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Capitulo Trinta e sete - Aline

Anteriormente em 'Desde agora e para sempre': Após um terrível acontecimento, Aline e seus amigos fizeram companhia à Olivia no hospital, dando suporte nesse momento tão difícil. As buscas da garota por ajuda com pessoas influentes da faculdade não deram em nada, nem com a policia, e motivada por Marcos, Aline decide que fará justiça e levará os culpados a cadeia.


Boa leitura :D

(Capitulo novo toda sexta feira)



15 de julho de 2014.

As investigações começam a todo vapor.

Pelo menos é o que pretendo que aconteça inicialmente. Ao imaginar como recolherei provas, a situação parece se agigantar diante dos meus olhos. Sinto-me terrivelmente perdida, mas tento engolir o nervosismo. Não me darei por vencida.

Consigo até sair do jornal mais cedo para ter mais tempo na faculdade. As dezenas de desconhecidos que passam por mim, em direção às aulas, não me encorajam nem um pouco. Cruzo a quadra entre os prédios universitários avistando Eric e outros garotos à aproveitar o tempo livre para jogar futebol. Com as primeiras provas do semestre chegando, TCC, e a situação de Olivia, não sei como possui animo para tal.

Em um dos bancos de concreto, começo a roer a unha de meu polegar distraidamente. Um sinal da ansiedade que me corrói. Observando os grupos de alunos que se movimentam, reconheço uma das silhuetas. Passando a bolsa pelo ombro, apresso para conseguir chegar até Diogo.

- Aline? - ele se mostra surpreso com a aparição súbita.

Tento não deixar transparecer minha agitação, "deslizando uma máscara" de indiferença pelo rosto.

- Eai. - respondo.

- O que está fazendo aqui tão cedo?

Penso na melhor forma de abordar o assunto.

- Pensei que não tivesse mais nada para fazer aqui com o fim do TCC - continua. - Além das aulas, claro - solta uma risada.

Todos aparentemente estão negligenciando as últimas lições do curso, desnecessárias depois de tantos anos de faculdade. O importante é saber distribuir as faltas corretamente.

- Estou aqui por outro motivo - declaro simplesmente.

Começamos a caminhar lentamente, seguindo o trajeto original do garoto. Não deixo que o silêncio se estenda por muito tempo.

- Sabe a festa do final de semana? - decido ser direta, sem perder tempo. - Lembra de muita coisa daquela noite?

Diogo permanece em silêncio por um segundo, e me mira em seguida com um traço de preocupação. Já descobriu meus motivos.

- Acha mesmo que conseguirá respostas assim? – ele pergunta, a voz abatida.

Engulo em seco.

- Não sei, mas tenho que tentar.

- Muito bem - expira pelo nariz. - No começo da festa, logo quando chegaram, Olivia me encontrou no andar superior para que eu entregasse o rabo da fantasia.

- Sabe se ela encontrou alguém no caminho?

- Não. E ela também não tinha nem começado a beber. Depois disso só a vi uma vez durante a festa, na competição de bebida com os barris. Sinto muito, queria poder ajudar mais.

- Tudo bem - respondo sem deixar transparecer a decepção. – Obrigada.

Paramos em frente à sala oito, no térreo, e ele aguarda a próxima aula.

- Se eu souber de algo, te aviso - declara. - Boa sorte na busca.

E então desaparece para dentro do cômodo. Sigo de volta ao campus sentindo um terrível nó na garganta.



- A ruiva? - uma garota com um rabo de cavalo alto pergunta. Está de braços dados com a amiga, que por sua vez usa grandes óculos redondos e estilosos.

Aceno com a cabeça, confirmando. Lembro de tê-la visto na festa e também em algumas aulas do curso de jornalismo durante os anos.

- Ah! - ela bate palmas, animada. - Ela é bem animada.

- É mesmo - a amiga concorda, rindo.

- E então? - tento incentivá-las sutilmente a continuar falando. Meus dedos estão prontos para digitar qualquer informação no bloco de notas do celular.

- Nós a vimos descendo as escadas, parecia procurar por alguém.

Sinto uma pontada. Provavelmente procurando por mim, deveria estar lá. Não deixo que o pessimismo me abata, afastando tais pensamentos e concentrando no que a garota fala:

- Então, a chamamos para o Jogo de Iniciação - a menina com os óculos declara, sorrindo como se a lembrança fosse divertida.

Franzo o cenho.

- Pode me falar mais sobre esse jogo?

- É bem simples. - a garota ergue os braços para ajustar o rabo de cavalo. Os cachos castanhos caem por cima de um dos ombros, formando ondas. - Cada pessoa escolhe duas cartas do baralho. Embaralhamos e vamos virando aleatoriamente. Se sua carta aparecer, você bebe.

