Cap.7
— Família de Ester Garcia. — Uma médica chamou e eu e Alex levantamos e fomos até ela. — Vocês são.
— Eu sou a filha dela e ele é um amigo da família. — Era uma meia mentira, pois ele não é de fato um amigo da família mas se mostrou uma pessoa preciosa hoje.
— Sua mãe está estável agora. — Um aperto que segurava meu coração sumiu. — Mas infelizmente o quadro dela piorou e vai ser necessário fazer um tratamento mais intensivo para o câncer. Infelizmente, não temos o tratamento aqui e não poderemos continuar tratando sua mãe. Ela precisa ser transferida em pelo menos 48 horas para não haver um agravamento maior do quadro. Eu sinto muito,
— Mas se ela for transferida e eu conseguir esse tratamento, ela pode se estabilizar novamente e o câncer voltar a regredir?
— Sim, há ótimas chances disso com a mudança do tratamento, mas deve ser feito rápido.
— Obrigada. — A médica se retira e eu me viro para Alex. — Vou pagar as contas do hospital e ver a transferência.
— Vou com você. — Eu não discuto, apenas aceno positivamente com a cabeça e vamos para recepção novamente.
— São 70.000 reais o tratamento e exames feitos aqui. — A recepcionista me deu uma lista de tudo o que foi feito. Eu não tinha dinheiro guardado nem para metade. — A transferência para o hospital que tem o tratamento é 5.000 reais, totalizando 75.000.
— Em débito por favor. — Alex puxa um cartão e entrega para recepcionista.
— Alex...
— Você me paga depois Katherine.
Ele faz todo o pagamento e ajeita a transferência da minha mãe, pagando um extra para ser feito na mesma noite. Em poucos minutos já a arrumaram para transferência, vamos para o carro e novamente vamos seguindo a ambulância.
— O hospital para o qual ela está sendo transferida é o mais caro da cidade. — Alex avisa. — Você não vai ter como pagar mas por sorte tem eu na sua vida. Vamos fazer outro acordo Katherine, assim eu cuidarei de vocês.
— Okay, eu topo qualquer coisa. Só cuida dela. — Eu não queria mais saber de nada. Não ligava mais para mim desde que ela ficasse viva. Eu até transaria com o Alex se necessário.
— De vocês. — Ele me corrige. — Lá no hospital quem vai cuidar dela é o melhor oncologista que eu conheço. Ele vai vir de Londres para cá e deve estar chegando amanhã.
— Quem é? — Olho para Alex o vendo com olhos diferentes de antes. Ele está cuidando dela sem ter obrigação nenhuma para isso.
— Meu irmão. — Ele sorri sem tirar os olhos da estrada. — E o hospital é do nosso pai. Digamos que eu sou o único da família que não trabalho na área médica. Gosto de coisas mais obscuras.
— Não vou nem perguntar o que. — Me permitir rir um pouco com ele, agora que estou mais tranquila. — Obrigada por tudo.
— Não me agradeça ainda. — Ele botou a mão na minha perna e deu um pequeno aperto. — Você vai pagar cada centavo que estou gastando.
— Como? — Estou curiosa para saber o que vou fazer, mas para me preparar do que por estar ansiosa.
— Temos tempo. Mas não vou ultrapassar seus limites sem você me pedir, exceto em relação a sua mãe, que eu nem segui né. Peço desculpa por isso mas é que sua mãe é muito legal.
— Eu entendo, ela é maravilhosa mesmo.
Após mais alguns minutos chegamos ao hospital. Eles levam minha mãe para um quarto privado, e eu e Alex podemos ir lá vê-la, mas ela deveria permanecer dormindo para seu corpo descansar. Ela estava parecendo tão calma e em paz, nem parece que está doente, principalmente por usar sua peruca ainda e ela está absurdamente perfeitamente arrumada.
— Licença. — Um homem alto negro e com um sorriso amigável entrou no quarto. Ele e Alex se abraçaram e em seguida ele olhou para mim com seus olhos castanhos escuros. — Sou Augusto Ortega, o pai do Alex.
— Então é Alex Ortega? — Levantei uma das sobrancelhas para ele lhe dando um sorriso travesso.
— Não, mas foi uma boa tentativa sua. — Ele sorriu de volta e me deu um pequeno tapa na cabeça, como se eu fosse algum animal ou criança, me deixando irritada.
— Sua mãe será bem cuidada aqui. — Augusto trouxe de volta o foco ao que interessa. — Ela precisará ficar internada até termos certeza da estabilidade dela, você poderá está lidando com o pagamento de casa, pois damos todas as comodidades necessárias para nossos clientes fazerem tudo de maneira mais confortável possível.
— Eu que vou pagar tudo. — Alex falou deixando seu pai levemente surpreso, mas rapidamente ele mudou de expressão. — Apenas faça todo o necessário.
— Okay filho. — Ele assente e sorri novamente para mim. — Vou sair pois tenho uma reunião agora. Eu recomendo vocês irem para casa descansar, vamos avisar por meio do nosso aplicativo quando ela acordar. Você ensina ela a mexer filho?
— Claro, pode ir. Vou levar ela para descansar.
— Okay, até em breve. — Augusto saí do quarto e eu dou uma última olhada na minha mãe antes de Alex pegar em minha mão e me tirar dali.
Fomos até o carro e ele abre a porta para mim entrar e em seguida dá a volta para entrar no carro e começar a dirigir.
— Minha casa não é para cá. — Falo quando vejo que estamos fazendo um caminho diferente.
— Tem razão, estamos indo para minha casa. — Ele continua como se isso não fosse nada demais. — Você vai começar a me pagar tudo hoje.
— Morando com você? — Ele se mostrou legal com minha mãe hoje mas aparentemente é tudo interesse próprio.
— Isso, e quando sua mãe melhorar ela virá também. — Ele estaciona em frente á um portão de ferro que tem bastantes árvores envolta, deixando apenas uma estrada de pedras cercada pelo verde para passar de carro. O portão de ferro abre e nós entramos. — Você vai passar a morar comigo e vai sair do emprego no cassino. Agora eu quero você todo dia entende? Sua semana custa 10.000 dólares e eu vou prestar todas as contas com você, além disso você também poderá acompanhar os gastos do hospital pelo aplicativo que vou instalar no seu celular. Amanhã vou mandar um dos meus subordinados pegar as coisas sua e da sua mãe na casa de vocês e trazerem para cá.
Eu estava sem palavras e optei por permanecer assim. Alex estacionou em frente a uma casa de dois andares moderna, pela fachada ela não parece ser tão grande. Uma senhora está parada em frente ao portão de metal pintado de branco, assim como todas as grades que separam o terreno são.
— Ela é a governanta da casa, será quem vai te mostrar tudo e te ajudar a se acomodar. — Ele destrava a porta e eu saio do carro, mas vejo que ele não saiu também. Quando fecho a porta ele acelera para a estrada novamente, logo saindo da minha vista.
— Bem vinda. — A governanta me olha feliz e eu só consigo dar um sorriso nada convincente para ela.
Olá amores!!! Tudo bem? Pensei em voltar só semana que vem mas já tinha esse capítulo pronto aqui, só faltava uma pequena revisão mesmo, então porquê não postar logo né?
Espero que estejam amando o Alex tanto quanto eu! Por favor comentem o que vocês estão achando e suas expectativas para essa nova fase deles morando juntos.
XOXO
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