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Capítulo Vinte - Marcos

Anteriormente em 'Meu presente, Seu futuro, Nosso passado': Marcos se divertiu (e comeu) muito na festa de aniversário de Fernanda, conheceu a família e amigos dela, mas terminou a noite com uma sensação incômoda e um tanto ciumento devido ao trabalho da mulher. Será que a relação durará?

Obs: O capitulo a seguir tem um salto temporal de 3 semanas em relação ao anterior de Marcos.

Boa Leitura  =D

(Capitulo novo toda quinta feira)



15 de setembro de 2032.

- Venham por aqui. – indico o caminho aos homens que carregam as peças.

Agendei que o caminhão da loja de móveis e eletrodomésticos viesse hoje, por causa da minha rotina de trabalho. Após semanas buscando uma nova moradia, na terça feira da semana passada a casa vizinha a de Nick ficou a venda, sorte ou não, o lugar era espaçoso e agradável, então decidi comprá-lo. Dei um bom valor de entrada, e como um exímio brasileiro, dividi o restante em parcelas, as quais provavelmente só terminarei de quitar quando tiver sessenta anos.

- Coloca a geladeira na parede do fundo. – mando, apontando.

Os homens descem o objeto com cuidado, retornando ao caminhão para pegar o restante.

- A casa é boa mesmo. – ouço a voz de Fernanda.

- Falei que era. - sorrio.

- Gostei do banheiro, é duas vezes maior que o lá de casa, tem espaço até para esticar a perna quando senta no vaso. – brinca, me tirando uma risada.

- É bem arejado também. – chamo atenção para o grande vitral na parede a direita. – E com os dois quartos Theo finalmente terá o seu.

Assente.

- A cama de casal coloca aonde? – o entregador segura duas peças do móvel.

- No primeiro quarto à direita. – indico o pequeno corredor e ele segue.

- Não comprou mesa? – ela indaga.

- Por enquanto comprei só o essencial, o restante vou pegando aos poucos. – explico. – Por enquanto dá para comer no chão mesmo, está tão limpinho.

Ela ri da brincadeira.

- E o que acha de inaugurarmos a cama hoje à noite? – proponho em um tom malicioso, agarrando sua cintura.

Fernanda sorri, os dentes alvos e perfeitos fazendo contraste com a pele.

- Hoje não posso, tenho que trabalhar. – diz. – Mas amanhã a gente desfruta, posso até pensar em algo especial.

Meu interior borbulha em excitação.

- Talvez até aproveitar áreas ainda não exploradas. – miro os olhos cor de mel, um sorriso astuto formando em meu rosto.

Ela revira os olhos.

- Já disse que não farei anal, Marcos. – abaixa o tom.

- Como pode presumir que falei disso? Está colocando palavras em minha boca. – digo de forma descontraída.

- Claro que estava, vocês homens tem uma fixação por isso, nunca entendi. – soa agressiva.

Rio, sabendo que tem certa razão.

- Já que quer tanto, vamos fazer assim, quando deixar que eu enfie um dedo em você, deixo que faça o que quiser comigo. – sussurra devido ao outro entregador que passa em direção ao quarto.

Murcho internamente, ela só pode estar brincando, apesar de não parecer.

- Aí já está pegando pesado, sabe que não gosto dessas coisas.

- Ah é, bonitinho? Fica a dica então. – desdenha.

Não seguro o riso novamente e lhe roubo um beijo, me contentando com a resposta por enquanto, sei que uma hora ou outra cederá, a farei ceder.

- E o fogão, coloca aonde? – o entregador nos interrompe.

- Vem que eu mostro. – falo e sigo em direção à cozinha, mas antes de sair, bato de leve na bunda de Fernanda e recebo um olhar repreensor, mas não ligo.

Perco alguns segundos escolhendo o local mais adequado, então percebo algo:

- Não tem tomada.

- Oi? – o entregador vira para mim.

- O fogão é elétrico e só tem uma tomada, onde ligarei a geladeira? – explano.

O homem coça a cabeça e espero que me dê uma solução, mas permanece calado.

- E agora? – forço, a fim que fale algo.

- O que foi? – a mulher fala, aproximando da divisória entre sala e cozinha.

