♛CAPÍTULO 43♛
O primeiro passo para resolver as coisas do casamento foi marcar horários com algumas doceiras e confeiteiras que eu conhecia. Mas para não assustar ninguém, marquei os horários pelo nome da Ingrid.
Como a loja da mulher era perto da casa da minha vó, marquei de almoçar com a dona Adelaide e de ficar a tarde com ela enquanto esperava por Christopher, que iria comigo. Por sorte meu noivo queria participar dos preparativos o máximo possível.
— Estou tão animada com o seu casamento, querida. — Minha vó falou, enquanto arrumávamos a mesa para almoçar.
— Espero que dê tudo certo. — Falei.
— Por que eu estou sentindo que você não está muito animada com isso?
Eu estava animada com o fato de me casar com Christopher, mas não estava animada com o fato do casamento. Apesar de estar escolhendo as coisas, ainda não era como eu queria, porque a minha real vontade era de ter um casamento bem mais simples do que precisava ser.
— Eu estou feliz, vó, vou me casar com o Christopher e isso me deixa feliz. Mas as coisas do casamento não vão ser como eu queria, tive até mesmo que bater de frente com Edith para ter o mínimo de controle. Porque ela já estava vindo com todo o planejamento feito. Sem nem perguntar o que eu queria.
— Mas você se impôs, né?
— É claro, eu fiz isso, mas ficou um climão.
Minha vó nos serviu com um pouco de gin, agora eu já bebia um pouco sem me importar, então começamos a comer e eu contei tudo que estava planejando.
A tarde foi boa, já fazia um tempo que eu não tinha um momento de qualidade com a minha avó, e era o que eu mais sentia falta. O palácio era um pouco solitário às vezes. Quando Christopher chegou, minha avó decidiu que queria mimar um pouco o seu mais novo neto, como ela costumava chamá-lo agora. Ainda tínhamos tempo para ir até a degustação.
Confesso que estava bem ansiosa para a nossa degustação, talvez essa fosse a parte positiva em ter um casamento enorme para organizar, teria a desculpa perfeita para me entupir de docinhos durante esse período, então iria aproveitar mesmo.
A confeitaria não era muito longe da casa da minha avó, e pelo que busquei na internet, as avaliações eram ótimas, então estava bastante confiante de que tudo daria certo. O nosso motorista estacionou na frente da pequena lojinha, o que me deixou ansiosa, porque não sabia como a moça que foi simpática comigo no atendimento online iria reagir.
Com os nossos seguranças, Christopher e eu saímos do carro, fui a primeira a entrar na loja, uma mulher com uma touca estampada com cupcakes tomou um susto ao ver o rei e eu entrando em sua loja. Ela era a Laura, a dona da confeitaria.
— Meu Deus, vocês! — Falou, assustada. De um jeito desajeitado, ela nos reverenciou.
— Boa tarde, eu marquei um horário no nome de Ingrid. — Contei a minha pequena farsa.
— Ah, sim, sim! Eu definitivamente não esperava por vocês.
— Não queríamos assustar a senhora. — Christopher falou, deixando a mulher quase sem cor. Nem todo mundo está acostumado com a presença do rei.
Quando o choque da doceira acabou, ela nos encaminhou a uma mesa e começamos a degustação dos seus docinhos. O que foi a melhor parte do dia, é claro. Christopher e eu somos chegados em doce, e quase sempre comemos uma besteirinha durante o dia.
Tivemos uma conversa muito franca com a dona do estabelecimento, porque teríamos muitos convidados, e que estávamos planejando tudo com bastante antecedência para que os contratados por nós conseguissem entregar tudo a tempo. A doceira foi bem enfática em dizer que já estava acostumada com o volume de trabalho, que nunca fez uma encomenda tão grande para um único evento, mas que já fez o mesmo volume para vários eventos diferentes em datas próximas das outras, então conseguiria entregar tudo que queríamos. Que eram todos os sabores de bombons dela, na verdade.
Meu combinado seria encomendar cada item com alguém diferente, assim poderíamos dar oportunidade para mais pessoas.
Christopher e eu chegamos no palácio de barriga cheia, ninguém iria reclamar de comer vários tipos de bombons recheados.
— Ela trabalha muito bem, eu gostei. — Meu noivo falou, enquanto tirava sua roupa para ir tomar um banho.
— Sim, ela é muito esforçada.
Christopher entrou no banheiro, enquanto eu procurava alguma roupa para vestir após tomar um banho. Meu celular apitou, e era um e-mail do advogado que estava responsável por fazer o nosso contrato pré-nupcial. Ele respondeu que em poucos dias eu teria o contrato em mãos, apenas respondi em agradecimento.
Quando Christopher saiu do banheiro, olhei para ele, e pensei em como daria a noticia para ele, porque ainda não havíamos conversado a fundo sobre isso.
— O advogado me deu uma resposta. — Comecei a falar. Christopher me olhou, prestando atenção no que eu estava falando. — Ele vai me dar o contrato em poucos dias.
— E o que você pediu a ele?
Essa era a perguntava que eu estava um pouco apreensiva em responder.
— Bom, eu queria uma segurança para o futuro. — Respondi. — Você sabe, Christopher, quando nos casarmos, nós não poderemos nos divorciar nunca, por causa da coroa.
— Eu sei disso. — Ele já me olhava bem desconfiado.
— Eu só preciso ter a certeza de que vou conseguir me divorciar, caso haja traição.
— Como assim, Isobel?
— Talvez você não me entenda, Christopher, mas eu não posso continuar casada com você se houver traição, por isso quero o contrato pré-nupcial.
— Você acha que eu vou te trair, Isobel? Depois de tudo que passamos! — Sua voz estava um pouco alterada, mas eu não podia reclamar, entendia a frustração de Christopher.
— Christopher, eu não queria te magoar, mas eu precisava me proteger de alguma maneira, eu jamais aceitaria qualquer tipo de traição. — Tentei me defender.
— E eu jamais trairia você, porque te amo, Isobel, e amo muito, achei que você entenderia isso.
— Eu entendo...
— Não, você não entende! Se entendesse não faria isso. Você é única na minha vida, e vai ser para sempre, porque eu só tenho olhos para você.
Me aproximei dele, tentando pegar em suas mãos, mas o rei desviou, me dando as costas.
— Christopher, me escuta.
— Estou puto demais para te escutar agora, me dá licença, Isobel.
E assim ele saiu do quarto, sem nem olhar para minha cara. Me sentei na cama, sentindo um peso enorme nos meus ombros, mas achei melhor dar um tempo. Tomei um banho demorado e fui até a cozinha, dispensei a cozinheira e olhei o que tinha na dispensa. Talvez uma sopa melhore o humor do meu noivo.
Eu vejo que a vida não é um conto de fadas, eu não posso simplesmente viver como se fosse. Sei que o amor de Christopher por mim é verdadeiro, acredito e confio nele, mas não posso confiar no futuro, e em como as coisas vão ser daqui a alguns anos. Eu temo pelo que pode acontecer, e isso não é deixar de confiar em Christopher, isso é ter respeito por mim mesma, acima de qualquer coisa, não posso tampar o sol com a peneira e acreditar que o meu futuro irá ser mil maravilhas. Acho que a minha vida é a prova viva disso.
Fiz uma sopa de legumes bem leve, porque comemos muito chocolate durante a tarde. Christopher estava enfiado no escritório desde a nossa discussão, então achei que seria bom chamá-lo e fazer logo as pazes, mas não esperava encontrar a porta do escritório fechada.
Fui terrivelmente ignorada, bati na porta e o chamei, mas não recebi nenhuma resposta do meu noivo. Mandei uma mensagem avisando que tinha deixado a janta pronta, e fui comer na sala de televisão.
Eu odiava comer sozinha, ainda mais sabendo que Christopher estava em casa, pois já me acostumei a fazer as nossas refeições juntos. Lavei a louça que sujei, notando que não havia nenhum sinal do rei na cozinha, já que ele sempre faz um pouco de bagunça quando passa por aqui. Eu estava triste, mas não podia deixar isso me abalar.
Passei algumas horas vendo uma série que estava acompanhando, quando ficou tarde, achei melhor ir me deitar.
