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XIII

Já se passava das 9:00 quando Cecília chegou no escritório onde trabalhava, ela deu bom dia para o grupo de pessoas que estava presente no local e seguiu até a sua sala para poder ficar sozinha por um momento. Enquanto as horas passavam sem que Ciça percebesse, ela olhava para o nada pensando no possível diagnóstico de sua mãe e não dava para negar que o medo e a aflição a perturbavam.

Batidas na sua mesa a fez despertar fazendo a garota erguer a cabeça com o susto e ela logo viu a sua chefe parada na sua frente, a superior olhou para ela com preocupação e perguntou:

— Faz horas que te chamo. Em que planeta você estava?

— Um bem longe. — Cecília assumiu tentando relaxar na cadeira.

— Você tá bem? Aconteceu alguma coisa?

— Lembra que levei a mãe pra consultar? — Sua chefe concordou com a cabeça e Ciça continuou a falar. — Eu recebi os resultados hoje, mas tô aflita com o que tenha dado.

— Você não abriu pra ver o que está lá? — Ela negou com a cabeça. — E por que não abre?

— Não entendo nada do que tá escrito lá, vou esperar até amanhã que é o retorno. — A garota comentou enquanto sua chefe se sentava na cadeira a sua frente. — Inclusive, amanhã vou precisar faltar.

— Tudo bem, você entrega aquele projeto da clínica depois.

— Desculpa tá faltando esses dias, Helena, mas essa situação da mãe tá me preocupando muito e não posso deixar pra depois.

— Imagina, questão de saúde não se pode brincar. — A superior tentou acalmá-la e continuou a falar. — O que precisar, pode contar comigo.

Cecília sorriu e agradeceu em seguida feliz por saber que poderia contar com a sua chefe e amiga. Desde o primeiro dia em que ela começou a trabalhar naquele escritório, uma amizade nasceu entre as duas e com o passar dos anos só foi crescendo ainda mais.

Já estava anoitecendo quando Lucas deixou a academia junto com Miguel, os dois novos colegas haviam decidido tomar uma cerveja juntos e fazer a amizade entre eles crescer. Ambos seguiram em direção a um bar que havia no shopping e ao se acomodarem e fazerem o pedido, começaram a conversar.

— Então, tu é daqui mesmo? — Lucas perguntou depois que o garçom saiu de perto deles. — Tu tem jeito que não é daqui.

— E não sou mesmo, sou de Porto Alegre.

— Eita, longe, hein? E veio embora por quê?

— Ah, tive algumas decepções por lá. — Miguel respondeu com calma e perguntou em seguida tentando fugir do assunto. — E você? É daqui mesmo?

— Sou sim, moro com minha mãe e minha irmã. — O irmão de Luana falou sendo interrompido pelo barulho do seu celular que estava tocando, ele logo pegou o aparelho e viu o nome de Ciça no visor fazendo ele dar um sorriso. — Vou atender rapidinho, mano. É a minha amiga.

— Amiga, é!? Ficou muito alegre pra ser só amiga. — O rapaz zombou do seu novo colega e continuou a falar. — À vontade, mano.

Lucas deu um sorriso largo e atendeu a ligação enquanto era observado por Miguel, já Cecília do outro lado estava aflita por conta do resultado do exame da sua mãe que elas descobririam no dia seguinte e tentava se acalmar com a voz do seu amigo que sempre esteve lá para ela. O irmão de Luana tentou confortar a amiga e avisou que iria na casa dela no dia seguinte e no fim da chamada, o vizinho de Ciça notou.

— Leãozinho? — Miguel perguntou depois de observar o apelido que o irmão de Luana havia pronunciado.

— É o apelido dela, na época que nos conhecemos quando crianças, eu fiz um comentário do cabelo dela parecer uma juba de um leão e o apelido pegou. Ela tem um cabelo bem lindo e volumoso.

— Você falando dela não parece que é só amiga, parece ser bem mais que isso.

— Eu sou apaixonado por ela, mas não sou correspondido. — Lucas revelou e tomou um gole da sua cerveja que o garçom havia levado. — Ela diz que tem medo de que nossa amizade acabe por conta disso, porque somos muito próximos, afinal, a gente se conhece desde criança.

— Entendi, mas ela gosta de você, também? — Miguel perguntou depois de colocar seu copo na mesa, novamente.

— Não sei, ela nunca confirmou com todas as letras, mas a gente ficou uma vez após uma noite de bebedeira, mas não aconteceu mais nada depois disso.

— Ué, talvez ela tenha medo de se relacionar com alguém que ela conhece há muito tempo, até porque como tu disse, vocês se conhecem desde crianças, deve ser medo de despertar esse sentimento que ela tem dentro dela e que possa virar algo mais sério.

