♛CAPÍTULO 18♛
Uma semana desde que voltamos da viagem, e os meus momentos ao lado de Christopher tem sido mais escassos do que eu realmente gostaria que fossem. Não imaginei que eu conseguiria sentir saudades do seu jeito convencido de ser, mas bem, isso realmente tem acontecido.
Ele vai para o gabinete bem cedo, e volta quase na hora do jantar, fui avisada que provavelmente seria assim, já que ele passou uma semana fora e as coisas praticamente desandam sem ele. Christopher chegava cansado, e às vezes com dores de cabeça, ele tenta passar um tempo comigo, porém eu não insisto muito, porque eu sei que o próximo dia será repleto de reuniões com ministros e os mais diversos tipos de engravatados que possam existir. Apenas me basta arrumar alguma coisa para ocupar meu tempo enquanto eu sinto saudades dele.
Eu acordei bem cedo, pois hoje eu tenho a minha consulta com o ginecologista. Eu consultei meu plano de saúde, e quando souberam quem estava ligando para se informar, deram um jeitinho para me encaixar como paciente, já que a fila de espera para ser atendida estava de um mês. Eu iria esperar, mas vejo que ser namorada do rei pode trazer as suas vantagens.
Estava morta de vergonha de ir sozinha, pensei em chamar Janete para me acompanhar, mas seria demais, ela já fica comigo o tempo todo. Lawrence e Arthur iriam, mas esperariam do lado de fora, agora eles se tornaram oficialmente meus seguranças pessoais, após eu falar que não ia muito com a cara dos outros dois que ficavam aqui de vez em quando. Então, chamei as meninas para irem comigo.
Como Lawrence e Arthur agora são meus seguranças, eu pensei em conversar com eles sobre mudar a vestimenta deles, já que eu não quero dois postes vestindo ternos atrás de mim o dia todo quando fosse necessário sair. Os dois me olharam meios desconfiados, mas aceitaram numa boa, sem questionamentos.
Coloquei um vestido preto, no modelo de kimono, que vai até o meio das minhas coxas. Meu all-star branco, o guerreiro de sempre, que já está podendo sair andando sozinho. Peguei a minha bolsa pequena transversal rosa, guardei todos os documentos necessários, e já estava pronta para sair. Só precisava ligar para Christopher, porque iria passar no shopping depois da consulta. Foi combinado de eu comprar algumas roupas mais sofisticadas e sociais, porque meu namorado falou que talvez começássemos a sair para alguns compromissos que ele deveria ir, e que gostaria da minha ilustre presença.
Peguei meu celular, e liguei para Christopher, esperando que ele não demorasse muito para me atender.
— Oi, baixinha. — Atendeu no segundo toque.
— Oi, tudo bem? — Pergunto, já sentindo aquele incomodo no meu peito, porque eu realmente queria passar mais tempo com ele.
— Tudo certo, e aí?
— Tudo certo também. Christopher, eu queria saber aonde você guarda o seu cartão para eu usar.
— No meu closet, tem um cofre atrás dos paletós.
Vou até o quarto de Christopher, e sigo as suas instruções, por Deus, por que esse homem guarda tanto dinheiro em casa? O cofre é maior do que eu imaginava, então encerrei a ligação, e fui procurar a pasta catalogada onde teria os cartões dele.
Peguei uma, que eu notei ser um histórico médico de Christopher, Tinha diversos exames, e eu descobri que o rei possuí uma hérnia de disco na coluna cervical, só que eu nunca o vi reclamar de dor. Mas é óbvio que ele tem dinheiro e suporte médico para não sentir nenhuma dor que o incomodasse.
Com a curiosidade aflorando em mim, vi toda a pasta, e descobri que Christopher é bem adepto de fazer exames de sangue com frequência, incluindo os de IST. O último foi feito no dia do meu aniversário. Pelo visto, ele testou negativo para todos os exames, o que por um lado é bom, mas eu fiquei me perguntando o porquê de os testes serem feitos com tanta frequência. Ou Christopher é bem cuidadoso com essa parte, ou sua vida sexual era tão agitada que ele precisava se certificar que estava limpo.
