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Capitulo Quinze - Marcos

Anteriormente em 'Desde Agora e Para Sempre': Marcos deu uma faxina na casa com a ajuda da vizinha Francine e recebeu seu filho Theo para passar fim de semana.

Boa leitura =D

(Capitulos novos toda quarta feira)



9 de abril de 2032.

Cansado das reclamações de Theo pela comida, chegamos a casa de Francine antes do combinado.

— Se comporte. — relembro o garoto.

O conjunto de calça jeans e camisa polo verde-claro foi o melhor que consegui encontrar. O que ainda chateia é a franja e o péssimo corte de cabelo que a mãe insiste em mandar fazer, um dia ainda o levarei a um cabeleireiro que garanta um corte moderno e decente.

Três batidas na porta e a mulher em um vestido amarelo e verde com estampa de flores vermelhas.

— Marcos?! – não disfarça a surpresa.

— Boa noite. — abro o sorriso mais simpático que consigo, fingindo que não pareci meia hora adiantado devido ao meu filho esfomeado.

A seu convite, entramos. A decoração da casa não alterou desde a última vez estive aqui para matar um rato. Os móveis são de modelos antigos, mas não duvido que de boa qualidade, só o sofá aparenta mais desgaste.

Toda vez que venho aqui recordo minha avó paterna, com os mesmos costumes de zelar a mobília, de modo que sirva de uso por mais tempo. Quando criança, já apanhei por entalhar figuras de carrinhos em seu rack de madeira com uma tesoura sem ponta.

O único item que destoa do restante é a televisão de led de cinquenta polegadas na parede da sala, em frente ao sofá. Enfim, cedo ou tarde tornamos dependentes da tecnologia.

— Fiquem a vontade já estou terminando. – a mulher indica a mesa, gentilmente.

— Sem problemas, finja que não estamos aqui. — lhe atiro risadas.

Acomodamos na mesa e o garoto não demora a lançar o olhar de que quer algo, devolvo com firmeza, torcendo para que mantenha sua birra controlada.

- Quantos anos você tem, Theo? – Francine demonstra curiosidade, enquanto mexe uma panela grande.

O outro só encara a mesa, retraído.

— Responde, filho.

— Seis. — fala baixo.

— Como está grande, parece mais. — ela elogia. — Seu pai fala muito sobre você.

O garoto escuta atento.

— Fala que é inteligente, educado, gosta de apostar corrida e jogar vídeo game.

— Gosto. — desinibe gradualmente.

— Gosta mais de quê?

— Jogar.

— E como gosta, se deixar nem larga o tablet para comer. — intervenho.

— As crianças hoje são assim. — ela se diverte. — Glenda, minha filha, vive brigando com meus netos devido ao computador e celular, eles jogam mais aquele do homenzinho de bigode e chapéu vermelho.

— Mario. — o garoto responde.

— Isso, gosta desse também?

— Não. É coisa de velho.

A mulher e eu gargalhamos.

— Coisa de velho? Jogos do Mario são atemporais, qualquer um supera esses joguetes fáceis de hoje. — oponho.

— Mas você é velho também, pai.

Francine gargalha alto, e admiro a engenhosidade do pequeno, o que pode me caracterizar como pai babão, mas a verdade é que sempre adorarei saber o que passa nessa mentezinha brilhante, e orgulharei de tudo.

— Ele está certo, estamos velhos demais para palpitar esses assuntos. — a mulher acalma, enxugando os olhos marejados em júbilo. — E do gosta, Theo?

— Gosto de Forza, Mineblox, Battlefield, Assassin's Creed... - elenca enquanto conta nos dedos.

Impressiono que com pouca idade pronuncia os nomes em inglês sem erros.

— Tem muitos favoritos. — ela joga temperos na panela e mistura.

— É.

— Ele adora jogo de luta também, e fica bravíssimo quando perde, competitivo até demais. — falo com descontração.

— Mas eu não perco. — o garoto rebate.

— Perde sim.

— Você que perde sempre, porque só escolhe as meninas, e elas são fracas.

Estreito os olhos em desaprovação, está começando a passar dos limites.

— Sem briga, garotos, ganhar ou perder, o importante é divertir. — a outra intervém num tom apaziguador.

— Quando vai ter comida? — o menor questiona.

— Theo! — repreendo.

— Já vai sair, meu lindo, só falta o molho terminar de reduzir. — ela parece não importar com a falta de modos.

— O que é reduzir? — o garoto devolve.

— É quando o molho deixa de ser tão líquido e fica mais cremoso.

— Não pode comer líquido?

— Pode, mas o gosto fica melhor se estiver reduzido, mais concentrado.

— Tem que reduzir muito ou pouco?

— Chega de perguntas, filho, deixe Francine cozinhar. — interrompo a sabatina antes que ele fique a noite inteira.

— Problema nenhum, criança tem que ser curiosa mesmo, só assim aprende as coisas. — ameniza a situação, mas sei o quanto é incomodo toda vez que meu filho cisma com algo, às vezes faz só para implicar. — Vai demorar um pouco esse molho, quer uns biscoitinhos de queijo que comprei ontem na feira?

— Sim! — Theo responde ávido, a maior animação de toda a noite.

— Melhor não. — contraponho.

— Por quê?! — vira o rosto de forma dramática, aumentando a voz, contrariado.

— Só um pouquinho, Marcos, não tem problema. — ela insiste.

— É manha dele Francine, nem está com tanta fome assim.

— Tô sim! — o menor grita.

— Theo, fale baixo. — começo a perder a paciência.

— Será um punhadinho, só provar, coloco para você também. — a mulher agiliza até o armário, retirando um saco cheio de biscoitos.

— Francine... — chateação e constrangimento misturam no âmago.

— Não preocupe, não há incomodo algum. Se está com fome tem que comer, não é, Theozinho?

— Sim. — fala, contente.

Expulso o ar das narinas pesadamente, sucumbindo para evitar mal-estar:

— Então coloque bem pouco, ou ele não jantará. — e Theo vibra.

A guloseima consegue manter o garoto quieto pelos próximos quinze minutos, quando a senhora tira a panela do fogão e deposita sobre descansos de madeira na mesa. O macarrão com molho vermelho e almondegas cheira divinamente. Saliva preenche a boca.

A mulher nos serve, depois coloca seu prato. Saboreio a cada garfada. O frescor do tomate e ervas agregado ao ponto perfeito da massa para mim, denotam um dos melhores molhos que comi na vida. Percebo que o menor compartilha da opinião, pois devora vorazmente.

— Calma, filho, a comida não vai fugir. — brinco, e ele desacelera.

— Parece que alguém aprovou. — a senhora se diverte.

— A comida está excelente, Francine. — concordo.

— É uma receita da minha mãe, todo mundo adora.

— E com razão.

— Obrigada. — as bochechas esquentam.

Desde a primeira vez que a vi, desconfio através do jeito que Francine olha, os elogios, as reações, a existência de certa paixonite em relação a mim. Sou cuidadoso para não contribuir com isso, pois, só a enxergo como amiga, e até uma figura materna, mas nada a impediu de agarrar discretamente minha bunda quando troquei a lâmpada do seu quarto. A partir de então só ignoro e desvio o olhar.

Depois da refeição, agradeço a hospitalidade de Francine e carrego o garoto e seu apetite insaciável para casa, antes que peça sobremesa. Assistimos dois filmes de animação, e na metade do segundo Theo já ronca.

Passa das nove quando desperto, sem sonolência ou indisposição. Tenho melhores noites de sono quando meu filho está aqui. Espasmos obrigam a esticar os músculos e diminuo os movimentos, de modo a não acordar o menor, que repousa os pés em meu abdômen, numa posição que julgaria no mínimo como desconfortável.

Perco-me na visão daquele anjinho de pele bronzeada, a expressão pacifica. Há mais semelhanças comigo do que com a mãe, mas não sei ao certo se por sorte ou azar. Admirando de determinado ângulo, é possível reconhecer o lado doce, curioso, aventureiro e divertido de Aline, alguns dos motivos pelos quais apaixonei por ela. Quem presencia nossa relação atual nunca será capaz de imaginar o quanto nos amávamos quando o fizemos.

Levanto com cautela, e após esvaziar a bexiga, inicio a saga de procurar o que possa preparar de café da manha, e sem surpresa deparo com nada. Uma rápida visita à padaria do quarteirão próximo e com as cédulas limitadas decido que sanduíche de queijo com presunto é o que será. Com o casamento que fotografarei essa semana espero reverter tal situação. Coo o café e coloco o leite para ferver.

Enquanto deslizo o feed do Instagram, e desejo a rotina dos mochileiros e influenciadores de viagem, uma silhueta sonolenta e de cabelo eriçado surge.

— Bom dia, filho.

— Bom dia. — boceja.

— Já escovou os dentes?

Acena negativamente e com piscadas lentas, meu coração derrete perante o rostinho "amassado" e "inchado" de sono.

— Escove, para comer logo, vamos sair mais tarde. — anuncio.

— Tá. — e segue cambaleante.



Por volta das onze, saímos em direção ao parquinho a três quarteirões de casa, que se encontra pouco povoado.

Empurro Theo no balanço, que motiva a impulsiona-lo cada vez mais alto, fazendo sons com a boca ao alcançar o pico. Lembro que quando criança, na escola, o brinquedo era meu favorito. Deslizar no ar, em alta velocidade, com o frescor da brisa no rosto, e a sensação de leveza, de quase voar. Até desloquei dois dedos desafiando entre amigos quem conseguia saltar do balanço com maior altura. Bons tempos.

Tento faze-lo companhia na gangorra, falhando miseravelmente. Aproveitamos bastante o gira-gira, e mesmo extremamente tonto, o pequeno pedia por mais, aos risos. Cansado, em um banco de concreto, o assisto explorar o trepa-trepa com movimentos ousados e até ficando de cabeça para baixo, com certeza puxou essa coragem da mãe.

