

— Eu também, você é legal. — Pedro afirmou enquanto ia até a psicóloga para abraçá-la. — Você não fica cobrando pra eu fazer tudo direitinho.

— Eu também te achei bem legal. E você só precisa viver mais, brincar mais, estudar, aprender. Você é uma criança maravilhosa.

Luana deu um beijo na cabeça do menino e se despediu mais uma vez, mas não antes de prometer que faria outra visita no local. Alice agradeceu o momento agradável que foi proporcionado às crianças e o grupo logo saiu da Casa de Apoio em direção as suas casas e com a certeza de que deixaram as lembranças e um pouco de felicidade no local.


Já se passava das 11hs quando Miguel finalizou mais uma aula na academia em que trabalhava, os alunos já se dispersavam e se preparavam para irem embora e Lucas, que também estava entre eles, se despediu do educador físico que logo começou a organizar o ambiente para poder se retirar, também. O rapaz pegou as anilhas e halteres espalhados e começou a arrumá-los nos suportes que ficavam ao lado dos demais aparelhos e quando terminou de organizar todos eles, ele enfim saiu do local.

O shopping onde Miguel trabalhava estava cheio, afinal, muitas pessoas aproveitavam para irem passear no feriado ou até mesmo se reunir com os amigos para comerem fora e se divertirem no meio de uma semana cheia. Antes de ir para a sua casa, o rapaz decidiu ir almoçar, já em frente ao restaurante, pegou o cardápio para poder escolher a sua refeição e depois que realizou o pedido e pagou por ele, o vizinho de Cecília foi procurar alguma mesa vazia para esperar.

Ocasionalmente, Miguel levantava o olhar para verificar se a senha que aparecia na tela do restaurante era mesma que estava na sua nota fiscal. Enquanto mexia no seu celular, o rapaz sentiu alguém se aproximar e chamar por ele, ele então levantou a cabeça de uma vez e logo viu sua vizinha parada na sua frente.

— Ciça. — Os olhos do rapaz brilharam ao vê-la e ele prontamente abriu um sorriso. Cecília usava uma calça jeans que modelava o seu corpo junto com uma camiseta estampada com desenhos de coração. — Como você está?

— Tô bem. — Ela respondeu enquanto se sentava em frente ao seu vizinho. — Tá saindo do trabalho?

— É, acabei de sair. E você? O que faz por aqui?

— Eu vim comprar um material de trabalho, a única loja aberta era a do shopping, aí aproveitei e vim almoçar logo.

— Ah, é. — Miguel se ajeitou na cadeira e continuou a falar. — Hoje é feriado, fora daqui tá tudo fechado.

Coincidentemente, a senha dos dois apareceram no visor do restaurante ao mesmo tempo, eles então se prontificaram para irem até lá e depois que cada um pegou a sua refeição, eles se acomodaram na mesa e começaram a conversar animadamente. Cecília sorria e contava as novidades do trabalho para ele enquanto Miguel ouvia atentamente observando a beleza de Ciça e falando sobre os acontecimentos da sua vida. Após terminarem de comer, ela ouviu seu vizinho perguntar.

— Topa um sorvete?

— Claro, sorvete a gente não recusa.

Eles se levantaram ao mesmo tempo e logo pegaram seus objetos para então seguir a uma lanchonete para comprarem a sobremesa. Cecília optou por um de baunilha enquanto Miguel escolheu um de chocolate, os dois então seguiram ao estacionamento e quando estavam no meio do caminho, o rapaz encontrou alguém conhecido.

— Miguel? — A garota se aproximou rapidamente e o abraçou sem cerimônias. — Não acredito que te encontrei aqui.

— Gabriela, o que você tá fazendo aqui? — O rapaz a afastou depressa enquanto Cecília observava tudo atentamente.

— Eu vim visitar o Maranhão, esqueceu que eu tenho parentes aqui? — Ela falou de forma calma. — E eu também vim tentar falar com você, pessoalmente. Aquele dia você desligou tão rápido que não tivemos tempo de conversar.

— Não tem nada pra gente conversar. — Miguel tentou não gritar no meio do shopping lotado. — Aquele dia ficou bem claro o que você realmente queria da sua vida. Caramba, eu te dava tudo e você jogou fora no ralo igual sujeira quando sai do corpo. Entende uma coisa, eu não te quero mais, e por favor, some da minha vida. Vamos, Ciça.