Encontrei Christopher em nosso quarto, deitado na cama, mexendo no seu celular, mas ele estava indo muito bem em sua opção de ignorar a minha existência. Nós dois brigamos, discutimos algumas vezes, porque nenhum relacionamento é perfeito, o nosso estava longe de ser, mas nunca ficávamos de mal por muito tempo, discutíamos e voltávamos a nos falar no mesmo minuto, mas dessa vez eu o magoei de verdade, e me sinto péssima por isso, mas é como eu já falei, tenho que me pôr em primeiro lugar sempre, porque a vida nunca vai ser mil maravilhas. Somos humanos e falhos, e aprendemos esses detalhes da pior maneira possível.
Também ignorei o meu noivo, entrei no banheiro para tomar um banho antes de dormir, então tive uma ideia para fazer as pazes com ele. Usei meus sais de banho de chuveiro, que deixavam a minha pele muito perfumada, sabia que Christopher gostava desses detalhes.
Ele pode me ignorar para muitas coisas, mas eu também o conheço muito bem.
Sai do quarto, usando uma camisola de cetim com detalhes de renda na parte dos seios, fui direto para o closet, notando que Christopher desviou o olhar na minha direção. Minha vontade foi de rir, mas me segurei. Enrolei um tempo passando hidratante no corpo e um pouco de perfume.
Ainda me sentia um pouco insegura com algumas coisas, mas Christopher vinha me ajudando a quebrar essa barreira todos os dias.
Voltei ao quarto, com um único foco em mente. Lá estava ele, deitado, com uma mão embaixo da cabeça, mexendo em seu celular, na tentativa de me ignorar.
Subi na cama, engatinhando por cima dele. Christopher me olhou confuso, porque nunca fiz isso antes, então ficou mais confuso ainda quando tomei o celular da sua mão, e o larguei em cima da mesinha de cabeceira.
— O que você está fazendo, Isobel?
Não respondi sua pergunta, porque precisava me focar na missão. Comecei a beijar seu pescoço, rosto, mordi sua orelha.
— Isobel...
Mais uma vez o ignorei. Montei em seu colo, deixando meu quadril sobre o dele, começando a rebolar um pouco, sem deixar de beijar o seu pescoço. Não iria até a sua boca, porque temia ser rejeitada por ele, porque até então, as mãos de Christopher não estavam me tocando.
Meu nome foi chamado mais uma vez, apenas ignorei, descendo os beijos para o peito de Christopher, barriga e as coxas bonitas. Ele já estava ficando excitado, eu sabia que meu noivo não resistiria a isso.
— O que você está pretendendo, Isobel? — Ele agarrou meu cabelo quando comecei a puxar sua cueca para baixo, mas não me importei.
Seu pênis já estava ereto, então o coloquei na boca, fazendo com que Christopher soltasse um gemido.
— Isso é um jogo sujo... — O rei murmurou.
O ignorei, continuando o que estava fazendo. Me sentia cada vez mais a vontade com Christopher, ele fazia com que eu me sentisse sexy, mesmo eu não me achando boa algumas vezes no sexo.
A questão era que eu me sentia bem ao dar prazer a Christopher. Nunca imaginei que iria gostar de fazer sexo oral, mas ouvi-lo gemendo enquanto o chupava, me fez querer continuar sem ter hora para acabar. Eu amava saber que era desejada por Christopher.
Sabia que a questão visual contava muito para o homem, então lambi todo o membro de Christopher, mantendo o meu olhar fixo no dele. O rei murmurou alguma coisa que não entendi, e afastou o cabelo que estava sobre o meu rosto. Envolvi sua glande com a boca, chupando bem fraco e lambendo em seguida. Os gemidos dele já deixavam claro que Christopher estava quase no seu limite, eu o conhecia, e não queria perder a minha parte da brincadeira.
Christopher me puxou para um beijo quando parei de chupá-lo, eu estava sem calcinha, me sentindo excitada e molhada o suficiente para recebê-lo. Me encaixei em seu pênis, sentindo o prazer começando a tomar conta de mim. Não contive o gemido de satisfação que fugiu dos meus lábios quando fui preenchida por ele.
Tirei a minha camisola, porque Christopher gostava de ver meus seios, e eu gostava quando eles estavam livres para serem tocados pelo meu noivo, o que aconteceu prontamente.
Fiquei com as mãos apoiadas no peito de Christopher enquanto cavalgava sobre ele, tentando me manter equilibrada e para não perder o ritmo. O prazer era absurdo, sentia todo meu interior contrair com a sensação gostosa.
