Tenebris é o seu refúgio. Revils não é o que você pensa. Não saia daqui!

Era o que Alicia queria dizer naquele dia, mas ela não chegou a tempo. Anos se passa-ram, ela não viu a sua filha se tornar uma grande mulher. Até que um dia enquanto ela lia o jornal local um velho amigo dela disse que a sua filha havia dado à luz a uma menina — essa menina era a Susan —, eu sou avó! Alicia pensava com um enorme sorriso nos lábios.

Dois anos se passaram e Mallory nasceu, foi quando Alicia finalmente conheceu as suas netas. No momento que ela conheceu a pequena Mallory ela sabia que ela era a escolhida e isso não era bom. Alicia tentou contar de todas as maneiras possíveis para a filha, mas a mesma não acreditou nas palavras da mãe e depois disso Alicia nunca mais viu as suas netas.

Quando a notícia que eles iriam embora chegou aos seus ouvidos, ela correu até esgotar todas as suas forças. Ela precisava alertar a sua filha, não podia deixa-la ir para Revils. Mas já era tarde, a notícia havia chegado tarde. A desgraça já havia acontecido.

A sua filha havia morrido, o seu marido e a sua neta mais velha Susan. Apenas Mallory havia sobrevivido. Alicia sentou-se na calçada e desatou a chorar, ela não queria acredi-tar no que havia acontecido.

— Eu tentei avisar — ela sussurrava aos prantos — Eu juro que tentei...

— A senhora está bem? — uma voz grave de um homem ecoou sobre a cabeça de Alicia que não parava de chorar, ela olhou para cima e encontrou um homem esguio, bonito com os olhos verdes que a olhava apreensivo — Você está chorando — ele disse e sen-tou-se ao seu lado e a abraçou.

— Você é um homem bom — Alicia disse e o homem engoliu em seco e olhou nos seus olhos.

— A senhora se chama Alicia? — ele perguntou lhe oferecendo um lenço que a mesma aceitou, concordando com a cabeça.

— Me pediram para lhe entregar isso - ele lhe entregou um pedaço de papel — Ai está o endereço do orfanato que a Mallory se encontra — ele disse ajudando Alicia a levantar-se.

— Qual é o seu nome? — ela perguntou enxugando as lágrimas que não paravam de descer.

— Chad - ele disse com uma voz áspera — Eu tenho que ir - ele disse ajeitando o terno e saiu de lá.

Alicia olhou mais uma vez para o papel, obrigada, ela sussurrava baixinho. Depois de tantos anos de angústia ela iria finalmente encontrar a sua neta. E as duas iriam enfrentar essa terrível notícia.

Mas às coisas não aconteceram assim.