3- Guaxinim
As lágrimas dela mordiam levemente suas bochechas, por causa delas surgiam flores rosadas por toda a sua pele branca. Era como ver uma pintura sendo feita. As vezes me sentia um monstro por achar tão lindo vê-la chorando, mas ela era tão bonita o tempo todo, não havia um minuto que eu não a admirasse. Nunca vou acreditar que essa menina me ama.
Seus olhos estavam fechados, por isso ela não viu que eu estava parada na entrada do seu quarto tentando decidir o que fazer. Acabei passando a mão nos fios longos do cabelo dela e a beijei cuidadosamente. Acabei manchando seus lábios secos com meu batom vermelho, sempre achei interessante como a beleza natural dela combinava com a minha maquiagem.
Quando ela abriu os olhos e soluçou não consegui me controlar, joguei minha bolsa e os saltos no chão e empurrei minha menina para o canto, assim ficamos de conchinha. Ela se virou e escondeu o rosto nos meus seios, suas lágrimas me machucando. Dessa vez, chorei também.
Gostávamos de fingir que ela era menor, mesmo sendo 30 centímetros mais alta. Depois que a maior parte do choro passou ela levantou a cabeça e riu. Adorava aquele primeiro sorriso depois da dor, ele era o mais maravilhoso de todos. Ela passou aqueles dedos finos, com as unhas curtas abaixo dos meus olhos, para limpar todo aquele rímel borrado.
-Minha guaxinim.
Sorri para ela de volta e a abracei como se minha vida dependesse disso, na verdade dependia. Ficamos de mãos dadas até pegarmos no sono, quando acordei ela estava babando no meu cabelo.
-Bons sonhos meu bicho preguiça.
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