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Capítulo 24 - Essa é a minha garota

"Eu soube desde o primeiro momento que eu ficaria por um longo tempo, porque eu gosto mais de mim quando estou com você".

🌻Brunna Gonçalves🌻

O som de "Havana" passou a soar alto no meu celular, indicando uma chamada. Tirei-o da bolsa e vi o nome de Patrícia piscando na tela sem parar. Antedi rapidamente.

– Oi Patrícia, como você está?

O sorriso dela podia ser ouvido em sua resposta.

– Eu quem devia perguntar isso.

– Eu estou bem.

– Isso é bom. Então, hum, Desculpa Brunna. Eu sei que esconder aquilo de você foi errado e prometo que não vai voltar a acontecer.

Suspirei.

– Tudo bem, mas só irei falar com Kassia quando estiver pronta, tá?

– Está bem.

Pressionei os lábios e respirei fundo, tentando afastar a tristeza que me dominava cada vez que deixava de atender as ligações de Kassia ou de minha mãe.

– Então, você recebeu o e-mail de Oliveira? – perguntei, mudando logo de assunto – Os detalhes foram suficientes?

Ela riu.

– Ah, sim. Foi por isso que liguei. Está tudo pronto para a reunião com Wynonna amanhã. O que Oliveira mandou foi fantástico. Agradeça a ela. Como é que ela conseguiu aquilo?

– Não faço ideia. Não ousei perguntar.

– Bom, rendeu uma leitura bem interessante. Parece que nossa Wynonna tem brincado com quem não devia. E, se os acionistas ficarem a saber, que têm uma ex-presidiária na diretoria da empresa, será o menor dos problemas dela.

Eu não tinha dúvidas. Desde que pedi a Patrícia para ajudar Ludmilla com a reivindicação de sua empresa, ela tinha trabalhado como um cavalo, cobrando favores e fuçando qualquer tipo de sujeira que pudesse encontrar. E não levou muito tempo para achar. Mesmo que Wynonna fosse prima de Kassia, sabia que Patty faria qualquer coisa para me ajudar.

– Vocês vão se encontrar amanhã? –perguntei, entrando em meu carro no estacionamento de Arthur Kill.

– Sim – ela riu – Wynonna deve estar curiosa para ter marcado uma reunião em um sábado.

– Você me mantém informada?

– É claro.

– Ótimo – repousei a cabeça no banco do carro – Obrigada, Patrícia. De verdade. Você não tem ideia do que isso significa para mim.

– Claro que tenho, Brunna. Por que você acha que concordei em fazer isso? Ainda mais com a prima da minha noiva.

Sorri.

– Você é minha heroína.

– Eu sei. Só se lembre disso quando sua namorada milionária quiser emprestar um dos seus carrões.

– Ela não tem nenhum carrão, Patty – respondi, rindo.

– Então ela é uma boba. Cuide-se, tá?

– Está bem.

Deixei Arthur Kill com uma bagagem no porta-malas e um alvoroço no coração. Depois de encerrar a ligação, desliguei o celular, ignorando as duas mensagens de voz de minha mãe. Não nos falávamos havia mais de uma semana e, apesar de sentir sua falta, o alívio de não ter que ouvir seu discurso diário incansável era maior que tudo. A culpa tinha ameaçado aparecer, mas a empurrava para o fundo do abismo que continuava aumentando entre nós duas. Este fim de semana seria só meu e de Ludmilla. Todo o resto era irrelevante.

A excitação floresceu dentro de mim. Ela tinha sido incrivelmente misteriosa com relação ao que havia planejado e sobre o lugar onde iríamos ficar, dando-me indicações breves e dicas enigmáticas que passei toda a semana tentando desvendar. Por sorte, o trajeto foi bastante fácil. Não era muito boa com direções, mas sabia que estava seguindo rumo à costa, especificamente aos Hamptons, o que me confundia bastante, para dizer o mínimo. West Hampton Dunes era uma região extremamente próspera, repleta de pessoas que faziam mais o estilo labrador, cachimbo e chinelo do que metais, tatuagens e couro. Tinha certeza de que Ludmilla não condizia com nada por ali.

Quanto mais perto chegava do endereço indicado no GPS, maiores as casas pareciam. Não que devesse ficar surpresa após a confissão de Oliveira quanto à sua fortuna. Ela poderia bancar, com facilidade, qualquer casa na costa leste e ainda teria grana de sobra. Não que ligasse para nada daquilo. Ela podia ter apenas cinco dólares no bolso e eu ainda a amar...

