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Entre risos e danças

AO ENTRAR NO QUARTO DE HUGO, O AR FRIO DA UTI FEZ MEU CORPO ARREPIAR. A luz artificial era cruel e intensificava a sensação sufocante do ambiente. Meus olhos se fixaram em Hugo, imóvel na cama, conectado a uma teia de fios e tubos.

Leila, sua esposa, havia saído para tomar um ar fresco. A preocupação era evidente em seu rosto, e ela sempre me agradecia por salvar a vida de seu marido.

— Hugo! — Chamei baixinho, mesmo sabendo que ele não poderia responder. Apesar da cirurgia bem-sucedida, ele ainda corria riscos.

Hugo parecia tranquilo, mas as marcas da luta eram visíveis. Seus olhos fechados indicavam um sono profundo. Júlia, a enfermeira, estava atenta ao seu lado. Admirei sua dedicação à recuperação de Hugo.

— Como ele tá? — Perguntei a Júlia, segurando o prontuário.

Ela hesitou antes de responder.

— Olha, ele tá se recuperando, mas ainda vai levar um tempo. Os médicos estão confiantes, mas a situação ainda é delicada. Ele não está acordado ainda, só que os medicamentos estão ajudando.

Senti um alívio ao ouvir isso e atualizei o prontuário.

— Que boa notícia! — Exclamei.

Júlia concordou, seus olhos brilhando.

— Mari, você foi incrível hoje na cirurgia do Hugo. Boa noite!

— Até amanhã! Júlia, obrigada.

Após nos despedirmos, deixei a UTI. O som dos aparelhos se distanciava enquanto me afastava, e o cansaço começava a tomar conta, mas sabia que Hugo estava recebendo os cuidados necessários.

— Você vai se recuperar logo, Hugo. — Murmurei para mim mesma, antes de seguir pelo corredor.

Após deixar a UTI, andei pelos corredores frios do hospital, meus pés descalços batendo no chão. Bianca e Margarida me seguiam, seus rostos cheios de preocupação. Uma mistura de alívio e medo me consumia.

— Ei, garotas! — Gritei, tentando soar mais alegre do que me sentia.

Bianca me deu um sorriso caloroso.

— Marina! Tá tudo bem? — Ela parecia genuinamente preocupada.

— Ah! Sabe como é... — respondi, dando de ombros. — Um pouco cansada, mas pelo menos estou conseguindo ajudar o Hugo.

Ela assentiu, mas havia uma indecisão em seus olhos, como se estivesse com medo de me contar algo.

— E vocês? O que estão aprontando? — Perguntei, tentando mudar de assunto.

Bianca ergueu a mão, mudando a preocupação em seu rosto, e agora com um brilho travesso nos olhos.

— Que tal a gente ir num barzinho pra relaxar?

Hesitei, dividida entre a culpa e a necessidade de me distrair.

— Tudo bem — concordei finalmente. — Mas só por uma hora.

Elas comemoraram e me abraçaram, aliviando um pouco do peso que eu sentia, mas, ainda sinto como se minha garganta estivesse sendo apertada.

— Pode apostar, vamos curtir até não poder mais! — Margarida garantiu, piscando e me dando um sorriso encorajador.

Ao deixar o hospital, senti um breve alívio, deixando para trás as preocupações com Hugo. Sob o céu estrelado, a sombra da preocupação ainda pesava.

Assim que cheguei ao ponto de ônibus, a ansiedade pelo reencontro com as minhas amigas crescia, mas a angústia ainda estava presente. Respirei fundo, buscando coragem, enquanto aguardava o transporte para casa.

No ônibus, aproveitei a calmaria momentânea, protegida do caos externo. Ao descer, o ar fresco da noite me acolheu. Caminhei pelas ruas tranquilas até minha casa, cada passo aliviando gradualmente as tensões do dia.

Em casa, fui recebida pelo conforto familiar. Preparei algo leve para comer, permitindo que os sabores acalmassem minha mente. Em seguida, me entreguei ao ritual de um banho quente, deixando a água levar embora qualquer resquício de preocupação.

Envolvida pela serenidade do meu lar, finalmente relaxei, em paz, apesar das incertezas do futuro.

Naquela noite, cheia de emoções e angústia, me preparei para encontrar minhas amigas no bar. Apesar de parte de mim resistir, estava pronta às nove horas, vestida para esconder minhas cicatrizes. Com esperança e receio, peguei um táxi para o bar.

Quando cheguei ao bar, vi Margarida e Bianca acenando para mim. Sorri ao vê-las. A luz ao redor delas destacava a maquiagem de Bianca e o cabelo de Margarida. Me senti acolhida e em casa, como se estivesse voltando para um lugar seguro.

Bianca, sempre ela, foi a primeira a me alcançar. Seus passos rápidos a trazem até mim.

— Marina, pensei que tinha nos deixado para trás! — Disse ela em tom de brincadeira, me abraçando com força.

— Quase fiz isso. — Confessei, rindo também em tom de brincadeira. — Mas como resistir a uma noite na companhia de vocês duas? — Respondi, sentindo uma onda de entusiasmo crescer dentro de mim.

Margarida, ao lado de Bianca, vestia um elegante vestido preto. Sua postura emanava uma aura de mistério e sensualidade.

— Marina, você fez a escolha certa. Uma noite com a gente é sempre uma aventura! — Disse ela.

Após isso nos três nos sentamos na mesa e olhando para elas, um sentimento de gratidão e carinho me invadiu. Risos e conversas animadas preenchiam o ar, misturando-se ao aroma de cerveja e petiscos. De repente, me senti transportada para outro mundo, onde a amizade e a alegria eram as rainhas.

— Que prazer estar aqui com vocês! — Falei, erguendo meu copo. Quem diria que, após quinze anos, estaríamos juntas novamente?

Margarida concordou com um aceno, erguendo sua taça.

— Vamos brindar!

Ergui a minha taça, um brilho nos olhos.

— Que esta noite seja o início de muitos outros encontros! — Sussurrei, desejando que aquele momento mágico se eternizasse.

A música do bar nos envolveu, até que Margarida, com um brilho travesso nos olhos, se levantou de repente.

— Vamos sacudir o esqueleto! — Ela exclamou, estendendo as mãos para nós.

Bianca e eu nos levantamos, formando um trio determinado a aproveitar a noite ao máximo. Nos infiltramos na multidão na pista de dança, onde o ritmo pulsante da música preenchia o ar e acelerava nossos batimentos cardíacos. Enquanto nos movemos ao som da batida, notamos alguns olhares curiosos se voltando para nós. Bianca, com um sorriso irônico, comentou:

— Parece que estamos roubando a cena!

Margarida, com um sorriso malicioso, acrescentou:

— Quem poderia resistir ao charme de três amigas se divertindo tanto?

Entre os passos de dança e as risadas compartilhadas, experimentamos um sentimento de liberdade e alegria que nos envolvia por completo. Era como se o resto do mundo tivesse desaparecido, deixando apenas nós três no centro de um momento único e especial.

Com o passar do tempo, percebi que aquele instante era exatamente o que eu precisava para recarregar minhas energias e revigorar meu espírito. Era um intervalo bem-vindo da rotina, um lembrete de que a vida também pode ser leve e divertida, mesmo em tempos difíceis.

Dançamos e rimos até nos sentirmos ofegantes, mas com sorrisos luminosos nos rostos.

— Vamos dar um tempo, que tal? — Bianca sugeriu, prendendo os cabelos em um rabo de cavalo alto.

— Boa ideia! — Margarida concordou, vibrante.

Após recuperar o fôlego, voltamos à mesa.

— Surpreendente, não? Ainda consigo dançar assim! — Comentei, rindo. — Tava com saudade dessa energia que só nós, brasileiros, temos. Lá nos Estados Unidos não tem nada igual a isso.

— Exaustas, mas satisfeitas! — Margarida respondeu, ajeitando os cabelos.

Depois de nos hidratarmos com água fresca, me recostei na cadeira, totalmente relaxada.

— Precisamos repetir isso! — Falei, rindo com minhas amigas. — Nada como amizade e diversão para dar sabor à vida.

Recuperando o fôlego, Margarida começou a rabiscar num guardanapo. Parecia um coração. Ela me lançou um olhar, seu sorriso era mais contido.

— Marina — ela começou, a voz trêmula, — como você tá... com a situação do Guilherme?

Ouvi seu nome e senti um nó no estômago. Meu coração acelerou. A pergunta de Margarida trouxe lembranças amargas do nosso término, algo que nunca contei para ninguém e provavelmente nem estava preparada para isso.

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