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Não me deixe

Escutei uma gritaria vindo da sala do meu chefe, parecendo ser uma discussão.

Minutos depois ele surgiu aos berros, e Tom veio logo atrás dele.

____ Não posso trabalhar com isso - Ele gritou se virando e jogando os papéis no rosto de Tom, que parecia calmo apesar do constrangimento. Eu podia ver em câmera lenta, ele fechando os olhos enquanto recebia um enxurrada de papéis no rosto, o expondo a uma terrível  humilhação diante dos outros funcionários, e mesmo assim ele não se alterou - Ou me apresenta algo melhor até a semana que vem, ou será despedido, está me ouvindo?

Tom assentiu meio decepcionado, sem tirar os olhos do chefe que o encarava furioso.

Depois disso meu chefe voltou para sua sala e bateu a porta como de costume. Eu fiquei chocada com sua atitude tão grosseira em relação a tom que sempre foi um excelente funcionário, e nunca deu motivos pra ninguém trata-lo dessa forma.

Ele suspirou fundo, se abaixou e começou a recolher os papéis do chão. Enquanto eu  o observava com pena.

____ Precisa de ajuda? - Perguntei  completamente sem graça por ele.

_____ Não obrigado, eu me viro - Ele recusou, e depois de juntar tudo, ele se levantou, respirou fundo e lançou um sorriso pra mim, como um sol que surge após uma terrível tempestade.

Ele tem um auto controle de dá inveja.

Eu o admirava por isso, por está sempre de bom humor, mesmo com tudo dando errado. Era muito difícil ver ele triste ou zangado com alguma coisa. Ele sabia  controlar muito bem suas emoções, ao contrário de mim, que no lugar dele teria feito um escândalo, e ainda por cima teria derrubado café quente na cabeça daquele velho idiota.

____ Como você consegue? - Ele perguntou pra mim, para minha total surpresa.

Eu quem deveria perguntar isso a ele. Porque faltou bem pouco pra mim surtar diante de tamanha injustiça.

____ Não consigo, mas eu tento - Sorri fraco. Sinto muito por isso.

____ Não sinta, eu quem deveria ter me esforçado mais - Ele disse cabisbaixo.

Agarrei subitamente sua mão por cima do balcão. E olhei no fundo dos seus olhos esverdeados.

____ Você vale muito mais que isso, é um excelente profissional, não abaixe a cabeça para um velho barrigudo que se acha melhor que todo mundo.

Ele sorriu e um lágrima que estava escondida, brotou em seu olhar.

Talvez ele tinha uma forma diferente de demostrar que estava no limite.

_____ Obrigado Nora.

Em seguida ele saiu, e se despediu de dentro do elevador, mantendo um sorriso congelado até a porta se fechar. Se tinha uma pessoa que merecia todos os méritos daquela empresa ,essa pessoa era ele. Dava para ver o quanto ele se dedicava.

Ele deve ter um motivo muito forte para querer trabalhar em lugar como esse. Com toda a sua competência e inteligência, ele poderia arrumar emprego em qualquer lugar.

No ambiente de  trabalho eu me deparava com vários homens bonitos, elegantes e bem sucedidos, entrando e saindo do prédio. Porém  nenhum deles, superava a beleza do meu Cristian, todos os holofotes estavam voltados para ele.

Eu estava louca pra ir logo para casa e me jogar em seus braços.

Mas antes disso, lembrei que tenho que passar na Zoe, para me despedir dela, porque ela vai embora no final da tarde.

Só de imaginar, sinto um aperto no peito. Era uma pena não ter aproveitado tanto sua companhia como eu gostaria. Não se tem mais tempo para os amigos como antes.

____ Tem certeza que não quer ajuda - Falei em relação a mala pesada que ela está arrastando. Ela tinha ganhado muitas coisas e não queria deixar nada pra trás.

