Capitulo 4 - Fernando
Luíza tem razão. Eu não tenho como conseguir tirar Carlos dela. Como também tem razão em dizer que ninguém vai me substituir, já que eu não vou permitir que aquele idiota toque na minha família.
Começo ser mais frequente com Carlos, primeiro por querer que ele goste mais de mim que do babaca que a mãe está namorando, segundo por querer saber mais sobre esse tal namoro. Hoje tem jantar beneficente da Ribeiro e eu até iria, mas já sei que Wiliam vai estar lá e não quero ficar no mesmo ambiente que ele. Se o vir tocar na minha Luíza eu vou socar a cara dele e não vai ser nada bom para os negócios...
Carlos novamente quis sair e fomos dar uma volta no shopping, jogamos boliche e depois fomos ao cinema, estava tudo perfeito até tocarmos no assunto da mãe.
— E ela vai à ópera com William hoje à noite. — ele completa ao finalizar seu milk-shake.
— Então pelo visto eles estão mesmo namorando sério. — digo desconfortável.
— Sim, pelo que entendi já estão até com planos de casamento. — Ele olha um folder e me encara. — Que massa!
— O que foi? — digo ainda sem entender. Estou meio aéreo.
— Vai ter uma corrida de motocicletas no clube Venot, deve ser muito louco ver essas motos correndo de perto.
— Gosta de motos? — Pergunto encantado, parece que temos algo em comum.
— Claro, quando puder dirigir vou pedir uma para meu avô. — diz sorrindo.
— Ei, por que não pede para seu pai? — Lhe dou um soco de brincadeira no ombro, ele ri. — Qual é filhão, eu posso até te ensinar umas manobras legais.
— O senhor nunca tem tempo pai. — diz parecendo sem graça. — Mas eu aceito se me der uma moto.
— Desde que prometa ser responsável. — digo sorrindo e pego o folheto. — Que tal irmos ver a apresentação?
— Eu vou adorar, e o melhor é que vai ser depois da viagem a Toronto.
— Que dia vão viajar mesmo? — Levantamos indo ao estacionamento.
— No carnaval.
— Acha que eu poderia ir com vocês? — Pergunto sabendo que Luíza faz todos os gostos dele. — Seria legal, viajarmos juntos de novo, né?
— Sim, mas mamãe agora está namorando e não sei se William vai gostar. — Dá de ombros e aponta algo. — Olha pai um labirinto do terror, vamos?
Concordo e vamos ao brinquedo, não que eu tenha notado algo em volta. Carlos ficou empolgado com o que estava vendo, mas eu estava aéreo novamente. Parte por que queria muito fazer Luíza parar com essa graça de namoro e parte por querer muito mesmo conquistá-la novamente.
Vamos a casa da minha mãe e assim que chego encontro Magda saindo com o esposo. Ele vai ao carro, mas ela para e me cumprimenta com um abraço caloroso, então me encara e segura em meu rosto.
— Maninho, você precisa voltar a viver.
— Boa noite a você também Mag. — sorrio e lhe dou um beijo no rosto.
— Vi como ficou olhando para Luíza no dia que ela assumiu o namoro. Por favor, mano volta a vida real e vai curtir novamente. — diz carinhosa como sempre. — Sabe que te amo demais para aguentar te ver desse jeito.
— Vim deixar Carlos aqui um pouco e vou dar um rolê rapidinho, estou bem mana. — Lhe dou um beijo na testa, mentindo descaradamente.
— Tá não faz besteiras. Te amo. — Vira para Carlos. — Ei sobrinho lindo, eu te amo bem muitão viu. Cuida desse pai velho.
— Tá bom tia. — Carlos vem até ela e lhe dá um beijo de despedida. — Vou ver o vovô, pai. — Me avisa e sai.
— Acho que deveria aproveitar seu filho mano, ele está crescendo rapidamente e você está gastando energia demais com Luíza quando está na cara que ela está seguindo a vida. — Me beija novamente. — Te amo mano, até mais. — Vai embora.
Fico pensando no que Magda disse e aceito que realmente ela tem razão, mas é difícil meu cérebro concordar, eu errei feio com Luíza, e realmente almejo seu perdão. Além disso, estou certo de que se ela me der mais uma chance com certeza tudo vai mudar. Posso mostrar a ela o que realmente sei e finalmente seremos completos, podemos até mesmo ter outro filho...
