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Capítulo X

"Irei ser forte o suficiente para esquecer tudo isso, mas ele também irá se sentir a pior pessoa do mundo como eu me senti."
Bruna Zeferino Pereira no livro "Desperta-me"

Boa leitura fofas e fofos ♡-♡
Espero que gostem :)
*Peter na mídia
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Suspirei e olhei para a janela que se encontrava fechada nesse momento. Todos provavelmente já estavam dormindo. Eu também estava a momentos atrás, mas eu acabei tendo um pesadelo horrível.

Tentei manter a calma, mas eu não estava conseguindo. Eu estava com um pressentimento estranho, era como se alguém estivesse me dizendo que algo ruim estivesse prestes a acontecer. Permaneci com os olhos cravados na janela.

Senti uma brisa fria me envolver, puxei o meu cobertor mais para cima, mas não adiantou. Senti todos os meus pelos se arrepiarem. Trinco os dentes de tanto frio. Levanto-me e sinto muito mais frio.
Caminho em direção à janela com passos lentos. Parecia que eu iria congelar. Abro a janela de uma vez e no mesmo instante o meu quarto fica com a temperatura normal. Fecho a janela e observo o meu quarto.

- O que foi isso? - sussurrei voltando para a minha cama.

Comecei a fazer várias perguntas mentalmente, perguntas quais eu nunca iria saber a resposta. Respirei fundo e fechei os meus olhos e adormeci de imediato.

●●●

Estava como sempre no meu quarto, a Krystal disse que iria sair com o namorado. Hoje o orfanato estava em um silêncio ensurdecedor. Sentei à mesa e comecei a escrever em uma folha meio amarelada.

"Ela observava o lugar admirada, não que fosse muito bonito, mas ela sabia que naquele lugar empoeirado estava guardado um grande segredo. Segredo no qual ela tinha participação mesmo não sabendo. A jovem observou o lugar mais uma vez a procura de uma porta secreta ou algo do tipo, mas ela não encontrou nada até certo momento, quando ela viu um tapete jogado em um lugar onde não deveria estar.

A jovem se aproximou do tapete totalmente descrente, ela voltou para a porta e olhou para todos os lados, mas para a felicidade dela ninguém estava ali por perto. Ela fechou a porta outra vez tentando fazer nenhum ruído sequer. Depois de fechar a porta ela olhou para o tapete e se aproximou do mesmo com passos lentos e precisos. A jovem se agachou praticamente em câmera lenta e segurou à ponta do tapete, ela o levantou com cuidado e encontrou ali em baixo o que ela temia..."

Fui interrompida por batidas na porta consecutivas. Olhei para o que eu havia escrito e guardei a folha dentro do meu diário que estava em uma das inúmeras gavetas. Suspirei e abri a porta encontrando ali a diretora Amy que estava com uma expressão séria.

- Eu vim apenas dizer uma coisa - ela disse séria - Não diga a ninguém sobre aquele incêndio. Entendeu? - ela perguntou ríspida.

- E se eu contar? - perguntei olhando para o lado.

- Eu já disse que não é para você contar - ela disse baixinho - Espero que tenha entendido senhorita Mallory - ela disse e saiu sem me deixar responder.

- Você não manda em mim senhora Amy - falei e quando eu ia fechar a porta o Richard apareceu.

- Oi - ele disse me empurrando para dentro do quarto e entrando logo depois fechando a porta.

Tentei responder sim, mas a minha voz falhou. Senti a minha garganta queimar por dentro, a minha visão ficou turva. Eu não tinha mais o controle do meu corpo, senti o meu corpo ficar fraco e a última coisa que eu senti foram braços me segurarem enquanto eu perdia todos os sentidos.

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Abri os meus olhos devagar e encarei o teto do meu quarto. Não acredito que isso está acontecendo de novo, pensei. Suspirei e coloquei a minha mão na minha testa onde havia um pano úmido. Tirei o pano da minha testa e me sentei na cama. Olhei para o lado e encontrei o Richard me observando e do lado dele um homem que aparentava ter uns vinte e três anos.

