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XVII - O INÍCIO DO SEGUNDO DESPERTAR

As angústias do meu coração se multiplicaram;
liberta-me da minha aflição


— Pegamos tudo o que precisamos? — Levi perguntou.

— A mochila com as coisas que o ancião deu, também arco, adaga, espada, roupas, comida, e claro, o Isaac. — Assenti apontando para o menino emburrado na minha frente.

— Eu sei que ser escolhido para uma missão é como uma honra, mas precisamos mesmo sair tão cedo? — Ele questionou jogando a cabeça em meu ombro, me afastei rapidamente fazendo com que ele bufasse. — Não seja má, estou morrendo de sono, e vamos ter que andar muito até conseguir um transporte, depois eu odeio viagens de carro e ainda tem aquele lance de talvez estarmos sendo vigiados...

— Por Olam, você pode fazer silêncio? — Levi lançou um olhar afiado ao rapaz, que revirou os olhos e parou de falar, sorri com a interação, era como o irmão mais velho brigando com o mais novo.

O ancião havia sido claro acerca do que deveríamos fazer, iríamos até os meus pais, eu entraria na casa com alguma desculpa, conversaria com eles e tomaremos um chá com a água sagrada, e eu precisaria ser verdadeira, pois não seria somente a água que faria com que lembrassem de mim, seria o meu amor por eles. Passei meu dedo sob o anel que ganhara, que significava a aliança de Olam comigo e fiz uma prece silenciosa, precisava de ajuda, precisava dar certo.

Existia o perigo iminente de que os vulpes pudessem estar me esperando de alguma forma do outro lado da floresta, por isso, tínhamos esperado Muriel voltar e nos certificamos de que ninguém estava ali, e muito menos rondando a minha antiga casa.

— Eu gostaria de ir com vocês, mas o ancião disse que precisam de mim por aqui, então preparei isso. — Amaya estendeu um pequeno recipiente que continha um líquido dourado. — Se vocês se machucarem é o suficiente para se curarem uma vez, gostaria de conseguir fazer mais, mas não tive tempo, pois não sabia que precisariam partir em missão.

— Muito obrigada, mesmo. — Abracei Amaya sentindo que havia feito pela primeira vez uma amizade que valia a pena.

— Por favor, se cuide, e Ária — Ela falou em meu ouvido quase em um sussurro. — você está fazendo a coisa certa

🦅

Quando finalmente entramos no carro que havia sido deixado para nós, o sol começava a clarear o horizonte, lançando um brilho suave sobre a paisagem que passava rapidamente pelas janelas. As árvores, antes densas e ameaçadoras, começavam a se dispersar, deixando espaço para um cenário mais aberto e promissor. Eu sentia um alívio crescente conforme nos afastávamos, como se a pressão que me acompanhava há semanas estivesse finalmente começando a se dissipar. Havia um vislumbre de esperança no ar, uma possibilidade de consertar o que havia sido quebrado e recuperar aquilo que perdi.

Apesar do medo de uma vida repleta de segredos, como a dos Vingadores, a ideia de finalmente ter a chance de fazer as coisas certas e ser a melhor filha que eu pudesse ser me dava coragem. Eu estava prestes a enfrentar o que era mais importante para mim, o que me impulsionava a seguir em frente.

— Já pensou no que dirá para eles? — A pergunta de Levi me pegou de surpresa. A voz dele, normalmente calma e controlada, tinha um tom que misturava curiosidade e uma pitada de preocupação.

Eu engoli em seco, tentando formular uma resposta adequada. Meu coração batia rápido, cada batida parecia ser um lembrete da gravidade da situação.

— Meu Deus, ela não vê os pais há quase dois meses e agora está tendo que ir atrás deles depois de ter sido persuadida a deixá-los. Não acho que seja uma pergunta justa a essa altura, Levi — Isaac comentou, seu tom era de um misto de desconforto e defesa, como se tentasse suavizar o impacto das palavras de Levi.

