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Capítulo 3



Aquela fruta parecia comestível. Segundo a aula duzentos e noventa e três do terceiro estágio, frutas vermelhas que não cresciam em ramos conjuntos eram comestíveis. Havia andado somente três ou quatro quilômetros (ou três mil, novecentos e dois metros). Era pouco, mas os pés já estavam latejando, a barriga roncava e a luz já diminuíra, indicando o fim do dia. Caminhei devagar, admirando tudo com olhos arregalados, até desbocar providencialmente ali.

A Vastidão, foi como chamei, parecia não ter fim, embora para os fins do estágio devia haver. Pequenos insetos, aracnídeos, mamíferos roedores e aves, observei tudo isso em um período de quarenta e cinco minutos e vinte e três segundos. Havia vegetação para todos os lados, rasteira, aérea, árvores, todas com um cheiro específico, diferente de qualquer coisa mostrada em simulações. Era tanta vida naquela extensão que era certamente assustador, embora exultante.

Aqueles frutos pareciam amoras. Amoras eram típicas do outono. Que despropósito, o inverno estava chegando. Supondo que durasse até lá, eu precisava achar um jeito de sobreviver. Não sabia ainda onde estava. Saberia à noite, se continuasse claro o suficiente para ver as estrelas. Se estivesse no hemisfério sul ou nos trópicos, o inverno seria mais ameno e poderia riscar um item de minha lista de preoc...

Estaquei. Ouvi um barulho. Um passo? Não sabia como os passos soavam, além dos meus próprios. Seria... Alguém? O coração parecia explodir. Nunca encontrara outro ser vivo antes.

- Aaaahhhhhh!!!

Não sei se o grito era meu ou dele. Um espécime masculino corria de encontro a mim, carregava algo grande e irregular na mão, uma pedra, mas que despropósito!

Reagi andando de costas, tentando me afastar, fui tolo... tolice, palavra do meu vocabulário que nunca tinha usado antes, mas a tela havia sido uma boa professora, supus que poderia usar toda uma nova variedade de termos. Tropecei em uma das raízes da amoreira, batendo com minhas nádegas no chão, provavelmente isso me salvou.

O espécime se jogou sobre mim e em um ato de puro reflexo eu ergui uma das pernas e os meus braços, impulsionando-o para longe de onde eu estava. Eu tinha mais força do que supunha – ou do que pusera à prova até então.

Ele voou, lançado no ar, seu grito ressoando em meu ouvido. Senti as papilas gustativas provarem o gosto de sangue e só então percebi que estava mordendo a bochecha.

O som oco dele batendo na árvore foi mais alto do que o ruído de seu pescoço quebrando, mas certamente menos perturbador.

Engatinhei até ele de forma comedida. Com a boca aberta em horror, eu tremia. Era possível que o coração batesse na boca? Era possível regurgitar o estômago inteiro?

Um filete de sangue escorria de sua têmpora. Os olhos abertos, marrons, fixos no vazio. A pedra afiada ainda presa em seus dedos. Morto, indubitavelmente morto.

Tive ânsia de vômito. Tossi e engasguei, cuspindo o excesso de saliva, sem nada mais para expelir.

Seria eu como ele? Mesmas feições? Era outro espécime do sexo masculino, com certeza inteligente. 

O que estávamos fazendo? Matando, morrendo?

Tendo muita ânsia de vômito.

— Seu despropositado! — berrei — Você tentou me matar!

Meus ombros sacudiram em um espasmo, meus lábios se movendo em murmúrios vazios. 

Despropósito! Parecia que não, aquele homem tinha um propósito bastante claro. Um propósito dado pela tela. Ela não era uma poetisa afinal, tampouco uma professora, talvez ela fosse uma arquiteta de assassinos.

— Ele tentou me matar. — Sussurrei e senti mais lágrimas virem. "Que desperdício de H2O", pensei. — Eu o matei.

Não senti minhas pernas escorregando, mas sei quanto tempo se passou, eu ali de cócoras com o olhar fixo naquele rosto que poderia ser como o meu. Os barulhos da noite começaram, barulhos que eu nunca tinha ouvido. Tudo era novo, um novo terrível, liberdade era uma palavra terrível. Era possível alguém morrer de medo?

Minha vontade era me embolar e cair em esquecimento letárgico, mas meu instinto de sobrevivência era mais forte. Andei alguns metros, cavei um buraco com as mãos, a terra úmida e macia facilitando meu trabalho. Cavei com vigor, em nenhum momento olhando o corpo distorcido e vazio que deixara para trás. O buraco estava grande o suficiente para me encaixar, a terra escura manchava as pontas dos meus dedos e só então, enrolado em mim mesmo, deitei e me cobri com as folhas mortas, urgindo o sono.

Olhei para a noite, agora completamente escura. Senti falta da tela e do cubículo. Senti, acima de tudo, falta das paredes. Era apenas a primeira noite fora. O que seria dos meus dias?

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