O meu sorriso se alargou, sem medo do rumo que meus pensamentos tinham tomado. Aumentei o volume do rádio e cantei junto. O céu se tornou um rosa e alaranjado deslumbrante acima do agitado mar cinzento e das dunas, que se estendiam por quilômetros. Apesar de estar frio, abri a janela e, depois de colocar os óculos de sol, deixei que a brisa do oceano soprasse dentro do carro. O cheiro era maravilhoso. Tinha cheiro de liberdade e diversão. Tinha o cheiro do meu pai. Deus, como tinha sentido falta da praia. Fazia tempo de mais.

Virando uma esquina, deparei com um terreno imenso de areia sobre o qual havia uma linda casa branca de dois andares com telhado azul. A casa era extraordinária, feita de painéis brancos com uma varanda em torno e sacadas no andar superior. O lugar que fazia-me lembrar daquelas casas de família enormes que tinha visto no sul quando era criança com minha abuela.

Parando o carro, desliguei o motor e abri a porta devagar. O ar girava em torno de mim, jogando os cabelos fortemente em meu rosto. Olhei para a paisagem perfeita à minha frente, querendo nada mais que entrar correndo no mar.

🍃Ludmilla Oliveira🍃

Tinha perdido a conta de quantos momentos em minha vida, eu havia sentido deceção ou frustração. Desde o dia do meu nascimento, as duas emoções pareciam seguir-me por onde quer que fosse, correndo paralelamente a tudo o que fazia e a cada decisão que tomava. Desde o desejo de minha mãe a "se livrar" de mim e a consequente intolerância do meu próprio pai que me mandara para um colégio interno quando tinha apenas 9 anos, apesar de ter suplicado para não ir, tinha aprendido a me tornar imune à dor. Estava acostumada, e, de muitas maneiras por mais cínica que parecesse, tinha começado a esperar o pior das situações e das pessoas. Ao menos dessa forma nunca seria pega de surpresa, e a armadura arrogante e imprudente com a qual me cobria continuaria a proteger-me de todo o sofrimento que aquela gente à minha volta quisesse me causar.

Eu era uma pessoa raivosa e aceitava esse fato específico. No fundo, não gostava disso e odiava minha origem, mas, porra, como eu deveria me sentir depois de tudo o que havia passado? Tinha-me resignado a ser daquele jeito para sempre. Bem, isso até Pêssegos ressurgir em minha vida.

Brunna. Aquela mulher foi um enigma para mim desde o princípio. Ela tinha-me deixado completamente louca, ainda deixava, mas, a partir da minha saída da prisão e das mudanças em nosso relacionamento, tinha começado a perceber que, por mais que ela às vezes pudesse me irritar, quando a aconchegava, adormecida em meus braços, na cama, vivenciava algo que até então era desconhecido por mim: paz.

O fato era que Pêssegos parecia ajudar a abaixar o volume do meu cérebro. A frustração, a raiva e a decepção que se contorciam dentro de mim eram entorpecidas pela presença dela. Podia respirar melhor, relaxar, sentir-me mais eu mesma e tinha me deleitado desavergonhadamente com essa recém-descoberta de serenidade. É claro que minha Bru era um paradoxo. Seu toque e suas palavras me estabilizavam, ao passo que seus beijos me faziam flutuar. Em certos momentos, ela fazia-me querer quebrar a cidade toda de raiva, mas também conseguia fazer-me sorrir como ninguém. Os abraços e carinhos dela me atordoavam tanto quanto os tapas verbais furiosos, e ainda não tinha decidido se a raiva inflamada de Brunna me excitava mais do que sua paixão.

A justa posição era intensa e, para mim, absolutamente perfeita. Assim como ela. O fogo e a força de Pêssegos, bem como sua ternura e sensibilidade, eram o que a tornava tão especial. Ela podia ser feroz, mas também conseguia ser delicada e calma: fogo ardente e calor relaxante. Adorava o fato de ela me manter alerta. Adorava a espontaneidade e a paixão que faiscavam entre nós, e adorava o fato de ela corresponder-me, com a mesma intensidade, a cada toque, beijo e investida. Ela era tudo o que queria ou precisava. No entanto, por mais que estivesse assimilando meus sentimentos por aquela mulher espetaculares, me via completamente apavorada em relação a eles.

Eu era uma medrosa, sabia disso, mas era o desconhecido, a falta de familiaridade e a vulnerabilidade aos quais me tinha aberto que causavam um brilho de suor em minha testa e um alvoroço em meu coração. Minha armadura fora arrancada quando me perdi no corpo de Pêssegos aquela noite. Ela não a tinha retirado com cuidado e delicadeza. Não. Ela a tinha estraçalhado com uma fome selvagem, toques frenéticos e palavras sussurradas que me abateram, expondo meu peito e meu coração de uma forma perigosa.

Não conseguia mais imaginar minha vida sem Brunna, e pensar em perdê-la me enchia de um medo quase sufocante. Decepção e frustração não eram nada comparadas à dor inevitável que a ausência dela causaria. Apesar de bancar a mulher agressiva e a atitude não-estou-nem-aí, me abrira completamente para ela. Pêssegos infiltrava-se em todos os espaços que eu achava estarem perdidos e selados dentro de mim, trazendo-os de volta à vida. Depois de observá-la pela enorme janela em frente da casa de praia, saí em silêncio pela porta lateral e atravessei a ampla varanda. Ela parecia perplexa e torcia para que fosse de felicidade. Nossa, como estava nervosa. Nunca tinha feito algo assim antes e queria que o fim de semana fosse perfeito, uma chance para nos reconectarmos.

Respirando fundo, corri até Brunna. Meu peito se aqueceu quando ela sorriu.

– Aqui está a minha garota – sussurrei – Então, o que achou? – perguntei, apontando para a casa com o queixo.

– É maravilhosa – respondeu – Fazia tanto tempo desde a última vez que vim para a praia...

– Imaginei – limpei a garganta – Lembrei que você falou sobre a praia, sobre seu pai, sobre não vir para cá há muito tempo, e achei que iria gostar.

Brunna se atirou nos meus braços, quase me derrubando no chão. Ela jogou os braços em torno do meu pescoço e deu um beijo sedento em meus lábios. Abracei-a com força, inspirando cada centímetro dela, todo o meu corpo queimando. Cambaleei para o lado, parando apenas quando meu quadril bateu no carro. Grunhi na boca de Pêssegos quando nossas línguas se entrelaçaram e rodei nossos corpos em um meio círculo para pressionar o corpo macio dela contra o carro.

Ela acariciou meu rosto e esfreguei-me nela como um gato. Não tinha estado dentro dela desde nossa noite juntas e estava prestes a enlouquecer. Quando nossos sexos se tocaram por cima da roupa, Brunna arfou e enrolou as pernas nas minhas coxas, aumentando o contacto. Correspondi agarrando sua bunda. Sentira falta de tê-la tão perto, tão recetiva. Lambi e mordisquei seu pescoço até que ela ofegasse e murmurasse meu nome.

– Precisamos parar – sussurrou.

Seu corpo traiu suas palavras quando segurou meu rosto, puxando a minha boca de volta para a sua.

– Por quê? – perguntei, arqueando a sobrancelha – Não há ninguém por aqui num raio de quilômetros. Se quisesse foder você aqui mesmo – movi os quadris, fazendo-a arfar – Eu poderia.

Os lábios dela se curvaram para cima contra o meu rosto antes de dar um beijo delicado bem no meio de minha bochecha.

– Obrigada – sussurrou. Fitei-a, intrigada. Ela estava linda com os lábios inchados e o cabelo bagunçado pelo vento – Por ter me convidado para vir aqui. Por saber que eu iria adorar.

– Você adorou?

– É tão lindo.

O alívio acalmou meu coração disparado.

– Quer ver lá dentro?

Com um beijo rápido nos lábios dela, peguei sua mala e guiei-a pela varanda até à porta de entrada. Ela deu passos hesitantes pelo corredor, olhando para a escada de madeira que levava ao primeiro piso. Estava calada quando tirou a jaqueta, atravessando a sala de estar, comigo a seguindo em silêncio. Pêssegos deu uma volta, parando na janela de frente para o mar e para os bancos de areia cobertos de grama comprida e amarelada. Recostando-me na porta, a observei. Ela estava perfeita ali na minha casa. Pensava a mesma coisa ao vê-la pela primeira vez em meu apartamento, mas, de alguma forma, desta vez era diferente. O presente estava se fundindo com o passado, deixando-me estranhamente sossegada.

