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Capítulo Onze - Aline

Anteriormente em 'Desde agora e para sempre': As férias acabaram e Aline retornou a sua rotina, buscando um novo emprego, continuando seus estudos e principalmente o TCC, nesse meio tempo ela tem ajudado seu pai a preparar uma surpresa para a madrasta.

(Capitulo novo toda sexta feira)

Boa leitura :D



14 de abril de 2014.

Khaliu me encara.

- Primeiro dia de trabalho, preparada?

- Não. – respondo, engolindo em seco.

Ele solta uma risada baixa e começa a me guiar por entre os gabinetes.

- Primeiramente você tem que entender como isso aqui funciona, sim? - respondo acenando com a cabeça. - O diretor Cardoso deve ter mencionado algumas coisinhas.

Sorrio de lado:

- Bisbilhotando, hein?

- De forma alguma. Foi apenas o que peguei da conversa. Definitivamente não é o suficiente. - ele parece levar o comentário a sério. Começo a perceber que o ambiente aqui é bem mais profissional do que aparentava. Não te explicam isso na faculdade.

Enquanto caminhamos, um grupo de funcionário se apressa para o elevador; carregando câmeras de filmagem e máquinas fotográficas comicamente gigantescas.

A lembrança de Marcos se esgueira lá no fundo de minha memória, a expulso com a mesma rapidez que surgira, voltando a atenção para Khaliu.

- São os repórteres. - ele explica. - Eles têm que ser bem rápidos. Conseguir a reportagem antes e melhor do que a concorrência.

- Mas ainda são sete da manhã! - admiro.

Seus olhos brilham, divertidos.

- Aqui as coisas são intensas, menina. Muitos deles nem dormiram.

- Tudo isso pela matéria perfeita?

- Exatamente - ele apoia uma pilha de papéis em uma mesa redonda. Um homem digita em seu notebook, os dedos rápidos dançando uma valsa apressada pelas teclas. Khaliu entrega alguns dos papéis para mim. - Muito está em jogo.

- Entendo.

O homem a mesa ergue os olhos, observa minha expressão que diz: "ei, estou completamente perdida", e volta ao trabalho.

- Novata, hein? - diz ainda digitando. Não consigo deixar de ficar impressionada com sua velocidade.

- Pois é. - Khaliu comenta e indica o homem com o queixo. - Esse é um dos diagramadores. Logo terá uma reunião. Ele os representantes de outros setores se reunirão com o chefe de reportagem.

- Certo. - assinto.

- Enquanto isso, você e eu recebemos as informações dos repórteres com uma ideia prévia sobre a matéria e as declaramos para o diretor de arte que trabalha junto ao diretor de texto para montar a notícia e decidir quais são os elementos mais importantes. – ele aponta para uma cadeira branca de rodinhas.

Em frente a ela, dois monitores com vários dados piscam para mim.

- Hoje você permanecerá nesse gabinete, já que ainda não sabemos onde melhor se encaixa. E não fique assustada, tem muita burocracia, mas é mais fácil do que parece. - com isso, ele dá as costas e se afasta para fazer deus sabe o que.

Tento seguir seu conselho, mas ao ver tudo aquilo à minha frente, tenho vontade de sair correndo.

O diagramador que previamente digitava, sai da mesa ao lado e se aproxima. Inclinando em direção à minha tela, aponta algumas informações para me guiar

- Bem... – limpa a garganta. - Vejo que Khaliu não completou seu tour.

- Acho que não. - sorrio, sem graça.

- Não deve estar acostumada com a área.

- Sim, minha confusão é tão obvia assim? - comento, o que o faz sorrir. - Sempre quis fazer parte de uma empresa como essa.

- Tenho certeza que vai se encaixar muito bem por aqui. - se interrompe e parece ponderar. - Eu acho.

Lanço-lhe um olhar surpreso, porém divertido.

- Sou Aline. - decido me apresentar de maneira breve, ele faz o mesmo:

- Marcelo.

Volta a observar o computador e sua expressão adquire uma seriedade concentrada, apesar de ainda parecer relaxado.

- Outra coisa importante que precisa saber. – ajeita o óculos no rosto. – O editor executivo inspeciona os editores, já o diretor chefe auxilia na definição do estilo das matérias. Pretendo que tenha uma noção geral de como as coisas funcionam por aqui - ele olha de esguelha para mim. - Alguma dessas coisas está fazendo sentido para você? - ri.

- Não muito. Mas consigo me virar.

- É assim que o diretor Cardoso gosta. – diz de forma descontraída. – Antes de começar, só mais uma coisa: mais tarde, após você e Khaliu fazerem o que tem que fazer com as informações recebidas, acontecerá uma reunião. Costuma ser no meio da manhã, quando o pessoal está morrendo de fome, é um horror. - ele ri consigo mesmo. - O chefe de reportagem e eu estaremos lá. O editor de texto também estará presente. É só isso por enquanto.

- Só? - ergo as sobrancelhas ironicamente, mas o diagramador já está se afastando. Deixa-me sozinha em minha mais nova mesa de trabalho, completamente confusa.

Após horas de tentativas e erros, além de uma certa empolgação por estar em um ambiente novo de trabalho, me surpreendo por a hora do almoço chegar tão rápido.

Ao lado do prédio há uma espécie de lanchonete onde grande parte dos funcionários - tanto do jornal quanto de outras empresas - se reúne para comer.

