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Senti que havia quilômetros de distância entre Christopher e eu na última semana, e sei que tudo isso é culpa minha, pois eu estou o evitando. É estranho pensar que transamos, e eu estava pronta no momento em que fizemos sexo, mas agora, eu não estou pronta para tentar de novo, não por enquanto. E eu não sei se é algo que eu deveria dizer a Christopher.

Amanhã iremos fazer uma viagem até a Austrália, a convite do governador de lá, eu não queria ir, mas Christopher insistiu que gostaria da minha presença. Serão três dias fora de Aregan.

Ontem eu saí com Jeremy, porque ele achou que seria melhor eu comprar roupas novas para usar na Austrália, foi bom, porque eu gosto da companhia dele, e aproveito para aprender mais sobre as coisas que eu tenho que fazer. Também fiquei com Edith, e ela me ensinou muitas coisas sobre o dever de uma rainha, minha sogra também me mostrou o seu antigo escritório, que pode ser meu se eu me casar com Christopher.

Janete me ajudou a arrumar a minha mala, depois fiquei sozinha no meu quarto. Serão quatro horas de voo, iremos sair de Aregan às cinco horas da manhã, para pousarmos umas nove horas lá. Eu não estava nada animada com a ideia de acordar cedo demais e ter que me arrumar, meu humor fica péssimo, ainda mais indo contra a minha vontade.

— Isobel? — Janete bateu na minha porta e entrou quando eu autorizei. — Precisa de alguma coisa, querida?

— Não, obrigada. — Forço um sorriso para ela. Janete franziu as sobrancelhas, e me olhou preocupada.

— Você parece desanimada, quer um chocolate quente? Certeza que irá deixá-la feliz.

Janete tem sido incrível para mim desde que eu cheguei, e não posso recusar um chocolate quente, eu gosto do chocolate quente dela. A segui até a cozinha, e fiquei sentada no balcão, conversamos amenidades, porque sei que não posso dizer a governanta o que tanto me perturba.

Christopher chegou quando meu chocolate quente ficou pronto. Eu não esperava que ele fosse chegar tão cedo. Ele me deu um selinho e se sentou ao meu lado, se servindo com café. Janete se despediu de nós dois e saiu da cozinha. Ela mora em um prédio feito para funcionários, que fica no palácio também, aqui é tudo muito grande, e divido em apartamentos, o apartamento dos pais do Christopher é o maior de todos, o rei falou que não gostava do ambiente em que cresceu e por isso procurou fazer algo mais intimista para ele, onde apenas funcionários necessários trabalham durante a manhã. Eu também não iria gostar de crescer rodeada de pessoas que não conheço direito.

— Ansiosa para conhecer a Austrália? — Christopher puxa assunto comigo.

— Um pouco apreensiva, para ser sincera. — Ele sabe muito bem que eu não queria ir nessa viagem. — Sinto que serei o centro das atenções de novo, e isso não me anima.

— Eu entendo, mas será apenas um dia, eu tirei os outros de folga para fazermos algo juntos, lá tem muitas coisas legais para você conhecer.

Apenas sacudi a cabeça. Ficar dois dias sozinha com Christopher... Nós ficamos um nas Ilhas Maldivas, e muitas coisas aconteceram. Engoli a seco, sentindo medo, porque a lembrança da nossa primeira vez veio na minha cabeça, e eu só conseguia pensar que doeu. Tive que apelar para Ingrid me comprar uma pomada de assaduras e mandar por Lawrence, fora a cólica que eu senti no dia seguinte, e ainda estava na praia, com todas aquelas pessoas em minha volta, e eu só pensava no quão dolorida eu estava enquanto precisava manter a minha pose. 

— Bom, eu vou tomar um banho e ir para a academia. — Anunciou, levantou-se e saiu da cozinha.

