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5 - Antagonismo

Ela o provocava. Por que ela seguia fazendo isso? Por acaso ela não entendia que, cada vez que se insinuava por entre as cadeiras buscando parecer invisível, mais a sua presença se impunha? Mais seus seios se pronunciavam e mais sua pele brilhava sob a luz pálida da luminária? Ela não tinha mesmo noção da beleza que irradiava a cada meio sorriso que deixava escapar? Ou como seu cheiro permanecia no ar por onde passava, acima dos demais perfumes, do aroma do café e dos produtos de limpeza?

Seus olhos eram cheios de mistério. Havia sombras por trás do caramelo esverdeado de suas íris; um compêndio de segredos não contados, ocultos... Encerrados. Havia um passado, uma dor ignorada e enterrada que ela fingia não existir.

Mas estava lá. Quem olhasse com atenção, encontraria.

Além da pele cremosa salpicada de minúsculas sardas, seu corpo sinuoso despertava o desejo. Nenhum uniforme barato seria capaz de esconder tais curvas distribuídas na medida certa; seios empinados, cintura fina, quadris arredondados e macios... Tudo nela gritava "toque-me", "prove-me", e ele a queria provar.

Queria tocá-la...

Queria lambê-la...

Queria amá-la.

Queria segurar suas madeixas loiras e macias, tão longas que dariam duas voltas no seu pulso, e puxá-las enquanto fodia seu corpo por trás...

— Posso avançar?

A voz de Nay se perdeu no silêncio do espaço, e três dos cinco homens que ocupavam a imensa mesa oval da sala de reuniões desviaram os olhos para o telão que projetava o gráfico com os resultados do trimestre. Estavam abstraídos, compenetrados em assuntos não pertinentes quando deveriam estar atentos às métricas.

— Qual é o problema, Pablo? — Rob inquiriu o diretor — você parece preocupado. Os resultados da campanha não foram ruins.

Pablo demorou um tempo a responder. Seus olhos pousaram sobre o gráfico pizza, e ele limpou a garganta antes de falar.

— O projeto dos engenheiros... Como anda, Lipe?

Felipe desencostou da cadeira como quem acabava de sair de uma bolha. Confuso, buscou o olhar de Leo a fim de receber uma pista sobre o assunto da reunião, mas o pegou fitando a faxineira. Irritado, fulminou-o com o olhar.

— Será que você poderia prestar atenção à reunião ao invés de ficar olhando pra copeira? — Resmungou para o fotógrafo.

Gabi, que removia os copos e xícaras da mesa para depositá-los num carrinho, parou com a mão no ar. 

— Perdão, não sabia que estava atrapalhando — ela sequer ergueu os olhos para a voz que reclamava sem motivo.

— Não seja estúpido, Lipe! — Pablo elevou a voz, fazendo Gabi dar um passo atrás e desistir de vez de remover os utensílios usados.

— Eu volto depois — ela murmurou —, pretendia lhes servir um café novo, mas vejo que estão ocupados. Me desculpem. ­— Constrangida, afastou-se empurrando o carrinho.

— Eu não estou reclamando de você e só funciono com café. Pode trazer um pra mim? — Leo afirmou, cruzando um olhar ácido com Felipe, que devolveu com a mesma intensidade.

Gabi sorriu para o fotógrafo e saiu da sala de reuniões. Gostava do Leo e suas tentativas de incluí-la. A aproximação entre eles se dava de maneira natural, e a cada dia que passava, sentia-se mais conectada com os colegas de trabalho. Já fazia mais de um mês que trabalhava na Limonada, e ela até já tinha os seus favoritos dentro agência.

Antes de adentrar a copa, Gabi olhou de soslaio para o fotógrafo, que lhe direcionou uma piscadela discreta. Era possível vê-lo mesmo de longe pois a sala de reuniões era uma espécie de aquário, toda isolada em vidro, tal qual um box gigante com portas de correr. No dia a dia, as paredes ficavam livres, com as lâminas abertas, e a mesa servia para acumular trabalhos de clientes, esboços, prévias e protótipos de materiais gráficos. Quando havia alguma reunião, as portas se fechavam e o vidro antirruído mantinha a privacidade dos assuntos ali discutidos.

