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Entre as Sombras e a Esperança

Aviso: Neste capítulo, há cenas de violência doméstica. Se isso te incomoda, considere se quer continuar lendo. Essas cenas tratam de questões sérias e buscam iniciar conversas importantes. Se você estiver lidando com problemas similares, é essencial buscar ajuda.

A LUZ SUAVE DO SOL ENTROU PELA FRESTA DA JANELA, ME ACORDANDO. Abri os olhos devagar e vi Leon na cama, com a cabeça no travesseiro. Suas sobrancelhas estavam franzidas e os olhos fechados, ele parecia tentar dormir.

Ele esfregou os olhos sonolentos e bocejou, um som profundo que preencheu o quarto. A pele pálida e as olheiras indicavam que ele passou a noite em claro. Sua respiração estava irregular e o peito subia e descia rapidamente.

A expressão triste e os lábios apertados mostravam sua ansiedade. Era estranho ver Leon assim, ele que sempre foi tão vibrante e positivo.

— Bom dia, Leon! — Eu disse, me espreguiçando e sorrindo para ele, tentando trazer um pouco de alegria para a situação.

Ele abriu os olhos e me olhou, mas o sorriso foi forçado, como se estivesse tentando se concentrar.

— Bom dia, Marina. — A voz dele estava rouca e cansada, quase um sussurro.

— Você parece... — hesitei, mordendo o lábio inferior. — Teve uma noite difícil no trabalho? — Perguntei, tentando esconder minha preocupação, mas senti um aperto no estômago.

Ele balançou a cabeça, mas não disse nada. Continuou me olhando, os olhos cheios de incerteza.

— Você sabe que pode contar comigo para o que precisar, certo? — Eu disse, acariciando seu rosto. Senti um nó na garganta.

Ele fechou os olhos e suspirou fundo.

— Eu te amo — ele disse, as palavras saindo como um sussurro quase inaudível. Ele me abraçou forte, como se precisasse de mim mais do que nunca.

Eu o abracei de volta, sentindo meu coração se encher de amor e preocupação.

— Eu também te amo — eu disse, acariciando seus cabelos.

De repente, senti algo estranho, como se fosse puxada de volta à realidade. Quando abri os olhos, foi como se fosse um choque de realidade, era tudo um sonho, tão real e perfeito, que se desfez. Nele, Leon era carinhoso e atento, e eu me sentia amada e feliz, mas, a realidade era bem diferente.

No começo, Leon era um homem carinhoso e atencioso. Ele sempre estava lá para mim, me fazendo sentir amada e protegida, porém, com o tempo, ele mudou. Ficou mais distante, mais frio.

Na entrada da cozinha, Leon estava de pé, segurando uma garrafa de bebida. Seus olhos estavam vermelhos e inchados, como se tivesse passado a noite sem dormir. A camisa estava aberta, mostrando uma camiseta branca amassada por baixo. A barba mal feita e o cabelo bagunçado o deixavam com um aspecto descuidado.

O cheiro forte de álcool, misturado com o suor do dia anterior, preenchia o ar. Seu rosto estava mais pálido que o normal, com uma expressão de cansaço que eu nunca tinha visto antes. Ele parecia mais velho, mais desgastado.

A garrafa em sua mão estava quase vazia, o pouco líquido restante se movendo a cada passo que ele dava. Ele parecia cambaleante, como se estivesse lutando para se manter de pé.

A realidade da situação me atingiu como um soco. O homem que eu amava estava se afundando em sua própria tristeza, e eu me sentia incapaz de ajudá-lo.

— Bom dia — eu disse, com a voz fraca e trêmula.

Leon me olhou com desprezo.

— Cala a boca! — Ele resmungou, parecendo estar com uma forte ressaca.

Um silêncio pesado se instalou. Fechei os olhos, tentando segurar as lágrimas.

— Eu tentei, Leon. Eu realmente tentei — eu disse, abrindo os olhos e olhando para ele.

Leon me olhou com um olhar frio e indiferente.

— Você é uma decepção — ele disse, com um tom de voz sarcástico e desdenhoso.

— Sei que não estou à altura das suas expectativas — respondi, sentindo as lágrimas escorrendo pelo meu rosto. — Mas eu também estou cansada e chateada.

Leon se virou de repente, os olhos vermelhos de raiva. Com um movimento brusco, ele saiu da cozinha, batendo a porta com tanta força que o som ressoou pela casa vazia.

Fiquei ali parada, o silêncio pesado preenchendo o espaço que ele havia deixado. Meu coração batia forte no peito, e eu me sentia sozinha e desamparada.

[...]

Enquanto eu organizava algumas coisas na casa, senti uma mão grande e forte me segurar. Uma dor aguda me atingiu e gritei. Meu coração disparou e eu senti pânico, desespero e apreensão. Meu corpo ficou tenso, preparado para o pior.

