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O jardim

Meu pai se esforça durante o restante da festa para que esse não seja o assunto do momento, ou do século. Eu tento ao máximo não me abater, pois mal conheço o moço e me sinto triste por ter sido abandonada.

Não quero dançar com mais ninguém, apenas fico me deliciando com as comidas da festa enquanto estou encostada em uma das janelas.

Essa atmosfera começa a me incomodar, o vestido me aperta mais que o comum e me deixa sem ar. Decido ir ao jardim para respirar um pouco e me distrair antes de voltar e ver se alguma outra pessoa me interessaria, mesmo tendo certeza da resposta.

Encontro um local bem escondido e quase sem iluminação e sorrio, finalmente me sentindo um pouco melhor. O vento bate em meu cabelo fazendo-o dançar lentamente sobre minhas costas.

Acho que se eu abrir um pouco meu vestido não fará mal, estou mesmo precisando respirar depois do tanto que eu comi e das grandes emoções que passei em uma só noite.

Começo a abrir meu vestido, os botões ficam na parte de trás, o que me dá um grande trabalho. Como eu odeio a falta de praticidade dessas roupas!

- Se eu fosse a senhorita, não terminava de abrir isso. - Ouço uma voz rouca atrás de mim e dou um pulo de susto.

- Céus, Matteo! Pretende me matar do coração? - Coloco a mão sobre meu coração e me viro para o observar. Seu olhar está meio perdido, como se estivesse me olhando abrir os botões. - Você estava me espionando? Seu indecente!

- Deveria agradecer por ser eu aqui e não algum maníaco que poderia tentar algo. - Ele faz uma careta e sua expressão se torna vazia.

- Não consigo agradecer, estou muito constrangida no momento - digo sendo sincera e ele solta uma risada nasalada. - Esses botões são ridículos.

- Pode continuar com eles abertos, eu prometo não olhar.

- Você é cheio de promessas, não é mesmo?

- Meu sonho é poder cumprir todas.

- Então não irá cumprir essa? - Arqueio a sobrancelha e ele dá um sorriso de lado.

- Eu nunca disse nada disso, princesa. O seu dom de interpretação é realmente um problema a ser tratado.

- Por que ainda não foi embora? Se o virem por aqui, será um problema dos maiores - questiono. Me sinto mais apavorada pela vida dele que pela minha. Afinal, o que eu perderia? Quem sentiria minha falta?

- Fiquei com medo do que poderia ocorrer com a senhorita. Que tipo de pessoa seu pai é?

- O máximo que ele pode fazer é me prender em um quarto por alguns dias. - Ele arregala os olhos. - Está tudo bem, meu pai não me bate.

- Juro que se eu o encontrar mais uma vez, eu o matarei. Como ele ousa fazer isso com a própria filha?

- Eu não sei. - Suspiro e olho para minhas mãos.

- Se eu pudesse...

- O quê?

- Eu te levaria embora daqui para sempre...

- Você acabou de me conhecer, Matteo - digo. Apesar de pensar isso, não é o que sinto.

Ele esteve ao meu lado e me ajudou em momentos horríveis. Matteo está tentando me proteger e isso é mais do que alguém já fez por mim.

Vejo que seu olhar está em meu pescoço, mais precisamente no colar que se localiza nele.

- É um belo colar. Você lutou muito por ele hoje... Tem algum significado?

- Era da minha vó, mãe da minha mãe. Eu amava vovó, mas ela morreu há algum tempo e eu ainda não consegui superar.

- Sinto muito, princesa.

- Não sinta, depois que morremos não há nada que possa ser feito. Eu a amei intensamente todos os dias em que ela esteve comigo e sei que fui amada na mesma intensidade, isso é mais que muita gente pode conseguir.

- É uma boa forma de pensar. - Ele tenta sorrir, mas algo o impede.

- O que houve?

- Como sabe que houve algo?

- Seus olhos, eles estão diferentes... - Me perco no seu olhar que me encara agora. A pupila dele estranhamente fica maior.

- É uma longa história...

- Você nunca conta histórias longas?

- Demoram tanto, princesa. São anos sendo resumidos em alguns minutos, seria justo contá-las?

- Seria justo guardar todas somente para você? - Questiono e as mãos dele se movem até uma mecha rebelde do meu cabelo que se atrevia a chegar até minha boca.

Estremeço. Como um simples toque pode causar tanto? Não é como se nenhum garoto tivesse se aproximado de mim, mas por que é diferente agora?

- Eu não sou uma das pessoas mais justas, princesa linda. E se me conhecer melhor, saberá disso. - Ele pisca para mim.

Coro completamente sem prestar atenção em nada depois do elogio. Princesa linda? Isso já é demais para mim.

- Preciso ir embora, mas antes peço que feche os botões do seu vestido e volte para dentro do castelo. Não quero que algo ocorra com você.

- Tudo bem - gaguejo e me levanto. - Pode fechar para mim? - Pergunto timidamente.

- Isso é para descobrir se consigo me controlar?

- Não sei porque não conseguiria. - Dou de ombros. - Além disso, eu não consigo fechá-los. Tive uma grande dificuldade para abrir esse vestido.

- Depois dessa noite eu realmente devo ir para o céu ou renascer como um anjo em minha próxima vida.

- Por quê?

- A senhorita não percebe o quão linda e encantadora é? Nesse exato momento eu desejo tanto beijá-la - diz parecendo estar confuso sobre o que deve fazer ou dizer. - Me perdoe. - Ele murmura e vejo seu rosto ficar vermelho também.

- Por que não beija? - Crio coragem para questionar. Que mal faria ser beijada?

Eu sei que não deveria dizer isso, ainda mais estando sozinha no meio de um jardim, sem chances de defesa além de usar minha própria força. Sei que para qualquer um aqui isso seria desonra, mas não tem ninguém aqui e eu tenho quase certeza que não o verei novamente.

Por que eu perderia essa oportunidade?

- Por favor, não me peça para fazer isso. Seria seu primeiro beijo, certo? - Ele parece sôfrego ao pronunciar essa frase.

- Seria sim.

- E você quer mesmo isso? - Me pergunta e dá para sentir o ar ficando cada vez menor e a distância entre nós diminuindo.

- Sim, e você?

- Desde que te vi. - Ele fecha os olhos. - Quero lhe beijar desde que te vi.

- Então faça isso.

Não precisei falar mais uma vez para que sua mão estivesse na minha cintura da mesma forma que estava quando dançávamos. Só que dessa vez era para algo que dizia muito mais que uma dança, algo mais íntimo que isso.

Quando sua boca tocou a minha e sua língua pediu permissão para a invadir, senti uma força que nunca tinha sentido. Era como se eu pudesse ir a qualquer lugar do mundo, contanto que ele permanecesse bem ali.

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