Eu fiquei mexendo no celular, vendo o Instagram, já que esse se tornou um dos meus passatempos. Tomei todo meu chocolate quente e fui até a sala de TV, para assistir um reality show, onde os casais tinha 90 dias para se casar, eu gostava bastante de todos os barracos, e amava quando tinha maratona para assistir. É engraçado pensar que até mesmo os casais que queriam se casar sofriam com a relação. Não deve ser fácil, nem mesmo com todo o amor do mundo, estar ao lado de alguém que você queira passar o resto da sua vida. Pensar sobre isso me trouxe um frio no estômago. O rei e a rainha não podem se divorciar, em hipótese alguma, eu li sobre isso em um dos livros daqui do palácio. Então se eu me casar com Christopher, vai ser sem volta, será para o resto da vida, e eu não sei se estou realmente pronta para isso.

A paranoia me fez correr até meu quarto e me trancar lá. Precisei sentar na cama, com meu coração acelerado, e uma falta de ar tremenda. Coloquei a mão no peito, respirava devagar, mas a sensação não passava. Eu saí do meu quarto, ainda mantendo a mão no coração, que parecia explodir. Arthur estava andando no corredor e me viu, correu para me amparar, e me ajudou a sentar no sofá. O segurança se ajoelhou na minha frente, e falou alguma coisa no ponto em seu ouvido.

Rapidamente Christopher apareceu, todo esbaforido, como se tivesse corrido uma maratona.

— Isobel! Você está bem?

— Eu não consigo... res... respirar!

— Chame o médico!

Lawrence apareceu com uma jarra de água e um copo, Christopher levou até a minha boca, eu consegui beber um pouco, e em poucos minutos um médico chegou. Ele é um cara já de certa idade, e carregava uma maleta. O doutor me acompanhou, ensinando uma técnica de respiração, aos poucos eu fui me acalmando, e tomei dois copos de água, porque senti a minha garganta completamente seca.

Quando eu consegui me acalmar, o médico aferiu a minha pressão e fez um furo no meu dedo, falando que eram procedimentos padrões de primeiros atendimentos.

— Sua pressão está um pouco alterada, senhorita, o que não é normal para sua idade e tipo físico. — Explicou.

— Está alta? — Christopher questiona, o médico apenas concorda.

— Provavelmente foi uma crise de ansiedade. É algo que precisa investigar melhor, caso seja necessário algum tratamento mais específico. — Dirigiu-se diretamente ao rei. — Senhorita, aconselho a tomar um chá calmante, e fazer algo que possa relaxá-la.

Christopher ergueu as sobrancelhas com a frase do médico, eu não pude deixar de revirar os olhos. É claro que ele pensou besteiras. O doutor se despediu, deixando algumas recomendações. Christopher foi para a cozinha, e pediu que eu ficasse sentada enquanto ele preparava um chá de camomila.

— Aconteceu alguma coisa que você queira me contar, Isobel? — Indagou, enquanto colocava a água quente em uma caneca.

— Não. — Minto. — Está tudo bem, acho que foi de momento.

O rei me olhou, desconfiado, mas ficou calado. Eu bebi um pouco do chá, sentindo um pouco de dor de cabeça. Christopher também me deu um analgésico, e eu pedi licença, pois precisava deitar um pouco.

Fechei as cortinas do meu quarto, e me deitei, ficando completamente no escuro, talvez assim eu conseguisse dormir um pouco. Com o efeito do chá, eu consegui relaxar e dormir, acordei quando já eram quase nove horas da noite. Me senti mais calma e revigorada, o que seria bom, já que acordaria extremamente cedo no dia seguinte.

Tomei um banho demorado, e troquei minha roupa por uma camisola de algodão, ela é estampada com corações, e foi uma das únicas coisas que eu consegui manter na troca das minhas roupas antes de completar 18 anos. Christopher estava na sala de cinema, jogando videogame.

— Um rei, uma hora dessas, jogando joguinho de bruxo? — Perguntei, ele sorriu para mim e pausou o jogo.

— Precisava me distrair um pouco. — Respondeu, bateu com a mão no espaço ao lado dele, e eu fui me sentar lá. — Se sente melhor?

