Capítulo 25
Desde que te conheci, fiquei louca
Desde que fiquei com você, estou desorientada
Você faz tudo parecer obscuro
O amor tem um alto custo
Eu perdi a cabeça?
Me siga até o rio
Beba enquanto a água está limpa
Me siga até o rio hoje à noite
Estarei aqui de joelhos
(Follow Me Down - The Pretty Reckless)
⚠️Leiam as notas finais, por favorzinho⚠️
*Anastasia Byers*
Era de manhã bem cedo quando peguei meu caderno velho e preto, onde eu fazia alguns rascunhos e compunha algumas coisas. Após uma noite maravilhosa de sexo, para dizer o mínimo, olhei para Billy ao meu lado em minha cama e tive uma inspiração absurda para uma música nova. Escrevi algumas coisas mas apenas definiria tudo certinho com uma guitarra e com a ajuda de Eddie, que sempre tinha opiniões ótimas para aprimorar minhas músicas.
— Que horas são? — Ouvi a voz rouca de sono ao meu lado perguntar.
— Bem cedo, baby. — respondi, sem tirar os olhos do caderno e ainda fazendo mais algumas anotações.
— O que tá fazendo? — Senti seu olhar sobre mim, mas ainda não o olhei, iria me distrair muito fácil se olhasse.
— Digamos que acordei inspirada.
— Mais uma música sobre mim, boneca? — Ergui uma sobrancelha.
— Não seja tão convencido, docinho.
Finalmente o encarei, e óbvio que esqueci do que estava fazendo na hora. Seus olhos azuis analisavam meu corpo coberto apenas por uma camisa grande. Imagens da noite passada surgiram em minha mente, me deixando animada para uma segunda parte agora de manhã. Billy se apoiou nos cotovelos para que conseguisse ficar mais perto do meu rosto, já que eu estava sentada na cama, mas era apenas uma estratégia para ele poder encarar o caderno em minhas mãos.
— Quase conseguiu. — disse, escondendo as folhas do caderno ao virá-lo contra meu peito.
Ele sorriu e se aproximou um pouco mais do meu rosto. Me inclinei para baixo, ajudando-o no processo, ainda escondendo as folhas do caderno. Billy passou os olhos por todo meu rosto e travou em minha boca. Seus olhos azuis tomavam uma coloração escura enquanto sua pupila dilatava. A imagem fez meu corpo inteiro arrepiar e implorar pelo seu toque mais uma vez.
Billy ergueu a outra mão livre e a colocou em minha coxa, aproximando seu rosto ainda mais. Ele ergueu a mão vagarosamente, passando pela parte inferior da minha perna até chegar na virilha, enquanto tocava seu nariz no meu de forma gentil. Só esse mísero toque já foi o suficiente para que minha parte íntima se lubrificasse inconscientemente. Billy testou o fato, já que alcançou meu clitoris de forma tão simples e tão fácil, como se conhecesse cada canto de mim. — E ele de fato conhecia.
Ele passou dois dedos pelos lábios já completamente úmidos. Ele sorriu, e ao fazer isso senti sua boca tocar a minha por conta da proximidade extrema. Filho da puta, ele sabia muito bem me atiçar da forma certa, pensei enquanto soltava um suspiro pesado, de propósito. Se ele ia brincar comigo, eu também brincaria. Percebi ele travar o maxilar, porém com a mão ainda em minha intimidade.
— Por que não guarda esse caderno?
Não pensei duas vezes, coloquei o caderno em uma cômoda que existia ao lado da cama e logo senti seu corpo se posicionar em cima do meu. Billy abriu a gaveta da cômoda e tirou um preservativo de lá, ele sabia exatamente onde ficavam. Seus movimentos dentro de mim levavam-me a loucura, e sua língua em contato com a minha me instigava cada vez mais. Movi o quadril para cima quase implorando para que ele fosse mais rápido.
Nos desfizemos juntos, como quase sempre acontecia. Billy finalizou com um último beijo fervoroso em meus lábios, devorando cada canto da minha boca com sua língua ávida e macia. Mordi seu lábio inferior ao final e chupei levemente, arrancando um último gemido de sua garganta. Sorri satisfeita.
(...)
Depois de ver Billy saindo pela janela do meu quarto, para que minha mãe não soubesse que ele dormiu lá essa noite, tomei um belíssimo café da manhã que eu mesma preparei, já que acordei mais cedo que os outros. Deixei tudo pronto para eles comerem e fui tomar um banho rápido. Queria muito passar na casa de Eddie para trabalhar na música nova, porque ela ainda fervilhava em minha cabeça e me deixava animada.
Quando estava pronta, peguei meu caderno e coloquei meu baixo na capa, logo colocando-a no meu ombro. Quando voltei para a cozinha, vi todos em pé desfrutando do café da manhã. Me despedi rapidamente e disse que pegaria o carro de minha mãe, por sorte era um domingo, e a loja onde ela trabalhava não abriria. Dirigi até Forest Hills Trailer Park, pisando um pouco mais forte no acelerador, esperando de corpo e alma que Eddie já estivesse acordado e livre.
Cheguei após alguns minutos, coloquei a bolsa do baixo em minhas costas de novo, peguei o caderno e corri para bater na porta. Demorou alguns longos segundas até que o trailer fosse aberto, revelando a imagem um tanto cansada de Wayne Munson. Franzi as sobrancelhas, mas logo sorri.
— Bom te ver, Nas, faz tempo que não aparece. — Ele comentou me puxando para um abraço aconchegante. Devolvi o acolhimento da mesma forma.
— Tio Wayne, acordado a essa hora? — perguntei, já que era tarde demais para ele estar acordado, por conta de ele trabalhar a noite toda.
— Eddie trouxe visita, quis conhecer a futura namorada do meu sobrinho. — A informação fez meu sorriso aumentar.
— Genevieve tá aqui? — perguntei de novo, animada. Foi quando Eddie se aproximou da porta, vestindo uma calça moletom e uma camiseta velha de Twisted Sister que ele com certeza usava de pijama.
— Anastasia? O que tá fazendo aqui essa hora em um domingo? — O Munson mais novo perguntou, passando a mão pelos cabelos.
— Eu que te pergunto o que Genevieve tá fazendo aqui, Edward Munson? — Ele arregalou os olhos com a pergunta. — GEN B! — gritei por ela, que apareceu logo atrás de Eddie com uma careta confusa.
Sorri ao perceber que ela também estava usando seu pijama costumeiro de flores. Arregalei os olhos e gritei um pouco alto, já começando a fazer milhares de perguntas. Tio Wayne riu enquanto Genevieve ficava com as bochechas vermelhas, muito fofa, e Eddie coçava a nuca um tanto constrangido. Em algum momento, tio Wayne nos deu "boa noite" e foi finalmente até seu quarto dormir. Continuei com um sorriso enorme no rosto ainda brincando com os dois.
— Estão dormindo juntos agora, é, Munson? — continuei minha provocação. — Genevieve, por que não me contou nada? Aliás... Você tem alguma coisa pra me dizer? — Ergui uma sobrancelha em sua direção.
Genevieve arregalou os olhos e tentou a todo custo desconversar e negar o que eu estava insinuando, mas não foi o suficiente para que eu parasse de provocá-los. Fiz inúmeras piadas e ainda muitas perguntas que não tinha resposta por eles, até o momento que me cansei e fui procurar uma água na geladeira. Tudo isso me deixou com sede.
— Pode dizer por que está aqui agora, Byers? — Eddie perguntou me ajudando e pegando um copo de uma prateleira.
Lembrando-me do porquê eu realmente estava ali, mostrei o caderno fechado em minhas mãos e coloquei o baixo encostado no sofá. Abracei minha amiga, finalmente a cumprimentando direito, e mesmo com todas as minhas provocações, ela tinha um sorriso doce no rosto ao me abraçar de volta. Lancei um olhar a ela, como se pedisse por uma longa conversa particular, para que ela me contasse detalhadamente sobre o que acontecia. Enquanto isso, Eddie foi buscar sua guitarra em seu quarto.
— Primeiro olha, depois eu canto algumas partes que já pensei e talvez você consiga encaixar a guitarra. Quero ela bem alta nessa música. — disse, sentando-me no sofá ao lado de Eddie, que segurava a guitarra nas pernas. Genevieve sentou no chão e apoiou a cabeça nas mãos, nos observando.
Eddie leu os rabiscos que eu fiz, e de algum jeito conseguiu entender o que eu tinha escrito rapidamente quando acordei. Quando ele terminou, ergueu uma das sobrancelhas e me encarou com os olhos cerrados e um sorriso sapeca no rosto.
— Esse rio que você tá falando... É só um rio? — Ele perguntou, enquanto seu sorriso aumentava cada vez mais. Genevieve pegou o caderno de suas mãos e leu com os próprios olhos ao ouvir a pergunta.
— Bom, você sabe... — Fiz uma pausa, dando de ombros. — Tive uma noite bastante agitada com uma pessoa e acordei inspirada. Só isso. — Coloquei minha melhor expressão cínica no rosto.
— E essa pessoa foi Billy Hargrove. — Genevieve mais afirmou do que perguntou, devolvendo o caderno até mim. Dei de ombros de novo, mas lancei um olhar sacana em sua direção.
Eddie gargalhou, ao passo que Genevieve sorriu e balançou a cabeça de um lado a outro em negação. Sem demorar mais, olhei o caderno e cantei algumas partes da letra que eu já havia colocado um ritmo. Eddie parou de rir para me ouvir, e colocou uma expressão bastante séria e concentrada em seu rosto.
— Agora no refrão, imaginei algo mais parado e quieto: Follow me down to the river tonight, I'll be down here on my knees. — Explicava enquanto eu cantava, para que ele conseguisse se conectar com a minha cabeça. — E depois a guitarra pesada quando o refrão se repete. — E cantei mais uma vez, só que mais potentemente do que quando pedi algo mais silencioso.
— Ok, tive umas ideias. Veja o que acha pro começo.
Eddie tocou na guitarra alguns acordes. Infelizmente estávamos sem o amplificador, para não acordarmos tio Wayne que dormia após uma noite longa de trabalho, mas mesmo assim consegui entender toda a ideia do Munson mais novo e fez todo sentido na minha cabeça. Eu sabia que Eddie não me decepcionaria. Tínhamos uma sincronia esplêndida quando se tratava de música e ele sempre me ajudava a aperfeiçoar tudo o que eu criava.
Eddie anotou no mesmo caderno as notas bem ao lado das letras, para não se esquecer na hora que formos passar para os nossos outros amigos integrantes da banda. Passamos mais um bom tempo reescrevendo algumas coisas e criando melodias novas, e eu nem sequer vi o tempo passar, eu nunca veria quando estava me envolvendo com música, era como minha paz, meu porto seguro além da minha família e amigos.
Ao perceber que já era mais que horário de almoço, me despedi de Eddie. Genevieve decidiu vir embora comigo após eu convida-los para almoçar em minha casa. Munson negou, tinha uma venda importante para fazer, mas minha amiga aceitou na hora. Ela se despediu do garoto com um beijo gentil em seus lábios. Eles eram tão estupidamente adoráveis, eu não conseguia descrever como estava feliz por vê-los igualmente felizes um com o outro.
Chegando em casa, vi minha mãe terminando de arrumar a mesa. Todo domingo ela fazia algo especial para comermos em família, e quase sempre Genevieve estava presente, por isso Joyce sempre fazia uma quantidade maior do que o necessário. As duas se cumprimentaram com um abraço animado. Gen abraçou meu irmão gêmeo e em seguida Will. O almoço foi agradável e extremamente animado, como sempre.
Mais a tarde, Genevieve disse que precisaria ir embora, seus pais provavelmente já estariam perguntando por ela, mas ela me chamou para que eu fosse junto passar o dia, e então aproveitaria para me contar todas as novidades possíveis.
Abracei Angeline e George Brooks apertado, como eles sempre me recebiam. Trocamos algumas palavras com eles, mas logo Gen me puxou para subirmos as escadas até seu quarto. Antes que ela dissesse qualquer coisa, eu tive que contar a ela sobre meu "encontro" com Billy, que terminou em uma noite maravilhosa de sexo e uma música nova para a banda pela manhã. Genevieve ficava um pouco vermelha quando eu dava alguns detalhes, mas ela ouvia tudo atentamente, soltando algumas risadinhas em alguns momentos.
— Gen, agora me conte. — Fiz uma pausa e me aproximei dela na cama onde estávamos sentadas. — Você e Eddie transaram? — Ela arregalou os olhos com a minha pergunta, mas em seguida encarou o chão e suspirou.
— Ainda não. — Ela pareceu envergonhada ao dizer. — Eu quero muito, Nas, muito mesmo, mas... Ainda não me senti pronta o suficiente. — Ela fez uma pausa. — E se for péssimo? E se Eddie desistir de mim depois? Na verdade, se eu continuar demorando, talvez ele desista de mim antes mesmo de acontecer. — Ela despejou tudo. Pisquei os olhos algumas vezes, sem acreditar no que eu escutava.
— Genevieve Brooks, não quero mais te ouvir dizendo essas coisas. — disse, procurando os olhos dela com os meus.
— Mas, Nas, ele é tão experiente, esteve com tantas meninas... Até com você. — Engoli em seco com a última frase. — Eu não sou nada igual as mulheres que ele costuma transar. — Ela fez uma pausa, mas logo arregalou os olhos e finalmente olhou para mim. — Não que elas sejam ruins. Pelo amor de Deus, Nas, você é ótima...
— Eu entendi, Gen. — A interrompi, com um sorriso fraco no rosto. — Olha só, Eddie só fica com essas garotas porque ele sabe que é sexo fácil. Mas não com você, Gen B. Eddie está fazendo de tudo para te conquistar, e tenho certeza de que ele vai esperar o tempo que for necessário. — Arrumei uma mecha solta de seu cabelo preto. — Ele vai te dar o tempo que for, e quando acontecer, ele vai fazer ser o seu melhor momento. Vai por mim, conheço aquele cara há anos e sei que ele está completamente apaixonado por você, justamente porque nunca vi ele assim com ninguém.
Genevieve sorriu e suspirou, parecendo um pouco mais aliviada. Então, sua expressão mudou para uma assustada e bastante envergonhada.
— Ele tem algemas, Nas. — Ela sussurrou, como se falasse algo profano demais. Não consegui controlar uma gargalhada.
— Quem sabe você descobre que gosta? — respondi, ainda em meio a risadas da situação.
Genevieve ficou mais vermelha do que o normal depois do que eu disse, mas mesmo assim colocou um sorriso no rosto enquanto pegava o travesseiro e batia com ele na minha cabeça. Continuei rindo junto com ela, mas não mais pelo mesmo motivo, continuamos rindo pelo momento. Quando estávamos juntas era como mais um momento de calmaria na minha vida. Eu saberia que podia contar com Gen para absolutamente tudo e ela podia contar comigo. Minha melhor amiga, a irmã que eu nunca tive. Agradeceria sempre aos céus por tê-la comigo.
Noites evitando coisas profanas
Sua mão desliza pela minha pele
Eu me aprofundo em você tão lentamente
Não confesse nenhum dos seus pecados
Eu perdi a cabeça?
Me siga até o rio
Beba enquanto a água está limpa
Me siga até o rio hoje à noite
Estarei aqui de joelhos
(Follow Me Down - The Pretty Reckless)
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OIEEEE! voltei e com RECADINHOS!!
gente, a música que a Nas criou, é essa aí do começo e do final (Follow Me Down) E GENTE QUERO MTO MTO QUE VCS OUÇAM PQ É ASSIM Q IMAGINO A VOZ DELA!! até porque quem canta é a própria Taylor Momsen, que é a pessoa que eu imagino a nossa Anastasia! então sempre q vou descrever a voz da Nas, quero q vcs pensem SÓ na Taylor Momsen (gostosa)🛐
gente foi issoooo, gostaram da nova música da banda??? hihi, estão gostando da história? não esqueçam da estrelinha e sintam-se livres pra comentar, me ajuda mto
Bjin procêis💙
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