Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo VIII - Parte II

"Observar as estrelas, ler um livro e estar ao lado das pessoas que você ama é uma ótima maneira de terminar o dia"
Bruna Zeferino Pereira

Boa leitura fofas e fofos ♡-♡
Espero que gostem :)
------------------

Encarei o meu reflexo no espelho do banheiro. O meu cabelo não estava muito agradável, a maçã do meu rosto estava mais magra, as minhas pálpebras estavam caídas como alguém que não dormia há dias. Eu estava bastante diferente, já não era a mesma.

Passei um pouco de brilho nos meus lábios secos e sai do banheiro. Olhei para as flores que estavam no vaso, fiquei as fitando por um tempo. A sensação de saber que eu iria visitar a minha família no cemitério era assustador, sentei na minha cama e contei até dez como eu sempre fazia para tentar me acalmar.

Senti os meus olhos lacrimejando e comecei a piscar os meus olhos para conter as lágrimas. Eu não posso chorar, pensei. Eu havia prometido a mim mesma que eu não iria mais chorar, eu iria ser forte e encarar a perda de uma maneira mais adulta. Eu não preciso chorar para mostrar a minha dor.

Eu sei que chorar não irá fazer os meus pais e a minha irmã voltarem. Desde o início eu tinha que ter sido forte, mas eu não consegui. Suspirei e relaxei os ombros, encarei as flores outra vez e escutei alguém bater na porta.

Levantei-me e andei até a porta com passos lentos. Já estava na hora de eu ir para Tenebris visitar a minha família, peguei as flores do vaso ao qual ela lhe pertenceu à momentos atrás. Abri a porta e encontrei uma pessoa que eu não imaginava estar ali.

- O que foi está fazendo aqui? - perguntei grossa.

- Eu queria falar com você - ele disse sorrindo.

- Olha Richard eu não estou com tempo para conversa - falei e coloquei a mão na maçaneta para fechar a porta, mas ele foi mais rápido e me empurrou para dentro do quarto, entrando logo depois.

- Você está esperando alguém? - ele perguntou se sentando na minha cama.

- A minha avó - falei cruzando os braços - Agora saía da minha cama! - falei irritada.

- Mas, se você tem uma avó por que você está aqui? - ele perguntou curioso de levantando da minha cama.

- Ela não tem condições financeiras para cuidar de uma adolescente.

- Aonde vocês vão? - ele perguntou.

- No cemitério - murmurei seca.

- Ah... - ele disse acanhado - Desculpa...

- Tudo bem - falei e olhei para o pátio - O que você queria falar comigo? - perguntei olhando para o pátio.

- Deixa para outro dia - ele disse indo na direção da porta.

- Fala - falei indo para frente dele.

- É que eu... - quando ele ia terminar a frase a porta foi aberta de uma vez.

Deveriam bater na porta primeiro, pensei. Encarei a diretora que havia aberto a porta sem nenhuma educação e a minha avó do lado de fora, elas estavam me olhando com uma expressão de surpresa e assustadas. Digamos que eu estava na frente do Richard e agora elas estão tirando conclusões precipitadas.

- O que você está fazendo aqui? - a diretora perguntou entrando no quarto acompanhada da minha avó.

Elas encararam as rosas em minhas mãos e depois olharam para o Richard. Por que eu tinha que está com essas rosas na mão? O Richard me olhou confuso até que o olhar dele demonstrou que ele tinha entendido o que elas estavam achando.

- Você também vai? - a diretora perguntou séria cruzando os braços.

- Não - ele disse sorrindo e olhou para mim com um olhar estranho.

- Você é a avó da Mallory? - ele perguntou para a minha avó.

- Sim - ela disse sorrindo - Me chamo Alicia Hunter.

- Sou Richard - ele disse e estendeu a mão para ela que o cumprimentou - É um prazer conhecer a senhora - ele disse sorrindo.