Lucas concordou com o amigo e de repente ouviu o seu celular tocar mais uma vez, o garoto direcionou o olhar para o aparelho que estava na mesa e viu uma notificação da escola onde tinha feito a entrevista, ele então o pegou para ler a mensagem e descobriu que havia passado na entrevista e iria fazer a prova que iria selecionar o novo professor do instituto. O irmão de Luana abriu um sorriso radiante que logo foi observado por Miguel.

— Passei na entrevista de emprego que fiz na sexta. Bem, ainda vou ter que fazer a prova de seleção, mas já é um bom começo. — Ele revelou antes que o seu amigo perguntasse o motivo da alegria.

— Que maravilha, mano. Parabéns! — Miguel ergueu o seu copo e continuou a falar enquanto Lucas repetia o gesto. — Vamos comemorar essa conquista, então.

Os dois brindaram e voltaram a conversar sobre suas respectivas vidas, a noite seguiu com descobertas, risadas e a certeza de que a amizade entre os dois durariam por muito tempo.

No dia seguinte, Cecília acordou cedo para poder ir ao médico com sua mãe, ela tomou um banho rápido e em seguida pegou um macacão confortável no seu guarda-roupa que já havia sido montado, a garota se vestiu rapidamente e seguiu para a cozinha para preparar um café antes de sair e assim que terminou de comer, ela deixou tudo organizado no local e pegou o envelope que tinha o resultado para seguir em direção à casa de Marta, e quando chegou foi se encontrar com a sua mãe que já estava lhe esperando.

— Vamos! — Ela a chamou e avistou sua madrinha no local. — Oi dinda, pensei que a senhora ia embora, hoje.

— Eu ia, mas achei melhor esperar esse resultado. — Sônia respondeu enquanto recebia um abraço da sua afilhada. — Eu tô bem preocupada e não ia sossegar lá em casa.

— Eu também tô bem preocupada. — Ciça revelou e direcionou a palavra a Tereza. — Vamos, mãe? Madrinha, quando sairmos de lá, vamos vir direto pra cá.

— Tá bom, vão com Deus.

As duas mulheres saíram do local e seguiram até o carro, Tereza permanecia aflita e sua filha deu um beijo na sua cabeça dando a entender que tudo ficaria bem, ela viu um sorriso surgir no rosto da sua mãe e sorriu logo depois.

— Vai dar tudo certo, tá!? — A garota falou e Teca concordou com a cabeça.

Depois de quase quinze minutos as duas chegaram na clínica onde seria realizada a consulta e depois de avisarem na recepção sobre o retorno ao médico, elas seguiram até as cadeiras desconfortáveis que havia no local para aguardarem a vez de Tereza.

Enquanto esperavam, Cecília conversava com Lucas que acalmava sua amiga por meio de mensagens, ele aproveitou para falar para sua amada que havia passado na entrevista e que foi selecionado para fazer a prova que determinaria o novo professor da escola, Ciça ficou radiante com a novidade e sorriu ao descobrir uma notícia boa em meio a tanta preocupação.

Minutos depois, Tereza foi chamada e Cecília guardou o celular na bolsa para acompanhar sua mãe até a sala do médico. O homem cumprimentou as duas e pediu para  que elas se sentassem enquanto iniciava uma conversa com elas, perguntando como as duas estavam, principalmente a mais velha.

— Estou bem, só um pouco aflita. — Ela respondeu enquanto Ciça entregava o envelope para o médico que olhou tudo com atenção.

— Antes de começarmos, vou te fazer as perguntas que fiz na primeira vez que esteve aqui, Tereza, certo? — A mais velha concordou e ele continuou a falar. — Você sofreu algum trauma na cabeça, recentemente?

— Não.

— Você passa por situações de estresse?

— Não, eu trabalho normalmente sem fazer muito esforço.

— Se considera depressiva?

— Não.

— Toma alguma medicação?

— Às vezes pra dores de cabeça, relaxantes musculares e chás para dormir melhor.

— Onde nós estamos?

— Estamos no Edifício Office Tower, no bairro Renascença, em São Luís.

— Quantos anos você tem?

— 48!

— Consegue soletrar a palavra Vela pra mim? — Ela atendeu prontamente. — Agora de trás pra frente. — O médico pediu e Tereza fez com louvor. — Ótimo, vou pedir que você grave um endereço para mim. Rua do Egito, número 97, Centro. Pode repetir, por favor. — A mais velha repetiu. — Você poderia dizer o que está nesses cartões.

— Abacaxi, Rede, Dominó, Porco, Xícara.

— Me fale sobre você.

Tereza começou a contar sobre como foi sua infância ao lado de sua mãe e irmãos e as dificuldades que passou com sua filha ainda pequena enquanto Ciça observava tudo calada. Ao final do relato, o médico pediu para que ela repetisse o endereço dito antes por ele.

