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Capítulo Vinte e dois - Marcos

Anteriormente em 'Meu presente, Seu futuro, Nosso passado': Marcos finalmente conseguiu a casa própria, com espaço o bastante para o quarto de Theo e uma área para Júpiter correr e se divertir #TodosQueremosUmJupiter. Não encontrando saída para os problemas financeiros da loja, que está a beira da falência, Marcos vai atrás de Dolores e lhe oferece uma vaga de emprego, mas antes de conseguir a resposta tem que sair correndo para o hospital, pois a filha de Caio está nascendo. Após momentos de muita emoção e algumas lembranças de paternidade, Luana vem ao mundo com saúde, e fazendo o novo papai muito feliz.

Boa leitura  =D

(Capitulo novo toda quarta feira)



19 de setembro de 2032.

- Está escutando, Marcos? – Patrick chama minha atenção, me retirando dos devaneios.

As preocupações do trabalho tem me deixado exausto ultimamente, tenho dormido mal.

- Claro. – minto. – Mais queijo.

Ele me passa duas fatias e as ajeito na assadeira, no meio do processo de montar a lasanha.

- Aí Milton pegou a bola, driblou todo mundo, precisava ver. – continua falando. – Vi ele vindo e não podia deixar ele passar, então quando chegou perto dei um "carrinho" nele. – chuta o ar de forma agressiva. – Eu consegui tirar a bola, só que ela foi pra escanteio. Aí Milton disse que aquilo não valia, que não podia dar "carrinho".

Tento acompanhar o garoto, mas meus conhecimentos em relação a futebol são precários.

- E o que seu professor disse? – indago. – Mais queijo.

Arrumo as fatias que entrega.

- Que não podia, porque machuca, e é contra as regras. Mas Milton já tinha me dado um "carrinho" antes quando a gente jogou bola aqui na rua. Se ele pode porque eu não posso?

- Mais queijo. – entrega outras três fatias. – Se é contra as regras então é errado.

- Mas ele fez também! Porque só eu levo a culpa? Não é justo!

- Milton também está errado, mas diferente dele, você fez na frente do professor, que exerceu o trabalho ensinando e garantindo que obedeçam as regras. – tento aconselhar da forma mais plausível.

- Ele quebrou as regras também, né?

- Sim. Da próxima vez que brincarem você pode falar que não é permitido "dar carrinho". - ainda não compreendo o que automóveis tem a ver com o esporte.

- E se ele fazer de novo?

Fico pensativo.

- Pode retirá-lo do time, dizer que infringiu as regras.

Um sorriso se forma em seus lábios.

- Farei isso. Brigado Marcos.

- De nada. – devolvo o gesto. – Me passa o molho, por favor.

Entrega a vasilha transparente com o líquido carmesim e cubro todas as camadas anteriores, em seguida coloco a travessa de vidro no forno pré-aquecido. A cozinha da casa de Fernanda apesar de pequena, como os outros cômodos da casa, parece ter saído de uma revista de móveis planejados, tanto os eletrodomésticos quanto os móveis são brancos, proporcionando certa harmonia ao ambiente.

- Quer jogar vídeo game enquanto assa?

- Sim! – fala, animado.

Nos divertimos com um jogo que descobri recentemente, chamado Overcooked, onde temos que preparar e entregar refeições dentro de um limite de tempo, só que nosso ambiente culinário é bem diferenciado e muitas vezes desafiador. Amo jogar isso com Theo, pois é garantia de risadas e divertimento, e com Patrick não é diferente.

Passamos da primeira fase sem dificuldades, mas quando chega a segunda as coisas se tornam um pouco mais bagunçadas, por assim dizer. Os pratos estão sujos e há peixes e hambúrgueres espalhados por toda a cozinha, os ratos fazem a festa, nos atrapalhando ainda mais. Enquanto isso o garoto ao lado gargalha, nem mais se importando com o andamento do jogo.

- A gente é muito ruim nisso. – pontua.

- Com certeza. – me divirto.

O tempo acaba com a derrota esperada.

- Vamos de novo?

- Pode ser. – responde.

Retorno ao menu e clico na mesma fase, quando de repente fala:

- Marcos..., como sabe que gosta da minha mãe?

O miro, sem entender.

- Como assim?

- Você gosta dela, certo?

- Sim.

- Como sabe que gosta?

Tento presumir o significado por trás da pergunta. Será um teste? Será que Fernanda o pediu para perguntar? Definitivamente é uma questão complexa, então prefiro seguir por um caminho mais simples:

- Eu sinto, no meu coração.