O problema é que minha mente pensa direito e com clareza apenas até o momento em que Carlos começa falar com o avô sobre o namoro da mãe com William. Ele não só parece empolgado como também parece aprovar. Começo beber um whisky do meu pai, depois pego um pouco de Vodka, então logo minha mente começa trabalhar contra mim.
Magda tem razão estou gastando energia demais com Luíza quando ela nem mesmo é boa de cama, nem mesmo sabe o que é ser obediente ao marido. Eu deveria estar grato por ela estar querendo distância, e eu estar livre. Deixo Carlos na sala com meu pai e ligo para Luana, ela já estava me enchendo o saco a uma semana e eu preciso desestressar, uma noite de sexo será ótima.
ELA — Oi Fê. — Ela fala o apelido que não gosto. — Resolveu que quer minha companhia?
EU — Está ocupada amanhã a noite?
ELA — Sim, mas tô livre hoje, posso ficar disponível a você a noite toda.
EU — Estou com meu filho essa noite, mas queria muito sua disponibilidade.
ELA — Podemos esperar ele dormir e então aproveitamos a noite toda, vou adorar sentar no seu colo sem roupa.
EU — Porra, já gostei muito disso. — digo já louco para chegar em casa com ela. — Vou te buscar aí, passamos aqui e pegamos meu filho.
ELA — Certo, vou colocar o mínimo de roupa possível. — Diz e desliga.
Digo a Carlos que já volto e ele continua falando com meu pai sobre a mãe e William, o que me deixa mais irritado e louco para acabar com essa tensão idiota. Pego Luana na casa dela e já no portão damos uns amassos, ela é muito gostosa e estou um tanto alto por conta da bebida. Levo-a para casa dos meus pais e a apresento. Meu pai olha sem gostar, mas é educado e Carlos a observa sem falar nada.
Chegamos em casa e logo Carlos diz que vai ao quarto, Luana já sobe em meu colo atacando minha boca, e acabamos dando mais uns amassos no sofá.
— Luana, espera, meu filho está em casa, lembra? — digo ainda atacando seu pescoço. — Temos que dar um tempo.
Bom... Luana não é nada do que pensei, ela é uma cliente minha e seu caso já foi solucionado, mas nunca imaginei que ela era louca a esse ponto... Depois de beber só um pouco, ela está falando alto e rindo de tudo como se já tivesse bebido todas as bebidas do mundo. Eu ainda estou lúcido, e com dor de cabeça de ouvi-la rir sem motivos.
Meu trabalho exige que eu tenha uma companheira séria e determinada, ela pode e deve ser muito boa de cama, mas precisa ser recatada no dia a dia, preciso passar aos clientes a seriedade do meu trabalho mesmo na minha vida pessoal, Luana parecia isso, mas essa louca a minha frente está longe de ser quem eu pensei.
Ouço a campainha, e como pedimos pizza vou atender. Para minha surpresa é Luíza, ela está linda com um vestido de um ombro só e meu peito se enche ao imaginar que ela tenha resolvido me dar uma nova chance e que tenha notado que o tal William não é nada. Mas então ela me surpreende.
— Vim buscar meu filho, Fernando.
— Ele está dormindo, e hoje é meu dia com ele. — digo ainda sem entender.
— Carlos. — Ela o chama sem entrar. — Está com cara de quem bebeu muito.
— Ele está dormindo, eu disse. — fico irritado, que droga de mulher desobediente, porra! — Não bebi quase nada, se quiser entrar te mostro como ainda estou bem.
— Você precisa de um banho gelado e cama.
— Está se oferecendo para fazer o serviço? — Me aproximo para lhe mostrar o quanto estou sóbrio e levo um susto com o imbecil. — O que está fazendo aqui seu imbecil? Está perseguindo minha mulher? Quer que eu mande te prender? — Luíza para na minha frente. — Ele sabe que não te merece, está até te perseguindo. Vou te proteger, Luíza. — Toco o rosto dela, ela afasta. — Amanhã consigo uma, Ordem Judicial, contra ele.
— Cala a boca, Fernando. — Luíza me empurra, e fico perplexo e um tanto excitado posso dizer. — William, está comigo e quem vai procurar uma, Ordem Judicial, será minha pessoa, e contra você.