— Não acho que fui persuadida — eu respondi, finalmente. Minha voz soou mais fraca do que eu queria, quase como um sussurro. — Eu sei que Ian falou sobre o dom dele, mas... parte de mim acha que esses poderes nunca funcionaram em mim. Eu só... queria... fugir e aproveitei a primeira oportunidade que apareceu.

— Você foi egoísta — Levi afirmou, sua voz firme e direta.

Aquelas palavras cortaram o ar entre nós. Virei a cabeça lentamente para olhar para Levi, mas ele não me devolveu o olhar, focado em manter a atenção na estrada. Ouvir alguém me chamar de egoísta, especialmente com tanta franqueza, foi um choque. Isaac, tentando oferecer algum conforto, colocou a mão em meu ombro, um gesto simples, mas que fez com que eu me sentisse um pouco mais ancorada. Respirei fundo e forcei um pequeno sorriso para ele, agradecida pela sua presença silenciosa.

— É, eu fui — concordei, a voz quase um murmúrio. — E não faço ideia do que dizer para eles.

— Vai saber, assim que os ver vai saber — Levi respondeu, com um tom que parecia mais uma observação do que um conselho direto. Sua voz, embora firme, tinha um leve toque de compreensão que suavizava a dureza de suas palavras.

Levi não tinha a intenção de ferir com suas palavras. Ele apenas tinha a coragem de expressar o que muitos pensavam, mas não diziam. Sua observação parecia mais um convite para enfrentar a realidade, do que uma reprimenda. Era como se ele estivesse dizendo que, mesmo em meio ao caos, haveria clareza quando eu estivesse frente a frente com meus pais, que a verdade viria à tona de forma natural.

Enquanto o carro avançava pela estrada, a paisagem mudava e, com ela, eu sentia uma nova determinação se formando dentro de mim. A jornada estava longe de terminar, mas o caminho à frente parecia um pouco mais claro, e eu me preparava para enfrentar os desafios que vinham, com a esperança de que pudesse encontrar uma forma de reconectar e reconstruir.

— Vocês se importam se eu tirar um cochilo? — Isaac mudou o rumo da conversa enquanto se espreguiçava no banco de trás.

— Por incrível que pareça, eu me importo sim, você sabe porque veio. — Levi disse.

— Ah não se preocupe, mesmo quando estou dormindo sou capaz de sentir.

— Se é assim, então já devia estar dormindo desde o momento em que entrou no carro.

Pelo retrovisor pude ver Isaac revirar os olhos para Levi enquanto esboçava um sorriso, me fazendo perceber que aquela era somente a relação habitual dos dois. O rapaz se ajeitou no banco do carro e fechou os olhos para dormir. O silêncio se instaurou no automóvel, e fiquei como que sozinha com meus pensamentos, tentando de alguma forma arrumar o cenário de conversa com meus pais. Cruzei as mãos em cima da coxa e apertei meus dedos com força enquanto olhava janela afora, esperava com todas as minhas forças que tudo desse certo, mas sequer conseguia imaginar o que fazer.

Então, eu senti o calor sobre as minhas mãos, Levi as havia envolvido com uma única mão sua, suavemente as separou, deixei que meus braços viessem para o lado do meu corpo enquanto via sua mão livre voltar ao volante.

— O que foi? — Questionei.

— O seu nervosismo está me deixando nervoso também. — Ele explicou, ficou alguns segundos em silêncio e voltou a falar. — Existe uma forma de calar as vozes da nossa cabeça, sabia? A maioria de nós sofre disso, o Isaac, por exemplo, consegue sentir os celestes, algumas vezes ele relatou que era como se ouvisse a voz deles dentro da cabeça, então ele treinou a mente e não os ouve mais. Pode ser diferente, é claro, mas se você se permitir viver o agora talvez possa se calar a si mesma.

— É por isso que você medita? Para calar as suas vozes?

— Funciona para mim, eu lembro de quando conheci Olam, e é o suficiente para que eu esqueça quem fui um dia.

— Quem você foi um dia?

— Já chega de falar do passado por hoje. — Ele finalmente me olhou, ao sentir os olhos negros em mim me ajeitei rapidamente no banco e olhei para a frente. Eram sempre intensos demais. — Quando você sabe demais sobre uma pessoa, passa a ter poder sobre ela.

