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Capítulo 17 - Eu quero você

"Não sei se o mundo é bom, mas ele ficou muito melhor quando você chegou".

🌻Brunna Gonçalves🌻

Mexi-me na cadeira enquanto Ludmilla lia Hemingway na biblioteca aquela tarde. Ela estava linda com seus jeans pretos, coturnos, camiseta do AC/DC mostrando suas tatuagens no braço e um gorro preto cobrindo seus cabelos. Nosso cumprimento no início da aula tinha sido no mínimo tortuoso. Queria ter saido pra correr para casa e perder-me em alguns copos de qualquer bebida forte. Nunca tinha me sentido tão perdida e desequilibrada. Minha mente zumbia impiedosamente com pergunta após pergunta, pontuadas por palavras da minha conversa com Harry e meu papo com Kássia, antes de voltar a pensar no beijo.

Oh, Deus, o beijo.

Durante a aula, fitei descaradamente a boca de Oliveira e pigarreei quando ela ergueu os olhos em minha direção, como se sentisse que estava sendo observada. As minhas bochechas arderam. Desviei os olhos de volta para o livro. Ludmilla franziu a testa antes de continuar a ler novamente.

- "Havia tratado essa visita a Catherine muito levianamente, eu bebera demais e quase me esqueci de aparecer, mas não poder vê-la fez com que me sentisse solitário e vazio."

- Certo, pare aí - coloquei sua cópia com o texto virado para baixo na mesa entre nós, ao lado do pacote de Oreo e da Coca que Ludmilla tinha trazido - Quanto a essas últimas páginas, o que você percebe na mudança da atitude de Henry com relação a Catherine?

Oliveira se inquietou e seus dedos ficaram encravados debaixo do gorro enquanto ela coçava a nuca. Seus olhos se voltaram nervosamente para os meus.

- Ele está, hum, confuso com relação aos seus sentimentos.

Ela pegou a lata de Coca e tomou um longo gole.

- Como é que você sabe disso? - perguntei enquanto a observava.

- Porque ele sente falta dela, sabe? Quando, hum, ela não está por perto.

Os seus olhos encontraram os meus por um breve segundo, tempo suficiente para ativar um desejo ardente por todo o meu corpo.

- Como sabe que ele está confuso?

Ludmilla sorriu com o canto direito da boca.

- Um palpite. Ele fica... "vazio". Ele fica sem chão sem ela.

O que enxerguei nos seus olhos castanhos quase fez meu coração parar. Em geral, quando Ludmilla me fitava, eu via sexo primitivo e desejo. Aquilo sempre estava presente nas íris dela. Mas agora havia algo mais ali, uma certa névoa de paixão que rodeava cada milímetro de suas pupilas. Era tão claro que sabia, sem que ela dissesse uma palavra, como ela se sentia. Ela estava sentindo alguma coisa por mim. E me sentia exatamente da mesma forma. Não fazia ideia de quanto tempo nós ficamos ali sentadas, olhando uma para a outra, perdidas uma na outra. Só voltei em mim quando Oliveira me tocou. A mão dela era quente e confortável sobre a minha, e a energia efervescente que sempre esteve presente entre nós foi aliviada. Parecia haver uma eternidade desde que ela me tinha tocado pela última vez.

Oliveira se inclinou para a frente.

- Pêssegos - disse, acariciando minha pele com o polegar. Mantive os olhos na mesa, onde nossas mãos se uniam. A sensação das mãos dela era tão boa. A minha mente começou a imaginar como seria tê-las em outras partes do meu corpo. Minha atração por Ludmilla estava lentamente se transformando em algo mais, assustador e irrevogável. Estava cansada de negá-lo, é claro, mas ainda tinha que traçar um caminho tortuoso. A mão de Oliveira apertou a minha - Quanto a sábado...

- Está tudo bem.

- Não - respondeu com firmeza - Não está. Foi... Bem, o beijo foi... - ela ergueu as sobrancelhas - Olha, o que quer que pense de mim, não beijei você para ser uma babaca. Mesmo.

- Eu sei, eu...

- A questão - ela fez uma pausa, suas sobrancelhas quase se encostando no meio da testa - A questão é: talvez eu não tenha palavras bonitas e tal, mas eu... falo sério com relação a você - a tontura me envolveu, me fazendo apertar ainda mais a sua mão - Eu sei que não é a situação perfeita - ela apontou para si mesma - Sou só uma... E você é... Mas, estou falando sério, vou ficar feliz com qualquer coisa que você esteja disposta a me dar a essa altura. Só ficar sentada aqui com você já seria suficiente.

A sinceridade das suas palavras me fez querer cair em seus braços e nunca deixá-los. Incapaz de articular quão forte meu coração estava batendo, simplesmente disse:

- Está bem.

Ela parecia satisfeita com minha resposta.

- Está? - sorri - Estamos numa boa? - perguntou em voz baixa, observando-me com atenção.

Limpei a garganta.

- Estamos

- Fico feliz, mas preciso que você entenda uma coisa, Pêssegos - ela lambeu os lábios - Não me arrependo e faria tudo de novo num piscar de olhos.

Meu Deus. Percebendo que a estava encarando e mal conseguia respirar, desviei os olhos de Ludmilla e peguei uma pasta cheia de papéis em minha bolsa.

- Você vai querer isto aqui agora? - perguntei, mudando de assunto enquanto colocava os papéis na mesa.

Oliveira fez uma carranca.

- O que é "isto"? - ela puxou a pasta para perto de si.

- Seu material da próxima semana - Oliveira piscou, confusa - Vou viajar - esclareci - Com minha família, para Washington - os seus dedos dançaram ao longo da borda da mesa - É o aniversário de quando meu pai... Fazemos isso todos os anos. Ficarei fora da cidade uma semana.

A expressão de Ludmilla mudou impercetivelmente. Ela não parecia feliz. Depois de coçar a nuca, enfiou as mãos nos bolsos.

- Hum, certo, está bem.

O vinco era profundo na testa dela.

- Faça só o que você conseguir - encorajei - Preparei mais algumas leituras e umas perguntas para você, e precisamos conversar sobre uma avaliação... - fiquei sem fala com o olhar sombrio e lúgubre dela - Me mande mensagem - falei sem piscar - Ou me ligue, se precisar de ajuda. Não hesite. Eu... É... só me ligar.

- Vou ligar.

Tentei sorrir, mas aquilo era mais difícil do que esperava. Viajar para estar com minha família naquela época do ano era uma coisa, deixar Ludmilla por uma semana era outra. Sentia-me de repente, muito vazia.

(....)

🍃Ludmilla Oliveira🍃

Sentia-me nervosa e mais do que chateada, para falar a verdade, apesar de ser sábado à noite. Tomei um bom gole de cerveja que foi entregue em minha mão por Zack e deslizei um dedo pela sobrancelha. Fala sério, sete dias. Como isso era difícil! Só via minha Pêssegos três vezes por semana de qualquer forma, então, tecnicamente, só estaria perdendo seis horas com ela. Grande. Coisa.

Suspirei. Sim, era uma grande coisa mesmo.

Minha última aula tinha sido no dia anterior e já estava sofrendo a sensação desconfortável do desejo e do vazio na boca do estômago só de pensar em não vê-la. Droga.

Paul, o mecânico-chefe da oficina de Zack, cutucou meu cotovelo.

- O que foi? - perguntou ele em meio à música.

- Nada. Estou bem.

- Não minta - Paul deu um sorrisinho - Você odeia esta boate, né? Tudo bem, pode admitir para mim. Zack adora, mas eu não vejo tanta graça.

- Onde está Zack? - perguntei, estreitando os olhos na direção da pista de dança na esperança de avistar meu amigo

- Lá fora, fumando - respondeu, apontando com a mão - Com aquela nova amiga dele, Suzane. Ele já está mamado, chapado e choramingando sobre algum negócio que ele tem que resolver hoje.

Revirei os olhos, frustrada. Pelos papos que tinha ouvido dos outros rapazes da oficina, desde a partida de Liza, Zack tinha ficado com muitas mulheres. Por mais que ele fingisse estar tudo bem e vivesse para comer todas elas, eu sabia que ele só estava tentando afogar a dor com sexo. Com a quantidade de cocaína que Zack estava cheirando, era óbvio que essas transas de uma noite não estavam dando certo. O cara estava andando em terreno escorregadio.

- Ele precisa sair dessa - murmurei.

- Sem dúvida - concordou Paul - Mas ele não vai ouvir nenhum de nós dois, você sabe disso.

Ele está envolvido demais. Quando aquela vaca foi embora, levou as melhores partes dele junto. Sabia que Zack tinha mergulhado de cabeça na cocaína após ser abandonado por Liza. Tinha sido difícil demais para mim, estar presa em Arthur Kill e não poder estar lá para ajudá-lo.

- Foi tão ruim assim?

Paul suspirou.

- Foi. Ele tentou agir como se não estivesse morrendo por dentro por perder aquela mulher - ele tomou um gole de cerveja - Só estou esperando que algo aconteça, que a merda bata no ventilador e...

- Não vou deixar que nada aconteça - censurei.

Paul sorriu.

- Eu sei - ele deu um tapinha no meu ombro - Mas eu e você não podemos ficar colados nele o tempo todo. Ele é um homem feito e um fora da lei. Fico preocupado.

Sabia o que Paul queria dizer. Apesar da nossa amizade de quase vinte anos, Zack fazia o que queria, não importavam as consequências. A teimosia dele era o maior motivo de discussão entre nós. Meu amigo estava em pedaços, isso estava claro como água, mas não sabia como consertá-lo.

Paul e eu ficamos observando a pista de dança se agitar.

- Aliás, já está na hora de arranjarmos uma mulher para você, Oliveira.

Ele apontou com a cabeça na direção de um grupo de mulheres rebolando e se entregando à música.

- Qual é, cara? - suspirei - Não preciso de mulher nenhuma.

- Por quê?

- Porque mulheres dão trabalho e são complicadas pra caralho. Já tenho isso o suficiente com Zack.

Além disso, não queria qualquer mulher. Queria uma mulher bem específica...

Rindo em concordância, Paul colocou mais duas bebidas no bar. Peguei o copo de Coca-Cola com Jack Daniel's e virei metade em um só gole. Era disso que precisava. Tinha que parar de pensar em minha Pêssegos e cair na farra. E tinha que parar de me preocupar, de criar fantasias, de ficar obcecada...

Parei com o copo nos lábios e pisquei duas vezes. Deus. Será que estava tendo alucinações? Quase quebrei o pescoço tentando ver por cima e por trás dos corpos que rebolavam ritmadamente. A morena que estava dançando a uns nove metros de mim. Minha. Nossa. Senhora. Era Pêssegos. E puta que pariu, ela estava usando o vestido mais sexy que já tinha visto. Era preto, com um decote tão grande nas costas que quase conseguia ver as covinhas acima de sua bunda. Deus! O decote nas costas significava apenas uma coisa. Nada de sutiã.

Meu pau, imediatamente ficou duro, começando a cutucar os botões de minha braguilha para correr na direção dela, enquanto meu coração batia como um martelo. O corpo dela se movia como água, com graciosidade e sem esforço. O cabelo estava preso em um coque que era sexy e elegante e os saltos que ela estava usando ficariam ótimos nos meus ombros.

Engoli em seco e sorri enquanto ela dançava e movia os lábios de acordo com a letra da música. As suas mãos pararam delicadamente no seu quadril. Aquelas deveriam ser as minhas mãos, os meus dedos apertando-a com firmeza.

Vi que ela estava aparentemente dançando com uma loira alta, era Larissa e estava enrolada em um cara qualquer. Voltei minha atenção para Pêssegos. Naquele momento queria fazer sexo com ela. Não, não era isso. Queria uma foda quente, selvagem, em pé contra a parede, queria tudo isso. E, aparentemente, o cara que estava a um metro e meio de Brunna também.

Um rugido nasceu em algum lugar profundo e sombrio dentro do meu peito e cerrei os punhos quando o desgraçado se aproximou dela, mexendo no seu cabelo enquanto andava. Antes que pudesse pesar minhas ações, estava me afastando do bar, com Paul berrando às minhas costas. Abri caminho aos empurrões até Gonçalves. Nunca me tinha sentido tão protetora com relação a nada em minha vida e meu corpo era pura adrenalina. Assim que o babaca esticou o braço para pegar na cintura de Pêssegos, agarrei seu braço e o torci com força. O imbecil tropeçou quando o empurrei para trás. Aproximei-me da orelha dele para me certificar que o babaca ouviria cada palavra.