Senti um nó na minha garganta, e decidi deixar de ser enxerida. Peguei o que eu precisava, guardei tudo e tranquei o cofre novamente. Mandei a foto do cartão escolhido para Christopher, e em resposta, ele me mandou a senha com uma foto dele sorrindo. Ok, o rei sabe tirar selfies, e faz isso com muita perfeição, ou ele é terrivelmente gato e não consegue ficar feio em nenhuma foto, ou ângulo. Respondi com outra foto, e eu falhei miseravelmente em uma tentativa de deixar meu decote a mostra, e um biquinho horrível. Em resposta, o Christopher me mandou emojis... de beringela?
Depois de uma hora, eu estava sentada na sala de espera mais chique que já vi na vida. Ao lado das minhas amigas, que estavam tentando se entreter com as revistas velhas, assim como eu, já que todos os olhares estão focados em mim. Por Deus, como alguém me reconheceria tão facilmente assim? Obviamente, não são todos os dias que a namorada do rei está esperando para ser atendida em uma clínica ginecológica.
Fiquei aliviada quando o meu nome foi chamado, e caminhei até a sala da médica, de cabeça baixa e ignorando os olhares que me perseguiram até a porta ser fechada. Soltei o ar que estava preso assim que me senti confortável na privacidade do consultório.
A doutora Liane é baixa, loira, e deve ter por volta de 30 anos. Ela sorriu simpática para mim, e apontou a cadeira bem chique em frente a sua mesa, também bem chique, assim como todo o resto da sua sala.
— Olá, Isobel, tudo bem? — Pergunta, enquanto sorri para mim de maneira simpática. Eu me senti automaticamente confortável com ela.
— Vou bem, e a senhora?
— Estou ótima, e pode me tratar por você, aqui eu serei a sua amiga.
Agora consigo entender a grande fila de espera, ela acabou de se tornar a minha médica favorita. Sorri aliviada, e relaxei mais ainda na cadeira.
— É a sua primeira consulta comigo, então o que lhe traz aqui?
— Preciso de algum método contraceptivo. — Vou direto ao assunto. — Mas se não for nenhuma pílula anticoncepcional, eu vou ficar feliz.
— Bom, temos muitas opções, o DIU, por exemplo é um dos preferidos das minhas pacientes.
— Não posso, porque eu sou virgem.
Doutora Liane me olhou confusa, e pude notar o momento em que ela pareceu se recompor. Obviamente não esperam que a namorada de Christopher seja virgem, ainda mais com todos os seres humanos do mundo sabendo do histórico de cafajeste que ele tem. A nossa consulta seguiu com ela me fazendo as perguntas que qualquer ginecologista já fez, tipo, se eu já fui consultada antes, ou se já fiz algum exame, tanto físico, quanto hormonal.
A pior parte de todas é a hora de fazer o preventivo, mas por eu ser virgem, apenas um cotonete é usado, e não o temido Papanicolau. Quando me troco, voltamos a nos sentar, e a observo enquanto faz algumas anotações em seu computador.
— Temos algumas opções, você comentou que não queria pílula, mas temos as injeções, adesivos e o implante hormonal.
— Injeção também é ruim, sabe? Eu já estudei sobre isso, e não confio no adesivo.
— Ele é muito bom também, mas o implante ao menos te da uma garantia de 3 anos sem filhos.
Bom, três anos me dá um pouco mais tempo para eu saber o que eu quero para a minha vida. Faço mais algumas perguntas a médica, e saio da minha consulta com alguns exames para fazer antes de pôr o tal implante. A parte boa é que eu consegui marcar todos eles no mesmo prédio, e para a semana que vem.
Os seguranças estavam nos esperando no estacionamento subterrâneo. Como somos seis, eles pegaram um carro enorme para nos transportar. A próxima parada é no shopping. É muito estranho quando ando pelos lugares, as pessoas em minha volta agem como se eu fosse um extraterrestre.
Eu tentei ficar à vontade, e ignorar tudo, mas vários celulares estavam sendo apontados para mim. Entrei em uma loja de departamento, o lugar onde eu posso achar basicamente todos os tipos de roupas que eu quiser. A vendedora empurrava tudo para mim, ao ponto de eu me sentir desconfortável, e Loren acabou intervendo.
— Querida, a Isobel sabe o que ela quer, não somos cegas, vamos conseguir encontrar tudo que é necessário. — Ela colocou a mão no ombro dela, e a empurrou um pouco.