— Tudo bem, mas então... o que você acha que funcionaria para mim?

— Parar de imaginar o que poderia ter feito, para focar no que está indo fazer agora.

— Simples assim?

— Olha, eu posso ter te chamado de egoísta agora a pouco, mas, eu me referi a uma escolha do passado, eu não te julgo pelo que fez, pois já está feito. Eu olho para a Ária de agora, para aquela que olhou seus próprios erros, que possui calos nas mãos de tanto segurar o arco, que consegue ver através de uma venda, que não liga se está em perigo porque quer os pais de volta. Esse é o agora.

Eu havia segurado a respiração enquanto ele falava, e a soltei aos poucos quando ele terminou, nunca imaginei que Levi via meu esforço. Já havia treinado com ele por tempo demais, quase todos os dias e vê-lo falar tão abertamente comigo era como ter alívio

— Se eu falhar, você está autorizado a me dar um soco.

— Acredite, desde que você chegou já tive vontade de fazer isso muitas vezes. Você meio que lembra quando eu cheguei, medroso, perdido, irritante.

— Pelo que sei, irritante você ainda é.

Levi deu de ombros e vi um pequeno sorriso sem mostrar os dentes, mesmo que seu rosto estivesse de lado, consegui perceber que os olhos haviam se fechado, era com certeza um sorriso, mesmo que minúsculo e foi como uma vitória para mim. Virei o rosto para o lado e decidi focar nas árvores que iam ficando para trás, assim como minhas escolhas ruins.

Em seguida, eu me vi em mais um sonho, e, felizmente, me sentia um pouco mais preparada para enfrentá-lo. No entanto, minha confiança foi breve. Eu sabia que não estava na presença do homem que tinha visto antes, mas sentia uma presença poderosa, talvez até mais imponente. Não era medo, mas um profundo temor que envolvia todo o meu ser.

O cenário ao meu redor era indistinto e etéreo. Não havia paredes, nem teto, apenas uma imensidão de luz ofuscante que fazia parecer que eu estava flutuando sobre um vasto espaço. Sob meus pés, havia um tecido branco e macio como seda, que dava a impressão de que eu estava andando sobre um enorme manto que se estendia infinitamente. O chão suave fazia com que cada passo fosse quase silencioso, e a sensação de estar em cima daquele tecido era ao mesmo tempo tranquilizadora e surreal.

Enquanto eu tentava discernir o ambiente ao meu redor, uma música suave começou a preencher o espaço. Era uma melodia calma, que parecia vir de algum lugar distante e etéreo. A música envolvia meus sentidos, ajudando a relaxar meus ombros e a acalmar meu coração, mesmo diante da presença imponente que se fazia sentir.

O ambiente continuava indefinido, com as vestes brancas se espalhando por todo o local, criando um efeito de infinito. A presença que eu sentia era poderosa e dominante, mas não hostil. Eu me movia lentamente, tentando olhar além da luz que me ofuscava, até que finalmente percebi uma figura imponente. Ele estava assentado sobre um trono alto e sublime, sua postura era majestosa e autoritária. Eu não pude ver o seu rosto, pois estava envolto em uma aura que parecia transcender a forma humana.

Finalmente, o ser ergueu o braço para mim, e quando abriu a mão, um colar apareceu, pendendo de seus dedos. Era um colar de aparência antiga e ornamentada, com detalhes intrincados que pareciam brilhar de forma etérea.

A voz que emanou da presença não foi audível, mas ecoou claramente em minha mente. "Você aceita?"

— Sim — respondi, a voz quase um sussurro, enquanto um impulso profundo me fazia dobrar os joelhos e curvar a cabeça em respeito. A sensação de estar diante de Olam era esmagadora, mas ao mesmo tempo, preenchia-me com um sentimento de reverência e aceitação.

