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Capítulo VII

"Várias pessoas passam por nós todos os dias, mas não demos importância "
Bruna Zeferino Pereira

Boa leitura fofas e fofos ♡-♡
Espero que gostem :)
*Krystal na mídia
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Eu já estava acordada há um tempo observando o meu novo quarto. Ele não era comparado aos antigos, mas era o meu novo refúgio. Ele possuía um armário de madeira desgastado com o tempo, a cama também não era lá grandes coisas, mas o colchão era confortável.

Tinha uma mesa de estudos perto da janela, eu podia escrever alguma coisa e observar o pátio. Os móveis já estavam desgastados, mas eu até gostava desses móveis rústicos. Guardei o meu diário em uma das várias gavetas do armário. Eu já estava aqui há uma semana.

Durante essa semana permaneci no meu quarto, não queria ter contato com outras pessoas. Queria ficar isolada do mundo. Depois da minha conversa com a diretora ela não falou mais comigo. Isso era outro motivo para eu não querer falar com outras pessoas.

Eu não conseguia tirar da minha cabeça há vontade de saber o que realmente aconteceu. Eu não acredito em milagres, algo me dizia que por trás disso tudo há um mistério. E eu não vou me sossegar até desvendar esse mistério.

As únicas fotos que eu tinha da minha família eu deixei dentro do meu diário. Eu as pegava todas as noites e desejava boa noite para eles, eu sei que eles não iriam me responder. Mas eu ainda tinha esperanças que algum dia eles iriam responder.

Eu sentia falta da minha mãe me chamando para ajudar ela nas suas novas experiências. O meu pai falando de assuntos sérios, sobre ser responsável. A minha irmã sempre falando de garotos. Mas, agora eu não tinha mais eles. Agora eu estava dentro de um quarto olhando para o teto. Eu era órfã como todos que estavam lá fora no pátio, os que estavam no quarto como eu.

Suspirei e segurei as minhas lágrimas. Eu queria chorar, mas eu já havia chorado demais, eu precisava manter o foco. Mesmo eu não querendo eu tinha que estudar bastante como sempre. Eu precisava estudar e ter uma carreira e sair daqui.

Olho para o relógio e vejo que já está na hora do almoço, arrumo o meu cabelo e saio do meu quarto. Olho para todas aquelas crianças, deveria ser muito doloroso para elas. Tinha crianças com menos de cinco anos aqui. Eu pelo menos tive até os meus dezesseis anos e já achava isso pouco tempo, mas olhar para elas era muito triste.

- Eu sou a Krystal e você? - escutei uma voz atrás de mim.

Virei-me e me deparei com uma garota que por sinal estava falando comigo mesmo. Ela tinha um cabelo que batia um pouco a baixo dos ombros e eles eram de um castanho escuro. Os seus olhos também eram castanhos. Ela era um pouco maior que eu, mas não tanto.

- Mallory - falei.

- Bom, se você quiser podemos ser amigas - ela disse sorrindo - Eu não tenho ninguém aqui para conversar mesmo.

- Mas, você parece ser tão sociável - falei e olhei para ela mais uma vez.

- Eu não costumo ser assim, mas eu vi que você é meio parecida na personalidade ou algo assim - ela disse e deu de ombros - Se não quiser tudo bem.

- É que eu nunca tive uma amiga - murmurei.

- Sério? Eu também não...

- Mas sempre tem uma primeira vez para tudo - falei e ela sorriu radiante para mim - Espero que sejamos boas amigas.

- Obrigada - ela disse e me abraçou - Achei que você não iria querer ser a minha amiga.

- Será que podemos ir comer? - perguntei.

- Claro, estou faminta - ela disse rindo e fomos comer.

Terminamos de comer e fomos para o quarto dela que era bem parecido com o meu. Sentamos na cama dela e ela pegou uma barra de chocolate a dividindo no meio e me dando um pedaço. Comemos em silêncio e ela começou a falar.

- Os meus pais morreram em um acidente de avião quando eu tinha treze anos e desde então eu moro aqui - ela disse - Ou seja, há três anos. E não diga eu sinto muito.

- Os meus também foram em um acidente - murmurei - De carro, foi esse ano. Tem uma semana e três dias.

- Ah... - ela disse e olhou para a janela - Vamos falar de outra coisa.

- Está bem - falei e sorri.

- Você já teve algum namorado? - ela perguntou meio tímida.

- Não e você? - perguntei curiosa.

- Bom, não éramos exatamente namorados, mas era algo assim - ela disse sorrindo.

- Você o conheceu aqui?

- Sim - ela disse ficando corada.

- Então vocês ainda?

- Não - ela disse com um olhar triste - Já vai completar duas semanas - ela disse baixinho.

- Mas, ele ainda está aqui? - perguntei.

- Sim, mas eu não vou mostrar ele para você.

- Por que não?

- Ele vai perceber que eu estou falando dele - ela disse sorrindo.

- Mas por que vocês não voltam? - perguntei e ela olhou para o chão - Você parece gostar dele.

- É eu gosto muito - ela disse sorrindo - Mas então você é inteligente?

- Sim e você?

- Também - ela disse e olhou para o chão outra vez.

Como isso é irritante, pensei. Agora eu entendo porque a minha irmã odiava quando eu fazia isso. Mas eu não posso reclamar porque eu faço pior que isso.

- Eu acho que eu já vou - falei levantando.

- Está bem - ela disse e olhou para mim sorrindo.

- Até mais tarde - falei e sai do quarto dela.

Bom, pelo menos eu tenho uma amiga agora. É estranho saber que eu tenho uma amiga agora, quando eu quero me isolar. É melhor eu não dizer isso para ela, nenhuma pessoa gostaria de ouvir isso.

- Ai! - meio que gritei quando trombei em um garoto.

- Desculpa - ele disse sem jeito ainda me segurando para eu não cair.

Elevei o meu olhar e... Richard? O que o Richard faz aqui? Então ele não mora no litoral, será que ele mora aqui? No orfanato? Eu estou completamente confusa e não para de encara-lo.

- Por acaso eu conheço você? - ele disse me soltando.

Mas é claro que sim, pensei. Ele provavelmente não se lembra de mim, aliás, a primeira vez que nos vimos ele estava bêbado. E na outra ele só pegou a minha mala e nem sequer olhou para mim. Para ele eu sou uma completa desconhecida.

- Não - menti e olhei para o lado - Licença - falei e fui para o meu quarto.

Minha cabeça estava uma confusão. Eu já estava aqui a uma semana e eu nunca tinha o visto aqui. A Krystal também não, mas eu só fico no quarto por isso que eu nunca os vi. Sentei na minha cama e fiquei olhando as pessoas no pátio.

Será que eu vou ficar vendo o Richard agora em todos os lugares que eu vou? Escuto alguém bater na porta e com relutância abro a porta e me deparo com a diretora Amy ela sorri para mim e pergunta se pode entrar, falo que sim e ela entra no meu quarto.

- Fecha a porta - ela diz e observa o meu quarto.

Fecho a porta e fico na sua frente, ela me olha da cabeça aos pés. Olho para o pátio e volto a minha atenção para ela que ainda está me observando com uma expressão séria.

- Você não contou a ninguém sobre o incêndio, certo? - ela pergunta meio receosa.

- Não. Você disse que não era para contar a ninguém - falo.

- E sobre a sua irmã?

- Também não - respondo.

- Espero que continue assim. Era só isso que eu queria dizer senhorita Mallory - ela diz sorrindo.

- Eu não vou dizer nada a ninguém - falo, por enquanto, penso.

- Ótimo - ela diz sorrindo - Tenha uma boa noite - ele diz e sai do quarto.

Como eu odiava agora ouvir aquelas duas palavras boa noite. Essa diretora Amy era muito estranha. Algo não estava cheirando bem, não que tem alguma roupa suja aqui. Suspirei e sentei na minha cama. Resolvi escrever um pouco no meu diário.

"Querido Amigo Confidencial,

Hoje eu conheci uma garota, ela se chama Krystal. E o melhor nisso tudo é que viramos amigas. Ela parece bastante comigo, não na aparência, mas na personalidade. Pelo menos agora eu tenho uma amiga.

Para completar o dia eu esbarrei no Richard hoje, eu não sei se ele mora aqui no orfanato. Mas foi bom ver ele outra vez, mesmo que ele só foi saber da minha existência agora. Mal ele sabe que já me defendeu daquele ogro no litoral. Não que eu vá gostar dele por causa disso e, aliás, ele bebe.

Bom, aquela diretora veio falar comigo hoje. Não faz muito tempo que ela saiu. Eu sinceramente não consigo gostar dela, e pelo visto nunca irei gostar dela. Será que você pode dizer para a minha família que eu amo eles bastante, por favor? Claro se vou conseguir. Então é isso Amigo (a) Confidencial. Beijos.

De sua melhor amiga: Mallory Hunter"

Guardei o meu diário e voltei a sentar na minha cama. Eu precisava saber se aquela diretora sabia alguma coisa. E eu não ia conseguir nada se eu ficasse parada aqui. Eu iria tentar descobrir alguma coisa sem ela perceber. Alguém bateu na porta outra vez e eu tive medo se fosse a diretora. Mas era apenas uma das mulheres que trabalhava aqui.

- Você tem visita - ela disse.

Senti a minha cabeça girar, como assim visita? Eu não tinha nenhum parente vivo até que eu me lembrei do que o médico disse que eu tinha um parente vivo, mas não tinha condições de cuidar de mim. Mas por que aparecer agora? Se ficou escondido por todo esse tempo.

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Comentários e votos são sempre bem vindos ♡-♡
Ansiosos para descobrirem que é o visitante?
Gostaram da Krystal?
Então é isso fofas e fofos, até o próximo capítulo :)

Com carinho,
Bruh *-*

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