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Capítulo Vinte e sete- Marcos

Anteriormente em 'Meu presente, Seu futuro, Nosso passado': Marcos com a ajuda de Dolores e o pessoal da loja decidiram fazer um desfile para alavancar as vendas do local, e Dolores aceitou trabalhar com ele.

(Capitulos novos toda quarta feira)

Boa leitura  =D




30 de setembro de 2032.

Na tarde seguinte saio do pet shop com o remédio para as feridas na orelha de Júpiter. Antes de subir na moto, checo o endereço do próximo destino: a casa de Guto.

Surpreendi com a extrema facilidade com que Nick encontrou a informação online. Esse mundo digitalizado pode ser muito perigoso. Fico curioso e um tanto preocupado com o que se pode descobrir sobre mim com uma busca aprofundada.

Não demoro a ligar o motor, tenho que agilizar isso, pois Alexia precisa de uma limpeza ainda hoje.

No aplicativo de GPS do celular, escrevo as informações. Já dei tempo o bastante para minha irmã, e se ela não está disposta a saber quem esse cara realmente é, eu estou.

Percorro as ruas do bairro Pau da lima, desvio de um cachorro de rua e de crianças brincando de bola. Adentro uma área não asfaltada, as casas tornando cada vez mais humildes. Os pneus sujando de lama e já imagino o trabalho que terei para limpá-los.

Subo uma ladeira bastante íngreme e a quantidade de construções irregulares assusta. As casas são praticamente erguidas uma em cima da outra, com centímetros de lacuna, formando uma espécie de favela. Pelo ambiente e a textura do solo, creio que não se deveria construir nada por aqui, o que traz a memória dos inúmeros desabamentos que já aconteceram pela cidade, mas as pessoas nunca aprendem.

Chego ao objetivo, observando com atenção se há sinal de alguém em casa. Aparentemente não. Paro em frente à moradia vizinha. Desço, pego a sacola do pet shop, prendo o capacete no antebraço e olho ao redor, não consigo parar de pensar que serei assaltado a qualquer instante.

Bato três vezes à porta da casa amarela. Uma mulher de cabelos longos e crespos atende.

- Oi, boa tarde. – abro um sorriso simpático. – Desculpe incomodar, é que sou amigo de Guto e ele pediu para comprar isso, mas não o encontrei em casa. – minto, mostrando a sacola. – Sabe onde posso encontrá-lo?

Ela divide a atenção entre mim e o objeto.

- Pode deixar aqui, eu entrego. – se mostra prestativa.

- É que é algo pessoal e um tanto urgente. – afasto a sacola.

- Hum... – analisa.

- Tem algum lugar que ele costuma frequentar?

Desvia o olhar, voltando para os próprios pensamentos.

- O único lugar que sei é o trabalho dele.

- Onde fica?

- É uma obra lá pra baixo. – aponta na direção.

- Pode informar o endereço?

- Espera um pouco, acho que tenho aqui em algum lugar. – retorna ao interior da casa, fechando a porta.

A perna direita insiste em balançar initerruptamente. Averiguo a moto. Ainda está lá, graças a Deus. A mulher aparece minutos depois com um pedaço de papel em mãos.

- Anotei pra você. – entrega.

- Muito obrigado. – despeço com um sorriso.

Não demora até encontrar o local indicado. No canteiro de obras adiante, um edifício é erguido. Analiso o banner acima do muro de madeira, a construção pomposa já pronta, JB Construtora é a responsável pela construção. A frase 'Imóveis na planta' é destacada logo abaixo. Nunca acreditei em propagandas desse tipo, eles sempre prometem uma coisa e entregam outra, provavelmente muito inferior, isso quando não ultrapassam o prazo e você simplesmente não tem onde morar.

Deixo a moto do outro lado da rua e sigo até uma pequena guarita:

- Boa tarde, poderia informar se tem alguém chamado Guto trabalhando aqui?

- Tinha, mas ele foi demitido meses atrás. – um homem magro responde.

Mente para a vizinha, ótimo.

- Ele trabalhava como o que?

- Quem é você mesmo? – parece desconfiado.

Penso por alguns segundos.

- Sou sobrinho dele. É que meu pai morreu e... – tento parecer emotivo. – Só queria lhe dar a noticia.

- Não tem o número dele?

- Acredito que esse tipo de notícia tem que ser dada pessoalmente.

- De qualquer forma ele não está aqui. Pode tentar ir a casa dele.

Coloco a mente para funcionar, tenho que sobrepujar essa situação:

- Essa é a questão, eu fui a casa dele, mas parece que ele mudou. Vim aqui para saber se tem o novo endereço dele.

- Ai já não é comigo, só quem sabe disso é o mestre de obra.

- Pode chama-lo?

- Ele está ocupado agora.

- É rápido, prometo.

Solta o ar pesadamente pelo nariz, percebendo que não irei desistir.

- Verei o que posso fazer.

Deixa a guarita e some por minutos. A apreensão me domina, não sei se a mentira realmente o convenceu.

- Ele já está vindo. – o homem magro ressurge, acomodando na cadeira acolchoada.

Pouco tempo depois, um homem alto e usando capacete sai da porta improvisada e cortada do longo tapume de madeira clara.

- Boa tarde. – o cumprimento.

Sua mão engloba e esmaga a minha.

- Tenho muito que fazer, então te darei um minuto para explicar quem caralhos é você, porque sei que Guto não tem irmão. – diz, impaciente e um pouco grosseiro.

Merda.

Tento permanecer com a feição pacifica. A grande presença do homem causando arrepios.

- Só quero saber algumas informações sobre ele. – falo.

- Por quê? – permanece sério.

- Guto é o pai biológico da minha irmã, ele apareceu de repente e desconfio de suas intenções. Quero reunir informações o bastante para provar que não é o cara legal que aparenta.

O homem balança a cabeça de um lado para o outro:

- Não acha que está velho demais para fazer esse tipo de brincadeira? Toma vergonha na cara. – vira a costas e começa a andar.

O desespero me toma. É a única pista que possuo sobre o homem loiro, não posso perdê-la assim:

- Pago cem reais se me der a informação. – falo sem pensar.

O outro me mira por cima do ombro, franzindo o cenho:

- Inacreditável... – e abre a porta de madeira.

- Duzentos.

Para e começa rir:

- Você quer mesmo isso, não é?

- Muito. – passo convicção. – Quatrocentos reais, é a minha última oferta.

Ele vira e encara com as mãos no quadril, parece analisar a situação.

- Qual é cara, é um dinheiro bom. Quanto tempo demora para fazer essa quantia em um trabalho como esse? – uso todo o meu poder de persuasão.

- Me deixa ver a grana.

Abro a carteira e pego as notas. O mestre de obra aproxima, estendendo a palma, mas recuo.

- Fala primeiro. – mando.

- É você o interessado aqui, não eu.

Mesmo relutante, não vejo outra alternativa e entrego as cédulas que depositaria no banco mais tarde. Sei que fará falta no fim do mês, mas tempos de desespero pedem medidas desesperadas. Ele conta de forma ágil.

- O que sabe sobre Guto?

- Só o conheço do trabalho. Ele tinha muitos amigos, a rapaziada gostava dele. Era um cara divertido também.

Fecho o rosto, não posso ter pago tanto dinheiro por essa informação de merda.

- Ele fazia algo errado? Inadequado?

Reflete.

- Era definitivamente um cara de temperamento forte e não muito adepto a regras. – pensa mais um pouco. – E tem a questão com as drogas também.

As sobrancelhas ganham uma forma arqueada, em sinal de interesse.

- Que questão?

- Ele era viciado em uma porcaria dessas, parecia algo pesado. Torrava todo o dinheiro em droga e depois vinha pedir adiantamento. – relata. – Quando começou a faltar o trabalho ou chegar chapado, tive que demiti-lo.

Sorrio, satisfeito, suas palavras valem para mim como ouro.

- Ele tinha outro vicio? Era violento?

- Não que eu saiba.

- Alguma passagem pela policia?

- Nenhuma. A empresa checa antecedentes criminais de todos os funcionários, a ficha dele é limpa.

Tento imaginar de onde posso retirar mais conteúdo que seja utilizável.

- Sabe outros lugares que ele costuma frequentar?

Fica pensativo.

- Tem um bar aqui perto onde ele e outros caras da obra se reuniam.

- Quero o endereço.

- É duas quadras pra lá, chama 'O Corotinho'. – aponta na direção.

- Algum outro?

- Só sei desse. Não era como se fosse próximo a Guto, nem ia com a cara dele para falar a verdade.

Não mais sei o que perguntar, decidindo contentar com o que ouvi. Despeço e sigo para o tal bar.

A fachada do comércio é extremamente simples, a pintura azul-esverdeada descasca das paredes e o nome está parcialmente apagado. Desço três degraus para alcançar a área onde estão as mesas, duas amarelas e uma vermelha, estampadas com logos de cervejas conhecidas. Depois das portas azuis de madeira há mais quatro mesas. O espaço para circulação é limitado, por sorte há poucas pessoas no local e consigo alcançar o balcão com pouca dificuldade.

