Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

05. RUSSOS NÃO SÃO REAIS, STEVE

— O que foi? Por quê a cara branca?

Max bombardeou a irmã no instante em que Layla colocou os pés para fora de casa.

— É que...

Mas nenhuma frase completa saia do lábios da garota, era como estar estática. Como se o acontecimento de minutos atrás não pudesse ser real. Billy Hargrove havia a beijado, e a maneira brusca que pressionou os lábios contra o dela — fez com que Layla perdesse os sentidos e a razão.

A mais velha não respondeu a pergunta da irmã, permaneceu quieta todo o caminho até Starcout. Na cabeça de Layla apenas passava e repassava o instante em que Billy a beijou. A maneira como seu pulso ardia por conta da força com que ele a segurou e como era possível sentir o gosto da boca dele no instante em que ele deslizara a língua dentro da boca dela, sem pedir permissão. Afinal, era o primeiro beijo da garota. Mas, Hargrove não sabia de tal coisa. Mesmo tendo dezesseis anos, Layla nunca beijou ninguém, pois até então não tinha interesse em nenhuma outra pessoa já que era apaixonada por Billy desde os treze. Então, ter sido ele o dono de seu primeiro beijo era no entanto, inusitado.

Desceram em Starcout poucos minutos depois, Onze e Max andando animadas na frente e Layla meio perdida para trás. Ela estava tão alheia às coisas a sua volta que nem lembrava que o seu quase assassino trabalhava ali.

As três entraram na primeira loja de roupas do primeiro andar, era a primeira vez que Onze estava em um lugar como aquele.

— Você gostou desse? — perguntou Layla, cruzando os braços na frente do peito ao ver a mais nova olhando apaixonadamente para a blusa azul a sua frente.

— Como eu sei... se eu gostei? — indagou ela, com a voz pacífica.

Max sorriu com a interação das duas.

— Ah, você só experimenta. — respondeu a ruiva — Até achar uma coisa que combine com você.

— Combine comigo?

— Isso. Não com o Hopper. Nem com o Mike. Você.

Layla foi quem sorriu dessa vez. Se havia uma coisa que a garota sabia diferenciar, era quando alguém estava sendo verdadeiro. Max gostava de Onze, a maneira que a aconselhou mais cedo e como a estava ajudando agora com as compras era algo que deixava Layla encantada.

Max era sua pessoa favorita no mundo inteiro. Era por quem ela morreria sem pensar duas vezes. E por a amar tanto assim, escolheu ficar longe dela. Se Layla não estivesse por perto, as coisas ruins não aconteceriam com a mais nova.

— Gostei desse. — exclamou Barnes.

Onze estava usando uma blusa azul e um chapéu amarelo, parada na frente do espelho sorrindo como uma boba. Max parou ao lado também, observando a roupa da amiga.

— Eu concordo.

Max tinha apenas seis meses de idade quando o acidente aconteceu, o primeiro de muitos. Layla se lembra de correr para o berço a tempos de ver a irmã sufocando. Claro que naquela época os pais acharam que tinha sido apenas uma coincidência o pequeno ursinho ter caído do justamente em um local onde impedia a bebê de respirar.

As três saíram da primeira loja com duas sacolas, logo entrando na próxima.

A expressão no rosto de Billy quando Layla o empurrou ainda estava intacta no consciente da garota, ela não parava de relembrar como ele a havia encarado. Quase com raiva, ou alguma outra coisa.

— Não vai me contar mesmo o que tá te deixando tão avoada? — perguntou Max a ela, enquanto Onze experimentava um vestido colorido.

— Depois, depois.

Murmurou a mais velha, olhando para fora da loja que por coincidência ficava a frente da sorveteria, a fazendo se lembrar do dia anterior.

— Pode voltar para casa primeiro, as duas, vou ficar mais um pouco. — reportou ela, antes de abandonar as mais novas.

• • • ₪ • • •

— Olá, olá.

Layla saldou em tom de brincadeira com um sorriso no rosto assim que entrou no ambiente, Robin retribuiu o sorriso do outro lado do balcão.

— Achei que tinha morrido de infecção, não tivemos mais notícias suas. — pranteou Robin.

Layla soltou uma risada nasalada se lembrando que ainda tinha band-aids em seu corpo.

— Infelizmente ainda não. — brincou de volta, se apoiando no balcão.

A mais nova procurou o outro marinheiro com os olhos tão rápido que Robin notou de imediato.

— Tá lá nos fundos lá com um dos filhos, pode entrar.

Layla hesitou por um segundo, sem saber o motivo. Afinal, não tinha razão nenhuma para falar com ele. Mas, já que estava ali o que custava falar um oi, não é?

Dito e feito, Barnes passou pela porta que levava até o outro lado e a primeira cena que vira fora Harrington andando de um lado para o outro com metade de uma banana na boca, a outra metade na mão e concentrado em algo em sua própria cabeça.

Na mesa tinha um livro vermelho e um gravador, sem contar na criança que olhava para Harrington atentamente. E ao fundo uma voz estranha saia do gravador. Quando a criança viu Layla, apertou o botão de pare.

— Ah, é... Oi.

Estava envergonhada, como se tivesse atrapalhado um momento importante. Sem contar na maneira que lembrou estar vestida, os fios de cabelo preso em um rabo de cavalo sem nem ter penteado, os joelhos a mostra — isso significava o machucado a mostra. Sem contar no curativo na testa.

Steve engoliu o pedaço de banana que estava na boca tão rápido ao ver a mais nova, que começara a engasgar.

— Layla, O-o-i. C-como você e-está? — bateu a mão esquerda no meio do peito, tentando recuperar o ar que fora tirado pelo alimento.

A mais nova sorriu diante aquela cena. Não estava percebendo a maneira que sorria todas as vezes que estava na presença daquele garoto.

— Essa é a Layla? — a criança apontou para ela — Layla a que você quase matou? Irmã da Max?

— É assim que estou sendo chamada? A que quase foi morta pelo ruim de volante aqui? — indagou Barnes, franzindo a testa para Steve.

Harrington balançou a cabeça em negação, notando que o pedaço de banana havia descido tudo finalmente.

Era só o que faltava no currículo dela, matar alguém sufocado por um alimento.

— Eu sou o Dustin. — o garoto estendeu a mão com um sorriso de orelha a orelha.

Layla a pegou sem hesitar, sorrindo de volta para ele. Claro que já havia ouvido sua irmã falar de Dustin, mas conhecer cada um de seus amigos era diferente.

— O que estão fazendo? — perguntou ela, olhando ao redor.

Steve apoiou a mão direita na mesa e a esquerda na cintura, olhando para a mais nova.

— Nada.

— Desvendando o vocabulário russo.

Dustin e ele falaram ao mesmo tempo. Ao perceber que o mais novo havia dito a verdade, Steve o lançou um olhar mortal.

Layla franziu as sobrancelhas, curiosa.

— O que? Russos? — perguntou incrédula, trocando olhares rápido com o mais velho.

— Eh, bom, — Steve coçou atrás da orelha — ele acha que interceptou um código russo.

— Russos aqui em Hawkins? Quais as chances? Impossível, não são reais, Steve. — Barnes disparou a falar.

Fora a primeira vez que pronunciou o nome do garoto e ele notara isso.

— Como sabem que os russos estão armando?

Layla entrou no jogo. Aquilo tava bem mais interessante do que ficar relembrando o beijo de Billy.

— Eles acham que pegaram russos malignos planejando contra nosso país nessa fita. — Robin enfiou a cabeça por entre a janela — E estão tentando traduzir mas não entendem uma palavra porque eles ainda nem perceberam que os russos têm um alfabeto diferente do nosso.

Steve e Dustin ficaram quietos ao serem esculhaçados daquela maneira.

— Interessante. — Layla foi quem quebrou o silêncio — Solta a fita, deixa nós duas ouvir.

— Por quê?

Dustin e Harrington perguntaram em uníssono novamente.

— Podemos ajudar, ué. — Robin foi quem respondeu — Eu falo espanhol, francês e tive uma banda por doze anos.

Dois segundos de silêncio se instalou no ambiente, Dustin e Steve voltaram a atenção para Layla.

— O que? — perguntou, cruzando os braços — Estão esperando eu dizer que também falo três idiomas? Pois, bem, não falo.

A criança revirou os olhos, Steve sorriu.

• • • ₪ • • •

— Já temos a primeira frase.

Layla abriu a janela, comentando para Harrington. Ele segurava duas casquinhas na mão e se virou tão rápido ao ouvi-lá chamar, que quase as derrubou.

— Sério? — indagou incrédulo.

A mais nova pressionou os lábios, se preparando para sua imitação mais barata possível.

— "A semana é longa." — seu sotaque falso soou ridículo.

A expressão de Steve mudou bruscamente de esperançoso para "é essa merda?".

— Legal, hein. — balbuciou sem graça.

— Sabemos, mas já é um avanço.

Sustentou o olhar mais um segundo com o mais velho, antes de fechar a janela novamente e voltar a atenção para os outros dois que tentaram traduzir mais frases.

Layla e os outros três nem perceberam como as horas se passaram tão rápidas, apenas quando viram que eram a única loja aberta que se deram conta que já era tarde. Mas, pelo menos haviam conseguido o que tanto queriam.

— A semana é longa. O gato prateado come quando o azul encontra amarelo no oeste. — Robin repetiu a tradução completa.

— Gente não dá. — Steve resmungou puxando a porta para baixo, a fechando — Não pode ser isso.

— Mas é isso. — bocejou Layla.

— Sinceramente? Eu achei ótimo.

Dustin comentou, acompanhando os passos das meninas.

— Como isso é ótimo? Sério. — resmungou Harrington mais uma vez — Lá se vão os heróis americanos. Isso nem faz sentido.

Barnes achou engraçado o comentário do mais velho, o fato dele se importar tanto assim com uma baboseira.

— Faz sentido sim. — comentou ela.

— É muito específico. É óbvio que é um código. — explicou Henderson.

— Como assim um código?

A cabeça de Steve parecia estar processando de uma maneira mais lenta que o normal.

— Um código supersecreto de espião. — Dustin exclamou como se fosse óbvio.

— Tá forçando a barra, hein.

— Não sei, será? — Robin se virou para Steve que andava mais atrás que os três — Só uma hipótese, vá pensar na possibilidade de ser mesmo uma transmissão secreta russa. O que você acha que iam dizer? "Disparem a ogiva ao meio-dia"?

— Exato.

— Verdade.

Dustin e Layla disseram ao mesmo tempo.

— A nossa tradução tá certa. Eu tenho certeza, então... "O gato prateado come", por que alguém falaria assim se não fosse pra esconder o significado da mensagem? — indagou Robin novamente.

— E por que iam tentar esconder o que significa a mensagem se a mensagem não for confidencial? — perguntou Layla, também dando corda.

Os três continuaram a conversar sem perceber que Harrington ficou para trás. Ao se virarem, notaram o mais velho parado frente ao cavalinho revirando os bolsos do uniforme.

— Steve?

— Uma moeda, eu quero, tem uma moeda aí? — indagou ele.

Layla foi quem enfiou a mão no próprio bolso do short puxando três moedas de uma vez.

— Não é alto demais para isso? — perguntou ela, jogando a moeda para Steve.

Ele se agachou rapidamente, enfiando a moeda no local certo. Um segundo depois o cavalinho começou a se mexer e a música a soar.

— É a mesma?...

Layla deixou a pergunta morrer, vendo a cara de espanto dos outros três.

• • • ₪ • • •

— Obrigado por ter ajudado hoje.

Agradeceu Steve a mais nova que estava sentada no banco do passageiro de seu carro.

— No começo achei que fosse bobagem, mas isso tá parecendo bem sério. — virou-se para ele, notando as pintas espalhadas por seu rosto.

Steve mantinha as duas mãos no volante, vez ou outra olhava para a menina.

— Bom... heróis americanos.

Brincou ele, estacionando o carro frente a casa de Layla.

— Obrigada pela carona. — agradeceu ela, descendo do carro.

Harrington também desceu. Se tinha uma coisa que havia aprendido desde cedo é nunca ficar no banco do motorista enquanto a garota entra em casa, seu lema é sempre esperar do lado de fora até ela estar segura. E mesmo que Layla não seja uma das meninas a qual ele vive em um encontro, ela querendo ou não, ainda é uma garota.

Layla enfiou as duas mãos no bolso do short, encarando o mais velho a sua frente. E bem ali, com Steve escorado no carro com a atenção totalmente sobre ela. Mesmo com o uniforme de marinheiro, dessa vez sem o chapéu na cabeça, Layla o achou bonito pela primeira vez.

— Te vejo amanhã? — perguntou ela, dando um passo para trás. Mas com os olhos presos nele.

— Te vejo amanhã.

As covinhas se estamparam nas bochechas de Steve Harrington ao sorrir para a garota. Ela se virou e começou a percorrer o caminho até entrar em casa, tudo isso levou segundos, literalmente meros segundos. Porém, no instante em que ela chegou na porta e apoiou a mão na maçaneta —, Layla se virou para olhá-lo uma última vez antes de entrar. Só que não fora apenas Steve quem ela viu.

Seu corpo gelou.

— Billy!!! — gritou o nome de Hargrove.

Mas já era tarde, o primeiro soco já havia acertado a cara de Steve.

Nunca escrevi uma história tão rápido como sendo aqui. Muito obrigada pelo apoio, vocês são incríveis.
Mesmo que eu demore um pouquinho a responder, irei responder o comentário de todas vocês.

Beijinhos e até agorinha ❤

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro