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Capítulo 15 - Ela jamais me machucaria.

"A pior dor do mundo é obrigar a cabeça a esquecer aquilo que o coração lembra a todo o instante".

Ludmilla Pov

Meu apartamento inteiro tremeu quando bati a porta após entrar. Arremessei as chaves e a jaqueta na parede, joguei o capacete no sofá e desmoronei sobre o balcão da cozinha. Sentia dificuldade para respirar desde que Pêssegos tinha ido embora.

Brunna tinha indo embora. Deus, aquilo doía.

Quando coloquei a boca na de Pêssegos, perdi a cabeça. Era tão bom ter Gonçalves pressionada contra mim e, mesmo assim, eu a tocava como se ela fosse se desmanchar sob as pontas dos meus dedos. Nunca tinha beijado uma mulher daquele jeito antes. Me surpreendi com a própria ternura. O desejo, que habitava fundo dentro do meu corpo, me fazia querer invadi-la de forma selvagem, mas, no momento em que nós nos tocamos, sabia que não poderia fazer isso com ela de jeito nenhum. Suprimi o desejo e a abracei com todo o cuidado que consegui. Meus lábios tinham se movido lentamente e provocativamente mas eu queria mais. Queria que ela me tocasse.

Tinha fodido com tudo. Não devia tê-la beijado. Pêssegos chegou a pedir que não o fizesse. Mas não quis ouvir. Simplesmente não tinha mais autocontrole. Sabia agora que tinha experimentado a sensação dela em meus lábios que tinha de provar aquilo novamente. E estava consciente de que isso era impossível, como ela já tinha dito. Mesmo assim, não podia deixar de pensar que toda aquela determinação que ela mostrava era apenas uma fachada cautelosamente construída para esconder seu desejo por mim. Brunna tinha me beijado também, droga. Ela queria. Não queria?

Esfreguei a mão na testa ao perceber que a situação não estava a nosso favor. Não era idiota. Sabia que Brunna tinha mais a perder do que eu. Se alguém descobrisse sobre o beijo, seria um problemão. Mas não queria pensar nisso.

Relembrei o que tinha dito a ela. "Que seja, então! Como se eu desse a mínima para se iria ou não acontecer de novo". Eu era a porcaria de uma mentirosa. O fato era que as palavras dela haviam me machucado. Tinha sido magoada antes, por muitas pessoas na vida, mas Pêssegos parecia saber como atingir-me. Não era tão babaca a ponto de não conseguir admitir isso. Ela me magoou e eu estava puta.

Olhei para o relógio, uma baita dor de cabeça se instalando em minhas têmporas. Faltava pouco para as cinco e necessitava de algo que me ajudasse a relaxar. Precisava parar de pensar na Srta. Gonçalves, com seus lábios macios e sua língua sabor de pêssego. Peguei o celular e abri a lista de contatos.

- E aí, Oliveira? Como foi seu encontro, quer dizer, sua aula?

- Vai à merda, Zayn! - rosnei, indo em direção ao banheiro.

- Ui, quanta hostilidade! Não foi muito bem, suponho?

Tirei a camiseta e me joguei no canto da cama.

- Não, não foi - resmunguei - Escute, você tem algo planejado para hoje à noite?

- Nada concreto. Por quê? Está pensando em alguma coisa?

Passei a mão pelo rosto.

- Preciso encher a cara, e rápido. Aonde podemos ir? - Zayn riu.

- Conheço um lugar perfeito, irmã. Venha para cá em uma hora.

- Não, chego aí em meia hora e por favor, nada de mulheres. Quero apenas conversar e beber.

- Você quem manda.

(....)

Pov Brunna

- Continue andando! - disse a estranha sob o capuz - Precisamos nos afastar deles. Eles vão matar você! Ande!

- Não posso! Meu pai!

A estranha não parou para escutar. Tiros ecoaram pelo ar. Gritei assustada e comecei a correr, mas fui derrubada no chão. Ela era pesada em cima das minhas costas e cheirava a cigarro. A calçada era tão fria.

- Fique aqui - sussurrou em meio aos meus cabelos enquanto me debatia debaixo dela - Você não pode voltar. Pelo amor de Deus, ele falou para você correr.

Levantei-me da cama de supetão, ofegante, rouca por causa do grito que morria lentamente em minha garganta. Meu rosto, bem como minha roupa, estava molhado de suor. Me recostei na cabeceira da cama, respirando fundo enquanto lembrava a mim mesma de que estava em meu quarto. Fazia algum tempo que não tinha um sonho assim, mas os efeitos dele ainda eram os mesmos. Meio grogue, me levantei e fui até ao banheiro, sabendo que um banho de banheira relaxaria os músculos do meu pescoço e de minhas costas, que ainda estavam tensos.