O que ele está fazendo? Olhei para ele sem entender nada. A diretora parecia que queria me matar com os olhos, enquanto a minha avó não parava de olhar para o Richard e para mim sorrindo.

- Com licença - o Richard disse e beijou a minha bochecha e saiu do quarto.

Fiquei congelada enquanto o meu cérebro estava em um trabalho difícil tentando fazer o meu corpo voltar ao normal. Um garoto me beijou, pensei. Nenhum garoto nunca tinha me beijado, eu sei que ele só beijou a minha bochecha, mas isso foi estranho.

- Temos que ir logo - falei quando eu consegui sair do meu transe.

- Claro querida - a minha avó disse sorrindo - Vamos - ela disse saindo do quarto.

Olhei para a diretora que estava com um olhar de raiva para mim, balbuciei um tchau para ela e sai do meu quarto indo atrás da minha avó. Quando a alcancei ela me lançou um olhar estranho e sorriu. Era só o que me faltava, pensei.

- Você não vai deixar as rosas no seu quarto? - ela disse.

- Eu vou levar para a minha família - falei.

- Nós vamos de ônibus se não se importa - ela disse cabisbaixa.

- Não tem problema.

- Na volta você vai ter que vir sozinha - ela disse enquanto saímos do orfanato.

Chegamos ao ponto de ônibus e para a nossa sorte o ônibus chegou poucos minutos depois. Eu já não estava aguentando ficar sentada naquela poltrona dura, olhei para a minha avó e fiquei triste. Ela estava sentindo muito mais dor do que eu e não reclamava sequer nenhum momento.

Descemos do ônibus e começamos a caminhar indo em direção ao cemitério. Respirar o ar de Tenebris era aconchegante. Senti a brisa morna me envolver, os meus cabelos começaram a voar e eu senti um cheiro de sândalo que foi substituído por um cheiro horrível do cemitério junto ao cheiro das rosas.

A minha avó me levou para o lugar onde eles haviam sido enterrados. A lápide com o nome da minha mãe estava na direita, a do meu pai estava no meio e a minha irmã na esquerda. Coloquei uma rosa encostada nas lápides da minha família e me sentei no chão. A minha avó ficou um tempo ali comigo e depois disse que ela iria ir embora. Despedi-me dela e voltei a me sentar.

- Eu amo tanto vocês... - falei com a voz embargada.

- Agora eu tenho uma amiga, ela se chama Krystal. Ela também mora no orfanato, sabe a diretora do orfanato eu não gosto muito dela - sussurrei - Hoje um garoto me beijou - falei envergonhada e olhei para o lado - Não precisam se preocupar foi na bochecha. Eu não sei porquê ele fez isso, ele só pode ser doido. Ele nem me conhece direito e primeiro que já foi entrando no meu quarto sem a minha permissão. É um bêbado e sem educação - falei começando a ficar irritada.

- Como vocês estão? - perguntei tentando me acalmar - Eu queria poder abraçar vocês - sussurrei - Vocês sabem o motivo de eu não ter morrido? Aliás, eu pulei do quarto andar e eu só tive pequenos arranhões. Eu sei que vocês acreditam em milagres, mas eu não. Eu deveria ter morrido também, não fiquem tristes por eu ter falado isso, mas a vida foi tão injusta comigo. Ela me tirou as pessoas que eu mais amava - sussurrei e segurei para não chorar.

- Espero que vocês estejam bem - falei e sorri - Eu tenho que ir agora - sussurrei - Eu prometo voltar outro dia. Amo vocês muito - falei e me levantei.

Olhei para as outras inúmeras lápides que tinha ali. São tantas pessoas que nos deixam, pensei e comecei a andar para sair dali. Senti um cheiro muito forte de velas queimando, rosas. Passei por várias lápides até achar a saída. Sai do cemitério e fui andando pelo o mesmo caminho que eu tinha feito com a minha avó. Senti a brisa morna me envolver outra vez me dando uma sensação de paz e o cheiro do sândalo.