Miguel pegou na mão de Cecília e eles logo saíram do local, ele respirava alto e o sorvete na sua frente já não tinha mais sabor. O rapaz estava tentando a todo custo não dar um grito de raiva na frente da sua vizinha e Ciça que observou tudo com clareza, falou assim que chegaram ao estacionamento.

— Calma, calma Miguel. — Ela pediu depois que jogou o guardanapo na lixeira mais próxima. — O que aconteceu, quem era aquela mulher?

— É a minha ex-namorada. — Ele falou enquanto jogava o restante do sorvete no lixo e passou as duas mãos no rosto puxando todo o ar soltando-o devagar. — A que eu te falei que eu peguei junto com meu ex amigo.

— Ah, é ela.

— É sim. — Ele se encostou em um dos pilares que sustentavam o estacionamento e voltou a falar. — Desculpa essa cena toda, Ciça. Eu não esperava encontrar ela aqui.

— Tudo bem, não precisa se desculpar. — Ela fez um carinho no ombro do vizinho e perguntou. — Quer ir pra outro lugar e relaxar um pouco?

— Com você, qualquer lugar serve. — Miguel não pode deixar de sorrir com a pergunta dela.

Era incrível o poder que ela tinha de lhe passar calmaria e o que o ele queria era estar sempre ao lado dela. Ele então a puxou para um beijo e Cecília logo abraçou o pescoço do rapaz retribuindo o gesto e invadindo a boca dele com a sua língua, mas Miguel foi deixando o beijo mais ameno e por fim deu uma mordida no lábio inferior de Ciça antes de separar as suas bocas por completo.

— Vamos lá pra casa? — Ele perguntou enquanto colocava uma mecha solta do cabelo de Cecília atrás da orelha.

Ela concordou com cabeça e cada um pegou o seu carro seguindo em direção ao condomínio onde os dois moravam, o sol raiava e quinze minutos se passaram até que o casal chegou ao seu destino. Depois que estacionaram, Miguel puxou Cecília em um abraço e deu um beijo no pescoço dela enquanto eles subiam as escadas e quando trancaram a porta, as mãos deles já estavam por todo o corpo da sua vizinha. O desejo exalava no local e Miguel enfim se sentiu em casa.



Luana estava com Olívia no restaurante, as duas decidiram almoçar depois que realizaram a ação social, assim que terminaram de comer, ela seguiu até o caixa para pagar a refeição e logo retornou para então seguir até o seu carro junto com a sua namorada. Já no automóvel, a irmã de Lucas seguiu até a casa da ruiva e quando chegaram no local, ouviu ela falar.

— Obrigada por ter ido com a gente.

— Eu que agradeço o convite, me diverti bastante.

Olívia sorriu e se aproximou da namorada para beijá-la, logo sendo correspondida, a respiração foi ficando mais acelerada enquanto as mãos da ruiva seguiam até o cabelo de Luana fazendo com que seus lábios se chocassem com mais rapidez e as línguas se encontrassem com afinco, mas logo o beijo foi ficando mais calmo fazendo a irmã de Lucas sorrir mesmo sem desgrudar os lábios uma da outra.

— Te vejo amanhã? — Luana perguntou assim que percebeu Olívia se afastar.

— Sim, mais tarde eu te ligo. — A ruiva deu mais um selar nos lábios da morena e se despediu enquanto se preparava para sair do carro. — Tchau, linda.

— Tchau, meu bem.

Luana viu quando Olívia entrou na sua moradia e logo partiu em direção à sua casa, mas de repente a imagem de Pedro surgiu na sua cabeça. O que aquele menino tinha de tão especial para deixá-la tão impressionada? Ela não conseguia deixar de pensar no garoto e na sua triste história de vida, além de ter percebido o quanto ele era sozinho.

Ela encarou o relógio de pulso reparando que faltava pouco para as 14hs e enquanto pensava no garotinho que havia conhecido no orfanato, Luana rapidamente chegou na sua casa torcendo para não esbarrar com a sua mãe e ter o seu dia arruinado, mas se enganou assim que abriu a porta e adentrou na sala de estar vendo a mais velha sentada no sofá.