— Sim, acho que precisava dormir.

— Algo tirou o seu sono?

Apenas sacudi a cabeça em negação. Christopher ainda me olhou, meio desconfiado. Acho que ele realmente me conhece e sabe quando eu não estou bem com alguma coisa, mas não quero pôr esse assunto em pauta entre nós dois.

Nós dois jantamos em silêncio, e eu me ofereci para ajudá-lo a secar a louça, enquanto ele a lavava. Era estranho não conversar com Christopher, meu sentimento por ele não diminuiu, é claro que não, mas saber que provavelmente teremos que fazer sexo novamente me dá um calafrio terrível.

Christopher secou as mãos em um pano de prato, e o jogou de qualquer jeito em cima da pia, eu me ocupei de secar tudo. O rei se aproveitou da minha distração e se aproximou por trás de mim, colocando as mãos na minha cintura e dando beijos do meu ombro até o pescoço. Obviamente, eu não sou imune a ele, não posso ditar a maneira como meu corpo irá reagir a Christopher, e minha pele é extremamente sensível aos seus toques.

— Ahn... — Murmurei, meio que sem saber o que fazer. Larguei o pano na pia, e me virei para ficar de frente para Christopher, que sem esperar me colocou em cima da bancada gelada.

Eu queria muito ter forças para protestar, queria conseguir pedir para ele parar, mas não tem como, não quando Christopher se ocupa em beijar meu pescoço. O rei aperta a minha cintura, e deixa sua boca colar na minha. Eu suspiro fortemente quando sinto sua língua vir em busca da minha. É fato de que beijar Christopher se tornou uma das minhas coisas favoritas.

Levo as minhas mãos até o cabelo dele, que é extremamente sedoso e gostoso de tocar. Mantenho alguns dos fios loiro presos entre os meus dedos, e correspondo ao beijo, que é lento e calmo. Nossas línguas se entrelaçam, como se sentisse saudades depois da distância que eu impus sobre nós dois.

— Dorme comigo essa noite? — Christopher interrompe o beijo apenas para me perguntar, e logo sua boca volta a colar na minha.

Suas mãos apertam a minha coxa, e a respiração do rei já se torna pesada. Ele está excitado, e eu também estou.

— Nós temos que acordar cedo amanhã. — Paro de beijá-lo. Christopher tenta se aproximar de novo, mas eu desvio.

— Eu sei disso.

— Então... — Tento sorrir.

— Ainda é cedo, se formos agora para o meu quarto, vamos dormir cedo. — Explica.

Eu só consigo desviar o olhar.

— Isobel?

— Acho melhor eu dormir no meu quarto. — Ergo a cabeça, mas não olho diretamente em seus olhos.

— Por quê? — Christopher não iria desistir, obviamente. — Não te entendo, Isobel, eu estou te dando espaço, porque notei que você estava me evitando, mas não sei o porquê.

— Não é nada, Christopher. — O empurro e desço da bancada, pego o pano e volto a secar a pia, só para ter o que fazer.

— Não pode não ser nada, Isobel. Você está me evitando, eu gostaria de saber o porquê. Acho que eu tenho esse direito, não é mesmo?

— Eu só estou cansada. — Minto.

— A semana toda cansada? Isobel, quando começamos a nos relacionar, eu falei que seria totalmente sincero com você, espero que você também seja comigo.

— Christopher, eu não quero fazer sexo de novo, ok? É isso!

O rei ergueu as sobrancelhas, e parecia que ele estava muito irritado. Christopher bufou alto.

— Eu seria muito hipócrita se falasse que não queria transar, mas em nenhum momento nesses meses todos em que eu não fiz sexo, nunca te forcei a nada, Isobel. Se você não quisesse transar, poderia muito bem vir falar comigo, que eu a respeitaria, mas invés disso, você ficou me ignorando e me afastando. — Christopher falava de uma maneira áspera, e eu mal conseguia manter meus olhos focados nele. — Não sei se você percebeu ainda, Isobel, mas eu sou um homem normal, ok? A única coisa que eu queria, e que eu preciso, é de um pouco de atenção, só queria ter a minha namorada ao meu lado, mas parece que ela não é capaz de achar que eu mereça um pouco de carinho.

