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Entre Verdades e Mentiras

O PESO DA VERDADE ERA UM FARDO PESADO SOBRE MEUS OMBROS, COMO SE EU ESTIVESSE CARREGANDO UMA MONTANHA. Patricia me observava atentamente, seus olhos castanhos cheios de expectativa e uma pitada de medo.

— Marina, preciso saber o que aconteceu com você e o Guilherme. — Patricia perguntou, sua voz tensa, quase um sussurro. — E... agora você me revela que está grávida?

— Sim. — respondi, minha voz embargada, um nó se formando em minha garganta.

Patrícia segurou minha mão em um gesto de apoio. Seus dedos eram quentes contra os meus, um pequeno conforto em meio à tempestade.

— Marina, quero que saiba que estou aqui para você. — ela disse, sua voz suave como uma brisa, tentando aliviar a tensão no ar.

Respirei fundo, sentindo o ar frio preencher meus pulmões. O coração batia forte no peito, enquanto eu reunia a coragem para revelar a verdade que guardava há tanto tempo. Era um fardo pesado, um mistério que me consumia por dentro.

— Quando descobri que estava grávida, foi um choque. — confessei, as palavras saindo de mim como uma enxurrada, carregadas de emoção e dor. — E a mamãe... ela nunca gostou do Guilherme. Ela ficou furiosa quando soube.

Patricia arregalou os olhos, surpresa, como se tivesse sido atingida por um raio. Ela levou a mão à boca, um gesto instintivo de choque.

— Você está dizendo que a mamãe... ela te obrigou a se separar do Guilherme? — Patricia perguntou, sua voz incrédula, como se as palavras fossem estranhas em sua própria boca.

Assenti, as lágrimas brotando em meus olhos.

— Sim, Pati. Ela tinha planos para ele, queria usá-lo para conseguir dinheiro... Ela queria que você se casasse com ele. Me ameaçou e me fez ir para os Estados Unidos. — revelei, a dor evidente em minha voz, cada palavra uma facada no meu coração.

Patrícia ficou em silêncio, absorvendo as informações. Seu rosto era uma máscara de choque e confusão, como se estivesse tentando encaixar as peças de um quebra-cabeça complicado.

— Então, quando a nossa mãe voltou da viagem e disse que você não queria mais contato... ela estava mentindo para todos nós. — Patricia concluiu, sua voz cheia de surpresa e tristeza, como se as palavras a machucassem.

Nossos olhares se encontraram novamente, e senti a força da nossa irmandade nos unir naquele momento. Era como se um laço invisível nos conectasse, mais forte do que qualquer adversidade.

— Sim, Pati. — As lágrimas continuavam a escorrer pelo meu rosto. — A nossa mãe não me deu outra escolha. Eu estava presa.

Nesse momento, Patrícia se levantou de onde estava sentada. Ela se aproximou de mim com passos lentos e seus braços se abriram e me envolveram em um abraço apertado, seu calor reconfortante se espalhando por mim como uma manta quente.

— E o bebê? — Patrícia perguntou baixinho, sua voz mal mais que um sussurro. Seus olhos estavam cheios de lágrimas.

Respirei fundo e disse:

— Minha filha... foi tirada de mim logo após o nascimento. Aquele dia... foi o pior da minha vida. A alegria da maternidade se transformou em um pesadelo. — confessei, as lágrimas rolando pelo meu rosto.

Houve um silêncio pesado, como se o mundo tivesse parado para ouvir minha confissão. O único som era o da minha respiração trêmula, ecoando na sala silenciosa. Patrícia me olhou, seus olhos cheios de compaixão e tristeza. Ela engoliu em seco, lutando para encontrar as palavras certas.

— Meu Deus! Marina... — ela falou, sua voz quase um sussurro. — Quem faria uma coisa dessas?

Cada palavra que eu dizia era como reviver a dor daquele dia.

— Não sei quem a levou, Pati. — sussurrei, a voz embargada pela emoção. — A polícia nunca encontrou pistas, mas, tenho medo, um medo terrível, de que a nossa mãe esteja envolvida nisso de alguma forma. A suspeita era como um fantasma, assombrando cada pensamento e cada momento de minha vida.