Depois de levar a mala de Brunna até ao quarto no andar de cima, voltei e encontrei-a examinando as obras ecléticas nas paredes. Sabia, de ter visto os quadros dela, que Pêssegos gostava de aquarelas, mas minha garganta se fechou de pânico quando ela ficou imóvel em frente a uma seleção de fotografias em preto e branco que enfeitava a parede acima da lareira acesa.

– Esta é você? – murmurou, apontando para uma foto minha, onde construía um castelo de areia enorme.

– Sim – assenti, aproximando-me dela – Eu tinha 7 anos.

Seus dedos deslizaram pela imagem.

– Você está tão feliz. Quem tirou?

– Minha avó – respondi – Esta casa era dela. A casa sobre a qual eu falei a você, ela deixou para mim – dei uma olhada em volta – Este era o nosso lugar. Vínhamos bastante aqui. Só nós duas.

– Ela traz boas recordações para você?

– Sim, as poucas que eu tenho da minha infância são daqui – engoli em seco – Eu queria dividir isso com você.

Ela deu um beijo suave no meu ombro e carinhosamente beijei o topo de sua cabeça.

– Venha – sussurrei – Vou pegar algo para você beber. Está tudo pronto para começar a preparar o jantar. Você gosta de mariscos, certo? – quando Brunna assentiu com a cabeça, quase encostei a boca na dela – Ótimo, estou morrendo de fome.

As minhas palavras eram carregadas de uma ambiguidade inegável, mas não iria me iludir. Os próximos dias não serviriam só para ficar pelada com Brunna. Tratava-se de mais do que isso. Tratava-se de verdade, honestidade e amadurecimento. Agora que ela havia destruído minha armadura, sabia que precisava mostrar a Pêssegos tudo o que existia debaixo dela. Era desencorajador e assustador, mas faria isso por ela. Eu precisava.

Nós nos beijamos novamente, com carinho, mas com uma paixão prometida.

– Por que você não vai lá para cima e coloca uma roupa bem quente para não ficar com hipotermia enquanto eu preparo o jantar? – estranhamente, ela não discutiu e nem questionou – Terceira porta à direita. Coloquei sua mala na beirada da cama.

– Obrigada – respondeu, antes de desaparecer escada acima.

(....)

– O que mais?

Brunna mordeu o lábio enquanto pensava.

– Anchovas e azeitonas – ela fez uma cara de "eca" – E limões. Odeio coisas de limão: torta de limão, molho de limão – fez uma careta e tremeu.

– Você bebe Sprite – ponderei em meio a uma nuvem de fumaça.

– Isso é diferente – retrucou com um tom que encerrava a conversa. Revirei os olhos – O que você odeia? – perguntou.

– Tomates – respondi rapidamente – Anchovas, abacaxi, qualquer tipo de peixe exceto mariscos, e macarrão com queijo.

– Macarrão com queijo? – ela riu – O que há de errado com você?

Franzi a testa.

– Eu odeio aquele troço.

– Certo – aceitou Brunna – Comida preferida?

– Pêssegos.

– Claro, claro.

– Estou falando sério – defendi – Pêssegos e Oreo – sorri – Filme preferido?

– Não consigo escolher um só.

– Está bem, dois.

Mulher maravilha e Como se fosse a primeira vez. Agora você.

Esquadrão suicida e Azul é a cor mais quente – respondi enquanto apagava o cigarro – Álbum preferido?

– 7/27 das Fifth Harmony – ela gesticulou para que eu respondesse.

– Para mim também – fiz uma careta – Esse e qualquer um da Demi Lovato, empatados.

🌻Brunna Gonçalves🌻

Estávamos jogando o jogo das perguntas havia mais de uma hora. Eu a observava, do meu lugar na varanda dos fundos, enrolada em um grande cobertor de lã, aconchegada e quentinha, enquanto Ludmilla preparava o jantar na grelha e respondia cada pergunta que lhe lançava. O cheiro dos mariscos me rodeavam com o vento fresco, misturando-se à maresia e à fumaça do cigarro dela. Além de estar inacreditavelmente sexy com um blusão preto e jeans escuros, não conseguia acreditar em como Oliveira estava calma. Parecia estar no lugar a que pertencia, acomodada e livre, como se o peso que carregava consigo na cidade tivesse sido varrido pelas ondas que quebravam na praia a menos de cem metros dali.

– Você parece em paz aqui.

Ludmilla terminou a cerveja.

– É assim que me sinto. Há algo especial na praia. Faz-me sentir diferente.

– Diferente para melhor?

– Sim – os olhos dela brilhavam, tranquilos e gentis – Fico tão feliz por você estar aqui.

– Eu também.

A comida estava incrível. Elogiei Ludmilla repetidamente, dizendo o quão boa estava e, em resposta, ela fez comentários obscenos sobre como já tinha ouvido aquelas palavras da minha boca antes. Tinha me convencido de que ia ser difícil me adaptar à Ludmilla brincalhona, estava tão acostumada com ela inquieta, séria, malcriada e de pavio curto, que amava tanto quanto a Oliveira fofa e querida.

Percebi, nesse caso, que adorava estar errada. A honestidade e o sorriso dela se tornavam cada vez mais fáceis à medida que conversávamos, empurrando-me cada vez mais fundo para o mar de emoções que já não me assustavam. Minha única preocupação era se elas iriam assustá-la.

Depois de lavarmos tudo, tarefa durante a qual Ludmilla ficou deslizando as mãos pela minha bunda, ela me levou pela varanda até à praia. Estava escuro, mas pequenas luzes cintilantes localizadas dos dois lados da trilha e a lanterna de Oliveira indicavam o caminho. Enquanto colocava a cerveja e a sacola que Ludmilla tinha me entregado para carregar, no chão e me sentava na areia fria, ela começou a acender uma fogueira em um buraco repleto de troncos e toras, utilizando uma lata de fluido, um fósforo e muito entusiasmo. Rolei de rir quando vi a expressão extasiada dela ao conseguir fazer o troço pegar fogo.

– Consegui – gritou, batendo no peito e apontando orgulhosamente para a fogueira.

Chamei-a de perdedora completa, o que encorajou Ludmilla a atacar as minhas costelas sem piedade com seus dedos longos e ligeiros. Ela grunhiu no meu pescoço enquanto fazia cócegas e riu quando tentei fazer cócegas nela também. Uma risada alta e genuína.

Ela se moveu para que suas costas ficassem encostadas em uma pedra convenientemente localizada ali e puxou-me entre suas pernas, colocando o cobertor em torno de nós. Ela pegou as cervejas e um pacote de marshmallows, bolachas salgadas e chocolate em uma sacola. Fiquei olhando de olhos arregalados para o pacote em sua mão.

– Você trouxe marshmallows?! – exclamei.

Ludmilla fez cara de paisagem.

– Hum, temos uma fogueira aqui, Pêssegos. É claro que eu trouxe! Precisamos derretê-los para fazer sanduíches de marshmallow com biscoito e chocolate na praia – brincou – É a lei.

No final, nós comemos ao menos três cada uma. Quando terminei, soltei-me sobre seu corpo quente.

– Estou tão cheia. Você sempre me faz comer demais. Vou ficar muito gorda.

Ela estalou a língua perto do meu ouvido.

– Que besteira – suas mãos deslizaram por debaixo das camadas de roupa e seguraram a minha cintura – Você é totalmente perfeita. Adoro sentir você. Além disso, eu ajudo a queimar as calorias depois.

– Tenho certeza disso – respondi, rindo ao ouvi-la gemer – Primeiro, me conte mais sobre a casa e a vida com sua avó – ela me deu outra cerveja. Já estava na quarta e precisava ir com calma. Se o objetivo dela era deixar-me bêbada para levar-me para a cama, então não estava muito longe de conquistá-lo – Fale sobre seus amigos, suas namoradas... Me conte tudo.

Oliveira riu. Continuamos observando as chamas flamejarem e dançarem sob a luz do luar. O vento tinha parado e o céu estava limpo, baixando a temperatura, de modo que a nossa respiração era visível. Mas eu não conseguia sentir o frio, envolvida em minha bolha abençoada.

– Está bem – ela esfregou as mãos na minha barriga – Bom, meus amigos mais próximos trabalham comigo na oficina.

– A oficina de Zack? Me fale de Zack. Há quanto tempo vocês se conhecem?

– Quase vinte anos.

– Ele é um bom amigo?