— Isobel! — A mulher fincou o pé no chão. — Você se importaria de tirar uma foto comigo?
— Eu me importaria sim, só quero sossego para comprar as minhas roupas, por favor.
A mulher saiu com um sorriso falso, e eu respirei aliviada. Os seguranças dispersavam qualquer tumulto que rolava muito perto de mim, e quando as cestas já estavam recheadas, fomos até o provador. Arthur entrou primeiro no masculino, porque ele falou que esse sempre fica vazio, ele revistou o ambiente, e me encaminhou para as últimas cabines, e garantiu que não deixaria os outros clientes se aproximarem dos provadores perto do meu.
As roupas se resumiam em saias lápis, vestidos comportados, camisas formais e tudo mais. Mas eu pegava alguma coisa que dava um ar mais jovial, até porque eu tenho apenas 18 anos, e não quero parecer uma executiva velha.
Minhas amigas me convenceram a pegar mais coisas, e não faz mal, aliás, Christopher tem bastante dinheiro, e não iria se chatear se eu pegasse umas peças mais a minha cara. Estava sozinha no provador, e coloquei um vestido de cetim vermelho, ele é todo franzido no corpo e me deixou cheia de curvas.
Peguei meu celular, e tirei uma foto em frente ao espelho, com a mão na cintura, cabelo jogado para o lado e fiquei com o rosto sério. Enviei para Christopher, e não demorou muito para ele me responder, "gostosa". Li a mensagem e enviei um emoji sorrindo de cabeça para baixo. Eu literalmente vou levar esse vestido.
Depois da loja de roupas, fomos até uma loja de maquiagens, porque elas disseram que eu iria precisar de mais batons. Talvez minhas amigas estejam se aproveitando do poder do cartão de Christopher, mas ele também deixou bem claro que eu poderia comprar qualquer coisa que eu quisesse, e não precisava me preocupar com os valores.
Fomos em uma hamburgueria artesanal, porque nunca comemos esse tipo de hambúrguer. Pedimos uma mesa mais reservada, que ficava no segundo andar, e vi o momento em que Lawrence entregou sorrateiramente umas notas de dinheiro ao gerente do restaurante. Eu ignorei o fato e tentei focar nas minhas melhores amigas, que estavam distraídas olhando o cardápio.
— Podemos pedir qualquer coisa? — Ingrid pergunta.
— Sim. Tudo na conta de Christopher. — Nós quatro rimos e fizemos os pedidos quando o garçom se aproximou.
Eu respirei fundo, porque precisava conversar com elas. Eu juro que queria manter as coisas sobre Christopher e eu apenas entre nós dois, até porque é a privacidade dele. Mas tudo estava preso na minha garganta, e eu confio demais nas minhas amigas.
— Talvez eu tenha algumas coisas para conversar com vocês... — Comento, enquanto mexo em um guardanapo, só para ter o que fazer. As meninas se atentaram em mim, e eu me aproximei mais da mesa, arrastando a minha cadeira e comecei a sussurrar. — Christopher e eu fizemos algumas coisas...
— Você já deu para ele? — A Jessy sussurra gritando, enquanto quase me puxa do outro lado da mesa.
— Não, é claro que não. Mas eu deixei algumas coisas acontecerem. — Comento, bem sem graça. Olho em volta e vejo que não há ninguém por perto.
— Precisamos que você seja mais especifica, Izzie. — É a vez de Ingrid falar. As três ainda estão com grandes olhos sobre mim. Ajeito a minha postura.
— Ele me chupou.
Loren deu um tapa forte na mesa, que quase fez nossos copos caírem no chão.
— Eu sabia! — Ela gritou. — Sabia que você estava escondendo alguma coisa.
— Se acalma, minha filha. — Peço. — Então, foi isso.
— Só isso? A gente gosta de detalhes, detalhes minuciosamente detalhados, entende? — Jessy fala, batendo com o dedo indicador na mesa, dando mais ênfase ainda ao que falou.
— Você gozou? — Loren pergunta, como quem perguntasse o que eu havia comido no café da manhã.
— Por Deus, vocês me matam de vergonha!
— Somos suas amigas, e nós já falamos sobre isso abertamente na sua frente, e mais de uma vez.
— Eu gostei, e sim, eu tive dois... vocês sabem o que.