Senti a presença de Olam se aproximar, e logo percebi o colar sendo colocado suavemente em meu pescoço. O toque era delicado, como se o colar tivesse sido suavemente envolvido ao redor de minha pele. Quando o colar repousou contra meu pescoço, senti uma onda de calor e uma sensação de poder sutil que emanava da joia.

O colar era uma obra de arte requintada. A corrente era feita de ouro, com um brilho dourado intenso que refletia a luz ao redor, criando um jogo de brilhos e sombras que dançavam suavemente. Cada elo da corrente estava delicadamente trabalhado com padrões intricados, como se pequenos detalhes florais e geométricos estivessem entrelaçados em um desenho harmonioso. A sensação de robustez e leveza do ouro parecia equilibrar-se perfeitamente, fazendo com que o colar pendesse suavemente em meu pescoço sem qualquer peso excessivo. Na ponta do colar, uma pedra amarela estava cravada. A pedra era de um tom dourado profundo, com uma luminosidade que parecia capturar e refletir a luz de uma maneira mágica. O brilho da pedra era hipnotizante, alternando entre tons de âmbar e ouro, e parecia ter uma aura própria, pulsando com uma luz suave e cálida. 

A sensação que o colar trouxe foi ao mesmo tempo confortante e inspiradora. Ele parecia carregar um poder e uma proteção que se misturavam com a energia do ambiente. Enquanto o colar repousava em meu pescoço, a presença de Olam ressoava em minha mente.

"Você está pronta para enfrentar o que for, eu tenho certeza." — Sua mão pousou em minha cabeça. "Não importa o que venha agora, confie em mim.''

Aquelas palavras ecoaram como uma confirmação tranquila e fortalecedora. Senti uma onda de confiança crescente, como se o colar não fosse apenas um ornamento, mas um símbolo de preparação e coragem. 

— Sim senhor.

🦅

— Então quer dizer que uma luz começou a brilhar em cima da Ária e quando você viu o colar tinha magicamente surgido no pescoço dela? — Isaac repetiu o que Levi havia acabo de explicar para ele.

— Foi o que eu disse.

Estávamos saindo do carro, estacionamos no começo da rua e fomos andando, Levi e Isaac iriam se esconder quando eu entrasse em casa e me esperariam do lado de fora. Enquanto Isaac pedia pela terceira vez para Levi repetir a história de como o colar havia aparecido em mim eu analisei como era diferente para mim estar andando com novas pessoas, não que eles estivessem diferentes agora, pois não estavam, vestiam roupas normais para se misturarem, jeans e camisa, nada muito chamativo, mas eram diferentes. Com meus amigos antigos eu sequer conseguia entrar na conversa, com os vulpes eu me sentia simplesmente cobrada e com medo a todo o instante. Com eles, nesse momento, eu só tinha vontade de aprender e ser melhor.

A minha atenção foi atraída não pela minha casa, mas pela casa do lado. As lembranças de Ian passaram como um filme na minha cabeça e engoli em seco, realmente nunca seria uma coincidência ele morar ao meu lado.

Acorda, não é hora para isso

A minha parte racional me fez focar no que realmente importava: ter minha família de volta sem a ajuda de Kahav. Encarei a porta de madeira, um misto de esperança e nervosismo agitando o meu coração. Dei uma última olhada para os meus dois companheiros, que me incentivaram com um sorriso encorajador, e então ergui o punho e bati.

Os segundos pareceram se arrastar como se o tempo tivesse desacelerado. Cada batida do meu coração parecia ecoar dentro de mim, misturando-se com o som da minha respiração pesada. Finalmente, a porta se abriu. Quando minha mãe apareceu, o mundo pareceu se desacelerar ainda mais. O seu olhar questionador era a última coisa que eu esperava, e a sensação de culpa quase me sufocava. Como eu fui capaz de deixá-la assim? Que tipo de monstro eu me tornei?

Antes que eu pudesse me perder em minha própria angústia, ergui a mão com um esforço trêmulo, tentando me lembrar da jovem que um dia partiu.

— Bom dia, eu sou Ária, muito prazer.