– É, sim. Ele morreu de rir quando eu disse que ia trazer você aqui – apesar do sorriso no seu rosto, ela parecia confusa, quase triste. Com uma amizade de duas décadas, era óbvio que havia mais na história deles, mas decidi não forçar a barra. Assim como descascar uma cebola, ela se revelava de pouquinho em pouquinho. Ludmilla não podia ser apressada. Ela me contaria quando estivesse pronta. Tinha que confiar nisso – Nunca tive uma namorada – continuou – Nunca estive com meninas tempo suficiente para garantir um rótulo assim. Talvez seja difícil de acreditar, mas eu era uma completa imbecil com as meninas quando era nova.

A autorridicularização dela era adorável.

– Não acredito.

– Acredite – a diversão desapareceu do seu rosto quando me abraçou mais forte – Quero que saiba de uma coisa – ela respirou fundo. Suas palavras eram graves e sérias junto ao meu ouvido – Jamais vou ser desse jeito com você. Prometo. Você merece mais que isso. Estou longe de ser perfeita, mas juro que vou fazer o meu melhor.

Meu corpo relaxou no seu peito.

– Você tem noção de como é uma boa pessoa, Oliveira?

Ela tocou a ponta de seu nariz no meu.

– Não sou uma boa pessoa, bru...

– Besteira – virei-me nos seus braços e antes que ela pudesse argumentar, continuei – Você salvou minha vida – contornei seus lábios com a ponta dos dedos – Nunca mais me diga que você não é boa.

Ela me abraçou ainda mais forte. Ludmilla era tão quente e macia.

– Sentir você é incrível – falou traçando um caminho de beijos do meu pescoço à minha clavícula, lambendo minha pele – Seu gosto é tão bom. Seu cheiro é tão bom.

– Oh Ludmilla.. – ofeguei seu nome.

– Me diga que eu posso me perder em você esta noite Brunna.

🍃Ludmilla Oliveira🍃

Sem dizer uma palavra, senti a mão de Pêssegos tocar meu pau por cima da calça. Grunhi, mordendo o seu lóbulo. Esfreguei-me nela com firmeza, causando ofegos de desejo vindos de Brunna junto ao meu peito. Abruptamente, ela se mexeu até ficar de joelhos entre as minhas pernas, deixando-me extremamente dura e dolorida com a pequena distância entre nós. Não gostei quando ela se levantou e pegou o lixo, juntamente com o cobertor e, com o som de sua risada se espalhando pelas dunas de areia, correu em direção à casa.

Ela queria que eu a perseguisse? Que comece o jogo! Deixando que o fogo morresse por si só, peguei o restante do lixo e corri, da melhor maneira que consegui atrás dela, chegando na porta dos fundos, abri-a com um resmungo e larguei tudo no chão, voando pela casa e sorrindo a cada peça de roupa amassada de Pêssegos pelo caminho. Seu gorro, suas botas, suas meias, seu cachecol, seu casaco... seu sutiã.

Ela gritou quando os meus pés pesados subiram a escada rapidamente atrás dela, mas tudo o que consegui ver foi um relance de cabelo castanho enquanto Brunna corria para o quarto. Caramba, ela era rápida. Chutando a porta do quarto e fazendo Pêssegos gritar em um pânico excitado, consegui segurar o seu braço, puxando as costas desnudas contra meu peito. Ela tentou puxar o ar, mas os gemidos se tornaram densos e rápidos quando a minha boca se fechou faminta em seu ombro. Ela ergueu os braços e segurou o meu pescoço, agarrando-me e suplicando por qualquer parte do meu corpo no seu.

– Você vai pagar por isso, minha Pêssegos.

Girei-a e entrelacei os dedos em seus cabelos, abafando a boca de Brunna com a minha, e, em três passos longos, a prensei contra a parede do quarto. Ambas expiramos profundamente. As mãos dela estavam em todo lugar. Ela batalhou contra a minha braguilha e envolveu meu pau em sua mão perfeita e quente assim que o libertou. Larguei sua boca e deixei minha cabeça cair para trás. Gritei quando o polegar dela passou por cima da ponta úmida, inspirando longamente por entre os dentes.

– Não se eu fizer você pagar primeiro – ronronou, lambendo os lábios e se ajoelhando lentamente.

Engoli em seco quando a língua dela tocou a cabeça de meu pênis.

– Puta merda.

Essa é a minha garota.

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