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Capítulo 3 - Quem é aquela?

"Viver é desenhar sem borracha".

- Você não tem dormido bem, né? - Patrícia, uma das amigas mais próximas e mais irritantemente observadoras de Brunna , sorriu meio triste enquanto o garçom colocava um espresso triplo diante delas.

Apesar dos inúmeros bocejos que ela conteve durante todo o jantar, Brunna sabia que estava um caco. Nem mesmo sua maquiagem Estée Lauder conseguia esconder o cansaço em torno dos seus olhos. Além disso, Patrícia a conhecia havia seis anos e nada passava despercebido por ela.

- Eu tentei - respondeu a latina, sacudindo um pacotinho de adoçante.

- Ainda está tendo pesadelos? - perguntou Kássia, do lado esquerdo de Brunna.

Kássia e Patrícia são noivas e foi a partir de Patty que Brunna conheceu Kássia. Elas ficaram amigas instantaneamente. Brunna não podia negar que Kássia possuía uma estrutura invejável, sua cor pele era negra e a deixava ainda mais linda, seus olhos castanhos eram cheios de vida e seus cabelos pretos médios estavam lisos, deixando ela mais jovem. Patrícia era alta, seus cabelos eram loiros ondulados e seus olhos castanhos. Ambas eram lindas e faziam um casal perfeito.

Patrícia também era professora, passou quatro anos dando aulas no Texas, mas voltou porque não já não aguentava mais estar longe da noiva e era bom tê-la por perto de novo, completando o trio de amigas, apesar da preocupação das duas ser um tanto sacal, Brunna sabia que ambas tinham boas intenções, mas isso, somado à inquietação da mãe em relação ao seu trabalho, estava se tornando exaustivo.

Patrícia meneou a cabeça.

- Você sabe que pode me ligar a hora que quiser Brunna.

- E acordar vocês durante a noite? - perguntou Brunna, erguendo os ombros - Porque eu ligaria para vocês?

- Porque somos suas amigas e nos preocupamos com você - respondeu Patty antes de enfiar uma grande colherada de crème brûlée na boca.

- Ainda mais com esse emprego - complementou Kássia e Brunna a encarou.

- Não comece - a negra ergueu as mãos em rendição.

- Quem está começando?

Brunna girou a colher dentro de sua xícara.

- Esse emprego...

- É importante para você, nós sabemos - interrompeu Patrícia, colocando a mão sobre a da latina - Você tem muita coisa pela frente nos próximos meses - Brunna baixou os olhos e fitou a mesa - O aniversário da morte do seu pai não está longe. Só saiba que eu e a Kássia estamos aqui, ok? Nós amamos você.

- Eu amo vocês.

- E lembre-se: sou professora mas também advogada. Se qualquer pessoa naquele lugar atazanar sua vida, estou à sua disposição. Você sabe que eu conseguiria descobrir até os podres do papa se você precisasse - Patrícia e Brunna riram.

Aquilo provavelmente era verdade. Patrícia ganhara muitas das suas causas através de favores e determinação, investigando sujeiras a fundo. Farejava escândalos e extorsões como um cão de caça.

- Ei, sua mãe ligou? - perguntou Kássia e Brunna suspirou fundo.

- Três vezes só na noite passada.

Kássia ergueu a sobrancelha.

- Ela ligou para mim também. Está preocupada, só isso.

- Olha, eu sei que você joga no time da minha mãe...

- Não jogo no time de ninguém - retrucou Kássia- Eu apenas entendo seus motivos. Deve ser difícil para ela.

Brunna se irritou.

- Difícil para ela? Ela está no meu pé desde que eu aceitei essa porcaria de emprego. "Não é seguro" - ela imitou o tom de voz da mãe - "Você está colocando sua vida em risco trabalhando com aqueles animais", blá-blá-blá - seus ombros se curvaram - Porque ela não pode me apoiar?

- As intenções dela são boas. Ela vai superar.

- Claro - respondeu Brunna, nem um pouco convencida.

(.....)

Ludmilla acordou, tinha dormido bem. Talvez tivesse esgotada de ter aprontado para cima de Anthony Ward.

Sorriu. Aquele babaca não tinha a menor ideia de com quem estava lidando.

Ela tinha que permanecer na cela até às quatro, faltavam duas horas, quando seu castigo de 24 horas acabaria. Por ter empurrado uma cadeira contra a parede. Que merda. Talvez ela tivesse empurrado com mais força do que deveria, mas o professor de filosofia com certeza tinha exagerado.

Harry logo chegou com uma visita reagendada de Zack e uma expressão de decepção no rosto, o que fez com que o estômago de Ludmilla revirasse. Ela apreciava o gesto de Harry, considerando o que ele pensava de Zack, e, novamente, se repreendeu por ter agido como uma babaca com seu conselheiro. Às vezes ela não conseguia ficar de boca fechada.

- Então, suponho que você não tenha gostado de filosofia? - perguntou Harry com um sorrisinho - Não se deu bem com o Aristóteles, é?

- Não muito - Harry assentiu com a cabeça e coçou a nuca.

- Por falar nisso, valeu por toda aquela confusão com o Anthony Ward.

- Quanto a isso - murmurou a morena na cama - Foi mal.

Era o mais próximo de uma desculpa que Ludmilla conseguiria.

- Sim, foi mesmo - concordou Harry - Caramba, Ludmilla, você é melhor que isso.

Ela suspirou desanimada e puxou os joelhos até ao peito.

- O cara estava falando merda, Harry. Ele mereceu.

- Bem, qualquer que tenha sido o motivo, você tem muitas coisas para se redimir.

- Ah, é? - ironizou Ludmilla.