Observei o desconhecido com atenção, o cabelo dele era castanho e um pouco desgrenhado. Ele também era alto e os olhos dele era como o céu da manhã. Olhei para o Richard com um olhar confuso e o mesmo se aproximou de mim e se agachou perto da minha cama.

- Você passou mal aí eu tive que chamar um médico - ele disse com um olhar preocupado - Ele é um amigo meu.

- Ah... - foi a minha única reação.

Olhei para o homem outra vez que agora já estava mais perto. Ele sorriu de lado e se apresentou como Peter Campbel, logo depois ele começou a fazer várias perguntas. Ele me perguntou várias vezes se eu já tinha sentido isso e eu respondi que não. Ele me passou um remédio e disse para eu ir fazer uma consulta no consultório dele o que eu fui forçada a dizer que eu iria.

- Com licença - ele disse e falou alguma coisa com o Richard e depois saiu.

- Não precisa chamar ele - reclamei.

- Eu não sabia o que fazer - ele disse olhando para mim.

- Se isso acontecer de novo você não precisa fazer nada - falei - É só me deixar deitada em algum lugar. Por que depois eu acordo normal, não precisa se preocupar com isso.

- Se isso já aconteceu outras vezes por que você não falou a verdade para o Peter? - ele perguntou cruzando os braços.

- Eu não quero falar sobre isso - falei e olhei para o chão - Por que você veio aqui?

- Você está sempre mentindo? - ele perguntou baixinho - Eu pensava que você não era assim.

- Como assim? - perguntei sem entender nada.

- No dia que você se esbarrou em mim - ele disse - Você mentiu.

Forcei a minha memória e me lembrei daquele dia quando ele perguntou se nós já nos conhecíamos e eu disse que não, mas como ele descobriu que eu já o conhecia, aliás, ele estava completamente bêbado naquele dia.

- Por que você não disse que já me conhecia? - ele perguntou olhando nos meus olhos.

- Não ia fazer diferença - falei olhando para o chão - Você estava bêbado naquele dia e no outro de ressaca.

- Mas mesmo assim - ele disse irritado.

- Então você queria que eu respondesse assim: Conhecemos-nos sim foi no dia que você estava completamente bêbado. Você se lembra Richard? - falei começando a me estressar.

- Seria melhor - ele disse e respirou fundo.

- Eu não sei por que você está assim, mas eu gostaria de ficar sozinha - falei.

- É isso! - ele disse debochado e eu olhei para ele - Você sempre quer ficar sozinha. Você simplesmente se isola do mundo como medo do quê? A sua família morreu e você também morreu junto? - ele perguntou irritado.

- Olha Richard eu não vou me importar com o que você está dizendo. Então por favor me deixa sozinha - falei com uma calma que eu duvidava ter.

- Você também queria morrer com eles? - ele praticamente gritou.

- Sim! - gritei e senti uma raiva enorme dentro de mim.

- Então deveria ter morrido também - ele disse seco e saiu do meu quarto fechando a porta com um baque.

Senti as lágrimas descerem pelo o meu rosto. Comecei a soluçar em meio ao choro, eu estava triste e com uma raiva enorme. Enterrei o meu rosto no travesseiro para abafar o meu choro.

Eu não posso mais chorar. Eu não posso derramar lágrimas por um garoto idiota, pensei.

Sequei as últimas lágrimas que desceram e fui para o banheiro lavar o meu rosto. Olhei-me no espelho e ignorei todas as palavras que ele havia me dito. Suspirei e me encarei, eu preciso ser forte, pensei.

Irei ser forte o suficiente para esquecer tudo isso, mas ele também irá se sentir a pior pessoa do mundo como eu me senti.

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Deixem a sua ☆ e me deixem super feliz ^-^
Comentários também são bem vindos *-*
Me ajudem a divulgar o livro, please :)
Fofas e fofos muito obrigada pelo o nosso 1k *-* Sem vocês isso não seria possível. Estou muito feliz. Amo vocês com todo o meu coração ♡-♡
Então é isso fofas e fofos, até o próximo capítulo ♡-♡

#EstáNaHoraDoDespertar

Com carinho,
Bruh *-*

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