____ Não amiga, deixa que eu carrego.

Por fim ela jogou a mala no porta malas do carro e fechou. Em seguida me olhou triste, e depois me abraçou forte. Eu também estava extremamente triste com sua partida. Ela era a minha única e melhor amiga, e eu nunca confiei tanto em uma mulher como confiava nela.

____ Ain amiga - Ela falou com a voz embargada. Vou sentir muitas saudades.

Uma lágrima rolou pelo seu rosto pálido, enquanto o pôr do sol tratava de iluminar seus cabelos revelando seu brilho natural.

Ela era linda.

____ Eu também vou sentir muito a sua falta - Desabafei em seu ombro, sentindo meus lábios tremerem.

____ Bom, eu tenho que ir -  Ela se adiantou, enxugando as lágrimas com a manga da camisa - Ficar aqui se lamentando não vai nos levar a lugar nenhum.

____ Concordo com você.

Depois de da volta para entrar no carro. Ela me lançou o mesmo olhar de dois anos atrás quando foi embora pela primeira vez, e fez um gesto com a mão.

Entendi como sendo um adeus, então fiz o mesmo. Nunca se sabe quando uma despedida é realmente uma despedida.

O carro arrancou e seguiu a estrada principal, levando consigo uma parte de mim. Quando você se torna adulto suas relações começam a se estreitar, e você corre contra o relógio, para aproveitar o máximo de tempo possível, antes que seja tarde demais.

Voltei para casa com uma tristeza imensa, e o coração apertado. Não sabia quando eu iria vê la novamente, não consigo nem imaginar como seria minha vida sem ela, ela era como uma irmã pra mim, nunca me canso de dizer isso.

Suspirei fundo e me joguei na cama, encarando o teto, imaginando os momentos felizes que passamos juntas. Chorei ao lembrar da vez em que ela se afogou em um rio.

Estávamos sozinhas.

O dia estava bonito e ensolarado, bom para dá um mergulho. Mas Zoe ignorou minha ordem de não ir tão fundo nessa aventura, pois no rio,  costumava ter uma espécie de  buraco negro que sugava as pessoas. Isso de acordo com a minha mãe.

Eu não acreditava muito em lendas, até ver Zoe simplesmente desaparecer diante dos meus olhos.

Desesperada eu mergulhei e  muito relutante eu consegui levar seu corpo até a margem do rio, e tentei de todas as formas, ressuscita-la, mas ela não reagia. Então entrei em estado de pânico.

Um senhor que morava ali perto foi quem nos ajudou. Talvez se não fosse por ele, nossa despedida teria sido diferente.

Nunca me esqueci desse dia. Nem daquele senhor. Dois meses após o acidente, ele teve um enfarto fulminante e morreu em casa. Zoe e eu, choramos horrores com a notícia.

Cristian interrompeu meus pensamentos, entrando no quarto. Enxuguei as lágrimas, mas foi  impossível esconder a tristeza, que transparecia em meu olhar.

____ Meu amor, não fica assim. - Ele se aproximou e me abraçou. E eu me senti tão amparada, que desabei  sobre seu ombro. Ele era o meu porto seguro, eu me sentia segura e acolhida em seus braços.

____ Ela vai voltar - Ele assegurou, enquanto acariciava levemente o meu rosto molhado, com as costas da mão.

____ Você é tão lindo, e tão bom pra mim -  Suspirei, olhando em seus olhos.

Ele sorriu radiante e me beijou intensamente, mas logo resmungou que precisava urgente de um banho e que teve um dia cheio.

Dava para ver em seus olhos o quanto ele estava cansado. Então decidi dá um tempo para ele descansar.

Amar também é dá um espaço para o outro, mesmo que você precise muito ter essa pessoa por perto.

Depois do banho ele deitou um pouco comigo e acabou pegando no sono.

Estava fazendo muito calor, então resolvi abri a janela para entrar um ar fresco. E acabei me deparando com os vizinhos discutindo.