Sem se deixar abalar pela atitude do chefe das trevas, Gabi separou o café para levar ao Leo. Não se deixaria abater num dia como hoje, afinal, era a data em que ela completava 45 dias de trabalho. O primeiro período de experiência estava concluído e, ao que tudo indicava, ela poderia cumprir os próximos 45 dias.

Nada muito significativo aconteceu nesse intervalo. Desde a manhã em que flagrara Felipe num momento íntimo, não houve mais nenhuma situação constrangedora, nada que a colocasse em alerta. Felipe seguia ignorando-a de forma solene, e ela continuava fingindo que ele não existia. Nunca mais ele a chamou para servir qualquer coisa, tampouco se dignou a lhe dirigir a palavra.

Como numa perfeita antítese, Pablo se comportava de maneira ainda mais afável. A cada dia ele parecia mais atento às suas atitudes. Diferente da forma contida como se comportava no início, agora ele puxava assunto sempre que pedia um café, e às vezes ficava batendo papo na copa enquanto ela cuidava da louça acumulada. Mesmo com a aproximação, ela mantinha o tom neutro da conversa e evitava assuntos pessoais, afinal de contas, ainda que "babasse ovo" para o homem, ele continuava sendo seu patrão.

Gabi não tinha problemas em trabalhar como faxineira. Em tudo o que fazia, buscava ser caprichosa, atenciosa e não fazia corpo mole. Desde muito nova entendeu que o trabalho era algo inerente e inevitável, e que não havia funções melhores ou piores, apenas necessidades a serem sanadas. Ainda assim, por vezes ela se sentia desorientada do que fazer nesse quesito, pois quando decidiu vir para a capital, seu sonho era trabalhar na área de design e arte.

Essa foi a razão de ela escolher ser faxineira numa agência de publicidade ao invés de recepcionista numa clínica dentária. Ela queria ser designer, e acreditou que trabalhar num ambiente criativo favoreceria suas chances ao tentar uma carreira nessa área.

Estava enganada. Muito enganada.

São Paulo era um leão devorador de sonhos. Eram infinitos profissionais, muitos talentos, muitos qualificados, muitíssima gente disputando vagas destinadas a gigantes. Ela jamais teria uma chance apenas dizendo que sabia desenhar. Sem formação, experiência, malícia ou vivência, ela não chegaria a lugar algum.

Mas tinha ambição, por isso, até ensaiou uma conversa com Pablo sobre o assunto. Chegou a separar alguns esboços e estava prestes a solicitar uma reunião, mas se acovardou. Ela queria apresentar seus desenhos a ele e sondar sua opinião, mas logo entendeu que ele não era a pessoa certa para isso.

Infelizmente, se ela pretendia se oferecer como aprendiz em design, teria que convencer Felipe a avaliá-la, algo que envolvia chamá-lo para uma conversa, apresentar seus desenhos a ele e pedir sua sincera opinião.

Sim, o inferno congelaria antes.

— Aqui está, Leo. Quentinho! — Ela fez questão de ser bem amável com ele pelo simples fato de ele tê-la tratado com gentileza.

Leo agradeceu e, propositalmente, roçou os dedos em seu pulso quando pegou o pires. O gesto não passou despercebido aos mais atentos, no caso, os demais homens da mesa.

— Pôxa, Gabi... que cheirinho gostoso de café! Traz um pra mim também, por favor? — Rob pediu.

— Claro! Mais alguém quer? — Ela observou os demais integrantes da reunião, e quase todos levantaram a mão.

— Não quer, senhor Felipe?

Sim, ela ainda se dirigia a ele como "Senhor Felipe". Soava melhor, mais imponente, mais parecido com "Arrogante Infernal", algo que ela não ousaria falar.