Cheguei ao ponto de ônibus e fiquei esperando o ônibus chegar, uma mulher disse que ele só ia chegar daqui a uma hora, suspirei e me sentei em um dos bancos que tinha ali. O brilho que eu havia passado na minha boca já havia sumido e agora outra vez a minha boca estava seca. Ajeitei-me no banco e fiquei olhando para frente, tinha umas árvores coloridas e umas mais sombrias.

Olhei para o lado e vi o ônibus chegando, até que não demorou muito, pensei. Entrei no ônibus e sentei outra vez naquela poltrona dura. As pessoas estavam me olhando estranho, deve ser porque eu estou com uma cara horrível, a bainha do meu vestido está sujo de terra porque eu sentei no chão. O meu cabelo está horrível, a minha vida está horrível! Encarei aquelas pessoas e olhei para a janela.

Senti um alívio enorme quando eu cheguei, desci do ônibus e fui o mais rápido possível para o orfanato, quando cheguei algumas crianças saíram correndo. Eu não estou tão feia assim, pensei irritada. Aquelas crianças foram muito más, eu tinha ido visitar a minha família no cemitério e elas ainda faziam isso.

Entrei no meu quarto muito irritada e com uma vontade enorme de chorar, mas eu havia prometido eu não iria chorar mais. Fui para o banheiro e me livrei daquelas roupas, liguei o chuveiro e deixei a água escorrer pelo o meu corpo por um tempo até que eu comecei a me banhar.

Terminei o meu banho e vesti a primeira roupa que eu encontrei. Coloquei as roupas que eu tinha ido ao cemitério para lavar. Depois disso eu me sentei na cama e comecei a desembaraçar o meu cabelo, eu estava em uma guerra com o meu cabelo, mas depois de muito esforço eu venci a guerra. Voltei para o banheiro e olhei para o meu rosto.

Passei um pouco de brilho nos lábios, um corretivo. Eu só consegui usar o corretivo porque a minha irmã me obrigou a aprender a usar. Pelo menos estou um pouco melhor, pensei e voltei a me sentar na minha cama.

Eu estou conseguindo ser forte, mas eu preciso ser mais ainda.

- Quero conversar - a Krystal disse entrando no meu quarto.

- Eu quero a minha família - sussurrei.

- Não entendi - ela disse se sentando ao meu lado.

- Nada - falei - O que você quer conversar? - perguntei mudando de assunto.

- Eu vou sair hoje com o meu namorado - ela disse sorrindo.

- Eles deixaram você sair? - perguntei.

- Não precisa pedir - ela disse - Eu prefiro assim não gosto de ficar pedindo para sair.

- Eu acho que eles não deveriam deixar sair assim na hora que quer - falei cruzando os braços.

- Por que não?

- Eles deveriam ser mais responsáveis, colocar regras - falei - Eles não podem ser assim tão liberais.

- Você está parecendo uma mãe protetora - ela disse rindo.

- Deixa isso para lá - falei rindo - Aonde vocês vão? - perguntei curiosa.

- Ele disse que é surpresa, mas eu tenho que estar com um vestido elegante - ela disse tímida - Eu estou na dúvida.

- Qual vestido que você mais gosta? - perguntei.

- O meu amarelo - ela disse - Mas eu não sei se ele vai gostar desse.

- Usa o que você gosta - falei - Ele provavelmente vai gostar - falei sorrindo.

- Obrigada - ela disse se levantando.

- Aonde você vai? - perguntei.

- Eu tenho que me arrumar - ela disse saindo do quarto.

- Ok - falei para o quarto vazio.

Fiquei olhando para o teto me lembrando de tudo que havia acontecido hoje, suspirei e deixei a minha mente me levar para longe. Acabei adormecendo em meio aos meus pensamentos.

-------------------
Deixem o seu voto ☆-☆ vou ficar muito feliz :)
Então é isso fofas e fofos ♡-♡
Até o próximo capítulo ^-^
#EstáNaHoraDoDespertar

Com carinho,
Bruh *-*

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro