₍🌞₎ Desejos
"Mark não queria estar ali. Foi obrigado a acompanhar o casal de amigos para uma festa, odiava lugares tumultuados e cheios de gente bêbada. Mas fez esse esforço. Era isso ou correr o risco de Taeyong bater o carro na volta para casa.
Assim que adentraram o lugar, o Lee já se arrependeu amargamente. Taeyong era tão importe assim para si? Era, infelizmente era.
Seguiu seus Hyungs até uma mesa do salão aonde se encontrava mais alguns meninos, entre eles um que parecia meio perdido.
- Trouxe alguém para bancar o motorista Taeyong? - Disse um cara baixinho, o qual Mark não fazia idéias de quem era.
- Mark precisa curtir a vida. Ele banca o responsável e se esquece que tem apenas vinte e um anos. - Disse o Lee, passando a mão pelo cabelo do mais novo, que apenas suspirou.
- Então seu nome é Mark? - Dessa vez quem falou foi um homem com o rosto angelical, poderia ser confundido com um anjo, se não estivesse com um copo na mão cheio de bebidas que o mais novo nem conhecia. Apenas murmurou um "Uhum" como resposta.
- Bom Mark, esses são: Taeil, Johnny, Jungwoo, Lucas, Doyoung e... Donghyuck. - Falou apontando para cada um. Não entendeu a alegria do Lee em dizer o nome do último citado, estava muito concentrado em observar o rosto de Donghyuck.
- Bom, eu não sei vocês, eu vou dançar. Anda Yukhei. - O de rosto angelical, que agora já sabia que se chamava Jungwoo, disse puxando consigo o que Mark julgava ser seu namorado. Logo depois todos os outros foram, restando apenas ele, Donghyuck e Doyoung.
- Bom, eu vou lá ficar de vela. Hyuck, não beba, Mark, cuida dele para mim?
- Cuido?
- Obrigado. - Se levantou e foi atrás dos outros. Os dois restantes ficaram se encarando, até Mark se sentar em frente a Donghyuck.
- Você parece meio perdido, Mark.
- Você não está diferente, Donghyuck. Não gosta de festas?
- Gosto, mas não posso ir em muitas. E quando vou, os meninos não me deixam beber, então nem aproveito. - Deixou um biquinho se formar em seus lábios, naquele momento Mark pode jurar que ele sim era o anjo entre eles. - E você? Não gosta?
- Não gosto de muito barulho. Por que não bebe?
- Você faz muitas perguntas, sabia? - Mark não respondeu, apenas ficou quieto observando o outro. - Desculpa.
- Tudo bem. Eu sou meio curioso, mas me conta, vai?
- Digamos que é pelo fato de eu ser muito novo. Acabei de virar adulto.
- Entendo. Nesse caso, julgo ser mais velho que você?
- Pelo que vi sim, Hyung. - Mark jurou ver um sorrisinho arteiro no canto dos lábios do outro. - Me chame de Hyuck, ou Donggie.
- Ok, Hyuck. - Falou no mesmo ton que o outro, arrancando um riso do mais novo. O Lee mais velho podia jurar que aquele era o som mais perfeito do mundo.
Continuaram conversando, até passar alguém entregando bebidas e Mark pegar uma. Quando estava prestes a beber viu os olhinhos do mais novo sobre si.
- Vamos fazer o seguinte, eu te dou um pouco e você não conta para ninguém, pode ser? - Falou baixo, mesmo que ninguém fosse ouvir, graças a música alta.
- Hum, não sei.
- Aproveita, eu normalmente sou responsável, só terá essa oportunidade. - Sem nem se dar conta, o outro já havia arrancado o copo de sua mão e tomado um gole. - O que me diz?
- Isso é horrível. Eca. - Riu da cara do mais novo, mas ficou confuso ao ver ele beber mais. - Não me olha assim, temos que aproveitar as oportunidades que a vida nos da, não sei quando vou poder beber de novo, ou se vou fazer isso de novo. - E riu pela segunda vez na noite.
Mark não sabia, mas aquela noite seria cheia de risos. Descobriu que Donghyuck se soltava mais depois de apenas dois goles, uma criança bebendo pela primeira vez. O lado ruim era que ele não ficava quieto, com certeza o único momento em que se calou por completo foi quando teve os lábios do canadense sobre os seus. Talvez os dois tivessem se soltado mais por conta da bebida, mas nem perceberam. Só se tocaram no que estavam fazendo quando escutaram alguns gritos, vindos de ninguém menos do que o bando de doidos que se diziam os adultos ali.
Naquela noite muita coisa aconteceu, principalmente para Donghyuck. Ele havia bebido pela primeira vez, e beijado alguém pela primeira vez, ele sabia que não podia fazer isso, mas se sentiu tão solto que naquele momento não era ele agindo, e sim o Lee Donghyuck sonhador, o que sonha em fazer coisas simples, mas que sempre é bloqueado por algo.
Ele gostou daquela sensação, por isso passou a noite inteira ao lado do mais velho, e sempre que os outros se distraiam, ele roubava um selinho do mesmo. Tinha que aproveitar, talvez acordaria amanhã e não lembraria de nada.
⊱⋅ ──────────── ⋅⊰
Para a infelicidade de Donghyuck, ele se lembrava perfeitamente da noite anterior. Além de acordar com a lembrança dos lábios do canadense, acordou com dor de cabeça. Nada fora do normal.
Apenas se levantou, fez sua higiene e foi para a sala, encontrando Doyoung sentado em uma das banquetas do balcão da cozinha.
- Bom dia, Hyung. - Abraçou ele por trás pondo a cabeça no ombro do mais velho.
- Bom dia, tá com dor? Enjôo? Tontura?
- Eu to bem, na medida do possível. - Saiu de trás dele indo pegar algo para beber.
- Pode me contar o que deu em você ontem para beijar o Mark?
- Eu bebi. - Falou e se assustou com a cara que o Kim fez. - Eu gostei, porque a partir dali, era Lee Donghyuck comandando. Ele estava tomando suas decisões.
- Você não pode beber Hyuck!
- O que um copo muda, Hyung? Nós já sabemos o meu fim, deixa eu pelo menos aproveitar.
- Um copo te tira dias de vida, Hyuck. Você já fez o milagre de sobreviver por um ano sem cirurgia, não poem tudo a perder.
- 'Tá, já entendi. Eu sei bem o que me mantém vivo. Eu só queria poder realizar os meus sonhos antes de...
- Não completa essa frase! Não gosto de pensar nisso.
- Ok, Hyung. O que vamos fazer hoje? - Se sentou em frente ao Kim começando a beber seu café.
- Vamos passear em um parque. Junto com os outros, dessa vez todos, Mark vai 'tá lá.
- Ok. Ai... - Largou a xícara em cima do balcão e colocou a mão na cabeça.
- 'Tá tudo bem?
- 'To bem. O que a gente vai fazer hoje? - Escutou um suspiro do Kim, mas não entendeu o porquê.
- Vai se arrumar Hyuck, nós vamos sair.
- Ok. - Se levantou e foi em direção ao quarto. Quase caiu, mas conseguiu se apoiar. - Eu 'to bem!
Doyoung apenas olhava, ele só podia fazer isso. Alguns meses atrás ele era seu solzinho alegre, hoje em dia está mais apagado, e parece que quanto mais tempo passa, mas ele perde a luz até um dia se apagar por completo e todos a sua volta só vão poder lamentar. O único que podia salvar Donghyuck, era o próprio, mas ele não fazia muita questão.
⊱⋅ ──────────── ⋅⊰
Assim que chegaram ao parque, foi possível ver o "pequeno" grupo de pessoas. O qual eles foram logo se juntando. Nada foi dito sobre a noite passada, Mark apenas observava eles conversando, não tinha muita intimidade, então apenas escutava a conversa. Ou tentava, já que a sua atenção sempre caia em um certo alguém que fez com que a sua responsabilidade fosse embora na noite anterior.
Aproveitou o momento em que todos estavam ocupados tirando foto para puxar o Lee mais novo para um canto.
- 'Tá tudo bem?
- A gente precisa conversar.
- Sobre?
- Ontem.
- O que teve ontem? - Naquele momento as fantasias de Mark caíram. Donghyuck seria o tipo se cara que beija e no outro dia fingi que não lembra?
- O beijo. A gente se beijou!
- Ah sim. Mark, desculpa, mas independente do que você quer, a resposta é não. - O Lee se surpreendeu.
- Você 'tá diferente, aconteceu algo?
- Eu só quero aceitar a realidade. Ontem foi bom, para o meu primeiro beijo, foi algo perfeito. Mas eu não posso correr o risco de me apaixonar, entende?
- Nem parece o Donghyuck de ontem.
- Porque não é o Donghyuck de ontem. Porque nunca será o Donghyuck de ontem, o Donghyuck do passado morreu, e o do presente está morrendo. Então não espere algo de mim, porque não dá. Uma ficada não dá, um namoro não dá, nada dá. Entende?
- E uma amizade?
- Isso talvez dê...
- Você pode me explicar o porquê dessa mudança de humor?
- Não tem explicação. Esse sou eu, na verdade, esse é ele. Ele está dentro de mim, ele me controla, então tudo que eu sou, não sou eu de verdade. - Passou pelo mais velho voltando a ficar com os outros.
Mark estava perdido. Ele? Passado? Morte? O que diabos o Lee queria dizer com isso. Seria uma desculpa para afastar o mais velho de si? Se fosse, ele estava de parabéns, sabe atuar muito bem.
Parou de pensar quando notou a presença de mais alguém no local.
- Saeng? - Disse Taeyong se aproximando, percebendo a confusão do canadense.
- Sim?
- Hyuck te deu um fora? Te deixou confuso na certa? "Ele me comanda, eu não sou eu, e sim ele"
- Exatamente. Quem é ele, Hyung?
- "Ele" faz parte do Hyuck. Quando nós nos juntarmos, eu tento te explicar, talvez você entenda. - Se afastou.
Quem era esse ele?
Apenas deixou de lado e se juntou aos outros, em meio a conversa todos tocaram em um assunto que fez todos ficarem sérios. E pelo visto Mark era o único que não entedia.
- Como vai o tratamento, Hyuck? - Perguntou um chinês. Esse que, se Mark se lembrasse bem, se chamava Renjun.
- A mesma coisa. A mesma dor, alguns dias a mais, apenas prolongando o inevitável.
- Não é inevitável quando se tem a opção de operar. - Desa vez foi Taeyong quem falou, encarando o canadense.
Mark só conseguia pensar em uma coisa, ele torcia para não ser verdade. Apenas escutava.
- Operar para que? Morrer mais cedo? A qual é, quem sobrevive com apenas trinta e oito porcento de chance? Eu vou é perder os meses que eu lutei para conseguir.
- Não tem como fazer você mudar de opinião não é? - E novamente o chinês perguntava.
- Eu só quero que vocês aceitem, e façam um enterro perfeito, do jeito que eu quero. A luz do dia, com o sol brilhando bem forte. E todos de branco, ok?
- Ok, Hyung. - O mais novo do grupo disse.
Mark percebeu que todos seguravam as lágrimas, ele mesmo estava segurando, mesmo não sabendo exatamente o que era. Já havia percebido que algo não estava certo e esse "ele" não era uma coisa boa.
- Do que a gente estava falando? - Perguntou o Hyuck, fazendo todos soltaram uma pequena risada e voltarem a conversas sobre assuntos aleatórios.
Donghyuck não havia esquecido, mas as vezes esse era o melhor. Esquecer tudo e viver, sem ligar para o futuro.
Ele deveria ter pensado nisso antes de ser grosso com o canadense, mas não faria diferença. Mark era bonito, beijava bem, era perfeito, Donghyuck seria apenas um ficante de alguns dias. E ele não precisava se sentir culpado, era só por na sua cabeça que a culpa não era sua, e sim "dele".
⊱⋅ ──────────── ⋅⊰
Todos já haviam ido embora, todos menos Mark, Taeyong, Doyoung e Donghyuck. Segundo os mais velhos, iriam tirar fotos para o álbum que eles estavam fazendo de todos os passeios do mais novo. Para guardarem. Enquanto eles procuraram algum lugar bom para as fotos. Deixaram os mais novos para conversarem.
- Pelo jeito "ele" não é bom.
- Você não deveria ligar tanto. Não sou nada seu, apenas um amigo, isso se podemos nos tratar assim. Ou melhor, somos apenas dois caras que se beijaram em uma festa. Pronto. - Sorriu e voltou a observar tudo em volta.
- Você me encantou. Não sei o porquê, algo em você me chamou a atenção. Achei que você pudesse evoluir de ficada em festa para algo mais formal. - Falou e fez o mais novo rir. Aquele riso que arrancou sorrisos bobos de Mark na noite passada.
- Você não se encantou por mim, e sim por "ele". "Ele" encanta as pessoas. Não eu.
- Eu não ligo para "ele" e sim para você.
- Tentar se envolver comigo é pedir para sofre Mark, não faz isso. Você me parece muito precioso para isso.
- Eu não me importo. Não vou me afastar, vou continuar ao seu lado. Que nem os outros.
- Só vai ser mais um para chorar quando "ele" me levar embora.
O Lee mais velho conseguiu percebeu uma pontada de tristeza no olhar de Donghyuck. Só não entendia o porquê de estar se importando tanto com alguém que conheceu na noite passada.
- Aonde "ele" fica?
- Na minha cabeça. No cérebro para ser mais exato. - Naquele momento Mark pode entender a gravidade do problema. Se assustou com a tranquilidade de Donghyuck em falar aquilo.
- A quanto tempo?
- Eu descobri a um ano atrás. Eu não queria me tratar nem nada, mas os médicos falaram que se eu não tentasse ao menos diminuir ele por radioterapia, eu não duraria quatro meses. Então eu trato, já faz um ano. Mas a estimativa para alguém que não quer a cirurgia é de quinze meses. - E mais uma vez Mark estava quase chorando, deixou uma lágrima escapar quando o mais novo direcionou seus olhos aos seus. - O meu tempo está acabando, no maximo uns quatro meses.
- E por que não opera? Não é mais fácil? Donghyuck...
- Você não entende. Chegou ontem, os meninos que estão desde o começo comigo não conseguiram me convencer. Poxa, eu só quero realizar os meus sonhos, ser feliz e não pensar nisso. Eu tenho tão pouco tempo, mas tantas coisas que eu queria descobrir. Você ontem me fez descobrir duas coisas...
- Quais?
- Sentir o perigo de ser pego fazendo algo que não devia. E o de sentir os lábios de alguém nos meus. Isso parece idiota, não é?
- Não, não parece. - Pegou na mão do mais novo o puxando para mais perto. - Não é idiota. É você...
- É "ele".
- Tenta esquecer "ele". Não pensa que tudo que você faz é por causa dele, é porque você quer. Você.
- É difícil esquecer algo que fica na minha cabeça, literalmente. - Soltaram uma risada com o final da frase. - Que errado, não pode rir disso Mark Lee.
- Desculpa. - Por um momento Mark achou que ele estava mesmo magoado, mas mudou de opinião quando viu um sorriso no canto da boca do mesmo. Apenas revirou os olhos, escutando mais uma vez aquele riso que faz ele repensar em seus sons favoritos.
- Mark...
- Fala.
- Me beija?
- Quem está pedindo isso?
- Eu.
Mark não pensou em mais nada, só se aproximou mais um pouco e deixou um selinho simples nos lábios do mais novo.
E se ele falasse que sentiu falta disso? Seria possível ter se viciado nos lábios de Donghyuck em apenas um dia?
- Isso não é um beijo.
- Mas é tudo que você vai ganhar.
Antes de Donghyuck pensar em protestar escutou os mais velhos chegando.
- Ok, não pode nem mais se perder que os adolescentes já estão se pegando?
- Cala boca, Taeyong.
- Mas você me respeita Mark Lee.
- Deu os dois? Hyuck, a gente achou um lugar para foto, vem. - Saiu puxando o Lee mais novo do local.
Enquanto os três estavam ocupados tirando foto, Mark apenas pensava em alguma maneira de mudar a opinião de Donghyuck. Mas pensaria depois, estava muito ocupado escutando a risada do mais novo, que mesmo misturada a dos mais velhos, era o som favorito de Mark.
⊱⋅ ──────────── ⋅⊰
Havia se passado uma semana, Mark e Donghyuck estavam mais próximos. Bem mais próximos.
Sempre que podia, Mark ia visitar o mais novo. Aprendeu a conviver com as perdas de memórias, tonturas e enjôos dele, na primeira vez quase teve um treco.
Ele se apegou tanto ao coreano durante essa semana que a possibilidade de perder ele era algo que Mark não sabia como lidar. Taeyong havia dito que nada fazia Donghyuck mudar de ideia, mas será? Eles tentaram de tudo mesmo? Mark queria tentar, mas tinha medo do mais novo ficar chateado. Mas era um risco que deveria ser corrido.
Por isso assim que saiu do elevador do prédio do Lee, já estava com a ideia de tentar de tudo para convense-lo a fazer à cirurgia.
Chegou na porta do Lee mais novo e tocou à campainha. Esperou alguns segundos até ela ser aberta, revelando um Donghyuck com uma carinha de sono.
- Mark hyung? Que foi? Que hora é? - Perguntou dando espaço para o mais velho entrar, fechando à porta logo depois.
- Quero falar com você. São dez da manhã. Como você está?
- Dor de cabeça, quero café. - Foi para cozinha, sendo acompanhado por Mark.
- Donggie, podemos conversar sobre à operação?
- Que operação?
- A sua.
- Sério que me acordou as dez da manhã de um sábado para falar disso Mark Lee?
- Alguém tem que falar! Hyuck, você 'tá ficando pior, nem sai de casa se alguém não for junto. Doyoung tem que vir aqui todo dia porque você caiu no meio da semana!
- Eu sei! OK? Eu sei que 'tá piorando e sei que vai piorar. - Colocou o café na xícara e se virou para o mais velho, tomando um gole e voltando a falar. - Eu 'to me virando, 'tá bom? Não quebrei nada essa semana.
- Mas você pode ficar melhor, poxa. - Se levantou e deu a volta no balcão. - Você pode ficar melhor e viver por anos.
- Isso é algo impossível para mim, Mark.
- Não, não é. - Pegou no rosto do Coreano. - Hyuck, você pode realizar seus sonhos, é só aceitar ajuda.
- Isso não acaba, nunca acaba. Eu queria operar, mas eu posso perder a visão, ficar em coma, sem andar e ele pode voltar! Isso sempre vai me atrapalhar, para o resto da minha vida!
- Shiu, não pensa nisso, pensa no que a gente pode viver.
- A gente? - Sentiu os lábios do canadense sobre os seus. Em um selinho rápido.
- A gente, nós dois. Eu nunca acreditei em amor a primeira vista, eu também achava que pessoas só se apaixonavam depois de messes. Mas você roubou meu coração em apenas uma noite Hyuck. Em uma noite você se tornou o dono de todo o meu amor.
- Mark...
- Eu te amo. Eu te amo Lee Donghyuck. Eu te amo e não quero te perder.
- Você não pode me amar, não pode amar alguém que não pode sonhar com um futuro. - Tirou as mãos do mais velho de si.
- Eu posso, eu te amo. E a gente pode ter um futuro!
- Não podemos! Porque mesmo gostando ou amando você, isso não muda o MEU futuro! Eu não queria me apaixonar, eu não podia, isso torna tudo mais doloroso. - Em algum momento o mais baixo começou a chorar, sem nem mesmo perceber. - Eu não quero me iludir, Mark.
- Não chora. - Voltou a se aproximar e limpou as lágrimas que escorriam. - Nós podemos, é só você fazer a cirurgia.
- Eu tenho medo! Medo de entrar naquela sala e não sair dela vivo. Eu tenho medo Mark, eu não queria ter, mas eu tenho. - Voltou a chorar, mas dessa vez Mark o puxou para um abraço. Mark conseguia sentir as lágrimas dele em seu pescoço, e isso só le dava vontade de chorar.
- Calma, 'tá tudo bem. - Disse acariciando as costas do coreano.
- Eu faço à cirurgia. - Tirou o rosto do pescoço do mais velho, encostando as suas testas.
- Faz?
- Faço. Se você realizar cinco desejos meus.
- Que tipo de desejos?
- Sonhos românticos. Se você fazer eles, eu vou sem medo.
- Eu faço. - Deu um selinho nele. - Faço qualquer coisa para te salvar. Quais são?
- Eu quero ter uma noite de filmes clichês. Daquelas onde se monta uma cabaninha com cobertas, luzes e flores.
- Ok. Continue. - Mark apenas observava a felicidade de Donghyuck ao dizer aquilo.
- Eu quero ter a minha primeira vez, de um jeito romântico. Quero que alguém cante para mim. Quero passar a noite vendo as estrelas. E recriar a cena do Titanic.
- Calma, tava tudo bem. Mas como eu vou fazer esse último?
- Da seu jeito Mark. Eu falei os meus desejos, eu só faço se tiver realizado eles.
- Ok. Eu dou meu jeito. - E mais uma vez roubou um selinho do mais novo, mais dessa vez não ficou só em um selinho.
Mark estava feliz por ter uma chance. Donhyuck estava feliz, mas não pela chance, e sim porque sabia que Mark faria de tudo para realizar os seus desejos. E isso já faria seus últimos dias serem prefeitos, de um jeito ou de outro.
⊱⋅ ──────────── ⋅⊰
Assim que Mark saiu do apartamento do mais novo já estava com o cérebro trabalhando a mil. Por onde começar? O que fazer? Ele não sabia.
Resolveu que assim que chegasse em casa iria procurar na internet idéias, ou poderia aproveitar que Doyoung morava no mesmo prédio que o Lee e ir perguntar a ele. Com certeza Doyoung era mais confiável do que à internet.
Ou talvez não.
Pegou o elevador e subiu mais dois andares, indo até o apartamento do Kim, torcendo para que ele estivesse em casa. Deu graças a Deus quando à porta foi aberta.
- Mark? O que você quer?
- É sobre o Donghyuck. - Os olhos do Kim dobraram de tamanho e ele estava prestes a sair para ir até o outro Lee. Só não foi porque Mark o segurou. - Calma, hyung!
- O que houve com ele?
- Eu posso entrar? - Um ponto de interrogação se formou na cabeça de Doyoung, mas ele apenas concordou e deu passagem.
Se sentaram no sofá e o Kim foi logo dizendo para Mark se explicar.
- Hyuck disse que se eu fizesse cinco coisas para ele, ele operaria.
- 'Tá falando sério? Mark, isso é ótimo! Quais são essas coisas?
- Cantar uma música; Noite de filmes com direito a cabaninha com flores; Uma primeira vez romântica; Passar a noite vendo as estrelas. E recriar a cena do titanic.
- Hyuck sempre gostou de coisas clichês de filmes. A cena do barco era a favorita dele, sempre disse que queria recriar ela com à pessoa que ele amasse. Fico feliz em saber que ele te deu essa missão.
- Eu também fico, mas estou preocupado, não faço a mínima ideia de onde começar. Me ajuda Hyung?
- Mas é claro que ajudo! Quanto mais rápido, mais cedo ele opera e mais chances ele tem.
- Ok, por onde eu começo?
- Hum, faz assim.
⊱⋅ ──────────── ⋅⊰
Ok, o difícil nem foi pensar em tudo. Já que Doyoung ajudou muito nessa parte. O difícil mesmo, foi tirar Donghyuck de casa para preparar tudo.
Mark passou a semana treinando como fazer uma cabaninha fofa, no final nem foi tão difícil. Só levou meia hora.
Seu plano era colocar velas, mas o risco de pegar fogo era grande. Então só colocou poucas no caminho até o meio da sala, onde se encontrava tudo. Dentro colocou algumas luzes e flores. Rosas vermelhas, as favoritas de Donghyuck. Comprou bastante chocolate e doces, além da pipoca. Tudo pronto, era só esperar Donghyuck chegar.
Enquanto conversava com Doyoung, eles pensaram que se unissem as coisas ficaria mais fácil. E era isso que estava fazendo.
Em cima do sofá estava o violão de Mark. Esse que estava andando de um lado para o outro com a folha onde contia a música que iria cantar. Youth. Essa música fazia ele se lembrar de Donghyuck, então optou por tocar e cantar ela.
Parou de andar e colocou o papel no bolso assim que escutou a chave na porta.
Ficou no meio do caminho vendo à porta ser aberta. Viu também à boca do coreano abrir e o olhar confuso rodar por todo lugar até focar em Mark.
- O qu... Uau. - Apenas riu da reação do mais novo. Mas não podia negar que estava nervoso, nunca havia feito algo desse tipo.
- Você fez seus pedidos, eu estou realizando. - Foi se aproximando do Lee, que ainda se encontrava confuso.
- Não achei que fosse levar a sério. - Recebeu um selinho e um beijo na bochecha como resposta.
- Lógico que levaria. Está achando que eu sou o que?
- Nada, eu só estou surpreso.
- Eu quero tornar seus sonhos realidade. - Pegou na mão de Donghyuck. - Mesmo achando que você vai ter muito tempo para realiza-los.
- Eu vou chorar. Ai, que raiva Mark. - Limpou as lágrimas que estavam se formando no canto dos seus olhos.
- Não chora. Vem. - Puxou ele pelo caminho até o meio da sala.
Os dois entraram, Donghyuck estava chocado, não estava com fé que Mark conseguiria fazer algo desse tipo. Digamos que na semana que eles passaram juntos, antes dos pedidos, ele não se demonstrou muito romântico. Cuidou do Lee mais novo quando o Kim não conseguia ir, mas nunca demonstrou amor.
Mas desde o dia em que ambos se declararam, Mark se mostrou mais romântico. E agora, agora eles estavam agarradinhos olhando filme, enquanto Mark fazia um carinho e dava beijinhos no mais novo. Ele só queria fazer tudo ser especial, cada pequeno momento passado ao lado do Lee.
Assim que o filme acabou, Hyuck estava chorando, e nem ele sabia o porquê. Parou apenas quando o canadense limpou as suas lágrimas e deu um beijo em cada olho.
- Tenho outra coisa. - Saiu engatinhando, e o outro foi atrás.
Quando estavam sentados no tapete da sala, o coreano percebeu o violão em cima do sofá, e quase chorou novamente.
- Vai tocar?
- Você pediu para mim cantar, eu vou tentar fazer os dois. Se não der, desculpa. Estou nervoso. - Falou pegando o violão e voltou a sentar.
- Só por você tentar, eu já gosto.
- Ok, vamos lá. - Posicionou o violão e começou a tocar.
◤♪◢
E se, e se nós fugíssemos?
E se, e se fôssemos embora hoje?
E se, déssemos adeus para nos salvar?
E se, e se fôssemos difíceis de encontrar?
E se, e se nós perdêssemos a cabeça?
E se nós os deixarmos ficar para trás e eles nunca forem encontrados?
E quando as luzes piscarem como uma cabine fotográfica
E as estrelas explodindo, seremos à prova de fogo
Minha juventude, minha juventude é sua
Viajando pelos céus, bebendo cachoeiras
Minha juventude, minha juventude é sua
Vamos fugir agora e para sempre
Minha juventude, minha juventude é sua
A verdade grita alto, não dá para ignorar
Minha juventude, minha juventude é sua
Minha juventude é sua
E se, e se a gente começasse a dirigir?
E se, e se a gente fechasse os olhos?
E se cruzássemos o farol vermelho rumo ao paraíso?
Porque não temos tempo para envelhecer
Corpo mortal; almas eternas
Cruze os dedos, aqui vamos nós
E quando as luzes piscarem como uma cabine fotográfica
E as estrelas explodindo, seremos à prova de fogo
Minha juventude, minha juventude é sua
Viajando pelos céus, bebendo cachoeiras
Minha juventude, minha juventude é sua
Vamos fugir agora e para sempre
Minha juventude, minha juventude é sua
A verdade grita alto, não dá para ignorar
Minha juventude, minha juventude é sua
Minha juventude é sua
Minha juventude, minha juventude é sua
Viajando pelos céus, bebendo cachoeiras
Minha juventude, minha juventude é sua
Vamos fugir agora e para sempre
Minha juventude, minha juventude é sua
A verdade grita alto, não dá para ignorar
Minha juventude, minha juventude é sua
Minha juventude é sua
Minha juventude é sua
Minha juventude é sua
◤♪◢
- Pron... - O canadense não conseguiu terminar a frase, foi capturado pelos braços do coreano.
Fez um carinho leve nas costas dele enquanto sentia as lágrimas em seu pescoço.
- Donggie, não chora. Não quero te ver chorando. - Viu o mais novo se afastar e encostar uma testa na outra.
- Eu te amo, obrigado. Eu nunca imaginei que você fosse cantar de verdade. Eu te amo, Mark, muito, muito mesmo. - Deu um selinho no mais velho e voltou a o abraçar.
- Calma, eu também te amo. Muito, muito mesmo. - Voltou a fazer carinho nas costas do mesmo.
- Quando vai me pedir em namoro? - Apenas riu ao sentir o canadense engolir a seco.
- Calma, eu vou pedir, algum dia.
- Eu não tenho tanto tempo. - Se sentou no colo do Lee recebendo um carinho na bochecha.
- Shiu, tem sim. Vai ter bastante tempo para me encher o saco. Meu chatinho.
- Não me chama de chato, Mark Lee. - Riu junto com o mais velho, parando só quando recebeu um selinho.
Ficaram trocando carícias, e quando iriam aprofundar mais, escutaram o celular de Mark tocar.
- Hyung, não atende. - Deu mais alguns beijinhos na bochecha do mesmo.
- É o Dodo hyung. - Atendeu o celular, jogando a cabeça para trás para fugir dos beijos do Lee. - Alô?
"Como foi?"
- Perfeito, Hyung.
"Ainda estão juntos?"
- Sim, hyung. - Revirou os olhos escutando uma risadinha do Lee a sua frente.
"Entendi a indireta, boa noite saengs"
- Boa noite. - Desligou o celular e beijou o biquinho do mais novo. - Agora minha atenção é só sua.
- Vamos dormi? Eu to meio cansado.
- Vamos. Deita ali dentro, vou levar as coisas para cozinha e já vou.
- Ok. - Deu um último selinho e voltou para dentro na cabaninha.
Mark apenas levou tudo para cozinha, iria arrumar aquilo amanhã. Voltou para sala, desligou as velas e foi se deitar junto ao mais novo.
- Boa noite, hyung.
- Boa noite, Hyuck. Se lembre disso amanhã. - Sussurrou a ultima frase, e abraçou à cintura do coreano, dormindo logo em seguida.
⊱⋅ ──────────── ⋅⊰
Mark acordou com olhinhos curiosos sobre si. Por um momento pensou que o mais novo não se lembrava de nada, mas mudou de ideia quando foi abraçado e sentiu um beijinho em seu pescoço.
- 'Tá tudo bem?
- 'To com dor de cabeça. - Disse com uma vozinha manhosa.
- Vou pegar seu remédio. - Se levantou logo em seguida, indo até a cozinha procurar o remédio do Lee.
Donghyuck se levantou com um pouco de dificuldade indo atrás do mais velho. Quase caiu durante o caminho, mas chegou inteiro.
- Toma. - Colocou o remédio e o copo de água em cima do balcão.
- Esse remédio já enjôo. - Disse e tomou, fazendo uma careta em seguida. - Será que não tem com sabor?
- Você não vai precisar tomar por muito mais tempo. - Deixou o copo na pia e foi preparar algo para os dois comerem.
- Verdade. O que vamos fazer hoje?
- Vamos passar o dia inteiro juntos. A noite tenho uma surpresa.
- Hum, gosto de surpresas. É outro desejo?
- Não vou falar. - Escutou um murmúrio de desgosto, mas apenas sorriu e colocou as coisas sobre o balcão para tomarem café.
Enquanto comiam uma coisa veio a mente de Mark. Donghyuck nunca falou dos pais, nunca escutou nada sobre os pais de seu saeng. Tomado pela dúvida, resolveu perguntar.
- Hyuck.
- Markkie?
- Cadê os seus pais? - Não obteve resposta de e mediato, então resolveu deixar para lá. Mas escutou um suspiro antes de Donghyuck começar a falar.
- Eu não sei. Não vejo eles a praticamente um ano. Depois que descobrimos à doença a situação ficou difícil, os gastos com o tratamento eram muito altos. Então um dia, quando eu sai da sala do médico não tinha ninguém me esperando. Vim para o apartamento e não tinha ninguém aqui, não sei onde eles estão. Nem faço questão de saber.
- E como você ficou? Não é fácil morar sozinho, muito menos no seu estado.
- Doyoung hyung se mudou para cá, ele toma conta de mim e cuida do tratamento. Ele é a minha família. A gente pode brigar, mas ele não me abandonou, foi o único que não fez isso. - E mais uma vez Mark viu aqueles olhinhos brilharem, não queria ver ele chorando. Não devia ter perguntado.
- Eu não vou te abandonar, vou com você até o fim. Seja qual for. - Pegou a mão do mais novo e deu um beijinho na mesma.
- Em que momento a minha vida começou a virar um dorama?
- Não 'tá gostando?
- Qual é? Eu 'to amando! - Os dois riram. E mais uma vez, Mark se viu apaixonado pela risada de Lee Donghyuck.
⊱⋅ ──────────── ⋅⊰
O dia passou normalmente. Tirando os gritinhos de Donghyuck por Mark não querer falar onde eles iriam a noite.
Mas finalmente ela chegou.
Mark havia saido a uma meia hora, disse para o mais novo pôr um casaco e o esperar pronto. E lá estava Donghyuck. Roendo à capinha do celular, já que não podia andar de um lado para o outro.
Assim que viu à porta ser aberta quase teve um ataque no coração.
- Graças a Deus! Vamos?
- Sim, espera só um pouco. - Apenas concordou. Vendo o mais velho correr até seu quarto, voltando com uma... Coberta?
- Por que vai levar isso?
- Não faça perguntas. Vem. - Agarrou a mão de Donghyuck e o puxou para fora.
Quando entraram no elevador, o coreano estranhou o fato de Mark ter apertado para ir para o térreo, mas não questionou.
Assim que saíram foi puxado para fora, indo em direção a porta do terraço. Mesmo confuso, só estava com medo de Mark arrancar seu braço o puxando daquele jeito.
Quando à porta se abriu sentiu um vento forte, ai entendeu o porquê da coberta e casaco.
- Vai.
Atravessou a porta e viu o canadense fechar a mesma atrás de si. Quando andou um pouco mais para frente viu algumas almofadas no chão, em cima de um pano.
- O que é isso Mark?
- Você me pediu duas coisas. O Dodo me explicou a sua paixão por filmes românticos, principalmente titanic. Então eu queria fazer tudo o mais parecido possível. - Pegou o próprio celular e colocou uma música muito conhecida, principalmente por Donghyuck. - Apenas feche os olhos e sinta.
Donghyuck apenas sorriu e fechou seus olhos. Sentiu o mais velho segurar a sua cintura e o levar um pouco mais para frente. Também sentiu ele abrindo os seus braços.
Depois de olhar o filme mais de mil vezes, Donghyuck finalmente entendeu o que ela sentia. Ele sentia como se estivesse voando, e mesmo que tivesse medo de altura, Mark estava lá.
Apenas relaxou e escutou a música enquando sentia as mãos de Mark em sua cintura.
Assim que a música acabou sentiu um beijo na sua bochecha.
- Pode abrir os olhos, Hyuck.
- Não, eu 'to voando. - Escutou uma risadinha bem perto do seu ouvido, o que fez o coreano se arrepiar e abrir os olhos. - Eu queria ficar assim, voando. Sem me preocupar com nada.
- Shiu, nesse momento você vai fazer isso, não se preocupar com nada.
- Ok. - Se virou para o mais velho. - Me promete uma coisa?
- O que?
- Se eu morrer, você vai se lembrar de mim?
- Se isso acontecer, eu vou lembrar de você para sempre. O menino que conquistou o meu coração em uma noite.
- Eu te amo, Mark Lee.
- Eu te amo, Lee Donghyuck. - Terminou de falar e deixou um beijo demorado nos lábios do mais novo. - Tenho outra surpresa.
- Qual?
- Você disse que queria passar a noite em baixo das estrelas, Doyoung disse que você fazia aula de dança antes de ficar doente.
- Aonde quer chegar com isso?
- Gostaria de dançar sobre as estrelas, Lee Donghyuck?
- Claro?
- Ok. - Pegou o celular novamente, colocando outra música para tocar. Voltou a rodear a cintura do mais novo, dessa vez começando a dançar.
Mesmo sem entender, Donghyuck apenas colocou seus braços em volta do pescoço de Mark. Os dois ficaram por ali, andando de um lado para o outro. Mesmo estando frio.
Ambos com sorrisos nos rostos. Mark gostava de ver a felicidade no olhar do mais novo, e Donghyuck gostava de se sentir amado. Algo que ele nunca achou que iria acontecer consigo.
Os momentos em que estava com Mark, eram os únicos onde ele sentia que controlava o próprio corpo. Era Lee Donghyuck, não o tumor. Era ele tomando decisões, não o tumor.
Era ele vivendo, não o tumor.
Quando a música acabou não deu tempo nem de abrir os olhos, apenas aproveitou a sensação dos lábios do canadense sobre os seus.
Era um sentimento diferente, Mark o segurava em suas mãos como se estivesse com medo de perder o mais novo. Como que se soltasse ele de seus braços, ele iria embora e Mark ficaria sozinho sem o seu solzinho.
Isso era um medo real de Mark. Tinha medo de perder o mais novo.
Quando se separaram, só se escutava o barulho das respirações. Colaram as testas e os narizes, com sorrisos enormes no rosto.
- Hyuck... Ainda tem o último pedido.
- Eu sei.
- Você confia em mim para isso? Eu tenho me...
- Eu confio. Sei que você vai cuidar bem de mim.
- Ok. Só vamos ficar mais um pouco aqui.
Os dois se sentaram e se cobriram. Mark sorria ao ver o brilho das estrelas nos olhos de Donghyuck.
⊱⋅ ──────────── ⋅⊰
Assim que entraram no apartamento Donghyuck tirou a chave que ficava escondida do lado de fora para Doyoung entrar. Trancando ela por dentro.
- Ok, e agora?
Não obteve respostas por palavras, e sim por ações. Sentiu novamente o mais velho rodear a sua cintura com as mãos e o beijar.
Mesmo que fosse um beijo com segundas intenções, não era afoito. Era calmo, e junto com as segundas intenções, transmitia carinho.
Quando se separaram, Mark puxou o mais novo para o quarto, tirando o casaco de ambos, deixando eles caírem pelo chão. Lugar onde iriam todas as outras roupas.
Foram andando um na frente do outro até a dobra dos joelhos do coreano baterem na cama e ele cair para trás, tendo Mark em cima de si.
Voltaram a se beijar, dessa vez com mais agilidade, mas ainda sim, sem deixar de demostrar carinho.
Quando o Lee mais novo se ergueu, ficando com Mark em seu colo, mesmo sendo uma posição estranha para si, aproveitou os carinhos na nuca e os beijos sendo depositados em seu pescoço. Apenas deixava-se ser usado.
Se separam, ambos se encarando enquando Mark abria botão por botão da camisa do outro. Quando Donghyuck sentiu a camisa deslizar por seus braços e ir parar no chão, sentiu um arrepio e uma vergonha que nunca tinha sentido na vida.
Nunca se expôs tanto para alguém, não desse jeito. E sentir o olhar de Mark em seu corpo, apenas o deixava mais nervoso.
- Mark...
- Shiu, as palavras estragam o momento. - Foi deitado novamente, dessa vez sentindo beijos por toda sua barriga.
Apenas fechou os olhos e sentiu cada pequeno beijo sendo deixado em sua pele. Abriu eles novamente quando sentiu o peso em seu colo sumir. Vendo a cena que mais confundiu a sua cabeça, e era apenas Mark retirando à camisa e voltando à cama, para beija-lo.
Quando o coreano ficou por cima ele pode apreciar melhor, mas sentia que precisava fazer algo. Desceu dando beijos por todo abdômen do mais velho até chegar ao cós da calça. Abriu o zíper e a puxou para baixo. Não iria ter coragem de fazer algo muito atrevido, então apenas tirou a sua própria e se sentou no colo do mais velho.
Só com aquele simples ato, sentiu seu corpo inteiro se arrepiar. Teve as mãos do Lee em sua cintura novamente, dessa vez o fazendo se mexer de vagar. E ali foi solto os primeiros gemidos da noite, ambos juntos.
Mark levou suas mãos até a cueca do mais novo, olhando em seus olhos, foi a tirando de vagar. Tendo para si o corpo totalmente exposto.
A melanina era com certeza a coisa mais perfeita no corpo de Donghyuck, Mark se encantou. Isso sem contar o resto, se sentiu constrangido ao perceber que encarava de mais o corpo do outro.
- Você é... Perfeito.
- Shiu. - Se aproximou do ouvido do canadense, sussurrando como se fosse um segredo. - Palavras estragam o momento.
Mark apenas fechou os olhos e sentiu os beijos em seus pescoço. Conseguia sentir o medo de fazer algo errado no mais novo. Achava uma graça.
- Hyuck, eu quero tentar uma coisa. - Recebeu uma concordância, trocando novamente as posições e se livrando da último peça de roupa presente em seu corpo. Ficou entre as pernas do Lee, vendo ele corar e virar o rosto.
Nunca havia feito aquilo, mas queria trazer sensações boas para o mais novo. Então se aproximou do membro do mesmo e deixou um beijo demorado na fenda. Não só sentiu o gostinho meio amargo, como teve que segurar as pernas de Donghyuck, que faziam de tudo para se fecharem.
Assim que colocou ele na boca, sentiu as pernas ficarem leves em suas mãos, olhou para cima e o Lee estava de olhos fechados e de boca aberta, soltando sons baixinhos.
Não ficou muito tempo ali, foi subindo distribuindo beijos por todos os cantinhos que conseguia, voltando a boca.
Deram um último beijo antes de Mark abrir a gaveta da escrivaninha e tirar de lá; preservativo e lubrificante. Na cabeça de Donghyuck só se passava a pergunta: "Como aquilo foi parar ali?"
Ficou tanto tempo pensando que nem viu o que estava a sua frente colocar o preservativo, só acordou para vida quando sentiu um líquido meio frio em sua entrada. Abriu a boca em um perfeito "O".
Quando viu Mark se arrumando em cima de si e segurando as suas pernas, ali caiu a ficha do que estavam fazendo. Tentou não sorrir, mas foi em vão.
Mark ao olhar para o mais novo para confirmar se ele estava pronto, sorriu junto ao ver o sorriso que iluminava seu dia.
- Pode ir. Confio em você, Mark.
Nada mais foi dito, o único som escutado no quarto foi o grito "baixo" que Donghyuck soltou, fazendo Mark o olhar com preocupação. Mas se aliviou quando o coreano afirmou que foi pelo susto.
Quando já estava por completo dentro do outro, Mark estava de olhos fechados tentando se concentrar em não fazer nada antes de Donghyuck se acostumar. Aquilo estava sento uma tortura para si próprio.
Suspirou aliviado quando sentiu o Lee se mexer um pouco e soltar um gemido baixo. Podendo então, começar.
No inicio foi de vagar, tinha medo de machucar Donghyuck. Mas na medida em que os gemidos de ambos ficavam mais altos, ele aumentava a velocidade.
Donghyuck foi o primeiro a vir, sujando Mark, um pouco do lençol e a si mesmo. Mark veio depois. Saiu de dentro do mais novo, se deitando e o puxando para deitar no seu peito.
- Hyuck.
- Não fala comigo que eu 'to com vergonha. - Falou e se cobriu com à coberta, fazendo Mark rir.
- Eu quero te fazer o meu pedido.
- O que você quer?
- Quero que realize o meu sonho, que nem eu realizei os seus. - No mesmo instante Mark viu a cabeça de Donghyuck aparecer no meio das cobertas.
- Pode pedir.
- Você realiza o meu desejo de dizer que meu namorado é Lee Donghyuck?
Naquele momento o mundo de Donghyuck caiu. Não esperava por essa, então apenas abraçou Mark como se sua vida dependesse disso e sussurrou um "Sim".
⊱⋅ ──────────── ⋅⊰
Assim que Mark acordou, a primeira coisa que fez foi abraçar o namorado por trás. Estranhou por um momento o fato dele estar muito mole.
Quando se afastou e viu o corpo de Donghyuck cair para trás, percebeu que algo não estava certo. E a única coisa que conseguiu fazer foi ligar para o hospital aos prantos e abraçar o corpo de Donghyuck enquanto chorava pedindo para ele não o abandonar."
Esse eram os pensamentos que rondavam a cabeça de Mark enquanto dirigia até o hospital.
O pensamento da primeira vez que viu Donghyuck, até a última noite que viu o sorriso do seu solzinho.
O que aconteceu? O tumor estourou.
Por pura sorte os médicos conseguiram salvar a vida do Lee, disseram que ele iria acordar no dia seguinte. Ele não acordou. Passou um, dois, três, quatro meses e ele não acordou.
Mark passava todas as noites ao lado da cama de Donghyuck. Vários médicos falaram para desligarem os aparelhos, inclusive alguns dos amigos do Lee. Mas Doyoung e Mark não deixaram, eles sabiam que Donghyuck iria voltar. Mark sabia que ele não iria o abandonar.
Assim que estacionou, saiu do carro e entrou correndo no hospital, quando chegou no corredor do quarto de Donghyuck viu todos os meninos ali, todos de cabeça baixa.
Uma lágrima escorreu. Viu Doyoung sair do quarto, também de cabeça baixa. Se aproximou da porta e soltou um suspiro, encarou a aliança em sua mão e deixou mais uma lágrima escorrer. Abriu a porta e viu todos os equipamentos desligados.
Naquele momento seu sangue gelou, só não foi ao chão porque correu até a cama para abraçar o corpo sobre ela, só não esperava ser abraçado de volta.
- Obrigado por não desistir de mim, Hyung. - Uma voz baixinha falou perto do seu ouvido, nem se prestou a responder, apenas o abraçou mais forte e deixou beijos por toda face do mais novo.
- Eu nunca desistiria de você.
- Obrigado por realizar meus desejos.
- Eu vou realizar muitos mais, eu te prometo.
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Dedicada a luwoorgasm
- 'Tá aqui a sua tão aguardada MarkHyuck, espero que tenha gostado, meu solzinho.
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