Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

A verdade por trás das lágrimas


MINHA TENSÃO AUMENTOU QUANDO MARGARIDA ENTROU NA SALA DE DESCANSO E OLHOU PARA A PORTA ONDE MARINA HAVIA SAIDO.

— Guilherme, o que aconteceu? — perguntou Margarida, preocupada.

Respirei fundo enquanto apertava meus dedos nas palmas das mãos.

— Marina... — murmurei, franzindo a testa — O reencontro a atingiu mais do que eu poderia ter previsto.

Margarida mordeu o lábio, os olhos cheios de lágrimas.

— Oh, Marina. Vou procurar por ela para ver se consigo ajudá-la.

Minha angústia aumentou com o silêncio depois que ela partiu. Muitas emoções foram despertadas pelo beijo de Marina. Tentando afastar essas lembranças, passei as mãos pelos olhos.

Foi então que o Dr. Ricardo apareceu na porta, visivelmente preocupado. Desde a faculdade, ele sempre teve essa expressão séria, mas eu sabia como ele era bondoso.

— Precisamos de você na sala de cirurgia.

[...]

Depois de longas horas de cirurgia, informei os familiares sobre o que aconteceu. Meu coração estava pesado e, no corredor, as luzes fluorescentes e o zumbido do ventilador pareciam intensificar meu estado de espírito.

Enquanto caminhava pelo corredor, ouvi duas enfermeiras conversando e mesmo que tentassem sussurrar, era possível ouvir sobre o que elas falavam.

— Já conheceu a nova médica? — perguntou uma delas.

— Ainda não. — respondeu a outra, com curiosidade.

A enfermeira se aproximou, baixando um pouco a voz para que ninguém mais ouvisse, mas ainda consegui pegar o que ela dizia.

— Dizem que ela veio dos Estados Unidos... e que tem um passado complicado.

— Como assim?

— Parece que ela vivia no Brasil e teve um divórcio difícil.

— Nossa, que complicado. Eu não sabia.

— Dizem que ela traiu o marido antes de sair do país.

— Verdade? E ela olha que ela parece tão inocente. — A enfermeira riu, como se estivesse fazendo uma piada.

Meu coração acelerou ao ouvir isso. Sem pensar duas vezes, fui em direção à Marina, decidido a entender melhor a situação. Andei por alguns momentos que pareceram horas até que a avistei conversando com Margarida e Bianca na entrada, onde alguns médicos estavam reunidos.

— Marina! — chamei. — Preciso entender uma coisa. É verdade que você terminou nosso casamento porque me traiu? — perguntei, procurando respostas.

Marina ficou chocada, seu rosto pálido de medo.

— Guilherme, por favor, precisamos conversar em outro lugar — ela pediu, desesperada.

— Se tem algo para explicar, que seja agora — insisti, com raiva e confusão crescendo.

Marina respirou fundo, tentando se controlar.

— Eu me mudei, mas não foi por traição. A situação é mais complicada. Precisamos de privacidade para conversar.

Acompanhei Marina até uma sala de descanso vazia e fechei a porta.

— Agora, fale — disse, firme.

— Guilherme, nunca te traí — começou ela, emocionada.

— Então, por que terminamos? — perguntei, ansioso para entender.

— Eu... estava grávida — a voz de Marina saiu como um sussurro doloroso.

— Grávida? — minha voz estava cheia de surpresa e dor. — Você se mudou para os Estados Unidos grávida?

Marina confirmou com um aceno, lágrimas escorrendo pelo rosto.

— Por que fez isso? — perguntei, confuso e magoado, passando as mãos pelos cabelos, tentando me controlar. — Você sabia que eu queria ser pai e fez isso comigo.

— A grande culpada por tudo isso foi Diana Martins... — Marina murmurou, visivelmente angustiada. — Ela me ameaçou, dizendo que, se eu não terminasse com você e me afastasse, mataria a nós três.

A revelação me atingiu com força. Fiquei em silêncio, tentando entender. A raiva só aumentava.

— Não consigo acreditar que ela fez isso com você... com a gente. — Minha voz estava rouca, mostrando a intensidade dos meus sentimentos.

Marina balançou a cabeça, os lábios tremendo.

— Sim. Eu não tive escolha. Diana fez ameaças terríveis, não só para mim, mas para você e para o bebê.

— Por quê? — perguntei.

Ela desviou o olhar.

— Ela queria me manipular. Você namorou minha irmã quando eram mais novos, então minha mãe estava planejando um casamento por herança... entre você e a Patrícia.