- Sim - respondeu Harry, enfático - Inscrevi você nas aulas de literatura. Sei que gosta de ler - ele apontou para as prateleiras do lado direito da cela, repletas de livros surrados e cheios de dobras nos cantos das páginas - E a professora é mulher, então talvez não haja tanta hostilidade.

- Hostilidade?

- Você sabe o que quero dizer - respondeu Harry secamente - Você prometeu que ia tentar, então prove para mim que vai mesmo. Eu tive que bajular aquele filho da pu... - ele deu uma olhada para o oficial que estava parado a meio metro de distância - Tive que ter uma conversa amigável com o Ward para dar a você mais uma chance. Não me diga que perdi meu tempo.

Oliveira se inclinou para a frente, passando a mão pelos cabelos. Era uma de suas manias quando ela estava nervosa. Ela estava num beco sem saída. Não era só o pescoço de Harry que estava na reta do Ward, mas o dela também. Não tinha nada que quisesse mais do que espancar aquele panaca arrogante com seu livro de "regras", mas não podia decepcionar Harry novamente. Ela estava estressada, frustrada.

- Você vai se sair bem - disse Harry em voz baixa, dando um passo em sua direção. O guarda atrás dele se mexeu também.

- É - murmurou Ludmilla - Vamos ver, né?

Mesmo após todo aquele tempo dormindo, a fadiga começou a tomar conta dela silenciosamente. As paredes tinham começado a se fechar aos poucos, tornando sua cabeça pesada. Vinte e duas horas dentro de uma sala faziam isso com a pessoa. Até mesmo com ela.

- Amanhã de manhã - disse Harry com um aceno encorajador de cabeça - A professora é a Srta. Gonçalves. Ela é muito boa. Só tente ser... Só tente, está bem?

- Está bem - Oliveira ergueu três dedos - Palavra de escoteiro.

Harry sorriu.

- E, só para garantir, me certifiquei de que todas as cadeiras da sala de aula foram pregadas no chão - a hispânica riu alto.

- Bem pensado, H. - gritou ela antes do guarda bater a porta da cela, deixando-a sozinha novamente.

As últimas duas horas do castigo se passaram em ritmo de lesma, e Ludmilla quase derrubou o guarda no chão quando ele finalmente abriu a porta. Ela esticou os braços para trás, estalou o pescoço e correu em direção ao pátio.

- E aí, Oliveira ? - a voz estrondosa de Riley Moore atravessou a quadra de basquete e Ludmilla sorriu.

- Moore - respondeu ela, andando em direção ao grandalhão.

- Onde cê tava? - perguntou Moore com um tapa no ombro da morena - Senti falta dessa sua cara sacana.

- Me dê um cigarro e eu conto tudo - Riley pegou um cigarro no bolso e riscou um fósforo para Ludmilla.

Eles seguiram até uma pequena área com bancos no fundo da quadra.

- Vazem! - rosnou Riley.

Ludmilla soltou uma risada quando os dois novatos que estavam sentados no lugar deles se dispersaram como folhas ao vento. Ela se sentou, fechando os olhos por conta do sol que a castigava, deixando a fumaça escapar por entre seus lábios.

- Então, o que rolou? Tava tocando uma em algum lugar desde ontem? - Riley riu e acendeu um cigarro.

Todos ali sabiam da condição de Ludmilla. Sua mãe, Silvana tinha tido problemas na gestão e Ludmilla acabou nascendo com um pênis, no entanto, ela não se abalou por isso.

- Quem me dera - respondeu Ludmilla, observando o jogo de basquete na quadra - Não, foi o Ward.

- Tá brincando - murmurou Riley, meneando a cabeça.

- Tive um leve desentendimento com um dos nossos professores e ele me pôs de castigo por 24 horas.

- Tamo junto, parceira - Riley fechou o punho e bateu de leve no de Ludmilla.

Eles se conheciam havia anos, tanto dentro quanto fora de Arthur Kill. Se Oliveira precisasse dele, ele estaria lá. Ambos se viraram quando ouviram uma série de assobios e cantadas vindos da quadra.

Riley soltou uma risadinha.

- Por falar em professores... - disse ele, erguendo uma sobrancelha.

Ludmilla seguiu os olhos dele pelo gradil e avistou uma mulher linda com a bunda mais gostosa que ela já tinha visto. Deliciosamente embrulhada em uma saia preta até ao joelho, ela atravessou o estacionamento em direção a um belo Lexus esportivo. Suas pernas lindas desapareciam em sapatos de salto pretos que, do ponto de vista de Ludmilla, eram de causar uma ereção.

- Quem é aquela? - perguntou Ludmilla, tentando esconder o fato de que estava quase quebrando o pescoço para ver além dos outros detentos, que se amontoavam no gradil como crianças em um zoológico.

- Aquela é a Srta. Gonçalves- respondeu Riley, debruçando para trás, sobre os cotovelos - Minha professora de literatura. Ela é legal, na verdade.

Oliveira soltou uma risadinha.

- Bem, ao menos esse é um ponto positivo - ela apagou o cigarro no banco.

- O quê? - Riley franziu a testa, confuso.

Ludmilla gesticulou na direção do carro que tinha desaparecido.

- A professora é um ponto positivo de estudar literatura.

Riley deu um sorriso.

- Vai estudar literatura também?

- Vou - respondeu Ludmilla , revirando os olhos - Harry quer que eu prove para os superiores que posso "melhorar". Alguma porcaria relacionada a ajudar a antecipar minha liberdade condicional. Não tenho muitas esperanças disso.

- Me parece uma bosta.

- Concordo - respondeu Ludmilla, recostando-se e erguendo o rosto para o sol escaldante.

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