Anoto a informação rapidamente, apesar de ainda não saber sua relevância para meu objetivo, os dedos voando pelo teclado. Não posso deixar nada passar. Se me agarrar a cada detalhe, talvez chegue ao resultado desejado, que é colocar aqueles estupradores filhos de uma puta na cadeia.

- Ela ficou junto de vocês por muito tempo? Ou chegou a conversar com algum garoto? - tento.

- Ela permaneceu conosco até estar bastante bêbada, como a maioria. - a de óculos ri . - E conversou com garotos sim, mas para falar a verdade, não conhecíamos todos na roda.

- Teve um cara em especial, eu acho. - a outra garota comenta. Sinto uma espécie de frio na barriga, pela possibilidade de ser uma pista valiosa. - Lembro que ela e um cowboy se deram bem e riram muito juntos. Mais do que com o resto do grupo.

- Um cowboy. - suspiro. – Sabem quem estava usando a fantasia?

As duas acenam negativamente, quase em sincronia.

- Está bem, obrigada.

- Sugiro que fale com outras pessoas também. - o rabo de cavalo balança ao vento suave do fim da tarde quando vira de soslaio para a amiga, rindo. – Porque sinceramente bebemos mais do que o recomendado.

Assinto, as observando caminhar para longe, depois de coletar o máximo de informações possíveis. Não foi muito, apenas mais um micro pedaço da festa. Mas ainda assim muito melhor do que nada. Com certeza Olivia conversou com muitos garotos e tenho a impressão de que muitas fantasias serão anotadas e analisadas. Só espero chegar ao fim disso com sucesso.



A dor insuportável golpeia minha cabeça assim que o despertador toca, é uma das consequências de ter passado a noite anterior em claro, pensando e fazendo teorias malucas. Minha ansiedade não ajuda em nada disso, então sei que provavelmente passarei as próximas semanas sem dormir bem. Pelo menos até conseguir juntar todas as peças.

Se isso ao menos for possível. Mesmo com a dor de cabeça, e a falta de sono não pretendo parar.

Reviro a gaveta onde meus remédios costumam ficar, em busca de qualquer coisa que possa ajudar meu cérebro a não explodir, mas acaba sendo inútil. Além dos comprimidos para ansiedade, só encontro Dorflex. Aposto que Dolores pode me ajudar com isso. Sempre sou salva por seus estoques de band-aid e grampos de cabelo. Não deve ser diferente com aspirina.

O corredor está dolorosamente claro para meus olhos. O sol da manhã reflete nas molduras e paredes brancas, fazendo tudo parecer ainda mais iluminado. A porta do quarto da garota está aberta, e pelos barulhos vindos lá de baixo, ela e João Victor se preparam para a escola.

As embalagens de chocolate se foram desde a última vez, e o cômodo parece mais organizado. Até as cortinas estão abertas. Vou em direção à penteadeira, mirando a primeira gaveta, mas o que encontro surpreende.

Em vez de conseguir uma solução para a dor de cabeça, encontro um motivo para fazê-la aumentar. Meu coração perde um compasso e respiro fundo.

A gaveta aberta transborda com laxantes. Algumas embalagens plásticas até caem aos meus pés. Os pequenos comprimidos amarelos me dizem tudo que preciso saber. Tudo que escolhi ignorar durante todo esse tempo.

Ouço passos na escada, e quando Dolores aparece, minha paciência já está completamente esgotada.

- Eu acreditei em você, sabe? - solto, irritada. - Quando disse que não era nada, quando vomitou no banheiro aquele dia. Mas isso... - me interrompo e aponto a gaveta absurdamente cheia, deixando o resto implícito.

Ela paralisa na porta, o rosto pálido tomado pelo choque de ser descoberta. Sua magreza chama a atenção. Os braços finos demais seguram o prato com um misto quente, provavelmente o café da manhã.

- Saia - ela finalmente encontra a voz, apontando para o corredor.

Noto o brilho em seus olhos se transformando em raiva, o estado emocional partindo para a defensiva.

- O que? Vai fingir que comeu isso também? - indico o sanduíche.

- Só vim comer aqui em cima - tenta controlar o tom, mas já cansei do seu fingimento.

- Até parece. Mas se realmente veio fazer isso... - cruzo os braços com firmeza. - Então coma.

Pronto, consigo tocar a "ferida" no ponto mais profundo. Talvez seja melhor assim. Dolores parte para cima de mim, ódio em seus olhos. Joga o prato ruidosamente na penteadeira, o barulho faz com que eu pense que tenha quebrado. A garota me afasta para longe da gaveta com um empurrão determinado, e a puxa com força para fora dos trilhos.

A peça do móvel despenca com todos os medicamentos se espalhando pelo quarto. Ela ergue o olhar, esperando encontrar intimidação pelo ato agressivo atípico.

- Saia! - dessa vez não controla a irritação.

- Baixa de glicose no sangue gera mau humor, e desconforto. - pondero em voz alta, um dado que li na internet meses atrás. - Claro, passar fome não deve deixar ninguém animado.