— Oi. — Marta a cumprimentou que viu a garota entrar no local. — Minha filha, essas calças de tecido não combinam com o seu corpo. Elas te deixam maiores.

— Mãe, não começa, por favor

— Onde você estava?

— Estava com uma amiga. — Luana respondeu calmamente, ainda não estava preparada para contar sobre seu relacionamento com Olívia.

— Você não para mais em casa, quase não te vejo mais.

— Pra que? — Luana questionou enquanto parava no primeiro degrau da escada. — Pra senhora me rebaixar a cada hora que me vê?

— Eu não faço isso. Eu falo tudo para o seu bem.

— Se isso for desejar o bem para uma pessoa, eu dispenso. A senhora sabe muito bem porque eu sou gorda, e eu me sinto muito bem com isso, e também sabe que eu não vou largar a Psicologia, pois essa é a área que eu escolhi pra mim.

— Ainda acho que esse não é a área certa pra você.

— Por que a senhora é assim? — Luana perguntou e aproveitou para desabafar. — Me trata mal, minimiza tudo o que eu faço, critica as minhas escolhas, me coloca sempre pra baixo quando está perto de mim. O que foi que eu lhe fiz?

— Eu não sou assim, eu não te trato mal. — Marta respondeu enquanto Lucas chegava no local sem ser notado. — Você é minha filha, eu só quero te ver bem.

— É sim. — A mais nova afirmou em um tom mais alto. — Você é sim, e não pode negar, é gordofóbica e não respeita as minhas decisões. Não aguento mais tudo isso, não aguento mais todos esses comentários maldosos a respeito do meu corpo e das minhas escolhas. Se o que você quer é se ver livre de mim, então você conseguiu.

Luana saiu pisando fundo em direção ao seu quarto enquanto Lucas observava a cena surpreso, ele nunca havia imaginado que a irmã enfim iria se impor. Marta ainda continuava calada, as palavras que estavam presas na sua boca não conseguiam sair, ela então começou a se sentir tonta e se sentou no sofá para que não caísse.

O rapaz deixou sua mãe sozinha na sala sem que ela o visse e seguiu em direção ao quarto da irmã para vê-la, mas quando chegou no local viu duas malas grandes em cima da cama e muitas roupas jogadas sobre elas.

— Aonde você vai?

— Embora. — Luana respondeu com o tom de voz alterado. — Não é isso que ela quer?

— Tem certeza de que você quer fazer isso? — Lucas perguntou enquanto cruzava os braços.

— Nunca tive tanta certeza na minha vida.

Luana fechou a última mala e pegou seus objetos necessários de trabalho e os colocou em uma bolsa menor, seus itens de higiene que estavam no seu banheiro já se encontravam na nécessaire de tamanho médio e depois que organizou toda a sua bagagem, ela virou o olhar para o irmão que ainda estava parado na porta do quarto. As lágrimas que estavam presas desceram com força e Lucas a chamou para um abraço confortando a irmã.

— Eu estou tão orgulhoso de você. — Ele deu um beijo na cabeça dela enquanto sentia sua camiseta ser molhada. — Você nem imagina o quanto, meu amor.

— Obrigada por tudo. Você sempre vai ser a pessoa mais importante da minha vida.

Lucas deu mais um beijo na cabeça de Luana e a afastou para então limpar o seu rosto molhado. Minutos depois, ele a ajudou com as malas e quando Marta viu os dois desceram as escadas, perguntou rapidamente.

— Você vai embora?

— Vou. — A mais nova respondeu de forma ríspida. — Agora você pode ser feliz aqui sem mim.

Luana seguiu até o seu carro arrastando uma das malas e com a sua bolsa na lateral do seu corpo, e pela primeira vez ela se sentiu livre.

Oi, Pessuhh ❤️

Ok, que foram muitas emoções..

Mas primeiro, o que acharam da aparição do Pedro? Acham que ele vai aparecer mais um vez? E que conexão é essa com a Luana, hein?

Por falar em Luana, finalmente falou o que pensa para a sua mãe, mas como será daqui pra frente, hein?

E a ex do Miguel aparecendo de novo. O coitado não tem um pingo de sossego na vida, né!?

Votem e comentem bastante, nos ajude a crescer.  ❤️

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