Sim, eu tô escrevendo mais fanfic enquanto tenho outras para atualizar.
Foi mal, tá uma bagunça aqui e eu tô simplesmente tendo umas mil ideias diferentes e quero escrever todas elas aa

Então fiquem com um Kiribakudeku porque eu simplesmente acho muito fofo, ainda mais com essa proposta.

✤✤✤

Havia sido um dia normal como qualquer outro para o casal, treinando para serem heróis, flertando enquanto os professores não olhavam, desafiando um ao outro e trabalhando como a dupla incrível que formavam. Bom, isto até adentrarem o quarto do ruivo, que ficara estranhamente calado o dia inteiro. Não era nada que Katsuki se incomodasse, porém, agora temia que isto estivesse se tratando de algo sério, engolindo em seco e sentando na cama de Eijirou, que ficou de costas para si, parecendo estar perdido em pensamentos enquanto adquiria coragem para contar algo que guardou para si por um tempo.

— Katsuki. — Namoravam há um ano, com eles agora estando no segundo ano do ensino médio, Kirishima já havia ficado íntimo o suficiente para chamá-lo pelo nome.

— O que foi, cabelo de merda? — Perguntou, angustiado com tanto drama. Seu coração começava a acelerar de tanta ansiedade, era algo ruim? Eijirou parecia tão sério que dava medo.

— Eu tenho algo para te contar. — O ruivo virou-se, ficando agora de frente para o loiro e fitando seus orbes escarlates — Mas promete não surtar, tá bom?

"Que merda você fez, Eijirou?" Foi o que Katsuki pensou ao ouvir aquelas palavras que provavelmente de nada serviriam, pois certamente surtaria se algo o deixasse puto. Suas mãos começaram a suar com a ansiedade pela tal revelação, controlando-se para não explodir a cama sem querer.

— Tá. — Acenou com desdém e manteve seu olhar completamente focado no ruivo, que agora parecia prestes a ter um ataque de ansiedade.

Kirishima respirou fundo. Tinha que falar de uma vez, senão não teria esta coragem novamente. Gostava de ser sincero com seu namorado e não era desta vez que esconderia algo importante.

E então, falou de uma vez.

— Eu acho que... eu gosto do Midoriya. — Disse, fechando os olhos com medo da reação do outro. Ele com certeza iria explodi-lo até a morte por gostar de alguém que o loiro odiava tanto — Eu não quero mentir para você, então estou sendo sincero, mas-

Foi interrompido por uma risada baixa, uma sem graça alguma. Era de Bakugou.

Eijirou estranhou, fitando o loiro aflito esperando ele parar de rir. Quando parou, levantou a face que havia abaixado.

— Está terminando comigo, é isso que quer dizer? — O coração de Kirishima partiu em pedaços no momento em que viu as lágrimas se formando nos olhos que o encaravam com tanta intensidade e mágoa. — Você me trouxe na porra do seu quarto para me dizer que gosta daquele merda?

Katsuki nunca se sentiu tão humilhado, tão ressentido e tão magoado. Não era bom o suficiente? Deku era de fato melhor que si, afinal. Um verdadeiro herói, com um senso de justiça estupido e invejável, além de uma personalidade alegre e contagiante, tal como a do ruivo. Era óbvio que iria preferi-lo, tão óbvio que doía de um jeito absurdo. Maldito Deku... maldita paixão reprimida.

Kirishima não sabia o que fazer. As palavras travaram em sua garganta e ele não teve oportunidade de terminar sua fala. Não era aquilo que queria dizer, jamais gostaria de terminar com Bakugou. Seu namorado era maravilhoso e o amava demais. Vê-lo tão magoado como agora o deixou sem palavras, paralisado.

Katsuki então, em seu ápice de impulsividade, levantou da cama e foi a passos bruscos até a porta. Tinha que ir embora, não deixaria que Kirishima o visse chorando por mais nem um segundo sequer.

Mas uma mão áspera agarrou seu pulso firmemente quando estava com a mão na maçaneta.

— Bakugou...

— Me larga, imbecil! — Rosnou, tentando se livrar do aperto.

— Não, espera por favor! — Implorou, passando os braços pela cintura do loiro e o impedindo de se mover. — Você entendeu errado.

— Não entendi nada errado. — Bufou — Você gosta do Deku de merda, não de mim, agora vai lá comer o cu dele e me deixa em paz, porra.

Mas o aperto em volta de seu corpo só intensificou.

— Eu gosto de você.

— Mentiroso.

— Não é mentira, amor — Usou aquele apelido que apenas usavam em momentos mais íntimos — Eu gosto de você, mas também gosto do Midoriya.

— Como? — Levou suas mãos até às de Eijirou, as apertando com intensidade.