- Passa cartão aqui? – indago.

O barman negro e idoso age com simpatia:

- Claro, todas as bandeiras.

Rio internamente pela disparidade da aparência do local com a tecnologia oferecida. Mas afinal, onde não se passa cartão atualmente? Até prostituta consegue parcelar uma boa foda em cinco vezes sem juros para você.

- O que manda meu patrão?

- Uma dose de cachaça, por favor. – peço. É melhor me ambientar antes de começar a fazer perguntas.

Tento equilibrar no banco de ferro fajuto, preferindo ficar de pé, com receio que desabe. Arrocha toca na casa vizinha em volumes estrondosos.

Observo as prateleiras cheias com diversos tipos de bebidas alcoólicas, as quais cobrem toda a parede. Um copo médio de vidro é colocado a minha frente e viro aos poucos, o líquido é bem forte e desce queimando pela garganta. Não consigo evitar a careta.

- Forte isso aqui. – tento descontrair.

- É. – o barman ri brevemente. – Ela é artesanal, feita pelo meu primo.

- Dê meus parabéns a ele.

Responde com um aceno de cabeça e um sorriso.

- Mais uma, por favor.

Ele serve e antes de sair chamo a atenção:

- Será que pode me ajudar com algo?

- Posso tentar. – ri gentilmente e devolvo o gesto.

- Um homem chamado Guto já veio aqui? Ele é loiro, magro...

O barman busca na mente:

- Sim. Lembro de alguém assim. Se não me engano ele vem acompanhado de um pessoal da obra aqui perto.

- Ele vem sempre?

- Costumava vir pelo menos uma vez na semana, mas nunca mais o vi.

Tomo um gole da bebida.

- Sei que parecerá estranho, mas você já o viu ou ouviu fazendo algo estranho, suspeito?

Franze o cenho, como previa.

- Guto é um cara recluso, só estou tentando conhecê-lo melhor. Acredite, estará ajudando em algo muito maior. – soo misterioso de forma proposital.

Ainda se mostra desconfiado e levemente assustado.

- Não se preocupe, não trará problemas a você ou ao seu bar.

Ele hesita por um instante, mas enfim fala:

- Bem..., eu ouço e vejo muita coisa todos os dias, dele em especifico não consigo lembrar nada.

- Pensa melhor, qualquer coisa serve: um problema financeiro; um comportamento inadequado; um vício...

Fica pensativo.

- Eles e os amigos conversavam sobre futebol, aquela velha picuinha entre Bahia e Vitória. E mulheres. – continua esforçando. – O ouvi falando mais uma vez em mudança, acho que algo relacionado a mudar de casa, não poder ficar no mesmo endereço por muito tempo.

Talvez ele tema alguém? Ou está sendo procurado pela polícia?

- O que mais? – levo o copo à boca.

- Tinha dias que ele vinha sozinho, e parecia agitado, as mãos tremiam. Mas nunca chegou a causar confusão. – ele desvia o olhar e um brilho surge nas pupilas, arqueando as sobrancelhas. – E sempre que estava assim costumava conversar com aquele homem.

Viro para trás, na direção indicada. Um homem careca de meia idade aproveita sua cerveja enquanto mexe no celular. Pago pela bebida e agradeço a cooperação.

A tatuagem em volta do crânio chama atenção quando aproximo.

- Boa tarde.

Ele ergue o rosto e sua carranca me causa calafrios.

- Desculpa incomodar..., só queria saber se conhece um homem loiro chamado Guto.

A braveza continua estampada na face:

- Conheço. É amigo dele?

Penso em qual resposta garantiria as informações que quero.

- Sim. – minto.

O outro se põe de pé, o corpo robusto agiganta perante mim. Não entendo o porquê até que seu punho acerta meu rosto. Vou ao chão com um só golpe.

- Ei! Sem brigas no meu bar! – a voz do barman ressoa do lado de dentro.

Estou muito confuso e atordoado para reagir.

- Fala para aquele filho da puta que irei encontrá-lo, e se não estiver com meu dinheiro, faço picadinho das pernas dele.

O careca agarra a garrafa e sobe os degraus a passadas fortes. Permaneçosentado por alguns instantes, o gosto metálico invadindo a boca. O ódio porGuto aumenta a cada segundo, juntamente com a ansiedade por desmascará-lo.




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Obrigado por ler. Até o próximo. Beijos e abraços <3

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