Senti uma mistura de compaixão e raiva. Não conseguia parar de pensar na injustiça que Marina havia enfrentado e na perda que ambos sofremos.

Marina suspirou profundamente.

— Por que você não me contou antes? — perguntei, com dor e confusão. — Se você tivesse me contado, talvez eu pudesse ter feito algo para ajudar.

Lágrimas escorriam pelo rosto de Marina.

— Eu estava com medo, Guilherme. Medo do que Diana poderia fazer. Acreditei que essa era a única maneira de proteger todos nós. Só agora, após quinze anos fora do Brasil, decidi voltar, mas nunca imaginei que você estivesse aqui.

Respirei fundo, tentando manter a calma.

— Onde está nossa filha? — minha voz tremia.

Marina hesitou, com os olhos cheios de lágrimas.

— Guilherme, antes de responder... sua namorada não vai achar estranho você conversar comigo?

Franzi a testa, confuso.

— Que namorada? Eu não tenho namorada, Marina. De onde tirou isso?

Marina suspirou, passando a mão pelo cabelo.

— Paola. Ela se aproximou de mim depois que cuidamos da Vitória. Disse que eu deveria me afastar de você.

Meus olhos se arregalaram de surpresa e raiva.

— Paola tentou me beijar, mas eu a afastei. Ela não é minha namorada. Está agindo de maneira possessiva, mas não temos um relacionamento. — expliquei. — Você partiu antes de ver aquela cena do beijo.

A tensão entre nós aumentava, com revelações dolorosas.

— Mas há algo que gostaria de esclarecer com você — disse ela.

— Claro, pode falar.

— Há alguns dias, quando todos estavam gripados e Laís pediu minha ajuda, eu vi você com uma menina loira na entrada do hospital.

Dei uma risada e balancei a cabeça.

— Marina, a menina loira que você viu comigo... — comecei, com a voz mais calma — é a Lorena, minha afilhada. Ela está morando comigo desde que os pais dela faleceram em um acidente.

Marina piscou, surpresa.

— Lorena? — repetiu, tentando lembrar. — Filha de quem?

— Amélia e Peter Schneider — respondi, observando sua reação. — Lembra deles? Nos aproximamos quando começamos a namorar.

Marina levou a mão à boca, lembrando.

— Então é filha deles... — murmurou Marina, processando a informação.

Assenti meus olhos mostrando tristeza e carinho.

— Sim. Depois da morte deles, passei a cuidar dela. Tem sido um desafio, mas estamos nos adaptando.

— Sinto muito pela perda deles, Guilherme. Deveria ter perguntado antes de tirar conclusões — admitiu Marina.

Segurei suas mãos e disse:

— Sinto muito, Marina — respondi, com um suspiro. — Pelo que você passou por causa de Diana, mas primeiro, quero conhecer nossa filha e fazer parte da vida dela.

Marina chorou intensamente. A abracei, tentando confortá-la. Quando ela se afastou, suas lágrimas e expressão de tristeza mostravam o peso da situação.

— Guilherme, nossa filha... — Marina começou, com a voz trêmula. — Era uma menina. Foi sequestrada logo após o nascimento. Nunca consegui vê-la ou segurá-la.

A revelação foi devastadora. Eu lutava para processar a notícia, e a dor nos olhos de Marina aumentava minha angústia.

— Sequestrada? — repeti, quase em um sussurro. — Como isso aconteceu?

Marina enxugou as lágrimas, tentando continuar.

— No hospital, antes do parto, desmaiei por causa de uma sonolência repentina. Quando acordei, soube que nossa filha havia desaparecido, e as autoridades nunca encontraram pistas.

Fiquei em silêncio, absorvendo o impacto da revelação. A raiva contra Diana e a dor pela perda da nossa filha só aumentavam.

— E você nunca... nunca teve alguma pista? — perguntei, lutando para manter a calma.

Marina balançou a cabeça, derrotada.

— Nunca soube o que aconteceu com ela. Tentei de tudo para encontrar pistas, mas parecia em vão. A esperança foi diminuindo com o tempo, e enfrentei isso sozinha.

— Vamos encontrar nossa filha — disse, sentindo uma nova sensação de união e propósito.

Marina me olhou, parecendo aliviada e cansada ao mesmo tempo. Mesmo triste, havia um brilho de esperança nos olhos dela. Tudo ao nosso redor sumiu. Não sabia o que nos aguardava, mas estava pronto para enfrentar tudo com ela.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro