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Capítulo 18 - Também sinto sua falta

"Não bastava me fazer gostar de você, tinha que me deixar totalmente apaixonada".

🍃Ludmilla Oliveira🍃

Conseguia ouvir Zack antes mesmo de vê-lo. O idiota estava gritando algo sobre o deixarem em paz. Houve uma discussão e um grito. Entrei na sala de estar de Zack, passando por Paul, que parecia furioso, e encontrei meu melhor amigo esparramado no sofá, parecendo completamente embriagado, com o nariz sangrando e um olho tão inchado que estava quase fechando.

– Puta que pariu – murmurei.

– Oliveira! – gritou Zack com um sorriso largo e bêbado – Dê só uma olhada nisso!

Ele ergueu a camiseta para exibir vários hematomas e um corte nas costelas. Virei a cabeça na hora para Paul e Justin, que estava sentado em um canto da sala com um baseado na mão e uma mulher no colo.

– Onde é que vocês estavam quando tudo isso aconteceu, porra?

Paul ergueu as mãos e balançou a cabeça.

– Não jogue a culpa na gente, Oliveira – avisou ele – O idiota foi embora, disse para a gente ficar onde estava. Fiz o que pude!

– Sem dúvida – ironizei – A polícia se envolveu?

Paul negou com a cabeça.

– Os caras se mandaram antes que a polícia aparecesse.

Fui até Zack, que agora estava calado enquanto acendia um cigarro. Ele gemeu quando inalou e soprou a fumaça, mas se encolheu e fez uma careta quando tentou se mover. Os babacas o tinham espancado.

– Eles estavam em quantos? – perguntei a Paul.

– Não sei – respondeu – Vi dois quando cheguei lá, mas pode ser que tivesse mais.

É, sem dúvida. Zack parecia ter apanhado de toda a Guarda Nacional. Suzane, o brinquedinho mais recente de Zack, ainda com a roupa que estava usando na boate, veio da cozinha com uma tigela de água e uma toalha. Ela deu um sorriso contido em minha direção antes de se ajoelhar ao lado de Zack e começar a tentar limpá-lo. "Tentar" é a palavra de ordem aqui, visto que ele a empurrava para longe enquanto murmurava palavrões.

– Pare com isso, Zack – ordenou ela – Antes que eu coloque você nos eixos de verdade!

Zack sorriu para ela, o cigarro dependurado em seus lábios ensanguentados, e piscou com o olho saudável.

– Você sabe que me deixa de pau duro quando fala desse jeito.

Suzane revirou os olhos e continuou a limpar o rosto mutilado dele.

– Precisamos levar você para o hospital, seu idiota – falei.

Suzane tirou a camiseta de Zack e o estrago que tinha sido feito nele pôde ser visto por todos. Cerrei os dentes com o pulo que Zack deu quando ela passou a toalha por suas costelas.

– Estou bem – respondeu ele – Além disso, o hospital faz perguntas.

– Zack – argumentei – Se nós simplesmente...

– Não vou – falou em um tom que exigia complacência – Os médicos vão ligar para a polícia. Não preciso deles se intrometendo. Não que fossem encontrar alguma coisa. Os filhos da puta levaram minha cocaína embora.

Passei a mão pelo maxilar e dei um suspiro, frustrada.

– Quanto?

– O suficiente – ele me fitou, curioso – Eu pensei que você estava no bar. Paul disse algo sobre você ter sumido.

Evitei os olhos do meu melhor amigo e peguei os cigarros no bolso de trás.

– É – murmurei – Fui dar uma volta.

Zack bufou e fez uma careta ao mesmo tempo.

– Uma volta, né? E qual é o nome dela?

Ignorei a pergunta e balançei a cabeça ao ver ele se agitar quando Suzane tentou colocar uma bolsa de gelo no seu rosto.

– Onde é que você estava com a cabeça, porra?

– Não se preocupe Oliveira– ele fez um gesto bêbado com a mão – Vou recuperar a cocaína. Juro por Deus que vou. Você vai estar lá por mim, certo?

Suspirei e traguei fundo. Sabia que podia ir presa novamente se algo corresse mal.

– Claro, Zack.

Levantei-me da cadeira e peguei o celular no bolso da calça quando o senti vibrar: Era uma mensagem de minha Pêssegos.

Pêssegos: Estou em casa e estou bem.

Sorri. Deslizei o indicador por meu lábio inferior, me lembrando da sensação da boca de Brunna na minha e de como era tê-la em meus braços. Sabia que havia partes de mim, partes desconhecidas, inexploradas e latentes que sussurravam certas palavras em uma tentativa de pôr um rótulo no que estava sentindo por ela. Até então, as tinha ignorado fervorosamente. Não queria uma porcaria de um rótulo. Só queria minha Pêssegos de todas as formas que ela permitisse.

Dei uma olhada no meu amigo machucado, enquanto lutava contra a inquietação e a ansiedade que cresciam em meu estômago só de pensar em ser presa por causa da estupidez de Zack. Nesse ritmo, voltaria a Arthur Kill antes do Natal.

A mensagem de minha garota brilhava intensa e claramente. Pensei na sensação dela sob minhas mãos, na maneira como o corpo dela se movia contra o meu, nas promessas que nós tínhamos feito. Não, pensei. Não podia me permitir ser presa de novo. Não podia perder minha Pêssegos.

(...)

〰️🌻Brunna Gonçalves🌻

O céu de Washington era cinza e tempestuoso, o tempo estava tão sombrio quanto minha expressão e de minha mãe que atravessavamos o vasto cemitério. Eu caminhava lentamente com o braço de Mia enganchado no meu, rumo à lápide que tinha mudado muito pouco em dezesseis anos.

Apertei a mão de minha mãe com força, quando o túmulo de meu pai ficou visível.

– Você está bem? – assenti com a cabeça.

– Ver isso novamente depois de tanto tempo é sempre a parte mais difícil.

Atravessamos a trilha, nos aproximando do túmulo. Sempre permitia que minha mãe conversasse primeiro com ele. Coloquei uma rosa de um vermelho intenso no mármore preto e me virei, afastando-me para lhe dar um momento de privacidade.

Vagando pela trilha, permiti que minha mente viajasse de volta a Nova York. O sábado tinha sido no mínimo chocante para mim. A despedida de solteira de Larissa teve uma reviravolta inesperada, mas bem animadora. Uma onda de calor se apoderou de mim quando me lembrei da sensação de Ludmilla dançando, esfregando-se e tocando na minha pele. As palavras ditas e as mensagens trocadas desde aquela noite na boate apenas confirmavam que queria Oliveira da maneira que estava tentando reprimir desde o dia em que tínhamos nos conhecido. Queria estar com ela. Ludmilla me afastava de tudo o que conhecia e tinha que admitir que gostava disso. Era assustador, excitante e perigoso, mas estava ávida por ela. Os limites inicialmente traçados entre nós eram agora meras manchas. Sentia-me preparada para ultrapassá-los, ciente de que Ludmilla estaria ao meu lado.

Linhas suaves de lágrimas eram visíveis nas bochechas de Mia quando me reaproximei vagarosamente dela.

– Você está bem?

Uma expressão de contentamento rodeava os olhos de minha mãe.

– Agora estou – respondeu, afastando-se – Não se apresse, Brunna.

Fitei as letras douradas no mármore, que diziam a data da morte de meu pai. Parecia que tinha sido ontem. Fechei melhor o casaco e me agachei para ficar no mesmo nível do nome dele.

– Oi, papai – sussurrei – Sinto muito por fazer tanto tempo desde minha última visita. A vida anda uma loucura – sorri, contornando o (J) do nome dele com o indicador – O trabalho está indo bem, meus alunos são ótimos – ri de leve, orgulhosa – Eles realmente prestam atenção em mim agora e sinto que estou fazendo a diferença. Papai, eu... – erguendo a cabeça na direção do céu raivoso, fechei os olhos – Penso no que você me disse aquela noite o tempo todo, sobre fazer a diferença, sobre retribuir. E preciso que saiba que estou tentando ao máximo fazer o que me ensinou.

Inspirei fundo antes de continuar.

– Queria lhe contar que eu... estou gostando de... alguém e tenho medo de que você pense coisas ruins a meu respeito – dei uma olhada para Mia – Sei que mamãe vai pensar.

Como um filme em minha mente, relembrei todos os comentários e olhares repressores de Mia, nos últimos meses, toda vez que meu emprego era mencionado.

– Ela não entende por que estou fazendo isso e, às vezes... às vezes, me sinto pressionada. Encurralada. Como se eu estivesse tentando fazer o que vocês dois esperam, quando sei que deveria fazer o que eu mesma acho certo. Foi isso que você me ensinou e... Ludmilla faz-me sentir bem. Já cometeu alguns erros, como todos nós, mas... – minha mão agarrou a ponta do mármore – Você precisa saber que ela é uma boa mulher. Tomou alguns caminhos errados na vida e consegue me deixar maluca, mas há bondade ali. Eu simplesmente sei que há.

Ao ver o túmulo de minha avó ao lado do túmulo do meu pai, sorri.

– Sei que, onde quer que você esteja, está feliz e cuidando de mim. Sinto no meu coração todos os dias – lágrimas escorreram por meu rosto – Eu te amo tanto, papai, e sinto muita saudade. Por favor, entenda como me sinto. Eu estou perdidamente apaixonada por Ludmilla.

Quando aquelas palavras saíram da minha boca, por uma fração de segundo, o vento parou e as nuvens se abriram acima de mim, permitindo que um raio de sol brilhasse entre elas. O calor momentâneo atingiu minhas costas, fazendo meu corpo relaxar. E, enquanto piscava por conta da claridade, eu sabia, no fundo de minha alma, que meu pai tinha dado a bênção a mim e a Oliveira para ficarmos juntas.

(...)

O voo de Washington para Chicago tinha sido confortável e me permiti sorrir quando Harrison nos encontrou no terminal do aeroporto. Mia o abraçou forte enquanto ele sussurrava palavras gentis em meio a seus cabelos. Sempre agradeci pela compreensão infinita que Harrison demonstrava com relação ao luto de minha mãe pelo ex-marido. Ele aparentava saber do que ela precisava e nunca parecia magoado quando ela fazia suas visitas anuais ao túmulo de Jorge. Harrison e meu pai eram bons amigos havia muitos anos. Quando meu pai faleceu, apesar de minha mãe ter lutado contra isso, o fato de os dois estarem juntos fazia todo o sentido.

Observá-los se reencontrando após três dias separados, com beijos e sorrisinhos, despertava uma pequena pontada de saudade no meu peito. Abracei a mim mesma, tentando fazer meu corpo pensar que aqueles braços eram de uma ex-presidiária de olhos castanhos. Não funcionou.

Harrison tinha chegado a Chicago um dia antes e alugado um carro no qual nós três entramos. Minha avó, mãe de Mia, sempre organizava uma reunião nesta época do ano em sua enorme propriedade nos arredores de Chicago. Era, como ela dizia, uma maneira de celebrar a vida de um homem que tinha trazido tanta felicidade à sua filha, bem como uma linda neta. Enquanto eles dirigiam pela cidade e saíam para a área rural, peguei o celular. Fazia alguns dias que não tinha notícias de Ludmilla. Não podia negar que estava sentindo falta dela.

Uma mensagem de Wynonna apareceu assim que religuei o celular.

Wynonna: Espero que você se divirta em Chicago. Me mande uma mensagem para eu saber que você chegou bem. Desculpe não poder ter ido junto.

Engoli em seco, resignada. Kássia achou que seria uma boa ideia convidar Wynonna para ir na celebração. Não me tinha convencido e fiquei aliviada quando Wynonna teve que cancelar por causa do trabalho. Mandar mensagens que me livravam de ter que sair para tomar uns drinques ou para jantar com ela eram uma coisa. Vê-la cara a cara? Eu peferiria muito mais que Ludmilla estivesse lá.

Dei uma olhada para minha mãe e imaginei a confusão que a presença de Oliveira iria causar. Expirei pesadamente e comecei a digitar uma mensagem para a garota de olhos castanhos.

Eu: Só queria me certificar de que você não está achando as atividades difíceis demais.

Zombei daquilo em silêncio, sabendo que, sem dúvida alguma, Ludmilla conseguiria terminar o trabalho mesmo que estivesse amarrada em uma cadeira e de olhos vendados. As minhas bochechas ficaram imediatamente quentes quando aquela imagem passou por minha mente, só que, em minha fantasia, ela estava nua.

O celular vibrou em minha coxa. Meu coração respondeu batendo bizarramente, rápido.

Lud: Estou bem. O trabalho está indo bem. Só é chato fazer sozinha. Com saudades de mim, é?

Sorri e balancei a cabeça com a arrogância dela. O fato de ela estar certa era irrelevante.

Eu: Oh , sim, Oliveira, com saudades imensas de você (sarcasmo). Acabei de chegar a Chicago.

Lud: Achei que você estivesse em Washington! Você está com saudades de mim. Eu sei.

Bufei, fazendo com que minha mãe me lançasse um olhar curioso.

– Com quem você está falando? – perguntou ela – É Wynonna?

O sorriso em meu rosto desapareceu.

– Hum, não. É só uma amiga.

Mia assentiu com a cabeça, ainda em dúvida.

– Bom, espero que não sejam aquelas... pessoas daquele presídio, ou aquela criatura com quem você passa um tempo na biblioteca. Ainda não consigo acreditar que eles permitiram que você ficasse sozinha com alguém tão perigo...

– Mãe – lançei um olhar frio em sua direção e ela suspirou pesadamente.

Eu: Ficamos em Washington por três dias. Viemos visitar minha avó em Chicago.

Lud: Você pode negar, mas sei que está morrendo de saudades de mim.

Eu: Estou com saudades de você. Pronto. Feliz?

Lud: Está tudo bem, Pêssegos. Também sinto sua falta.

O ritmo feroz com que meu coração batia confirmava que estava feliz. Dei um sorriso largo, mordendo o lábio inferior.

Lud: Ainda consigo sentir seu sabor na minha língua.

Um gemido escapou de minha garganta. A palpitação leve e zombeteira no meu peito se transformou em batidas furiosas. Aquela mulher era implacável. Deixei que minha mente viajasse por lugares sombrios e pervertidos onde eu e Ludmilla poderíamos fazer coisas sobre as quais havia apenas lido. Eu não era nenhum poço de pureza. Tinha tido quatro parceiras com quem havia curtido um sexo decente. Mesmo assim, sempre que pensava em sexo ou variações do ato com Oliveira, só conseguia pensar que ela botaria no chinelo todas as minhas experiências passadas. Era tão dominadora e intensa que não tinha dúvidas de que ela seria exatamente assim na cama.

Queria que ela me dominasse, me possuísse, me fodesse... Coloquei a mão na boca, surpresa com meus próprios pensamentos desavergonhadamente indecentes.

Oliveira me queria, ela tinha dito isso. Mas será que tudo se resumiria a uma transa quente e apaixonada? Estava desesperada para descobrir. Meu senso comum sugeria que mulheres como Ludmilla não eram para namorar e muito provavelmente correriam na direção contrária ao ouvir falar em "relacionamentos". Pisquei para meu próprio reflexo na janela do Lexus. Realmente estava pensando em ter um relacionamento com Oliveira? Tipo, um relacionamento duradouro? Sim. Sim, estava.

Eu: Posso ligar para você amanhã, Lud?

Lud: Quando você quiser Pêssegos.

– Chegamos, Brunna.

A voz de Mia invadiu a minha fantasia para avisar que estávamos estacionados na entrada de pedras da propriedade de Mercedes, minha avó. A casa era tão linda e imponente quanto me lembrava. Um sorriso largo surgiu em meu rosto quando a enorme porta de carvalho se abriu e minha avó apareceu com seu cachorro preto e branco, Leo, empurrando-a para passar à frente. Pulando do carro, bati as mãos nas coxas e assobiei. Leo disparou na minha direção, latindo alegremente e balançando o rabo como um chicote. Ele pulou para meu colo, com a pequena língua para fora da boca.

– Leo! – repreendeu minha avó – Desça! – o cachorro obedeceu de imediato, dando uma olhada encabulada para sua dona. Ri e corri até Mercedes, que me envolveu em seus braços, apertando com força. Aquela mulher tinha cheiro de hortelã e lavanda – Ah, minha menina querida – disse com ternura.

Apertei-a ainda mais ao ouvir suas palavras. Mãos pequenas e enrugadas seguraram o meu rosto. Os olhos castanhos brilhantes de minha avó emitiam nada além de amor e calor e fiquei instantaneamente mais calma, mais segura. Ela sempre teve um jeitinho de me fazer sentir melhor. Era um dom de avó. Mia abraçou sua mãe com força antes de todos entrarmos na casa. Minha avó tinha preparado comidas e bebidas para serem servidas na noite seguinte aos cerca de 30 convidados. Patrícia estaria lá, assim como sua esposa, Kássia, e os pais delas, colegas de meu pai e vários membros de inúmeras instituições de caridade com as quais não só Jorge tinha contribuído ou apoiado como também Patty e Kássia .

Continuei suspeitando de que ainda havia algo acontecendo com minha amiga, e, apesar de marvila dizer o contrário, parte de mim se preocupava de ter feito algo muito errado que a chateou. Coloquei as malas na cama do meu quarto de infância e tentei ignorar um certo mal estar que se instalava em meu estômago

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