- Preciso ligar o fogão e a geladeira, mas só tem uma tomada.

- Compra um adaptador.

Miro o interruptor na parede.

- Será? Tenho medo de dar algum curto circuito ou algo do tipo.

- Compra um daqueles maiores, com vários encaixes.

Ainda fico receoso, não gosto de gambiarras, apesar de às vezes ter que fazê-las.

- Deixa aí, depois eu resolvo. – digo, postergando a questão. Qualquer coisa podemos encomendar comida para a janta.

E então um latido nos interrompe, aproximando a cada segundo, e o cachorro adentra a residência, agitado, correndo de um lado para o outro, com suas pernas curtas e atrapalhadas.

- Júpiter, junto! – mando, mas ele não obedece. – Júpiter!

O nome foi escolhido por Theo, porque os pelos alaranjados do animal o lembravam do planeta. Ultimamente o garoto tem lido muito sobre o Sistema Solar e tudo que o envolve, e posso afirmar que está bastante fascinado.

Vou em sua direção e chamo a atenção novamente, o segurando pela barriga com firmeza. Em seguida Nick surge com uma garrafa de bebida e copos.

- Qual parte de 'cuide dele' você não entendeu? – esbravejo.

- Quando abri a porta ele saiu correndo, não foi culpa minha.

- E se ele fosse atropelado? Ou corresse para outro lugar?

- Larga de drama, cachorro tem aquele negócio do cheiro, ele sabia que estava aqui.

Júpiter late como se confirmasse, e os encaro com olhar repreensor.

- Relaxa que eu trouxe a bebida. – pisca. – Oi Nanda.

- Oi Nick.

Mesmo ainda chateado, não sou homem de negar uma dose, então vamos à cozinha.

- E você me ama tanto que será meu vizinho. – ele zoa enquanto nos serve.

- Fazer o que, não resisto a esses olhos verdes. – devolvo, causando gargalhadas.

- A nova casa! – meu amigo levanta o copo.

- A novos começos. – Fernanda completa, levantando o seu.

O brilho da satisfação preenche meu olhar, reconhecendo o privilégio de estar rodeado por pessoas tão boas e que me querem bem, só faltou Caio aqui.

- À amigos verdadeiros e uma namorada maravilhosa. – digo, escutando o latido do cachorro. - E a Júpiter também. – abro um sorriso e viro o copo.



Encaro os papéis sem saber o que fazer. Desde o dia da inauguração a loja não esteve cheia e muito menos lucrativa. O número de produção e venda nem se igualam, o que acarretou a demissão de cinco costureiras, e fico temeroso pelo pessoal da área de vendas, pois criei certo vínculo com todos e não suportaria dispensar alguém. A cabeça dói, pouso a mão esquerda na têmpora e somo as despesas fixas. Ao compará-las com o capital atual, sobra pouco. Se continuar nesse ritmo, próximo mês estaremos falidos. Batidas na porta ressoam, me distraindo.

- Pode entrar.

- Com licença, Marcos, posso passar uma vassoura por aqui? – Francine indaga.

- Claro.

A mulher entra e começa a limpeza. Devido ao insucesso da loja nesse início, minha irmã preferiu não contratar uma faxineira fixa, então optei por alguém que confio, no caso Francine. Ela vem três vezes na semana e recebe pelo dia de oficio, o que é uma opção mais barata do que assinar sua carteira de trabalho. A princípio fiquei temeroso quanto a sua idade avançada, mas a mulher provou aguentar o serviço.

- Isso aqui está um forno, como aguenta? – ressalta.

Não tinha percebido até agora, mas quando fala sinto a pele esquentar, o ar quente me cercando e a camisa social úmida.

- Abre a janela, por favor. – digo.

A mulher obedece e continua varrendo. De repente o computador acende, chamada de vídeo de Bia. Com o mouse clico na bolinha verde.

- Oi. – falo meio desanimado.

- Como estão as coisas por aí?

- Na mesma.

- Teve alguma ideia?

Balanço a cabeça de um lado para o outro, o som da vassoura contra o chão causando pontadas na têmpora.

- Sabe que não pensei em nada, minha criatividade funciona de outra forma. – exponho.

- Mas tem que pensar, é o responsável pela loja. – diz, incisiva.

- Mas foi você que me colocou aqui. – rebato com rispidez, mesmo sabendo que agora a responsabilidade é minha. É complicado controlar a irritação.

- Fiz uma proposta e você aceitou. A vida é difícil, Marcos, tem que enfrentá-la como um adulto. – esclarece.

O som da vassoura continua a incomodar.

- Eu sou um adulto, um adulto formado em fotografia e que não tem a mínima noção de como administrar a porra de uma loja de roupa! – esbravejo, a raiva aumentando.

- E onde a fotografia te levou até hoje? Porque só vi passando perrengue para pagar as contas. – ela não se abala.

Não sei como rebater, afinal, por um lado tem razão.

- Francine, para com essa vassoura! – grito.

A mulher assusta.

- Desculpa, depois continuo. – direciona à porta e me sinto culpado pela forma como a tratei.

- Traz um remédio para dor de cabeça, por favor. – abaixo o tom.

- Fazer birra e gritar não adiantará. – Bia repreende. – Se precisar de ajuda, peça a Diego.

- Ele é estilista e não dono de loja. – a raiva retorna.

- É o que você tem, se vira, não posso cuidar de tudo. O legado dessa família é tanto responsabilidade minha quanto sua.

- Que se foda o legado, e que se foda você! – desligo antes que possa responder.

Debruço sobre a mesa e sinto os olhos arderem de frustração com o rumo que minha vida seguiu. Segundos depois ouço a porta abrir e um toque no ombro.

- Não fica assim. – a gentil voz da senhora se projeta.

Levanto a cabeça e a encaro, as lágrimas borrando minha visão.

- Não aguento mais... - confesso, me sentindo impotente.

- Acredite, as coisas melhoram, sempre melhoram. – ela tenta confortar.

- Não dessa vez.

Relembro algumas das dificuldades que passei na vida, ainda jovem, durante o casamento e após, e em todas essas ocasiões sempre conseguia ter esperança, ver uma luz no fim do túnel, mas agora é exatamente o oposto, estou cada vez mais afundado na escuridão desse mundo corporativo e capitalista.

- Qual é o problema? – indaga.

- Tudo. Meu trabalho é uma merda, a loja está falindo, minha irmã é um pé no saco...

- Calma. – sinto o toque carinhoso em meus cabelos. – Nada se resolverá se ficar irritado.

- Mas é a única coisa que sei fazer no momento. – passo a mão pelo rosto.

- Respira e toma o remédio. – obedeço. – Se o trabalho que está te fazendo mal, porque não sai? Como chefe não pode colocar alguém em seu lugar? – busca entender.

- Não. - respiro fundo. - Eu preciso do dinheiro. Estou preso nisso por causa da porra do dinheiro. – as lágrimas retornam.

Sinto ódio profundo do meu pai. A melhor coisa que fez na vida foi morrer.

- Posso ajudar em algo?

Balanço a cabeça, triste, desejando que pudesse:

- A não ser que tenha experiência em administrar loja, não.

Ela parece pensativa.

- Verei se conheço alguém que possa ajudar, talvez Alexandre, meu filho, saiba algo sobre.

- Não, não precisa. É minha responsabilidade.

- Não custará nada, posso ver com ele, sem problema. – insiste.

- Muito obrigado, mas não.

Ela me abraça, dando um beijo demorado, próximo a boca. Provavelmente está aproveitando da situação mas não importo, seu afeto nesse momento é muito bem vindo.

- Pode terminar de fazer suas coisas.

- Está melhor?

Confirmo com a cabeça e com um sorriso ela sai.

Miro o móvel, pedindo ao universo que mande uma ideia, qualquer ideia. E então as palavras de Francine retornam, de fato não conseguirei fazer isso sozinho, tenho que buscar alguém com experiência na área.

Como em um lampejo vindo dos céus, um nome surge na mente, juntamente com uma ponta de esperança, finalmente sei o que fazer.



Gostou do capitulo? Manda para os amigos, colegas e quem mais goste desse tipo de história  =D

Nova casa, novas aventuras kkkk E a gora Marcos tem um companheiro de 4 patas, Júpiter, gostaram do nome?

Próxima quinta tem capitulo novissimo para voces, até lá. Abraços e beijos  <3 <3

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