Depois de um bom banho e de uma boa hora de lágrimas, coloquei um agasalho de moletom e o DVD de Escola do Rock para me distrair um pouco com Jack Black. Uma batida na porta fez-me olhar para o relógio, tentando imaginar quem apareceria em minha casa depois das oito da noite de um sábado.

Meu coração acelerou quando fui espiar pelo olho mágico. Destranquei a fechadura e abri a porta, parando-a em meu quadril. Fiquei em silêncio por um instante, sem saber o que dizer.

- Posso entrar? - perguntou Júlia em um tom baixo, mas firme.

- Claro - respondi, me afastando para deixar que ela passasse. Ela entrou e ficou parada ali, de um jeito constrangedor, enquanto eu fechava a porta - Posso pegar algo para você beber? - perguntei, colocando meus cabelos atrás da orelha.

Ju concordou com a cabeça. Fui até à cozinha. Depois de servir uma bebida para ela, voltei ao sofá, sem dizer uma palavra, e sentei. Júlia me seguiu e se sentou na outra ponta, bebericando seu copo. Pausei o filme quando Jack Black começou a cantar e, então, me virei para minha amiga.

- Como você está?

Júlia deu um sorrisinho.

- Estou bem - ela colocou o copo em cima da mesinha de centro - E você?

Cruzei os braços, sentindo-me estranhamente na defensiva.

- Estou bem. Cansada.

Ela juntou as mãos em cima do colo.

- Wynonna disse que você não estava bem. Foi por isso que vim: para ver se posso ajudar.

Suspirei, pensando na mensagem que tinha enviado para Wynonna, na mentira que tinha escrito para fugir de sair para tomar uns drinques com ela, incapaz de vê-la após meu beijo com Ludmilla.

- Não preciso de nada - vi ela se mexer desconfortavelmente - Então, por onde você andou? Você não respondeu nenhuma das minhas mensagens.

- Eu sei - admitiu - Desculpe. Estou lidando com algumas questões familiares.

Os meus olhos se voltaram para a pilha de trabalhos de Ludmilla, que estavam sobre a mesa de centro. Meu coração apertou ao lembrar do seu lindo rosto.

Voltei minha atenção para Júlia.

- Está tudo bem Ju? Eu magoei você? Você parece, sei lá... Estranha. E toda aquela cena no meu jantar de aniversário... Eu só... sinto que algo está errado.

Ela se aproximou de mim no sofá e suspirou, apertando os lábios.

- Não - pigarreou - Não tem nada errado, eu só me preocupo com você, sabe? O trabalho em Arthur Kill e as aulas particulares com Oliveira fora da prisão. Eu queria... quero, me certificar de que você está bem.

Suspirei olhando em seus olhos.

- Hoje foi um dia bem ruim - falei enquanto fechava os olhos.

Passei a língua por meus lábios ao lembrar do beijo de Ludmilla. Era tão bom. Pela primeira vez em toda a minha vida, tinha me sentindo completa. No entanto, sabia que era errado. Podia perder meu emprego, podia perder tanta coisa mas não queria perder Oliveira também.

- Quer conversar sobre isso?

Soltei uma risada e balancei a cabeça enquanto murmurava um emaranhado de palavras sem sentido.

- Não muito - respondi, minha garganta se fechando novamente - Sou só uma idiota muito, muito burra.

Júlia se recostou no sofá.

- O que aconteceu, Brunna? - ela fez uma pausa - Ela machucou você?

A minha cabeça se ergueu de supetão.

- O quê? - perguntei, incrédula - Quem?

- Oliveira - respondeu - Jauregui machucou você? É dela que você está falando, não é? – as lágrimas que tentei com todas as forças segurar rolaram por minhas bochechas. Meu rosto se contraiu em desespero e um soluço saiu de minha garganta - Oh, Deus - Julia me puxou para seu lado - Eu sabia. Calma, está tudo bem. Se ela machucou você, podemos mandar essa babaca de volta para Arthur Kill.

- Não, Júlia! - solucei - Eu fodi com tudo. Ela não me machucou. Ela jamais me machucaria.

Não sabia por que, mas sempre soube que Ludmilla nunca faria algo que me causasse dor física. Sentia-me segura ao seu lado. Me sentia assim até mesmo quando ela arremessou uma carteira pela sala de aula. Havia algo em seus lindos olhos, na maneira como se movia perto de mim, que me fazia sentir imune a qualquer perigo. Eu sabia, bem lá no fundo que ela me protegeria de qualquer coisa se fosse necessário.

- Brunna, que diabos aconteceu?

- Ela me beijou e eu a beijei de volta.

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