— Rua do Egito, Centro, mas não consigo lembrar o número.

— É 87, 90, 92 ou 97? — Tereza de fato não se lembrava. — Tente chutar um.

— 92? — Ela perguntou com receio e a reação do médico foi neutra enquanto ele pegava os exames dela.

— De acordo com os testes e as perguntas realizadas me preocupou bastante os esquecimentos que você aparentou estar sentindo como relatei pra você na última visita, você tem lapsos de memória que são incompatíveis com a sua idade e o seu nível de funcionamento mental está reduzido, com o resultado da Tomografia que você fez, pude ver que há uma concentração grande de proteínas beta-amilóide o que significa que o Alzheimer está evoluindo há um tempo, sinto muito, Tereza.

A mais velha começou a chorar e Cecília pegou na sua mão e a apertou com força enquanto segurava suas lágrimas e perguntava ao médico.

— O que são essas proteínas?

— São umas proteínas que se acumulam no cérebro, elas vêm de uma proteína maior que se encontra em uma membrana que envolve as células nervosas, quando elas se juntam podem bloquear a comunicação entre os neurônios que são as chamadas sinapses. A alta concentração dessas proteínas está associada a outros tipos de doenças além do Alzheimer, mas com os sintomas que Tereza está apresentando, isso confirma o diagnóstico de Mal de Alzheimer.

Cecília ouviu tudo com atenção enquanto o médico receitava alguns medicamentos que melhorariam os sintomas, mas não modificaria o curso da doença e ao final da consulta, as duas saíram do local e seguiram em direção ao carro. Tereza ainda chorava pensando em tudo que poderia acontecer com ela a partir daquele momento.

A garota encostou a cabeça no banco do carro preocupada com todo aquele mar de informações enquanto as lágrimas que estavam presas na sua garganta desciam, ela enxugou o seu rosto para dar forças a sua mãe e beijou a cabeça dela sem falar nenhuma palavra, mas aquele gesto dizia que ela estaria ali para Tereza a qualquer hora e situação.

As duas seguiram em silêncio para a casa de Marta e ao chegarem, Tereza seguiu direto para o banheiro a fim de tirar aquela sensação de sufocamento que estava nela desde o momento que recebera o diagnóstico de sua doença e de quando saiu daquela sala junto com a sua filha. Sônia percebeu pela cara da sua afilhada que as notícias não eram boas e ouviu ela falar antes mesmo de perguntar o que tinha sido descoberto.

— Ela tá com a doença, madrinha. — Ciça começou a chorar enquanto se sentava no sofá e a mais velha ia para perto dela para abraçá-la. — O que eu faço agora? Eu tô com medo.

— Calma, meu amor. Vai dar tudo certo, olha aqui pra mim. — Cecília se soltou do abraço de sua madrinha e virou o rosto para observá-la enquanto Sônia enxugava as lágrimas da mais nova. — Ela vai precisar muito do seu apoio, agora. O principal é deixar ela ser independente o máximo possível.

— Eu sei disso. Só tô preocupada com ela.

— Eu sei, meu amor. Todos nós estamos, mas vai ficar tudo bem, tá bom?

Cecília concordou com a cabeça e minutos depois viu sua mãe aparecer no local já com a roupa trocada.

— A senhora tá melhor? — Ela perguntou e Tereza apenas balançou a cabeça em negativo. — Senta aqui.

A mais velha se sentou perto da filha e a abraçou com força sentindo todo o apoio que ela estava passando naquela situação difícil. As coisas não seriam fáceis a partir daquele momento e Cecília ia fazer o possível para tornar tudo mais simples. Ela se soltou do abraço da sua mãe e direcionou a palavra a ela.

— Vai ficar tudo bem, tá bom? Eu vou estar aqui do seu lado pra todo sempre. — Tereza confirmou com a cabeça enquanto sua filha enxugava uma lágrima do seu rosto. — Agora não é hora de chorar, a senhora não tá sozinha nessa.

— Não mesmo, Teca. — Sônia que observava tudo ali do lado das duas concordou com a afilhada. — Nós vamos estar aqui pra você, vamos te dar apoio e muito amor e carinho. — Tereza deu um sorriso agradecendo o amparo que as duas estavam lhe dando. — Agora vamos almoçar, eu fiz uma torta de camarão com pirão e farofa.

As três mulheres seguiram até a casa maior e assim que entraram no local viram Lucas destampando as panelas atrás de comida. Ele estava distraído e não percebeu a presença das três ali até que Cecília deu um susto no amigo que virou o corpo rápido como uma criança que foi pega no flagra.