Ela apertou minha mão, o gesto simples trazendo uma onda de alívio, mas o olhar que ela me dirigiu parecia ainda incerto. O tempo parou novamente, e então, como um raio de sol rompendo uma nuvem, um sorriso se abriu em seu rosto. Ela me puxou para um abraço que, de alguma forma, parecia restaurar o pedaço do meu coração que eu pensava ter perdido para sempre. Quando seus braços envolveram o meu corpo, lágrimas quentes escorreram pelo meu rosto, e eu senti um misto de alívio e saudade esmagador. Era como se eu finalmente estivesse voltando para casa.

Quando ela se afastou, um turbilhão de perguntas girava na minha mente. Como ela se lembrou de mim tão rapidamente? Será que um simples aperto de mão foi suficiente para ela me reconhecer? Mas antes que eu pudesse me perder nesses pensamentos, ouvi os passos de meu pai se aproximando.

— Amor, quem está na porta? — Ele perguntou, a voz cheia de curiosidade e uma pontinha de preocupação. Então, ao me ver, seus olhos se arregalaram de incredulidade. — Ária, é mesmo você?

As lágrimas em seus olhos eram um golpe direto ao meu coração. Meu pai, que raramente demonstrava emoção, estava chorando, e eu me senti como se o peso do mundo estivesse sobre meus ombros. Como pude ser tão tola e não perceber o quanto eles sentiam a minha falta? Mas naquele momento, eles estavam ali, e eu sabia que jamais os abandonaria novamente.

Os dois se aproximaram e me envolveram em um abraço coletivo, um caloroso aperto que parecia unir cada pedacinho do meu ser. A saudade e o amor latejavam em meu peito, uma dor doce que falava de todos os anos perdidos e de todo o carinho que ainda restava. Olhei para o colar que eu usava, e para minha surpresa, ele brilhava com uma luz dourada e reconfortante que eu nunca tinha visto antes.

— Me desculpem por ter fugido de casa, eu não queria... Vocês são tudo para mim.

— O que importa é que você está aqui agora — Mamãe disse, com a voz embargada de emoção. — Vamos, entre, vamos conversar lá dentro.

Dei um passo para dentro, sentindo que ia em direção a uma nova fase, uma etapa em que eu daria a eles todo o amor que um dia rejeitei por egoísmo, era um passo de coragem. Tudo daria certo.

A mão que agarrou meu pulso me fez olhar sobressaltada para trás.

— Não. — Isaac me repreendeu. Eu nunca o vira tão sério. — Não entre agora.

Não me movi, vi meus pais virarem o rosto para buscar entendimento sobre o porquê de eu não segui-los, o colar em meu peito brilhou mais forte, a ponto de eu não poder mais ignorá-lo, e o surpreendente aconteceu, meus pais olharam diretamente para ele também. Franzi o cenho, ciente de que ele não deveriam conseguir ver o artefato e quando encarei Isaac novamente sabia exatamente o que ele ia dizer.

— Esse não são os seus pais.

Quando a luz do colar finalmente se expandiu pude ver os corpos começarem a se deformar, de dentro de corpos humanos, os braços largos começaram a sair, braços esse que eu conhecia muito bem, dos celestes escuros. Aqueles que antes eram meus pais começavam a se tornar criaturas horríveis com garras ao invés de unhas, com pura escuridão ao invés de roupas. Mas agora, não havia medo em mim, pois a luz que emanava do meu peito foi o suficiente para que a escuridão fosse dissipada, eles aos poucos foram se desintegrando até virarem cinzas.

Tudo voltou ao normal e então eu corri escada acima, onde estavam os meus pais?

Cozinha.

Onde estavam os meus pais?

Banheiros.

Onde estavam os meus pais?

Sala.

Onde estavam os meus pais?

Ali, na cama, ali estavam os meus pais, como se dormissem, mas eu sabia que não dormiam, não com o lençol tão manchado de sangue, não quando os olhos da minha mãe nem sequer haviam sido fechados. Não quando eles não se mexeram quando me debrucei sobre eles e balancei os seus ombros freneticamente, não quando eu chamei por seus nomes e enfim caí de joelhos no chão.

N/A: chorem junto cmg 

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