— Pai! — corre em minha direção.

— Sim.

— O moço do sorvete tá vindo, compra um pra mim?

— Estou com pouco dinheiro.

— Só um, por favor, prometo que não peço mais nada. — lança as artimanhas bem articuladas.

Prometi a mim não cair mais cair em tais truques canalhas, mas a vontade de faze-lo feliz sobrepõe. Sei ser errado, porém, em minha defesa, apenas desfruto dois dias de sua companhia.

— Está bem, só um, nada mais.

Sai correndo feliz em direção ao homem que termina a instalação da máquina de sorvete.

Theo aquieta no banco para saborear o doce, e não resisto comprar um para mim. Além de algumas crianças e responsáveis, na pista que delimita a praça onde o parquinho se localiza, moradores passeiam com cachorros e outros exercitam. Uma beldade de fios loiros atrai minha atenção, correndo vestida numa calça legging fina, que ressalta bem seus atributos. Volto à realidade com as risadas do meu filho.

— O que foi? — busco entender.

— Sua barba... tá toda suja. — diz, em zombaria. Abro um sorriso, mirabolando algo:

— Mostra onde está sujo.

Ao aproximar, o pego de supetão, sujando seu nariz com sorvete.

— Que isso filho, não sabe comer sem se sujar? — gracejo, e ele gargalha.

"Contra-ataca" acertando a casquinha em minha bochecha, e em consequência lambuzando os pelos laterais. Retiro o excesso, mas ele continua avançando, a empunhar o doce gelado.

— Hora de parar, assim desperdiçará todo o seu sorvete.

Envolto na algazarra, continua a tentar me sujar.

— Theo, chega! — assumo o tom sério.

Com o breve espanto, finalmente capta a mensagem, aquietando, ainda com o sorriso estampado.

No caminho para casa, quebro o silêncio:

— Como está nas matérias da escola, algo difícil? — pergunto mais de forma retórica, nada na alfabetização é difícil.

— Algumas tarefas de ciências são difíceis, mas tirei oito na prova de matemática. — fala a última parte meio cabisbaixo.

— Que bom!

— Mamãe disse que eu tinha que tirar dez. — decepção cobre a voz.

— Oito está bom, não ligue para o que sua mãe diz.

Atitudes dessas é o que muitas vezes desmotiva o aprendizado, mas não chega a surpreender Aline tornar nessa espécie de pessoa. Para a idade que tem, o garoto mostra avanço constante em algumas áreas, principalmente exatas. Não é justo pressiona-lo.

— Durante a semana, algo mais de interessante? — indago.

— Fiz uma árvore genolóca.

— O quê? — esforço para decifrar.

— Árvore genolóca.

Demoro alguns segundos, mas finalmente compreendo.

— Árvore genealógica?

— Isso. — confirma. — Mas a mamãe não deixou te colocar nela.

Suspiro, prevendo o óbvio.

— Fiquei triste porque a minha era a única incompleta.

— É só um trabalho de escola filho, seu pai sempre estará aqui. — afagos as mechas.

Banho tomado, pijama colocado, e no cair da noite Theo entretém com o tablet no sofá, enquanto mexo no notebook, ao lado.

— Pai, o que é sexo? — solta de repente.

Engulo em seco com o inesperado, e continuo fixado na tela.

— O-onde ouviu essa palavra, filho? — gaguejo um pouco.

— Umas professoras estavam falando durante o intervalo.

Respiro fundo e penso a melhor forma conduzir o assunto:

— Sexo é... é quando duas pessoas que se amam deitam juntas, sem roupa, e tocam o corpo uma da outra.

— Porque elas ficam sem roupa?

— Para... para poder sentir o outro melhor.

— Sentir como?

Quero enfiar a cabeça em um buraco e sumir, mas fugir de situações como essa pode o prejudicar no futuro, afinal, um dia saberá o que se trata e prefiro que seja da maneira mais correta:

— Tocando a outra pessoa com o próprio corpo.

— E as pessoas fazem isso por quê?

— Por que causa uma sensação boa.

Assente e enfim volta para o aparelho, como se nada acontecesse. Acalmo os batimentos, torcendo para que não questione de onde vem os bebês, ou outros assuntos complexos, já basta de perguntas constrangedoras por hoje.

Deposito com cautela no colchão o garoto desacordado, cobrindo com lençol. Lavo as louças do jantar, guardo o tablet e sento com o notebook no colo quando o celular toca, é minha irmã:

— Oi, Bia.

Ouço-a fungar, demorando a responder.

— Oi.

Mais silêncio.

— Aconteceu algo?

— É-é o pai. — gagueja.

— O que tem ele?

A voz embarga, mas percebo que consegue conter o choro.

— Bia, fala logo! — começo a preocupar.

— Ele morreu.



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Obrigado por ler. Próxima quarta tem capitulo novo. Beijos e abraços <3

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