Elas se entre olham, com as bocas abertas. Eu revirei meus olhos, e apontei com o queixo o garçom que estava vindo. Ele colocou nossos acompanhamentos na mesa. Pedimos frango empanado, batata com bastante bacon e queijo cheddar, e onions rings. Logo outro garçom chegou com nossa coca gelada e hambúrgueres gigantescos.
Ficamos comendo em silêncio, as três me olhando, prometendo que o interrogatório iria vir logo em seguida. E ele aconteceu. Meio sem graça, eu contei o que aconteceu na viagem, das nossas conversas, dos beijos que trocamos, e todo o resto.
— Amiga, você tem um homão da porra, se joga que o mundo é rosa! — Jessy falou, enquanto enfiava uma batata na sua boca.
— Eu estou tentando, mas eu tenho minhas inseguranças, sabe?
— Que inseguranças? Você é linda, ele falou que está apaixonado. É sério, para o Christopher estar se contentando com uma punhetinha, o sentimento parece ser real. — Diz Loren, olhando casualmente para as suas unhas descascadas.
— Ai, Jesus... — Eu bebi um pouco o refrigerante, quando na verdade queria que fosse uma taça de vinho, porque eu me sinto mais corajosa quando eu bebo algo alcoólico. — Vocês são as minhas amigas, então, eu quero agradar melhor o Christopher, mas não sei o que fazer...
— É claro que sabe, Izzie! Você é a Cinderela virgem, mas também não é nenhuma santa. — Aponto a língua para a Ingrid, e bebo mais refrigerante para descer essa vergonha pela minha garganta.
— Amiga, assim não da para te defender. — Jessy dá um leve tapa no meu ombro. — Você sabe o que tem que fazer.
— Você tem quatro coisas que irão agradar demais ao rei. — Loren ergue quatro dedos. — Mão, boca, a periquita e o botãozinho dourado. — Numera.
As três riram, e eu não estava achando graça nenhuma desse assunto.
— Sabemos que você quer manter o lacre, amiga. E não a julgo por isso, porque é tudo no seu tempo. — Fico surpresa com a seriedade de Loren. — Mas, se você quer agradar, precisa perder essa vergonha, Christopher já é um homem vivido, ele já deve ter visto de tudo...
— É exatamente por isso que eu fico com vergonha também. — A corto.
— Eu sei, mas ele é um homem, sabe? Tipo, homem de verdade. Acho mais fácil lidar com esse tipo de cara, do que com um moleque da sua idade. — Loren diz, ela é a mais velha de nós três, tem 21 anos, Jessy e Ingrid tem 19. — Quando você fica com um cara mais velho, eles meio que já sabem o que irão encontrar, sabe? Óbvio que alguns são escrotos, porque homem é uma raça ruim, mas são mais entendidos de tudo, entende?
Eu e as outras meninas assentimos com a cabeça. O que Loren falou é uma verdade. O Christopher deve saber o que esperar de mim, afinal, é ele quem vai conduzir tudo que for acontecendo com a gente, e obviamente essa ideia é excitante para o rei. Mas e o que eu espero disso? São muitas questões, e a principal dela é não ser o suficiente. Muitas pessoas traem, o ritmo sexual de Christopher deve ter diminuído drasticamente, e eu não sei até quando eu vou continuar sendo novidade. Meu maior medo é de ser abandonada se a graça acabar para Christopher.
— Se você tiver coragem, e vontade, acho que seria bom fazer oral nele. Todo homem curte, e Christopher estava quase adepto ao celibato. — Ingrid opina. Elas falam sobre isso com muita naturalidade.
— Não faça essa cara, Isobel. — Jessy chama a minha intenção. Nem reparei que estava fazendo alguma cara, porém, provavelmente eu estava.
A conversa com as meninas não rendeu muito, porque tratei logo de trocar o assunto. Deixamo-las em suas casas, e voltei para o palácio, onde passei parte da tarde com Janete, lavando as roupas novas e conversando um pouco. Mandei mensagem para Christopher, e ele falou que chegaria para jantar comigo.
Não tinha nada para fazer, então coloquei uma roupa de ginástica e fui passar um tempo na academia. Não sei como funcionam os aparelhos que tem aqui, então eu ficava usando só a bicicleta ergométrica e a esteira. O bom é que há um espelho que pega a parede toda, e consigo treinar novas coreografias que aprendo no Youtube.