Antes que eu pudesse responder alguma coisa, Christopher me deu as costas e saiu da cozinha. Eu fui atrás, tentando segurá-lo, mas ele tem as pernas longas e conseguia andar bem rápido enquanto eu praticamente corria atrás dele.

— Christopher, espera!

— Me deixa, Isobel, boa noite!

Entrou no seu quarto e bateu à porta na minha cara, e eu ainda ouvi o barulho do trinco. Meus olhos se encheram de lágrimas na mesma hora, e me sentindo humilhada, voltei para o meu quarto.

Chorei até pegar no sono, e tomei um grande susto quando o meu celular despertou. Levantar da cama foi um martírio, e me arrumar pior ainda. Coloquei um vestido godê azul escuro, ele tinha um decote em coração e as alças ficavam na altura do ombro. É um ótimo vestido, que possui o comprimento até a altura do joelho.

Na frente do espelho, eu precisei me virar com a maquiagem, porque a minha aparência estava horrenda. Nunca tive tanta olheira na minha vida, precisei fazer uma mágica com o corretivo.

Quando finalmente estava pronta, eu sai do meu quarto. O palácio estava silencioso e o sol ainda não havia nascido, mas foi só chegar na cozinha, que eu encontrei Jeremy e Christopher conversando amenidades. Dei bom dia, mas meu namorado não me respondeu. Jeremy olhou para nós dois com as sobrancelhas erguidas, e eu decidi ignorar também.

Enchi uma caneca com café e me sentei, na mesma hora, Christopher pediu licença e se retirou da cozinha. Eu senti meus olhos se encherem de lágrimas, mas engoli cada uma delas.

— Ele está bem azedo, aconteceu alguma coisa que eu deveria saber? — Essa é o tipo de pergunta que eu não estou a fim de responder. Bebi um pouco do café, enquanto formulava uma resposta na minha cabeça.

— Nos desentendemos.

Jeremy aceitou a minha resposta, e eu fiquei satisfeita com isso, porque a minha vida não precisa ser um livro aberto para todos. Não consegui comer nada, e o café desceu rasgando na minha garganta. Eu dei uma desculpa qualquer e saí da cozinha também. Subi para os quartos, e fiquei em pé na porta de Christopher, pensando se eu deveria, ou não bater lá. Fui eu quem causei a briga.

Dei algumas batidas na porta, mas não fui respondida, então decidi entrar. O quarto está vazio, e nem a mala de Christopher está aqui. Respirei fundo, porque precisava controlar a minha vontade de chorar, não posso me dar o luxo de estragar o trabalho que eu fiz com a maquiagem.

Peguei a minha mala e desci com ela, Lawrence veio ao meu socorro quando viu que eu estava quase me estrebuchando para carregar o peso pela escada. O segurança obviamente deve saber da minha briga com meu namorado, afinal, os dois são grandes amigos. O moreno me olhou com um pouco de pesar, e abriu um sorriso reconfortante.

— Tudo bem, Isobel? — Perguntou, quando eu me sentei no sofá.

— Tudo sim. — Respondi, mas na verdade eu poderia cortar os meus pulsos.

Lawrence saiu, levando consigo a mala, provavelmente para guardá-la no carro, depois de alguns minutos o Arthur veio me chamar para irmos. Entrei no automóvel que esperava do lado de fora, e o digníssimo rei já estava no banco traseiro, mexendo no seu celular e ignorando a minha presença. E foi um clima horrível até o aeroporto, não trocamos uma única palavra, e o silêncio do trajeto foi ensurdecedor.

Nem mesmo na hora de entrar no avião ele me ajudou, e eu fiquei sem saber para onde ir, apenas o segui até a parte privada que fica nos fundos. Há muitas pessoas no voo com a gente, incluindo o Jeremy, mas eles ficaram onde eu posso chamar de área comum.

Christopher ficou entretido vendo Narcos, e depois tirou um cochilo, deitado no sofá. Eu não sabia o que fazer, mas também não sabia se deveria puxar algum assunto. Então fiquei assistindo Lúcifer, mas não conseguia me prender na série, porque toda a minha atenção estava voltada ao homem que me ignorava completamente.

Ainda não consigo processar o que pode tê-lo deixado tão chateado, nunca imaginei que Christopher poderia ser o tipo de cara carente e que precisa de atenção, provavelmente o interpretei errado. Eu sei que ele é muito carinhoso comigo, às vezes pensava que suas ações eram para ir atrás de sexo, mas eu posso estar enganada. Na verdade, eu estou enganada.

Iria falar alguma coisa com o meu namorado, pedir desculpas, porque o interpretei mal, mas quando abri a boca para falar, o piloto avisou para apertamos o cinto, que logo iriamos pousar. Eu odeio esse momento, ainda mais porque eu sei que não vou ter o conforto de Christopher enquanto entro em pânico.

Mantive meus olhos fechados durante todo o pouso, isso me ajuda um pouco, e principalmente para controlar o enjoo que me dá nesse momento. Quando acabou, Jeremy invadiu o nosso espaço, e revirou os olhos quando notou a distância que ainda há entre nós dois.

— Não quero ninguém de cara feia um com o outro. — Diz. — Não me meterei nos problemas a dois de vocês, mas quero um casal feliz, se amando e sorridente do lado de fora desse avião.

Christopher e eu nos olhamos brevemente, sabemos que isso é algo que sabemos fazer muito bem, levando em conta o início da nossa relação.

— Agora, retoque um pouco a maquiagem, querida. Christopher, você pode vir comigo acertar mais alguns detalhes antes de sairmos.

Christopher acatou seu pedido sem dizer palavra alguma. Ele nunca foi tão silencioso, e cabe a mim confessar, que chorei um pouco enquanto retocava a minha maquiagem. Namorar é horrível.

Foi me passado que os funcionários que vieram com a gente seriam os últimos a sair, primeiro seria o Christopher, seguido de mim, que sou sua acompanhante. Isso no fundo me pareceu ser um serviço meu, e não que é normal namorados viajarem juntos. Talvez eu esteja tão paranoica, então estou problematizando o que não deve ser problematizado.

Respirei fundo, devo descer a escada elegantemente, atrás do rei, apertar a mão de todos, sorrir e acenar para as pessoas que estão nos aguardando.

— Vocês dois, casal feliz. Não me façam passar vergonha!

— Já entendemos, Jeremy! — Christopher e eu reclamamos juntos, porque era a milionésima vez que escutávamos isso.

O rei desceu a escada lentamente, e me ajudou com o último degrau, sorrindo para mim e segurando na minha mão, até parecia realmente que não estávamos brigados desde ontem à noite. Eu só seguia o baile.

Há fotógrafos e jornalistas registrando a nossa chegada, fomos recepcionados por David Hurley, governador da Austrália, e Linda Hurley, sua esposa.

— Vossa Majestade. — Se curvaram perante a Christopher.

— Senhor e senhora Hurley, é um prazer estar aqui hoje. — Christopher é polido e educado. — Essa é Isobel Manteufell, minha namorada.

— É um prazer conhecê-los. — Sorrio simpatia e aperto a mão de cada um.

Somos direcionados até um automóvel, e Christopher mantém a sua mão nas minhas costas, abre a porta do carro para mim, como um verdadeiro gentleman, e logo sua simpatia comigo acaba. Isso me deixa arrasada, queria poder conversar, mas não posso fazer isso na frente das pessoas, ainda mais correndo risco de termos uma nova discussão em público, seria perfeito para os fofoqueiros de plantão, e sabemos que são muitos. Me basta aguentar essa situação até estarmos sozinhos no quarto do hotel. 

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Beijão!!!!!