- Sente o que?

Reflito, deixando-me levar pelo afeto:

- Ela me deixa à vontade, sem medo de errar ou ser eu mesmo; me faz feliz de um jeito que dá vontade de sair por ai pulando e dançando; quando não estou com ela, desejo estar.

Volto para o garoto só para encontrar seu rosto contraído e confuso, acho que fui longe demais.

- É algo relacionado aos sentimentos, coisas que acontecem dentro da gente, não tem como descrever exatamente, basicamente você se sente diferente do normal. – tento resumir.

- Muito diferente?

- Sim, às vezes. – digo. – Porque está perguntando isso?

- Nada. – desconversa.

Crio algumas teorias sem deixar de encará-lo, mas logo uma sobrepõe todas as outras:

- Está gostando de alguém?

Patrick se torna tímido repentinamente, tem que ser isso.

- Pode me contar, não tem problema. – a voz sai branda.

O garoto hesita, mirando o controle que tem em mãos:

- Promete não contar pra minha mãe?

- Prometo. – lhe passo segurança.

- É que..., tem uma menina na escola, muito bonita...

Memórias me tomam e não consigo deixar de abrir um sorriso. As semelhanças são muitas. Também obtive minha primeira paquera por essa idade, mas na época nenhuma garota daria atenção à criança gordinha e tímida sentada na primeira fileira, não pelo menos até Nick aparecer e me fazer enxergar a vida por outra perspectiva, sem medos, inibições ou vergonhas.

A partir de então não havia uma garota que eu cobiçasse e que não estaria beijando pouco tempo depois, ou fazendo algo a mais, ao lado do portão secundário do colégio, atrás da parede de arbustos.

- ...mas eu não sei se ela gosta de mim. – continua.

- Como é o nome dela?

- Renata.

- Vocês são amigos?

- Não, ela está sempre com um grupo de meninas. Tenho medo do que vão pensar se eu falar algo.

Analiso a melhor resposta.

- Você pode começar falando com ela, sendo gentil, educado, até conversando com as amigas dela. – ouve com atenção. – Deixe-a falar do que gosta e sempre concorde com o que disser, mesmo que não faça sentido, mulheres gostam disso.

- Ela vai gostar de mim assim?

- Como amigo sim, aí quando estiverem mais próximos você pode convidá-la para vir aqui, jogar videogame.

Ele arregala os olhos, a expressão uma mistura de surpresa e admiração, como se eu tivesse desvendado o segredo do milênio.

- Essa ideia é muito boa. – sinto a felicidade na voz e sorrio agradecido. - Mas se ela não gostar de videogame?

- Podem se divertir de outra forma, talvez uma brincadeira que ela goste.

- Certo. – reflete. – E se ela não gostar de mim?

Busco algo para tentar reverter o pessimismo:

- Não se preocupe com isso, faça o que eu disse, e vá com calma, jamais a force a algo que não queira ou diga que gosta dela. Deixe que Renata se aproxime de você e que divirtam juntos, tenho certeza que depois de um tempo ela gostará de você, não tem como não gostar. – abro um sorriso amigável. Prefiro não incentivar que avance para um relacionamento amoroso, afinal ainda é uma criança. – Mas cá entre nós, se a fazer sorrir já estará meio caminho andado. – lanço uma piscadela.

- E como faço isso?

- Aprenderá com o tempo, por enquanto só seja você.

- Fala Marcos, por favor...

Ouço tilintar de chaves, a fechadura gira e Fernanda entra.

- Meu Deus, a fila do supermercado estava enor... – ela para e observa nossos rostos mudos e suspeitos. – O que estão fazendo?

Silêncio se estende.

- Jogando. – indico o controle e ela franze o cenho, analisando a tela.

- Trouxe o que pediu. – desvia o assunto, levantando a sacola plástica.

Patrick se mostra animado quando nossos olhares encontram. Parece ter esquecido o assunto anterior ou só está embaraçado pela presença da mãe.

- Quer me ajudar a preparar a sobremesa? – instigo.

Acena freneticamente com a cabeça e deixamos os controles de lado, direcionando à cozinha.

- Pelo menos nessa cozinha não somos tão ruins. - o garoto graceja.

- Ainda bem, ou almoçaríamos carvão assado. - concordo, o fazendo gargalhar.

Fernanda se mostra curiosa com o aroma que já começa a dominar o cômodo:

- A lasanha está com uma cara boa. – agacha a frente do forno enquanto abro as caixas de leite condensado. Teremos pudim de sobremesa.

- Claro, fui eu que fiz. – brinco, lhe arrancando risos.