Fui surpreendida ao ver Christopher na porta da academia, com um sorriso lindo na boca. O rei se aproximou de mim, e eu desci da bicicleta para abraçá-lo. Abraçar Christopher é uma das coisas que eu aprendi a gostar de fazer, já que ele é bem alto, e seus braços conseguem me envolver totalmente.
Ele estava usando um terno, mas começou a tirar a gravata enquanto subíamos a escada, conversando sobre como foi o nosso dia. Christopher precisava tomar um banho, e eu também, porque suei um pouco enquanto pedalava.
Nos encontramos na cozinha para jantar. Janete tinha deixado um macarrão pronto, e eu o esquentei.
— Como foi na consulta? — Christopher pergunta, enquanto se serve. Eu encho dois copos com suco natural de maçã.
— Foi boa, a médica é incrível, e eu me senti a vontade com ela, apesar de ser algo desconfortável. — Explico. — Eu meio que já escolhi o que eu vou usar como anticoncepcional.
Christopher me olha e espera eu terminar de explicar o que eu aprendi sobre o implante hormonal que quero colocar. Nós jantamos, e depois fomos para a sala de TV assistir alguma coisa. O rei estava com o braço em volta do meu ombro, e em silêncio prestávamos atenção no filme de ação aleatório que passava em um canal pago.
Depois de algum tempo, eu notei que Christopher estava dormindo, e quando eu me mexi para acordá-lo, ele acordou por conta própria.
— Você quer deitar? — Pergunto, observando o seu cansaço.
— Não, eu cochilei, foi sem querer. — Sorri, um pouco sem graça.
— Eu sei que você está cansado, eu não me importo se você quiser ir se deitar.
— Quero ficar aqui com você.
Antes que eu pudesse responder, Christopher se inclinou para perto de mim e me beijou. Eu não esperava beijá-lo, e eu queria também, mas algo veio em minha mente, e automaticamente eu abri meus olhos, e parei o beijo.
— O que foi? — O rei me pergunta, parecendo confuso com a minha recusa.
Como eu diria a Christopher que estava fuxicando as coisas dele? Eu me sentei virada para frente, e desviei o olhar do rei.
— Isobel... — A mão grande tocou a minha coxa, e eu o olhei brevemente.
Por que eu me importo tanto com exames? Eu deveria ficar feliz por Christopher se preocupar com a sua saúde, isso faz com que eu me sinta segura de alguma forma.
— Eu achei uma coisa. — Digo. — Não foi por querer, mas eu achei, sabe?
— O que você achou? — Pergunta, mas não parecia estar nervoso com o que eu revelei.
— Seus exames, você tem muitos deles.
Christopher ergueu as sobrancelhas em compreensão.
— Eu sei quais exames você está se referindo. — Responde. — Meu pai me obrigava fazer, e eu acho que é o certo também.
— Por que ele obrigava?
— Porque ele queria que eu ficasse limpo para você. — Responde diretamente.
— Por isso o último foi feito no meu aniversário?
— Sim, eu nunca peguei nada, sempre fui muito cuidadoso quando transava com alguém, nem nunca fiz sexo sem camisinha.
Apenas afirmei com a cabeça. Agora eu quem queria me deitar. Bom, Phillip sempre pareceu bem preocupado com o meu bem estar, isso é evidente, mas não é normal um pai obrigar seu filho a fazer isso constantemente.
— Tudo bem. — Digo.
— Não sei, acho que não está tudo bem. Eu te conheço um pouco, e o pouco que conheço, eu sei que não está bem.
Christopher tem razão.
— Eu só não acho que isso é normal. — Sou sincera.
— Olha para mim. Alguma coisa em nossas vidas é normal? — Ele pergunta, e eu sorrio um pouco.
— Era normal para mim há alguns meses.
— A minha nunca foi.
Apenas confirmo com a cabeça. O resto da noite foi tranquila, e nos beijamos longamente antes de cada um ir para o seu quarto. Christopher estava extremamente excitado, me pediu mais de uma vez para irmos dormir juntos, mas eu não achei que seria uma boa ideia, não por enquanto. Por mais que eu sinta vontade, ainda não estou pronta para dar mais um passo na nossa relação, e eu sei que se dormisse com ele, alguma coisa poderia acontecer.
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