— Eu que bebo e você fica louca? — Acabo rindo. — Não estou te perseguindo, só quero minha família de volta. — William chama Carlos. — Tira a mão do meu filho! — Vou ir lhe dar uma lição, Luíza me segura dando uma chave de braço.
Luíza nunca agiu desta maneira comigo e se tivesse mostrado essa agressividade durante nosso casamento, com certeza, eu a teria mostrando umas coisinhas que fantasiei por anos e nunca lhe disse. Caramba, preciso muito tê-la de volta.
— Te disse para calar a boca, Fernando. — Me encosta no portão; falando baixo. — Dá próxima vez que quiser brincar com suas mulheres e beber feito um louco, deixe meu filho comigo, ele não é obrigado a ver essas coisas. — Fico ainda mais tentado em puxá-la para um beijo.
Acabo voltando a realidade ao notar que ela vai levar meu filho quando é meu dia com ele. Ela me lembra sobre nosso acordo e mesmo eu tentando resolver a situação acabo me ferrando quando Luana resolve aparecer no meio da discussão. Para piorar ela está com a camisa social aberta mostrando o sutiã.
— Acho que não preciso dizer a parte do acordo que você violou, correto? — Luíza fala, e a encaro.
— Então aonde nosso filho deveria estar? Com você na sua casa dando para esse aí. — Aponto para William, muito irritado.
— Quem são esses? — Luana para ao meu lado e segura no braço.
— Sou a mãe do Carlos. — Luíza diz irritada.
— Ahhh sim, veio buscar o menino? — Ela está tão bêbada que só sabe rir. — Melhor ainda, assim não terremos mais nada para atrapalhar, Fê. — Olha para Luíza. — Você é bonita.
— Obrigada, e não se preocupe, Carlos não irá atrapalhar suas noites. — Luíza diz sendo sarcástica. — Quando vier pede para o Carlos me ligar, eu venho buscá-lo assim que você chegar, não gosto que meu filho atrapalhe o pai dele.
— Ele não estava atrapalhando nada. — digo entre dentes, irritado.
— Como não, Fê? — Luíza usa o apelido, com sarcasmo, e prende o riso. — Sua... Bem... A menina acabou de dizer que atrapalha. — Faz pouco caso olhando Luana, sabe que não é um relacionamento sério que eu teria, além disso, quero ela.
— Sou Luana, muito prazer viu.
— Claro que é um prazer. — Luíza apenas ri. — Para pegar, Carlos novamente, vamos conversar com doutor Sobral antes. Tenha uma noite agradável com a Luana. — digo que não pode levar Carlos, ela fala em alto e bom som o que Luana não pareceu ter notado. — Ele me disse que você estava com uma mulher e precisei vir ter certeza... Afinal sabemos que ele poderia ficar se fosse uma mulher que seria única na sua vida — olha Luana —, mas não é o que parece.
— O que ela quer dizer, Fê? Não disse que sou sua namorada? — Só pode estar bêbada mesmo.
— Luana, é sua namorada oficial? — Luíza pergunta de uma forma sarcástica, e cruza os braços na frente do corpo. — Tenham uma boa noite. — Sai quando não respondo.
Estou com os nervos à flor da pele, e deveria aproveitar Luana para dar uma relaxada, mas não é o que eu quero. Lembro-me de Luíza me pegando de jeito no portão a pouco e minha vontade de reconquistá-la só cresce...
Dias passaram e a tensão só cresceu. Entendam... Eu estou fazendo um esforço sobre humano para reconquistá-la, mas nada, absolutamente nada, tem dado certo. Tenho mantido minhas mãos e boca longe de outras mulheres, e quando faço, as mantenho longe de minha casa e minha vida, tenho me esforçado ao máximo para estar com Carlos e acompanhar sua rotina sempre que dá, e mesmo assim ela parece estar apenas focada em William.
Hoje Carlos faz 13 anos e estou apreensivo, sei que combinamos que iriamos contar sobre nosso divórcio e sei também que ele tem cobrado a verdade, mas confesso que estou morrendo de medo... Não deveria já que ele é meu filho, mas o conheço bem para saber o quanto parece com Luíza e como vai querer me matar ao descobrir.