Patrícia ficou em silêncio por um longo momento, seu rosto pálido refletindo a gravidade da revelação. Ela parecia estar tentando processar a informação, suas sobrancelhas franzidas em uma expressão de confusão e choque.

— Marina, isso é... inacreditável. — ela disse finalmente, sua voz baixa e trêmula. — Nunca imaginei que a mamãe pudesse fazer algo assim.

Ela disse isso ainda me abraçando, seus braços apertando-me com força, como se estivesse tentando me proteger do mundo.

— Eu sei. — eu disse, enxugando as lágrimas que escorriam pelo meu rosto. — É difícil de acreditar, mas agora preciso descobrir o motivo real da nossa mãe ter feito tudo aquilo.

Patrícia assentiu, pensativa, seus olhos distantes enquanto parecia ponderar sobre a situação.

— E o Guilherme? Como ele se encaixa nisso tudo? Você já se encontrou com ele? — perguntou Patrícia, sua curiosidade superando momentaneamente o choque.

— Sim. — respondi, nervosa. — Estamos trabalhando no mesmo hospital.

Ela arregalou os olhos, surpresa.

— No mesmo hospital? Isso é... surpreendente! Como vocês estão lidando com isso?

— Ainda não tivemos a chance de conversar direito. Ontem, o encontrei em um bar e ele me deu carona para casa, mas não aconteceu nada. — expliquei, minha voz tremendo ligeiramente com a tensão.

— E o Guilherme nunca soube o motivo da separação? — Patrícia perguntou, sua voz cheia de preocupação.

Respirei fundo, escolhendo as palavras com cuidado.

— Não. — respondi, respirando fundo. — Eu apenas obedeci à nossa mãe e deixei o Brasil. Imagine a surpresa dele ao me ver no hospital.

Patrícia me abraçou novamente, seu aperto transmitindo compreensão e apoio.

— Mari, ele deve ter ficado sem entender nada. Só sei que sinto muito por duvidar de você e do Guilherme. É duro pensar que a nossa mãe poderia fazer algo assim.

Suas palavras me trouxeram conforto.

— Obrigada, Pati. Ter você comigo agora significa muito para mim.

— Estarei aqui, não importa o que aconteça. — disse ela, firme. — Vamos encarar isso juntas, somos irmãs.

Enxuguei as últimas lágrimas e respirei fundo, tentando me recompor. Patrícia estava certa. Precisávamos seguir em frente.

— Obrigada. — disse eu, envolvendo-a em um abraço caloroso. — Agora, preciso me preparar para o meu turno.

Patrícia acenou com a cabeça, um sorriso suave aparecendo em seu rosto. Ela parecia entender que eu tinha responsabilidades a cumprir.

Após me despedir de Patrícia, pego meu celular e rapidamente peço um carro por aplicativo. Enquanto aguardo, sinto uma mistura de emoções. O carro chegou, interrompendo meus pensamentos, e embarco na jornada em direção ao hospital.

Ao chegar, a realidade do meu trabalho se instala. Com o coração ainda pesado, mas fortalecido pela presença de Patrícia, atravesso o corredor do hospital. As palavras de Patrícia, como um mantra, ecoam em minha mente, me impulsionando para frente enquanto me preparo para mais um turno desafiador.

Porém, ao dobrar o corredor, a cena que meus olhos presenciam congela meu sangue: Guilherme, o homem que ainda amo e que fui forçada a abandonar, em um beijo ardente com outra mulher. O que me fez sentir choque, confusão, raiva e dor dilacerante me tomam de assalto. Meus olhos marejam, mas luto contra as lágrimas, recusando-me a me desfazer em público.

As pernas bambas me impedem de seguir, mas a responsabilidade pelos meus pacientes são maiores que a minha dor. Respiro fundo, engulo o nó na garganta e continuar em frente, com a cabeça erguida e o coração em pedaços.

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