Caminho em direção à porta com passos lentos e firmes. A cabeça recebendo pontadas de dor.

- Não voltará a me enganar, Dolores - completo, saindo para o corredor. - Pode arremessar quantas gavetas quiser, o fato é que você tem um problema.

O estrondo da porta ao ser batida faz com que eu estremeça internamente.

Dou de cara com Verônica, meu pai e João Victor subindo para conferir a causa de tanto barulho, os olhos de todos arregalados. Os encaro ainda com resquícios de irritação, mas a tristeza ameaça se infiltrar e devastar o resto dos sentimentos. Dolores até parece outra pessoa.

Ignoro as companhias, seguindo para o quarto.

- Deve ser TPM. – ouço João Vitor

Suspiro. Como eu queria que fosse só TPM. A magnitude do problema me assombra.

O dia passa lentamente, com um peso constante que insiste em pender sobre minhas costas.

Horas depois me encontro com os olhos fechados, vasculhando minhas memórias da festa. Lembro de Olivia na cozinha. Ela deve ter chegado ao cômodo após os shots de "iniciação". A cronologia é perfeita, e pelo menos nesse ponto, tenho certeza do que aconteceu.

A conversa; Marcos lhe prepara uma bebida; o beijo; ela sai com Caio. Bato a caneta ritmadamente no bloquinho de notas. Em vez de ficar na sala, hoje teremos aula no auditório.

Vários alunos do curso de jornalismo se amontoam pelo anfiteatro, que logo fica cheio. Cris está ao meu lado, cochilando. A bochecha apoiada no punho direito ameaça escorregar a qualquer momento. A vantagem de estar em um lugar grande como esse, é que você se perde no meio da multidão, e as chances de chamarem sua atenção diminuem substancialmente.

Fungo com o cheiro de poeira, vendo os pontinhos brilhando pelo ar onde um feixe com os últimos raios do pôr do sol atravessa uma das pequenas e altas janelas. Olho para frente, o professor preparando o projetor, tenho certeza que não prestarei atenção em uma coisa que dirá.

Um grupo de garotos chega, se espremendo pela fileira de assentos e fazendo bastante barulho. Meu olhar é atraído para eles naturalmente. Os mesmos se acomodam nas carteiras da fileira inferior, um pouco abaixo da minha. Primeiramente meu cérebro permanece vazio, mas algo nos gestos de um dos garotos me é familiar.

- Você estava na festa à fantasia do fim de semana? - solto, antes de conseguir me controlar.

O grupo se vira para mim.

- Só eu e o meu brother aqui. - o garoto de camisa verde e cabelos escuros aponta para o outro que ocupa a cadeira ao lado. Ele está no meio do grupo, e os dois da ponta oposta já começam a retomar a conversa interrompida por mim.

- Viu uma garota ruiva vestida de diabo?

O amigo solta um assobio baixo, sorrindo.

- Nossa, não tinha como não ver aquela delícia.

- Cala a boca, Augusto - o de camisa verde fala.

Raiva toma meu peito, miro furiosamente o suposto Augusto, que se encolhe sob o peso de meu olhar.

- Minha amiga - quase rosno, apertando a caneta com força.

Augusto ergue as mãos, como se rendendo, e se volta para a frente do auditório. O garoto de verde me encara atentamente.

- Dancei por um tempo com ela - declara. - quando começou a tocar funk e outras músicas mais animadas. Por que?

Então ele ainda não sabe do ocorrido. Ou finge muito bem. Prefiro acreditar na primeira opção.

- E foi só isso?

- Por mim teríamos ficado - ele levanta os ombros. - Mas tinha muita gente reclamando a atenção dela, além do fato de que minha fantasia de lobisomem não a agradou tanto assim. Lembro que ela passou um bom tempo dançando.

Eu também estava na pista de dança quando o funk agitou o pessoal. Não sei o que fazer com a informação. Aceno com a cabeça, em sinal de agradecimento, sem saber como proceder. Ele logo se volta para a conversa dos amigos. Tenho que melhorar minhas habilidades de formular perguntas se quiser avançar na investigação. Anoto as informações antes que esqueça.

O professor caminha para o centro da sala e modifica a claridade do local. Apagando as luzes da plateia e deixando acesas as perto do quadro e projetor de slides.

Cris continua dormindo. Escorrego na cadeira, as pontadas de dor de cabeça da manhã conturbada com Dolores ainda me incomodando; pronta para permanecer naquela posição pela próxima hora, e talvez rabiscar algumas ideias no bloquinho. Olivia de fato deve ter chamado à atenção de muita gente na pista de dança, e isso dificulta meu trabalho.

Fecho os olhos novamente e apoio a cabeça no tampo da mesa.



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Obrigado por ler. Até o próximo. Beijos e abraços <3

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