— Que bonito, hein, Luc? — A amiga zombou dele enquanto as mais velhas riam do rapaz. — Roubando comida, nem esperou os outros.

— Ué, me deu fome, ninguém apareceu e eu vim atrás de comida. — Ele deu um sorriso sacana e seguiu até o armário para pegar um prato. — Vocês eu não sei, mas eu vou comer, ainda mais essa torta que tá cheirosa demais.

Cecília riu alto enquanto entregava um prato para sua mãe e sua madrinha para depois se servir. Ela seguiu até a mesa onde Lucas já estava posicionado e começou a comer enquanto conversava com seu amigo sobre ele ter sido selecionado na entrevista de emprego, as duas senhoras ouviram a novidade e logo parabenizaram o rapaz dizendo que estavam muito orgulhosas dele.

Enquanto o grupo conversava sobre a conquista de Lucas, eles perceberam Luana chegando no local, ela deu um sorriso ao verem todos ali e comentou:

— Olha, parece que cheguei na hora certa. — A garota seguiu em direção ao irmão e deu um beijo no seu rosto. — Como vocês estão?

— Estamos bem. — Tereza respondeu por todos e continuou a falar. — Pega um prato e vem almoçar, minha filha.

— Cadê a mãe, não tá almoçando por quê?

— Ela não vem almoçar em casa, hoje. — Sônia respondeu depois de tomar um gole do seu suco. — Ligou pra avisar que estava em uma audiência e viria só à noite.

— Ah sim. — Luana respondeu com calma e começou a comer depois que se sentou ao lado de seu irmão.

Eles voltaram a conversar enquanto continuavam o almoço com direito a muitas risadas, ao terminarem de comer, Lucas e Cecília cuidaram das louças enquanto Luana seguia para o banheiro para se aprontar para mais uma tarde de trabalho. O rapaz aproveitou que estava sozinho com sua amiga e perguntou sobre Tereza.

— Ela tá mesmo com a doença, Luc. — Ciça falou com uma voz triste e Lucas percebeu uma lágrima caindo no rosto dela limpando-a rapidamente. — Eu tô muito preocupada com tudo que pode acontecer a partir de agora.

— Sinto muito, Leãozinho. — O rapaz a consolou e continuou a falar. — Mas vai dar tudo certo, e eu vou estar aqui pra o que vocês precisarem, tá bom?

— Obrigada, você é muito especial pra nós duas.

O rapaz sorriu com o comentário da amiga e deu um beijo na cabeça dela para depois mudarem o assunto e continuarem a limpar o local, minutos depois eles viram Luana aparecer de volta para dar um beijo neles e seguir para o consultório deixando os dois ali sozinhos mais uma vez.

Luana chegou no consultório às 13:30 e assim que entrou no local cumprimentou as recepcionistas para seguir à sua sala, sem demora a garota ouviu umas batidas na porta e pediu para que a pessoa entrasse vendo sua estagiária parada à sua frente.

— Ué, pensei que estava na faculdade.

— Eu esqueci meu celular aqui, e sem celular não dá. — Olívia sorriu sendo acompanhada de sua superior enquanto passava o olhar pelo local e o viu em cima da sua mesa. — Tá ali. — Ela foi buscar o aparelho e ficou olhando para Luana como se quisesse dizer algo. — Você vai fazer algo amanhã à noite?

— Não, nadinha!

— O que você acha de sairmos amanhã pra comermos alguma coisa? — A mais nova criou coragem e a convidou. — Eu conheço um lugar ótimo que fazem uma pizza maravilhosa.

— Eu acho maravilhoso. — Luana deu um sorriso largo e achou fofo o modo como sua estagiária fez o convite. — Aceito sim sair com você.

— Ah, que bom. Amanhã às 19:00? — Ela sugeriu e a irmã de Lucas concordou.

— Combinado, então.

Olívia se despediu de Luana e saiu da sala com um sorriso no rosto, a amiga de Cecília não estava diferente, sorria na mesma intensidade que sua estagiária e não imaginava que ela teria essa iniciativa de convidá-la para sair, mas ao mesmo tempo agradeceu por ela ter feito isso, já que por ela, talvez não teria tido essa coragem.

O dia seguiu tranquilamente com a garota pensando em sua estagiária no meio de algumas consultas e no possível encontro que elas teriam no dia seguinte e Luana tinha certeza que tudo seria perfeito. 

Ooi mores!

Quem é vivo sempre aparece, né!?

Lucas falando de Ciça para Miguel, como será quando descobrirem que gostam da mesma mulher?

Tereza está mesmo com Alzheimer, como será a partir de agora?

Luana e Olivia finalmente vão ter o seu encontro, como será?

Próximo capítulo em breve.

Beijinhos de luz ❤️✨

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