Como sempre, ele sequer ergueu os olhos da tela do iPad. Ela notou que ele desenhava algo com a Apple Pencil e desejou ter coragem para dar a volta e curiar por trás dele, mas se manteve parada, aguardando uma resposta que, por fim, não veio.

Depois de servir a quase todos, ela foi cuidar da limpeza dos utensílios usados, e algum tempo depois, enquanto deixava a copa, ouviu a voz elevada dos irmãos que discutiam na sala já esvaziada pelos demais colaboradores. O vidro à prova de som não permitia distinguir o que falavam, mas o som escapava distorcido e abafado. Era notório que estavam irritados um com o outro.

— Fazia tempo que eles não discutiam — Cíntia comentou, ao seu lado.

— Isso acontece muito?

— Nossa, menina. Ao menos das últimas vezes ninguém saiu sangrando daqui.

— Como é?

— A coisa ficava feia. Eles literalmente saíam na porrada — Nay se intrometeu na conversa —, uma vez, Pablo teve que levar pontos.

— Meu Deus... — Gabi ficou imaginando aquele rosto de super-herói da Marvel maculado com cicatrizes — mas, eles brigam por causa de trabalho?

— Não. Brigam por qualquer coisa. A última discussão séria que tiveram foi porque Pablo pegou Felipe com a noiva dele — Nay confidenciou.

— Que canalhice! — Gabi não conseguiu conter a língua.

— Nay, não comenta sobre isso. — Cíntia avisou, incomodada. — Ninguém sabe direito o que aconteceu naquela noite.

— Não precisa ser um gênio pra adivinhar — Nay insistiu, provocativa. — Aquele ali pega qualquer uma. Toma cuidado, Gabi. Se ficar parada muito tempo no caminho dele, ele traça você também.

— Nay! Pelo amor de Deus! Vai deixar a Gabi com medo do homem!

Gabi sentiu o rosto esquentar com a imaginação de Felipe "traçando-a" em algum lugar. Afastou o pensamento de modo fugaz.

— Mas... eu pensei que ele era, bem... você sabe...

— O quê? ­– Cíntia indagou.

— Achei que ele... bem, que ele "cortava pro outro lado"— conjecturou. As meninas a olharam por alguns segundos antes de irromperem numa sonora gargalhada.

— É sério que pensou isso? — Nay tentava conter o riso, sem sucesso.

Gabi se irritou. Por que estavam rindo dela? Também não era para tanto!

— De onde tirou essa ideia? — Cíntia perguntou, ainda rindo.

— Não sei... deduzi, sei lá.

Ela não ia contar para as meninas sobre o que testemunhara entre seu patrão e um certo árabe.

— Não é nada disso. Ele apenas se considera um cara "aberto" — Cíntia afirmou, usando os dedos para simular as aspas.

— Bissexual, você quer dizer? — Às vezes Gabi se perdia nos termos. Havia tantos, ultimamente.

— Não sei se ele pode ser classificado dessa forma. Ele não costuma sair muito com outros caras; acho que ele curte brincar, sei lá, ou apenas deixa que se divirtam com ele. Talvez seja mesmo bissexual.

— Ele não sai com caras, mas sai com garotas? — Assim que perguntou, Gabi se arrependeu. Não queria externar sua curiosidade sobre o homem que antipatizava.

Se é que podia chamar o que sentia de antipatia.

— Ele sai com os dois, mas geralmente não repete — Cíntia afirmou, distraída com algo na tela do celular.

— Como você sabe dessas coisas? — Gabi questionou, intrigada. Não entendia por que tal informação a deixava chateada. Seria bem mais fácil se Felipe fosse gay, assim ela podia parar de imaginar coisas quando se lembrava da cena de semanas atrás.

— Ela cuida da agenda do homem, garota. Sabe tudo sobre ele — Nay deu um empurrão no ombro de Gabi, que riu, sem graça.

— Achei que era o Niko quem assistia o Felipe...

Gabi chegara a ter uma conversa com Niko, que afirmou envergonhado que só quis fazer uma brincadeira com ela. Quando ele perguntou o que Felipe falou quando ela entrou, ela desconversou e encerrou o assunto, fingindo não ser nada importante.

— Niko também assiste o Felipe. Na verdade, todo mundo aqui assiste o Demônio de alguma forma, até o Pablo. Narciso fez curso com esse cara!

— Não fala assim, Nay. A agência existe por causa dele — Cíntia retrucou, contrariada.

— Mas, e o Pablo? Ele é tão dedicado, trabalha sem parar, tudo isso aqui não deve ser apenas mérito do Diretor de Criação — Gabi saiu em defesa do chefe favorito sem se dar conta do olhar divertido das meninas.

— Tá gamadona no loiro, hein? Cuidado, Gabi! Pablo leva as coisas à sério demais — Nay alertou —, da última vez que ele se engraçou com uma funcionária, eles ficaram noivos e já estariam casados se Felipe não tivesse aprontado aquela.

Gabi sentiu um arrepio seguido por um gosto amargo na boca. Felipe foi capaz de sacanear o irmão assim? A cada dia que passava, mais motivos ela tinha para o desprezar.

Mesmo assim, continuava sonhando com ele sem camisa atrás de uma mesa; só que no sonho, a pessoa ajoelhada à frente dele era... ela.

— Você não sabe, Nay. Chega desse assunto — Cíntia advertiu.

Constrangida com o rumo dos pensamentos, Gabi abriu a boca para continuar a conversa, mas nesse instante, Pablo saiu como um furacão da sala de reuniões. Sem uma palavra, entrou na própria sala e, segundos depois, partiu.

Um silêncio sepulcral se instalou pelo ambiente. As meninas correram para as próprias estações de trabalho, e Felipe continuou sentado numa das cadeiras da sala de reuniões, que era puro caos de folhas espalhadas, copos tombados, guardanapos usados e xícaras sujas. 

Gabi sabia que precisava entrar lá para limpar, mas estava com medo de encarar o Senhor das Trevas, que no momento, rabiscava um pedaço de papel de modo displicente. Por alguma razão, ela sentiu seu peito se contrair ao notar o quanto ele parecia solitário ali. Sem dar muita trela ao sentimento, voltou aos próprios afazeres.

O horário foi avançando e, aos poucos, a equipe foi deixando seus postos. Quando Gabi notou, já passava das 18h. Seu expediente havia se encerrado, porém era o último dia do seu primeiro período de experiência e ela não queria deixar bagunça para o dia seguinte. Criando coragem, resolveu entrar na sala onde Felipe permanecia exatamente no mesmo lugar, só que agora, ele mantinha a cabeça apoiada no encosto da cadeira; seu olhar parecia perdido e o semblante, cansado.

— Com licença, Senhor Felipe. Eu posso remover os copos e as xícaras? Não quero atrapalhar, mas preciso deixar tudo ajeitado para amanhã.

— Vá em frente — ele respondeu, sem olhar para ela.

Ela sentiu um arrepio ao som da voz dele. Era grave, pesada, arenosa. Ela não conseguiu conter a lembrança do ruído grave que ele emitiu quando... Quando...

— Posso recolher esses papéis? — Sua voz saiu alta pela tentativa de ensurdecer a lembrança inoportuna.

Ele não respondeu. Parecia distante, perdido em pensamentos. Ela decidiu recolher as folhas mesmo assim e, por fim, ignorou a presença dele e seguiu fazendo o seu trabalho como se não houvesse ninguém por perto. Recolheu os utensílios, passou um pano na mesa, empilhou os papéis e retirou o lixo.