- Tem vários diretores por aqui, né? - Khaliu comenta ao mastigar seu sanduíche.

- Nem me fale.

O imito, desembrulhando meu próprio pão com peito de peru.

- Tudo que você precisa saber hoje é que a matéria ficará pronta no final do dia.- ele diz.

- Certo.

- O núcleo de fotografia fica para depois.

- O que? - engasgo ligeiramente.

Ele me lança um olhar por cima de seu café.

- Com os fotógrafos e tal. Não que você precise necessariamente trabalhar nessa área.

Fico calada dessa vez.

Engulo memórias, assim como o sanduíche, que desce rasgando.



Sinto que um sorriso se espalhar lentamente em meu rosto ao entrar na academia de balé. Meu cabelo está penteado para trás em um rabo de cavalo alto que logo se transformará em um coque. É reconfortante a sensação de voltar a usar um collant e uma meia calça, apesar de eles colarem no corpo como uma segunda pele. Em minha enorme bolsa pesada carrego as sapatilhas, garrafinha de água e vários tipos de curativo.

Ebateca é a escola que compreende a companhia de dança de Salvador, um dos motivos de eu e Olívia termos a escolhido na época das audições, quando éramos menores. Consequentemente, possui os melhores professores e os melhores dançarinos do estado. Fico feliz por terem me acolhido novamente quando voltei de São Paulo.

A música clássica para e o corredor é logo preenchido por bailarinos da companhia após fazerem a reverência - uma pequena sequência de movimentos como se houvesse um público os olhando pelo espelho -. Apoio minhas costas contra a parede esperando o fluxo de uniformes pretos passar.

- Aline! - Olívia chama do estúdio. Já está se aquecendo para a próxima aula com duas outras garotas. Ela ergue os braços e os balança para que eu a veja.

Do corredor, aceno. Seguindo por ele e pela grande porta de vidro que permite acesso ao estúdio, aos armários se encontram logo ao lado. É uma disposição bem prática para quem está chegando para as aulas.

Abro um dos armários e tiro a calça moletom que uso. De dentro da bolsa, saco a saia que logo é amarrada em volta da cintura e as sapatilhas de meia ponta. Com um rápido movimento de pulso e alguns grampos meu coque se torna razoável.

Checo meu reflexo para detectar qualquer desleixo que o professor possa apontar e me sinto satisfeita com o que vejo.

Ao cruzar a sala, meus passos são silenciosos no piso de madeira. Muito diferente do que quando usamos as pontas, e o gesso produz aqueles baques surdos e ritmados no assoalho.

Sorrio para as duas garotas gêmeas que acompanham Olivia, e começo a me aquecer.

- Caramba, como estou dura. - reclamo

As meninas riem.

- É, Line - Olivia diz. - talvez devesse ter se alongado um pouco mais durante as férias.

E de fato, os tendões posteriores das pernas queimam absurdamente à medida que vou fazendo cada exercício. Quando tento levar a perna até a cabeça, fico abismada de como tenho que fazer mais esforço e suportar mais dor para chegar ao objetivo, o que não acontecia pouco antes das férias. Mas é sempre assim.

Outros alunos chegam e se posicionam ao redor da sala, se espalhando nas barras enquanto o professor mexe nos aparelhos sonoros.

- Muito bem, turma. - ele bate uma mão na outra para chamar nossa atenção.

Imediatamente todos se calam e endireitam a postura. Ele sorri perigosamente.

- Vamos começar pelos pliés seguidos do fondu. Façam quando eu disser.

Noto a cara de pouca coragem da maioria. Pliés são até ok, mas quando os fondus começam, aí que o bicho pega. É assim que o professor Edvaldo gosta de nos "torturar".

Após várias baterias de exercícios na barra e no centro, estamos prontos para colocar as sapatilhas de ponta. Bem, ao menos as garotas. Encaixo a ponteira de silicone na meia calça para os dedos não serem completamente esmagados e amarro as fitas de cetim ao redor do tornozelo. Quando termino, Olivia me cutuca.

- O que foi? - levanto e nos dirigimos para o 'pote de breu', uma espécie de pedra amarelada que esmagamos até virar pó para não sairmos escorregando durante os passos e evitarmos torcer uma articulação ou algo assim.

- Notou o novato?

- Que novato?

Ela mostra as palmas das mãos em protesto:

- O extremamente gato bem ali.

Sigo seu olhar, mas a garota me puxa quase imediatamente.

- Assim não! Vai ficar óbvio demais.

Reviro os olhos e concentro em um dos vários espelhos espalhados pela sala.

- É o moreno. - sussurra em meu ouvido.

Solto um assobio baixo. Realmente, o novo aluno é uma bela figura. Com sua pele escura e músculo das pernas torneados sob a meia calça preta; as várias tranças pendendo de um rabo de cavalo improvisado, que parece ter sido preso com o próprio cabelo; o maxilar forte e bem delineado, além dos dentes brilhantes que surgem cada vez que sorri de lado, conversando com os outros garotos.

- E então? - ela indaga.

- Você tem razão, um deus grego. - brinco, fazendo-a rir. - Você acha... que ele é gay? - ergo uma sobrancelha.

Olivia solta o ar pesadamente com uma expressão divertida.

- Sabe como é, os mais bonitinhos sempre são gays.

O professor bate palmas novamente e mal tenho tempo de achar graça antes de nos posicionarmos no centro para a continuação da aula.



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Obrigado por ler. Até o próximo. Beijos e abraços <3


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