" Hoje é o dia das discussões"

O marido gritava alto e apontava o dedo no rosto da mulher. Eu não entendi muito bem o que ele estava dizendo, mas pela agressividade com que ele se dirigia a ela, parecia ser algo bem sério. Me questionei se deveria ou não intervir, já que ela estava com uma criança no colo e eu tinha medo daquela discussão virar uma agressão e acabar sobrando para garotinha, que não tinha absolutamente nada a ver com a história.

Mas para o meu alívio o cara entrou no carro furioso e saiu fazendo manobras arriscadas pelo quarteirão.

A mulher imediatamente colocou a  criança no chão e foi até o meio da rua preocupada com marido apesar de tudo.

"Que forma mais estranha de se amar uma pessoa.

A criança se assusta com a ausência repentina da mãe, e começa a chorar, então a mulher decide voltar e pega-la no colo depois entrar na casa.

Até que enfim aquela novela tinha acabado, e sem nenhum ferido bom pelo menos por enquanto, pois ninguém sabe o que aconteceu com o marido dela depois de toda a cena patética que ele fez com o carro.

A verdade é que apesar de sermos vizinhas, nunca trocamos uma palavra. Aliás, todos os vizinhos desse bairro parece  sofrer de algum tipo de mudez patológica, são antipáticos e egoístas demais para se socializarem, e eu nunca entendi o porquê.

Nem me lembro qual foi a última vez que eu e Cristian brigamos, é preciso  um motivo bem sério para isso acontecer. A gente quase nunca se desentende, parece até que concordamos em tudo.

Fechei a janela e olhei para ele deitado na cama. Como ele era lindo até dormindo, não consigo imaginar minha vida antes dele, nem como seria sem ele, eu só quero que o nosso amor dure para sempre, afinal o que mais uma mulher apaixonada pode querer.

Depois de suspirar e citar na minha mente os diversos motivos pelas quais  eu o amava, saio na ponta dos pés para não acorda-lo, em seguida fecho a porta devagar.

Pego o telefone e ligo para Zoe, para saber como ela estava e se tinha chegado bem da viagem, mas tudo que consegui ouvir foi.

[Nora eu... a viagem..te ligo depois..]

Desliguei o telefone e fui preparar o jantar.

~~~~~~

Quando foi a noite, eu tive um pesadelo.

Sonhei que Cristian tinha sofrido um acidente terrível e que não resistiu aos ferimentos. Acordei aos berros e para meu total desespero ele não estava na cama.

____ Nora?

Ele chamava, mas sua voz estava distante, e eu não conseguia vê-lo. Meus olhos haviam sido tomado por uma escuridão sem fim.

Uma onda de tristeza logo invadiu meu coração e eu  comecei a gritar desesperada por ele na escuridão, mas não obtive resposta.

Até que tropecei em algo, e quando olho para o chão, percebo um corpo envolvido por uma lona preta, e sinto meu coração parar de bater.

____ Cristian, por favor não me deixe - Suspirei quase sem ar, sentindo o suor frio escorrer pela minha testa.

____ Nora eu estou aqui - Dessa vez sua voz parecia estar mais perto. Mas eu ainda não conseguia enxerga-lo, meu coração estava acelerado, e minhas mãos tremiam. Eu mal conseguia respirar, fiquei imóvel, inerte na chuva repentina que caia sobre mim, porém não me molhava, eu não conseguia sentir nada, além de dor e agonia.

Mas senti meu corpo, ser envolvido por um abraço apertado, e quando abri os olhos percebi Cristian me olhando preocupado. Sua imagem me fez chorar litros. Eu o abracei forte para ter certeza de que ele realmente estava ali.

_____ Por favor, não me deixe - Agarrei seu rosto firme e procurei seus olhos azuis na escuridão.

_____ Eu não vou te deixar.

_____ Você promete? Pedi, com medo.

_____ Eu prometo.

Ele secou as minhas lágrimas, depois me acolheu em seu peito quente e firme, onde os pesadelos não conseguiriam me perturbar, e assim eu voltei a dormir tranquila e ele também.

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