Quando terminou, as outras áreas da agência já estavam apagadas e Felipe permanecia no mesmo silêncio de antes, contudo, em algum momento, sem que ela percebesse, passou a observá-la. Ela se constrangeu com a inspeção direta e desviou o olhar. Foi quando notou um esboço preso sob o pé da cadeira que ele ocupava. Sem pensar, inclinou-se para recuperar a folha.

— Espera.

A imperativa, mesmo feita com uma voz baixa, a sobressaltou. Confusa, olhou diretamente para ele, bem dentro dos olhos, pela primeira vez desde que começara a trabalhar ali.

Aqueles olhos cinzentos a encaravam, soturnos, e uma ruga se pronunciava entre as sobrancelhas franzidas; o maxilar parecia travado, os cabelos sempre desalinhados caíam na testa, algumas pontas chegavam até os lábios cerrados. Só então ela reparou como o cabelo dele parecia bem maior desde a ocasião em que o vira no banheiro do prédio.

Só então ela se permitiu apreciar o quanto ele era descabidamente bonito.

— O que foi? — perguntou, insegura de como agir.

Mesmo encabulada, ela sustentou o olhar tempestuoso de seu adversário. As pupilas dilatadas enegreciam a superfície cinzenta, e as olheiras pareciam bem mais escuras naquele ambiente que pareceu funesto quando as demais lâmpadas do andar foram apagadas.

Ainda calado, ele começou a se levantar. Lentamente, ficou de pé, e ela foi se sentindo cada vez menor na medida em que ele crescia à sua frente.

— Por que está aqui? — a voz dele era quase um rosnado.

— E-eu... estou limpando...

— Perguntei por que está aqui!

— Mas... o que exatamente você quer saber? — Ela não estava entendendo nada do comportamento dele.

— Por que ficou aqui? O que está fazendo neste lugar? — ele questionava. Mesmo baixo, o tom da voz era cortante.

— Eu estou limpando, você não está vendo? Qual é o seu problema? — sua voz saiu bem mais alta dessa vez, e muito mais imperiosa.

Encararam-se por alguns segundos, em uma batalha silenciosa, enquanto ela permanecia ajoelhada diante dele. Ao longo das últimas semanas, evitara qualquer contato com ele, e trabalhar ali era uma tortura quando tinha que lidar com a presença daquele homem. Ela já estava cansada de pisar em ovos, e, se ele quisesse mandá-la embora por se exaltar, que o fizesse de uma vez!

Determinada, curvou-se novamente para pegar a maldita folha que estava no chão, mas ele foi mais rápido e segurou o pedaço de papel antes que ela o alcançasse. Seus olhares se cruzaram, trocando farpas silenciosas. Mantendo os rostos próximos, ele amassou o papel e o deslizou pelo braço delicado dela, passando pelo cotovelo e pelos pulsos até alcançar sua mão. Apenas o papel tocava sua pele, mas isso foi o suficiente para arrepiá-la. Quando ele posicionou a pelota amassada em sua palma, ela a agarrou com firmeza, apertando-a com força. 

Depois desse momento confuso, ele ergueu o corpo e, ainda fitando-a com intensidade, declarou:

— Nunca se curve diante de um homem. 

Com isso, ele deu a volta e saiu em silêncio. Ela permaneceu parada no mesmo lugar, seus braços tremiam e lágrimas teimosas e sem explicação se acumularam em suas pálpebras. Não conseguia entender por que estava tão abalada.

— O alarme será armado sozinho daqui há meia hora. Sugiro que vá embora antes disso — ele orientou do corredor e, apenas quando o clique da porta ecoou no silêncio, ela soltou o ar e uma única lágrima desceu pelo rosto e pingou no papel amassado que ela ainda segurava.

Sem entender o motivo de tamanha comoção, desdobrou a folha e se deparou com o mesmo retrato: a mesma moça de cabelos presos num coque frouxo, frente a uma janela. Agora, havia o esboço de uma vestimenta, uma espécie de avental, e árvores podiam ser vistas através da janela por onde a garota olhava.


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