A festa dele esse ano realmente me surpreendeu, está uma bagunça e cheio de pessoas... Digamos pouco convencionais. Eu disse a Luíza que levá-lo aquele lugar daria nisso, ela não quis me escutar, agora olha a bagunça que isso está.
A parte boa é que não vi William, parece que finalmente soube que não é seu lugar, que o filho é meu e que eu tenho a prioridade. Fico ainda mais feliz quando Vitor vem lhe dizer que William a chama no escritório para conversar, acho bom ele saber que pelo menos no aniversário do meu filho precisa manter distância. A parte que me assustou foi Vitor ter sido tão enfático ao dizer que me quer longe de Luíza, ele nunca usou esse tom comigo, sempre fomos próximos.
— Pai, vamos embora? Quero ter a conversa que me prometeram. — Carlos aproxima.
— Claro, vamos avisar sua mãe. — digo sentindo meus músculos como pedra.
— Podemos conversa sobre o assunto lá? — Carlos pergunta, e Luíza fica tão tensa quanto eu. Não sei por que já que eu serei o mais crucificado. — Vou com o papai e te encontramos lá.
— Tudo bem querido, vou pegar seus presentes e levo no carro. — Carlos assente e me puxa.
Vim o caminho todo distraído com meus pensamentos, não sei o que vai acontecer, mas estou morrendo de medo de perdê-lo. Estou quase morrendo por ter perdido Luíza e estou certo de que morreria se ele me odiasse, por mais longe que eu seja do meu filho, eu o amo, mesmo que não demonstre tanto quanto Luíza. Sou orgulhoso por ele ser um garoto inteligente e muito amoroso. Não consigo ser o pai carinhoso e presente, às vezes, até tento, mas parece que estou sempre fazendo errado.
Chegamos e até Luíza chegar em casa, ficamos meio sem ter o que fazer, eu não sei ser brincalhão e na realidade, não estou com a mente boa para tentar isso agora. Estou mesmo tenso.
— Demorou mãe. — Carlos diz impaciente.
— Sobre o que falaram? — Luíza deixa a bolsa sobre a mesa de centro.
— Sobre a festa apenas. — Respondo, desconfortável.
— Mãe, acho que já sei o motivo que vocês separam, foi por minha culpa não foi? Vocês não tinham tempo para ficar sozinhos, era isso, não é? — Carlos começa falar e fico mais tenso.
— Filho, você nunca será culpado por uma decisão nossa, lembre-se disso. — Luíza o beija dizendo o que eu diria. — Fernando... — pede que eu inicie.
— Filho... O assunto é bem delicado e já te disse várias vezes que me arrependi de ter separado de sua mãe. — Começo andar pela sala. — Não sei por onde começar.
— Que tal o motivo da separação. — Luíza sugere impaciente.
— Me conta mãe. — Carlos a encara.
— Seu pai me traiu com uma secretaria dele filho, foi isso. — Levo um susto com o modo dela falar.
Sinto o oxigênio do ar ser sugado de uma única vez. Olho meu filho remoendo a informação e engulo em seco.
— Você traiu minha mãe! — Carlos levanta irritado. — Vive me falando sobre respeito e agora descubro que traiu minha mãe e com sua secretaria. — diz muito irritado gesticulando.
— Querido... — Luíza vai arrumar, eu acho, mas ele não escuta.
— Então todas as vezes que me disse que ainda queria ser uma família estava mentindo... — Me acusa, como se soubesse bem o que fala.
— Claro que não. — Acabo me alterando, ele é só uma criança, não pode falar assim. — Quero sua mãe de volta, já disse que me arrependi.
— Se quisesse minha mãe não teria traído ela, como fez algo assim? Isso é horrível. Minha mãe sempre foi legal, nunca nem te respondia, eu lembro disso. — Diz convicto.
— Você não tem idade para saber essas coisas, Carlos. É muito novo não é homem ainda, não sabe os motivos que tive. — digo muito irritado.
— Não sou homem? Não sou? — Carlos diz indignado gesticulando mais. Só então noto a merda que eu disse. — Sou homem suficiente para saber que se tenho uma mulher como minha mãe não a trairia. Minha mãe é linda e educada... E vem me dizer que teve motivos, me responde os motivos então, quero saber. — Cruza os braços na frente do corpo completamente rígido.