- Eu ajudei. – Patrick se manifesta.

- Com a ajuda desse incrível

- Desse jeito vou te chamar todo domingo para cozinhar.

Lanço um sorriso satisfeito:

- Sem problema, te mando a conta no final do mês.

- Eu que devia te mandar a conta, comprei todos os ingredientes com meu dinheiro. – protesta, divertida.

- Mas sem minhas habilidades não teria esses pratos tão refinados e complexos. – quebro um dos ovos dentro do liquidificador, fazendo uma pose inusitada e um biquinho. Ela e Patrick gargalham.

- Se acha pouco... – ela diz entredentes, e respondo com outro sorriso.

- Posso quebrar um também? – o garoto pede.

- Tome, mas faça devagar.

Ele repete meu movimento, chocando o objeto contra o mármore escuro da pia e abrindo uma pequena rachadura na casca.

- Pressione o polegar de leve contra a rachadura e abra de uma vez. – instruo.

Suas mãos se mostram hábeis e quando executa a ação perfeitamente devolve uma expressão animada.

- Jogue a casca no lixo e lave as mãos.

Obedece. Bato os ovos no liquidificador, depois adiciono o leite condensado.

- Deixa um pouquinho pra mim? – os olhos dele sedentos pelo doce.

- Não. – Fernanda responde, rígida. – Leite condensado não é pra se comer desse jeito.

- Por favor, mãe...

- Não. Depois fica passando mal e quem se preocupa sou eu.

Ele aceita, cabisbaixo. A mulher sai em direção a área de serviço e me apresso para esvaziar a segunda caixa, deixando alguma sobra. Jogo a colher dentro e entrego na mão do garoto.

- Corre pro seu quarto. – sussurro.

Ele sorri, travesso, e se apressa para fora do cômodo. Fernanda desponta na porta nesse exato momento. Um olhar repressor cai sobre mim, mas finjo que nada aconteceu, alcançando outra colher na gaveta.

- Você é pior que ele, teimoso que nem uma mula. – fala, chateada.

Sustento um sorriso cafajeste.

- Não tem graça, Marcos. Não pode fazer tudo que ele quer.

- É só leite condensado, relaxa.

- É vídeo game até mais tarde, leite condensado antes do almoço, isso não pode continuar. – o tom sai sério, praticamente uma ordem.

O sorriso desfaz quando assumo os erros. Me aproximo devagar, uma mão em sua cintura e a outra no rosto. Os dedos correndo devagar por sua pele morena e aveludada.

- Desculpe, prometo me controlar. É que estou acostumado a estragar Theo e..., não importa, você está certa.

Suas feições se tornam menos rígidas e rio internamente, sei exatamente como persuadi-la. Minha boca encontra seu pescoço em toques lentos e precisos, que sobem em direção aos lábios, e quando estes se encontram, ela se entrega à sensação excitante, envolvendo as mãos ao redor do meu corpo e por cima da camisa vermelha. Não resisto e agarro sua nádega esquerda.

- Sabe o que Patrick disse essa semana? – fala ao nos separarmos, os corpos ainda colados.

- O que?

- Que queria morar com você, porque eu sou chata e você é legal.

Rio.

- Sou mesmo bem mais legal que você. – uso de sarcasmo, ganhando um tapa de protesto no ombro direito.

- Se quiser levá-lo fique a vontade, só me devolva quando fizer dezoito anos. – rebate.

- Ah..., melhor não, já tenho um filho mimado e problemas demais com minha ex-esposa.

Lhe arranco um sorriso, parece que é só isso que conseguimos fazer quando estamos próximos. Amo esse ar descontraído que ela traz consigo.

- Mas falando sério, se esses obstáculos não existissem adoraria levar vocês para morar comigo. – falo.

- Vocês?

- Claro. Papai, mamãe e filhinho, vivendo uma vida de comercial de margarina, já imaginou?

Arqueia as sobrancelhas:

- Seria uma merda, e aliás, odeio margarina. – debocha, e irrompo em gargalhadas.

- Você é demais. – tento cessar os risos.

Lhe dou mais um selinho antes que saia do meu aconchego.

- E você sonha demais. Não existe tal coisa como família perfeita.

Concordo em silêncio enquanto ela retorna à área de serviço.



Gostou do capitulo? Compartilha com os amigos, colegas, familia e quem mais goste desse tipo de história  =D

A relação de Marcos e Patrick ficando cada vez mais próxima, amo as interações dos dois

Próxima quarta tem mais um capitulo incrivel para vcs, até lá. Beijos e abraços <3

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