— Eu gosto de duas pessoas, assim como você... — sussurrou em seu ouvido, diminuindo o aperto e soltando Bakugou.

— De que porra você tá falando? — Por mais que tentasse esconder, era óbvio o sentimento oculto que nutria por uma terceira pessoa, que era...

— Midoriya. Você gosta dele também, não é?

— Eu não... — Tentou negar, mas não conseguiu. Eijirou o encarava tão intensamente e com tanta expectativa que mentir para um garoto tão puro como aquele seria um verdadeiro pecado. — Eu... — Colocou a mão na boca, não querendo revelar tal sentimento conforme sentia o olhar do outro.

— Tudo bem, Suki. — Kirishima disse, levando as digitais à mão do loiro e a retirando cuidadosamente enquanto levava os dedos da outra mão às lágrimas que estavam presas nos olhos alheios. — Você gosta dele e não tem nada de errado em admitir isso.

— É claro que tem, porra! — Esbravejou, afastando a mão de Eijirou e limpando as lágrimas de forma grosseira. Não se achava merecedor de carinho, ao menos não quando se tratava deste assunto. — Eu fiz coisas erradas pra caralho com ele e você sabe disso, eu não tenho a porra do direito de gostar dele quando tudo que fiz foi foder sua vida!

Kirishima ficou em silêncio, absorvendo as palavras e encarando Katsuki falar desesperado com pesar. Sabia o que Katsuki fez no passado, sabia disso muito bem, mas também tinha consciência de que ele, lá no fundo, não se orgulhava de nenhum feito. O loiro evoluiu com o passar dos meses e com o avanço de seu relacionamento, desde que se declarou e milagrosamente foi aceito.

Ele passou a ser mais calmo e carinhoso, até mesmo com as pessoas ao redor ele não gritava tanto quanto antes. Porém, algo não havia mudado. Ele olhava para Midoriya com ódio, sempre rosnando e o fitando por longos minutos, mas não elevava mais a voz para o esverdeado.

Kirishima sentia que aquele ódio todo não era o verdadeiro sentimento do loiro em relação ao Izuku.

— Você se arrepende?

— Sim... — Sussurrou baixinho. — Mas isso não importa.

— Importa.

— Eu me odiei quando percebi que gostava dele. — Kirishima perguntaria o porquê, apesar de já ter uma ideia da resposta, mas Bakugou logo deu seu motivo. — Eu te amo pra caralho e senti que estava te traindo gostando dele e continuei...

"Sendo um tremendo filho da puta apenas por ter medo de ama-lo" Era isto que queria dizer, mas não precisou. Kirishima não aprovava suas atitudes, claro, mas compreendia como o loiro se sentia. Também se sentiu assim, nojento e infiel enquanto conversava com o esverdeado amigavelmente, pensando no quão macios seus lábios poderiam ser ou o quão fofo ele ficaria caso o beijasse.

— Eu sou a última pessoa que ele gostaria de namorar. — Andou até a cama, sentando novamente e levando as mãos aos fios louros. — Nem me redimir eu consigo, porra. — Praguejou, apertando as mãos contra o couro cabeludo, sentindo os olhos arderem de tanto ódio por si mesmo.

Parou ao sentir o braço do ruivo envolto em sua cintura.

— Podemos resolver isso. — Kirishima disse — Não vejo o menor problema em você gostar dele. Também estou na mesma situação, sabe? — Riu, mostrando os dentinhos pontiagudos que faziam o dia a dia de Katsuki mais feliz.

— Como resolvemos isso? — Seus olhos transmitiam seu desespero. Queria muito resolver, muito se desculpar, se redimir, não gostava de ver o esverdeado triste por mais que suas ações passadas dissessem o contrário.

— Devemos começar com o principal; um pedido de desculpas. — Eijirou pontuou, fazendo o loiro arquear as sobrancelhas — Não um bem trabalhado ou com um grande discurso, Suki, só precisa ser sincero, tá bem? Eu vou te apoiar, não importa o que aconteça. — Mostrou um sorriso acolhedor, fazendo Bakugou sentir seu peito aquecer com a ternura que tal sorriso carregava.

Já estava passando da hora de se desculpar por tudo que fez.

✤✤✤

Confesso que não pretendia postar agora, mas fiquei bem ansiosa para compartilhar logo.

Provavelmente vão ser só cinco capítulos e achei que essa proposta do Katsuki tentando se desculpar seria algo interessante e tal.
Espero que não soe errado ou algo assim, apenas quero que meus bebês sejam felizes juntos e que o Bakugou possa dar o primeiro passo para se redimir com o Midoriya, mostrando que realmente gosta dele com ajuda do Eiji ♡