- Não encoste um dedo nela. Encostou? Arranco seu braço inteirinho. Capisce?

O idiota nem sequer argumentou. O larguei e falei um "cai fora". O cara não precisou ouvir duas vezes. Expirei um rosnado enquanto o otário desaparecia em meio às profundezas da multidão e me virei para Pêssegos. Por sorte, ela não tinha percebido a confusão, ou mesmo minha presença, o que era perfeito. Parei atrás dela e ergui as mãos. Larissa percebeu minha movimentação. A sua expressão congelou enquanto me observava dos pés à cabeça, intrigada e lasciva, mas não dei a mínima. Só me importava em tocar a criatura deliciosa à minha frente.

Pêssegos, sentindo que havia alguém atrás dela, começou a virar-se. Segurei seus braços, mantendo-a na posição que estava, suas costas contra meu peito. Coloquei a boca em seu ouvido na mesma hora em que as notas iniciais de "No Diggity", de Blackstreet e Dr. Dre, começaram a explodir pelos alto-falantes da boate. Aproximei-me ainda mais. O cheiro dela era incrível.

- Você tem noção do que está fazendo com todos os homens e mulheres desta boate, Pêssegos? - o seu corpo ficou estático sob minhas mãos. Afrouxei a pegada e deslizei as mãos até aos cotovelos dela. Sorri quando vi que Brunna ficou toda arrepiada e a puxei contra mim - Você tem noção do que está fazendo comigo?

As minhas mãos deslizaram ainda mais para baixo, pelos antebraços macios, pelos pulsos, até chegar às mãos. Esperei que ela pedisse para parar, rezando por tudo o que era mais sagrado para que isso não acontecesse. Em vez disso, ela virou o rosto na minha direção, de modo que seu nariz raspou no lado direito da minha bochecha.

- O que estou fazendo com você, Oliveira? - ronronou, entrelaçando os dedos nos meus e apertando as minhas mãos contra sua barriga.

- Você está me fazendo querer assassinar todas as pessoas que estão olhando para você e pensando em tocá-la.

Ela gemeu e vi as curvas de um sorriso nos seus lábios. Seus lábios cheios e brilhantes.

- Está com ciúme, Lud?

Brunna moveu o quadril, ah, tão lentamente, contra mim. A puxei para trás e, dessa vez, ouviu-a ofegar quando meu pau pressionou aquela bunda deliciosa.

- Muito ciúme - enterrando ainda mais o nariz nos seus cabelos, me perdi no cheiro maravilhoso de pêssegos doces e suculentos - Consegue sentir?

Pressionei meu corpo contra o seu novamente e gemi quando ela girou o quadril em resposta. Desci meus dedos até chegar ao seu quadril. Como tinha imaginado, se encaixava perfeitamente em minhas mãos. Apertei seu quadril, mantendo-a próxima a mim, e me entreguei à música. Não consegui conter um gemido quando Brunna começou a dançar, pressionando o corpo contra o meu. As mãos de Pêssegos encontraram as minhas. Ela as segurou e começou a se mover mais rapidamente.

- O que você está fazendo Brunna?

- Estou dançando com você, Oliveira. Por quê? Como é a sensação?

- Perfeita.

As minhas mãos subiram pela cintura dela, de modo que meus polegares estavam tocando as laterais dos seus seios. Daria tudo para senti-los. Para sentir os seus mamilos enrijecerem sob meus dedos. Para tê-los em minha boca. Para saborear todo o corpo dela.

Pressionei o quadril contra ela e dei um beijo suave no seu ombro. A resposta dela foi jogar a cabeça para trás e entrelaçar os braços em meu pescoço. Grunhi quando suas unhas rasparam em minha nuca. Nossos corpos se moviam juntos de um lado para o outro. A bunda dela estava encaixada perfeitamente na minha pelve enquanto minhas mãos escorregavam preguiçosamente pelas laterais do seu corpo. Quando elas chegaram na bainha do vestido, permiti que as pontas dos meus dedos dançassem sobre a pele macia. As unhas dela se enterraram nos meus cabelos e um gemido saiu de sua boca.