Christopher me abraçou forte, me puxando para um beijo cheio de língua, eu amava aquilo de uma maneira que não podia descrever. Me segurou com firmeza, e então movimentou seu quadril, me penetrando rápido, da maneira que ele gostava de fazer, devo confessar que curtia os seus momentos de brutalidade, mesmo quando achava que poderia ir ao limite, só que quando era sobre sexo, o limite nunca chegava, porque tinha a sensação de que aguentaria muito mais com Christopher.
O som dos nossos corpos se chocando ecoavam pelo quarto, sendo misturados com os meus gemidos de prazer. A sensação boa se tornou aguda demais, tomando conta de cada pedacinho do meu corpo, coloquei a minha boca na do rei quando o orgasmo veio com força.
— Isso é muito gostoso, Isobel... — Ele sussurrou no meu ouvido, sem parar de se mover, prolongando mais ainda o meu prazer.
Quando menos espero, Christopher me joga de bruços na cama, puxando o meu quadril para o alto. Me penetrou impetuosamente, arrancando gritos agudos de mim. O prazer chegou ao pico mais uma vez, agora para nós dois ao mesmo tempo.
Fui correndo para o banheiro, com o rei atrás de mim, tomamos um banho rápido juntos, apenas para tirar o suor do corpo, e nos deitamos nus na cama, abraçados, com ele acariciando as minhas costas.
— Sabe que o que você fez é errado, né? — Ouvi ele falar, quando já estava quase pegando no sono.
— Não sabia, por que é errado?
— Você simplesmente me manipulou, porque sabia que eu jamais iria negar sexo.
Eu ri, porque essa era a minha verdadeira intenção. Mas não achava que era errado.
— Não é errado, queria fazer as pazes, você não quis falar comigo, então resolvi apelar.
— Isobel... Eu ainda estou chateado, transar não mudou nada sobre o acordo pré-nupcial.
— Mas agora você está mais calmo para conversarmos sobre isso, não é mesmo? — Ele confirmou com a cabeça. Eu me afastei dele, e sentei na cama, para conseguir olhá-lo melhor, Christopher acendeu o abajur para me enxergar também. — Christopher, combinamos ser sempre francos um com o outro, então eu serei franca com você. O nosso relacionamento só provou para mim que a vida nunca é como imaginamos.
— Eu sei disso, acho que nunca planejamos estar aqui, não é mesmo?
— Não, definitivamente não foi uma questão de escolha, há um ano atrás eu odiava você com todas as minhas forças, nunca imaginei que compartilharia uma cama com você.
Minha fala o fez rir. Peguei em sua mão e fiz carinho no dedo que tinha a aliança.
— Sabe, isso tudo é esquisito, se você olhar por fora da situação, moramos em um palácio de verdade, você é um rei de verdade e eu sou uma princesa de verdade. Podemos dizer que nossa vida não é nada comum, parece muito com os livros que costumo ler, é muito lindo na teoria, mas a nossa prática não é um conto de fadas, Christopher. Eu te amo, Christopher, e vou amar muito, por toda a minha vida, mas nós dois somos falhos, somos humanos e nunca vamos ter certeza absoluta do futuro, porque o futuro é muito incerto, e tive como comprovar isso da maneira mais inesperada.
Senti um nó na minha garganta quando senti vontade de chorar, mas engoli essa vontade, porque não era o momento de chorar.
— O acordo é para uma garantia minha, não te amo menos por ter feito essa escolha, mas saiba que eu vou sempre me colocar em primeiro lugar, porque eu aprendi isso quando me senti traída pelos meus pais, por fazerem uma escolha por mim, agora eu quero ser dona de mim mesma, e principalmente do meu destino. O acordo não é uma ofensa a você, ou ao seu passado, e não é por conta dele, que eu vou confiar menos em você.
— Tudo bem, meu amor, eu te entendo, mas fiquei chateado. Sabe, Isobel, o que eu sinto por você é assustador às vezes, meu maior medo é te perder, porque eu nunca me senti tão completo em toda minha vida. Nunca tive esse sentimento por ninguém, e sei que terei apenas por você, por todos os dias em que eu viver. Me desculpa por ter sido grosseiro naquela hora, não foi a minha intenção.
Nos abraçamos e ficamos nos beijando até que a vontade de fazer amor voltasse com tudo, nos mantendo acordados por toda a madrugada.
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