Esse menino não parece meu filho, não parece o mesmo menino que uns dias atrás estava reclamando por ter perdido um jogo de vídeo game, esse menino está parecendo um homem adulto, mas ainda assim ele não tem idade para esse tipo de assunto, é muito novo.
— Já disse que você é criança demais para isso, Carlos não é assunto para você. — Carlos aperta tanto o maxilar que me preocupo, seu corpo inteiro está rígido.
— Quer saber... Sou mais homem que você... — Fico mais irritado ainda. Que porra é essa? Ele é meu filho, me deve respeito! — Posso não ter idade para saber o que você não quer contar, mas sei o que é respeito e sei que quem ama respeita. — Ele está me dizendo que não me ama? — Nunca amou minha mãe, vai ver nunca me amou também. — Está prestes a chorar e lembro-me que é apenas um adolescente. — Tudo uma mentira, uma mentira atrás da outra... — Começa andar bagunçando os cabelos. — "Amo sua mãe, Carlos". — Me imita e vira com a respiração pesada e olhos semicerrados. — Mentiroso. Nunca a amou, nunca me amou... — Explode de vez, já em lágrimas.
— Já chega, Carlos chega! — Luíza levanta e interfere. — Já sabe o motivo e agora o porquê não contamos antes.
Ele sempre foi louco pela mãe e sempre a colocou sobre um pedestal, mas nem mesmo ela, perdoou. Falou que ela o havia enganado e que estava mentindo para ele me respeitar. Senti meu peito afundar ao notar o quando ele a magoou falando isso. Ela não contou antes para que eu pudesse ter tempo de o conquistar, poderia ter feito minha caveira para ele a anos atrás, mas não fez e agora até ela sofreu.
Fico mais determinado em conquista-la. Nunca a mereci, mas agora que tive o desprazer de ter me divorciado dela, sinto que preciso muito fazê-la feliz, preciso dar a ela o céu, tudo que ela quiser.
— Deixa ele se acalmar, Lu ele precisa de tempo. — Fecho os olhos. Tentando me convencer do mesmo.
— Não toca em mim Fernando. — Solta o braço de minha mão, irritada. — Tenho sido paciente até agora com você, segurei esses anos para contar a Carlos para que ele não te odiasse, mas já chega. — Se aproxima. — Não estou nem aí pelo que ele disse a você, falei durante esses últimos anos que deveria se esforçar para mostrar a ele que é um bom pai, mas pelo visto não fez um bom trabalho. — diz séria. — Perdoo tudo que me fez e sabe disso, mas se eu perder meu filho por ter demorado a contar, juro Fernando, vou tornar sua vida um inferno. — Sai de perto e sobe.
Fico pensando que ela disse que me perdoa. Ela sempre diz isso, mas agora foi mais convicto. Se me perdoa talvez seja uma boa hora para tentar conquistá-la novamente, pelo visto William realmente caiu fora. Quando ela desce, está devastada, tento ser carinhoso, mas ela me afasta dizendo que eu volte depois para falar com ele. Porém, deixá-la assim parte meu coração.
— Me deixa ficar com vocês, a culpa é toda minha, Lu você não deveria ser culpada. — Ela afasta. — Me deixa ficar aqui, quando ele se acalmar podemos conversar de novo.
— Você o ofendeu, Fernando. — passa as mãos pelo rosto. — Disse a ele que não era homem ainda. — Segura o choro. — Meu filho já é um homem, Fernando ele sabe perfeitamente o que é sexo, sabe os desejos do corpo.
— Com certeza anda vendo você com seu namorado por aí. Já está até toda romântica dizendo que AMA ele. — falo antes de notar.
— E EU O AMO mesmo, Fernando, AMO tanto que o respeito mesmo ele estando longe daqui. — Isso me chama atenção.
— O que quer dizer?
— Vai embora da minha casa, Fernando quando Carlos acalmar ele te liga. Tenha uma boa noite. — olha o celular e atende. — Só um minuto, William. — Volta falar comigo. — Te acompanho até no portão. Tenha uma boa noite...
— Se não me ligar amanhã, vou vir aqui. Não gosto de sair e te deixar desse jeito.
— Vou sobreviver, Fernando não é a primeira vez que passo por isso. — diz fechando o portão.
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