- Eu quero você - murmurei no ouvido de Brunna, antes de lhe dar um beijo atrás da orelha - Meu Deus, não me importo que seja contra as regras. Quero você.

Ela virou a cabeça, olhando-me diretamente nos olhos e sorriu como uma leoa.

- Também quero você.

A virei, agarrei sua mão e a puxei até um canto escuro da boate. Pressionei ela contra a parede, nariz contra nariz, minhas mãos em cada lado de sua cabeça.

- Repita - ordenei.

- O quê? - perguntou, os olhos grandes e vítreos de álcool.

- Diga que você me quer - ordenei - Preciso ouvir isso. Você não faz ideia.

- Eu quero você.

Antes que ela pudesse dizer mais uma palavra, segurei seu rosto e apertei a boca de Pêssegos contra a minha, deixando que a queimação deliciosa da confissão dela penetrasse meus ossos, minha alma. Suas mãos estavam no meu pescoço, puxando-me para mais perto enquanto nossas línguas se roçavam. O gosto dela era incrível. Deus, quase tinha esquecido como era. Grudei nela o máximo que conseguia, porra, não podia evitar. Precisava me esfregar nela. Queria estar dentro dela.

O beijo era quente, faminto e molhado. Eu a pressionava e ela me pressionava de volta, acendendo meu corpo com um desejo forte o suficiente para me deixar sem ar. E o cheiro dela? O cheiro dela me deixava tonta de um jeito que quase não ouvi meu nome ser chamado.... Três vezes.

Afastei-me, traçando um caminho de beijos gentis no seu maxilar.

- O que foi, Bru? - grunhi contra os lábios dela.

- Não fui eu - disse ela, virando a cabeça na direção de onde tinha vindo a voz.

Confusa, me virei e vi Paul parado ali, parecendo completamente desnorteado.

- O que foi? - rosnei, protegendo Pêssegos em meus braços.

- Foi mal - gaguejou - É o Zack. Ele foi embora. Não consegui impedir. Ele estava resmungando algo sobre aquele negócio e uns caras o seguiram e... Não sei, mas parecia que eles estavam aprontando alguma.

O meu coração se apertou e minha boca ficou seca.

- Vou... Droga. Me dê um minuto.

Ele assentiu com a cabeça e saiu. Larguei a cintura de Brunna e bati a mão na parede.

- Caralho!

Pêssegos segurou meu rosto.

- Ei. Se ele precisa de você, vá.

Os seus olhos eram calmos, mas exigiam sinceridade. Descansei a testa na dela.

- Mas eu preciso de você.

Nunca tinha dito algo mais verdadeiro. Ela sorriu contra a minha bochecha.

- Eu sei, mas...

Pressionei os lábios contra os seus.

- Sem "mas" - murmurei - Pelo amor de Deus, por favor, sem "mas".

Gonçalves riu e acariciou meu rosto. O conforto que encontrava no toque dela era indescritível.

- O que eu ia dizer é que seria impossível fazer qualquer coisa hoje - fiquei triste com suas palavas - Vou viajar de manhã e você tem um amigo para ajudar. Hoje não é o dia.

Sabia que ela estava certa. Sabia que Zack precisava de mim. Sabia que levar Pêssegos para casa e meter nela de todos os jeitos possíveis não era o caminho que deveria seguir. Mas será que nós não podíamos ter uma trégua?

- Você vai... Vou ter notícias suas na semana que vem? - perguntei, não ligando a mínima para se estava parecendo carente.

- Claro - os olhos dela analisaram meu rosto, como se o estivesse memorizando antes de passarmos um tempo afastadas. Eu gostei daquilo - Acho que precisamos ter uma longa conversa.

As suas palavras me deixaram congelada.

- Está bem - cedi, e então grunhiu de frustração - Preciso ir. Desculpe.

- Vá - disse ela com um sorriso calmo - Vejo você em breve.

Sem hesitar, minha boca foi de encontro à sua novamente, mordiscando e chupando seus lábios desesperadamente.

- Cuide-se - ordenei com um dedo apontado para ela - Me mande mensagem quando chegar em casa hoje.

Pêssegos riu e bateu continência. Ela deu um selinho rápido em meus lábios e se afastou.

- Vou mandar. Prometo. Agora vá cuidar de Zack.

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