Leon estava diferente. Seu rosto estava duro e seus olhos, frios e intensos. Ele me olhava com um olhar de raiva e desprezo, uma expressão que eu nunca havia visto antes. Eu sabia que algo tinha acontecido.

— O que houve? — Perguntei, minha voz saiu como um sussurro.

Leon se voltou para mim, seus olhos frios encontrando os meus.

— A Emily ligou — ele disse, a voz era rígida e cheia de raiva. — A Gracie está doente. Preciso cobrir o plantão dela.

Eu senti um nó no estômago. A raiva em sua voz era palpável, tornando o ar ao nosso redor mais pesado.

— Você precisa vir comigo! — Ele ordenou, não era um pedido, era uma exigência. Eu podia sentir a tensão em suas palavras, cada sílaba carregada de frustração e raiva.

Ele segurava meus braços com tanta força que eu mal conseguia me mover. Eu estava presa em um redemoinho de emoções negativas: medo, desespero e apreensão.

Corri para o quarto, sentindo o vento frio do inverno no rosto. Peguei minha bolsa com as mãos trêmulas e suadas, e saí do apartamento rapidamente.

Assim que entrei no carro, Leon ligou o motor sem dizer nada. O barulho do motor ecoava na minha angústia como um lembrete cruel da realidade que eu estava prestes a enfrentar.

A chegada ao hospital foi um turbilhão de emoções. O cheiro forte de desinfetante invadiu minhas narinas, fazendo meu estômago revirar. Era um cheiro familiar, afinal, eu também sou médica.

O silêncio do corredor era quebrado apenas pelo som de passos apressados e monitores bipando ao longe. A visão das pessoas de jaleco branco, andando rapidamente, me trouxe de volta à realidade. Eu estava ali, no hospital, com Leon, e tinha que enfrentar a situação.

Leon parecia indiferente ao meu desconforto e dor. Ele caminhou na frente, sua figura alta e imponente se destacando na luz fria do corredor do hospital.

— Preciso trabalhar — ele disse, a voz soava distante e fria.

Sentada ali, sozinha no meio da agitação do hospital, me perdi em pensamentos. Como cheguei a esse ponto? Como deixei Leon controlar minha vida dessa maneira? Mal me lembrava da mulher que eu era antes. Parecia que eu havia me transformado em uma sombra de mim mesma.

Entrei na sala dos médicos sem perceber. Era ampla e clara, com paredes brancas e cadeiras confortáveis. O café fresco contrastava com o caos do corredor. O desinfetante lembrava o ambiente clínico, mas também trazia uma sensação de limpeza e organização.

Fora da sala, o barulho das vozes, passos e equipamentos era alto. O local era agitado, com médicos e enfermeiros sempre em movimento. No canto, uma palmeira se movia com o vento, trazendo um pouco de calma.

De repente, ouvi um som. A porta da sala se abriu e um homem alto entrou. Ele tinha cabelos curtos e pretos que contrastavam com o branco do jaleco. Seus olhos verdes eram gentis, mas mostravam uma preocupação real.

— Marina? Como você está? — O Dr. Lening cumprimentou com um sorriso.

— Estou bem, obrigada, só um pouco cansada. — Respondi, desviando o olhar.

Ele franziu a testa.

— Você não parece estar bem — observou. — Aconteceu alguma coisa?

— Não é nada... — comecei a dizer, mas vi uma sombra se movendo no canto do meu olho. Era Leon, que até agora estava quieto em um canto da sala. Ele interrompeu minha conversa com o Dr. Lening, se aproximando de mim com um olhar raivoso.

— Vamos — Leon sussurrou no meu ouvido, a voz era dura e ameaçadora. Senti um aperto forte no meu braço, seguido de um calor intenso. Minha respiração parou na garganta e eu me encolhi, tentando me afastar dele, mas ele me segurava com força.

A dor em meu corpo era intensa, como uma facada. Com pálpebras pesadas, uma ideia começou a surgir em minha mente. Não aguentaria mais. Estava decidida a me defender, a me libertar. Determinada, eu iria acabar com esse ciclo de abuso e recomeçar.

***

Nota para quem está passando por situações difíceis:

Antes de concluir este capítulo, quero dedicar um momento a todos os que possam estar enfrentando desafios semelhantes aos descritos nesta história. Se você é uma vítima de violência ou abuso, saiba que não está sozinho(a) nesta jornada.

É crucial lembrar que a violência e o abuso não têm justificativa e não é alguma culpa da vítima. Existe ajuda disponível para você. Se você estiver em perigo iminente ou precisar conversar com alguém que possa oferecer apoio, por favor, procure ajuda imediatamente.

Independentemente de onde você esteja, há organizações e pessoas prontas para auxiliar. No Brasil, você pode entrar em contato com o Disque 180 — Central de Atendimento à Mulher, que oferece suporte e orientação em casos de violência contra a mulher. Além disso, outras opções incluem a Polícia Militar (190) e a Polícia Civil, bem como abrigos e casas de apoio.

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